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Selecção
Destaques discográficos
Fique aqui com várias sugestões de outras músicas,
alternativas, a partir de uma selecção de novos lançamentos discográficos ou
simplesmente de discos que
passaram a estar disponíveis no mercado português ao longo do ano. |
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Encontros da Eira já
venderam mais de 20 mil discos
O grupo Encontros da Eira, já vendeu 20 045 cd´s, desde 13 de Dezembro de 1998, o que
para além de ser recorde, neste tipo de música na Madeira, constitui também caso ímpar
a nível Nacional. Estas edições são da responsabilidade da Associação Cultural
Encontros da Eira, que desta forma vê cumprir os seus principais objectivos: recolher,
preservar e divulgar excertos da tradição musical da Região Autónoma da Madeira. De
realçar também que as "escolinhas de formação" (com cerca de 20 alunos entre
os 7 e o 16 anos de idade) continuam a funcionar, na Camacha e Funchal, sendo os custos
com a mesma suportados pelos pais e/ou próprios alunos e também pela associação,
prevendo-se que no decorrer do próximo verão os mesmos venham a participar em concertos
do grupo Encontros da Eira. No campo das recolhas, vários elementos do grupo continuam a
encontra muitos temas da tradição madeirense em locais tais como: Camacha, Campanário,
Tabua, Ponta do Sol(vila e Lombada), Achadas da Cruz, Santa do Porto Moniz, Vila do Porto
Moniz, Seixal, Gaula; S. Jorge e São Roque do Faial, perfazendo perto de uma centena de
temas recolhidos. (10 de Setembro)
Sons do Atlântico: O cartaz
do Verão em Lagoa, no Algarve
Nossa Senhora da Rocha, situado em Porches, Município da Lagoa, recebe entre os dias 10 e
12 de Agosto mais uma edição do Festival Sons do Atlântico. No primeiro dia celebra-se
África lusófona com a cabo-verdiana Lura e a guineense Eneida Marta. No dia seguinte,
há flamenco de com os Cadencia e rumba em tons "pop, hip hop, rock, samba" e
com Dani Carbonell Aka Macao. No último dia, os algarvios Marenostrum irão apresentar o
novo álbum que deverá sair ainda este verão. A noite fecha com os irlandeses KÍLA. Fonte: Crónicas da Terra (16 de Junho)
Amélia Muge e Mafalda Arnauth cantam em Paris
Amélia Muge e Mafalda Arnauth serão as duas intérpretes portuguesas presentes numa
iniciativa intitulada Lisbonne à la Cité de la Musique, que decorre naquele
espaço de Paris entre quinta-feira e 24 de Junho. Ambas actuarão no último dia do
evento, integradas na rubrica Nova geração do fado: Amélia Muge,
acompanhada por um quarteto acústico - piano, guitarra, contrabaixo e gaita-de-foles
portuguesa -, e Mafalda Arnauth à guitarra e à viola, para apresentar o seu mais recente
álbum Diário. A 22 de Junho, será apresentado o espectáculo do encenador
do Teatro Nacional de São João, Ricardo Pais, Cabelo Branco É Saudade, que
reúne no palco fadistas portugueses como Argentina Santos, Alcindo de Carvalho e Celeste
Rodrigues, irmã de Amália. Les Larmes de Lisbonne (As Lágrimas de Lisboa)
é o título do espectáculo de sábado, 16 de Junho, no qual o Ensemble Huelgas e o seu
maestro, Paul van Nevel, evidenciarão as ligações entre o villancico,
género de origem popular do século XVI, e o fado, interpretado por Beatriz da
Conceição e António Ramos. Do programa do evento, consta ainda, logo no dia de
abertura, uma homenagem à música barroca, com Pierre Hantaï a interpretar sonatas que
Scarlatti compôs na corte de Lisboa. No domingo, haverá ainda, integrado na mesma
rubrica, um concerto da Akademie für Alte Musik de Berlim e do coro de câmara RIAS, que
apresentarão a Ode ao Tonnerre, de Telemann, obra composta em homenagem às
vítimas do terramoto que destruiu Lisboa em 1755. Também homenageado será o génio do
compositor português Emmanuel Nunes, aluno de Stockhausen e Pousseur. Na sexta-feira, as
suas obras Litanies du feu et de la mer II, para piano, e Lichtung II e
III serão interpretadas pelo Ensemble Intercontemporain e na terça-feira seguinte,
19 de Junho, será a vez de o Ensemble Recherche apresentar Rubato e
Improvisations. Inaugurada em 1995, a Cité de la Musique é um local que
pretende promover o acesso de todos à cultura, através dos seus concertos, museu e
exposições, centros de documentação e actividades pedagógicas e editoriais destinadas
a adultos e jovens. (16 de Junho)
Respostas na SPA
para "Quantos Dias para a Rádio?"
A Sociedade Portuguesa de Autores promove um debate sobre o futuro da telefonia. Esta
sessão contará com a presença de personalidades cujos percursos estão ligados à
rádio: António Cartaxo, António Sala, José Nuno Martins, Luís Filipe Costa, Luís
Montez e Luis Osório. A moderação estará a cargo de Paulo Sérgio Santos. A sessão
terá lugar no dia 20 de Junho de 2007, 18:30H, no Auditório Maestro Frederico de
Freitas, na sede da SPA, Av. Duque de Loulé, 31, em Lisboa. (15
de Junho)
Estado garante a compra da colecção de discos de Fado
A colecção dos discos de música portuguesa na posse do britânico Bruce Bastin vai ser
adquirida por Portugal, garantiu hoje à agência Lusa o secretário de Estado da Cultura,
Mário Vieira de Carvalho. "Dentro de uma semana, poderemos acertar a minuta do
contrato da compra, no valor de 1,1 milhões de euros", disse o governante. O
Ministério da Cultura e a Câmara de Lisboa "aceitaram reforçar em 100.000 euros
cada um, a sua participação, de modo a cobrir o valor pedido por Bruce Bastin",
disse Vieira de Carvalho. O ministério, a quem caberá a guarda e tratamento do espólio,
participará com 400 mil euros, tal como a Câmara de Lisboa, e os restantes 300 mil euros
são assegurados por um mecenas, cuja identidade não foi revelada, sabendo-se tratar de
uma entidade bancária. Mário Vieira de Carvalho fez hoje este anúncio, depois de ter
recebido uma carta da Câmara de Lisboa confirmando que garantia o reforço de 100 mil
euros. O então vereador da Cultura, José Amaral Lopes, tinha já afirmado à Lusa a
disponibilidade da edilidade em "avançar com mais 100 mil euros, para Portugal não
perder o espólio". "A colecção irá integrar o futuro Museu da Música e do
Som, onde há pessoal técnico para o tratamento específico deste material", disse
Vieira de Carvalho. Contactado pela agência Lusa, o advogado José Alberto Sardinha,
representante legal de Bruce Bastin, confirmou ter sido já contactado no sentido "de
se redigir minuta da versão final do contrato de compra". O estudo deste espólio,
maioritariamente constituído por discos de fado, é considerado essencial por vários
investigadores. Para o musicólogo Rui Vieira Nery, a aquisição deste espólio "é
essencial para um melhor conhecimento da história fadista, nomeadamente nos primórdios
da gravação fonográfica". A colecção inclui registos fonográficos efectuados
entre 1904 e 1945 pela His Master's Voice, Columbia, Homokord, Victor ou Grammophone,
estando, na sua maioria, dados como perdidos. Entre as vozes de referência, estão
gravadas as de Júlia Florista, Maria Vitória e Reinaldo Ferreira. Bastin tinha na sua
posse cinco mil registos fonográficos de música portuguesa, entre baladas, folclore,
canção ligeira e fado, a que se juntam outros três mil encontrados no Brasil e
adquiridos pelo coleccionador. Entre os cerca de oito mil discos encontram-se algumas das
primeiras gravações de artistas nacionais como José Bastos, Isabel Costa, Almeida Cruz,
Eduardo de Souza, Rodrigues Vieira ou Delfina Victor. O espólio encontra-se em
"muito boas condições", afiançou à Lusa o investigador José Moças, que o
descobriu e propôs a sua aquisição por Portugal. "Estas são - realçou - as
primeiras gravações de fado de sempre, que nos irão dar, certamente, uma outra
perspectiva da história desta canção popular urbana". Além dos fados, são, na
avaliação de Moças, "igualmente importantes do ponto de vista musical e
etnográfico registos mais tardios de Maria Alice, Manasses de Lacerda, Avelino Baptista,
Estêvão Amarante, Madalena de Melo, Maria Emília Ferreira, Júlia Florista e Maria do
Carmo Torres, bem como dos mais conhecidos Ercília Costa, Berta Cardoso, António Menano,
Edmundo de Bettencourt, Armandinho e o popular Alfredo Marceneiro". (14 de Junho)
Festival Músicas do Mar na Póvoa de Varzim
De acordo com a notícia publicada nas Crónicas da Terra, o Músicas do Mar tem lugar
entre 30 de Agosto e 2 de Setembro na Póvoa do Varzim. De acordo com a mesma fonte,
apesar de o festival "ainda não ter cartaz anunciado, já é possível verificar
que, tanto o baterista nigeriano TONY ALLEN, como os pernambucanos BANDA EDDIE fazem parte
do alinhamento da primeira edição de mais um evento intimamente ligado ao
Atlântico". Fonte: Crónicas da Terra (14 de Junho)
"Terra do Zeca":
juntos nomes da música portuguesa em CD
O projecto do Davide Zaccaria que pretende confluir cantoras de
formações musicais distintas, tendo como pano de fundo a música de José Afonso, é
editado esta semana. O álbum intitula-se "A terra do Zeca", tem chancela da Som
Livre, e junta as cantoras portuguesas Dulce Pontes, Filipa Pais, Lúcia Moniz e Maria
Anadon e a galega Uxía. O projecto, intitulado "Terra d'Água", é um tributo
ao músico e poeta que foi José Afonso, explicou à Lusa Davide Zaccaria. Para Zaccaria,
recriar o repertório do autor de "Grândola, vila morena", foi
"relativamente fácil" por estar já habituado a ele e "corresponder a uma
paixão". "Tenho tocado e feito arranjos para canções do Zeca, quer com o meu
grupo, quer com Dulce Pontes, até neste seu recente trabalho", assinalou.
Relativamente a este projecto, esclareceu ter procurado "apresentar José Afonso fora
da simbologia política e dar mais atenção à vertente de compositor". Maria Anadon
interpreta "A morte saiu à rua", um poema de homenagem ao escultor José Dias
Coelho, assassinado a 19 de Dezembro de 1961, em Lisboa, pela PIDE. De Luís de Camões,
com música de José Afonso, Uxía interpreta "Verdes são os campos" e Lúcia
Moniz "Que amor não me engana". Filipa Pais, que já interpretou temas de José
Afonso, nomeadamente quando fez parte do grupo Lua Extravagante, canta "Eu
dizia". Dulce Pontes, que também no seu primeiro álbum, "Lágrima",
revisitou o repertório do cantor/autor, canta "Coro da Primavera". Todas estas
canções - indicou Zaccaria - "pertencem ao imaginário colectivo e são uma
inspiração para muitos artistas". "Pretende-se também recuperar e/ou
redescobrir músicas menos escutadas", acrescentou. Das três músicas inéditas
incluídas no CD, Zaccaria interpreta "Som da terra", um tema de sua autoria
inspirado na música de raiz popular composta por José Afonso e ainda "Intro (Z to
Z)" e "Zeca". Zaccaria assina os arranjos e as composições originais,
além de tocar violoncelo, guitarra, viola-baixo e teclados. O projecto completa-se com os
músicos Filipe Lucas (guitarra portuguesa), Jaume Pradas (percussão), Nuno Oliveira
(baixo acústico), Victor Zamora (piano eléctrico) e José Soares (guitarra clássica). A
17 de Julho, o projecto será apresentado em Roma, no âmbito do Festival Sete Sóis Sete
Luas. O espectáculo realizar-se-á em Villa Ada, na capital italiana, mas não contará
com a participação de Uxía. (14 de Junho)
V Folknova 2007
em Vila Nova
O V Festival Folk Nova na Freguesia de Vila
Nova, Concelho de Miranda do Corvo. No cartaz teremos no dia 14 os Dazkarieh e os
tocadores de concertina Rouxinol e Zé Cláudio. Nno Dia 15 é a vez de Só Vicente, os
tocadores de concertina Rouxinol e Patacas, e ainda os Fadomorse (22h). No dia 16
há lugar para animação de rua com gaiteiros locais (15h); e depois actuam os grupos
Demaramar (Espanha), os Galandum Galundaina, seguidos dos habituais tocadires de
concertinas. A fechar, no Dia 17 teremos uma tarde dedicada às concertinas (15h). Fonte: Crónicas da Terra (14 de Junho)
MUD ao vivo no
Contagiarte
Dia 14 de Junho, o Espaço Contagiarte, no Porto, conta com a presença do som
"Ambient-World Music-Rock" dos MUD, que usa instrumentos acústicos e aparatos
que geram loops com os quais se constrói desde o mais puro ambiente até temas cheios de
força e garra. Música com tradição, Música nova e tecnologia interactiva; MUD é um
centro para o encontro de diferentes formas de expressão musical, aberto a outras formas
de criatividade (dança, vídeo, multimédia) iniciado por Alejandro Bravo e Alain Piñero
na primavera de 2005.A história comum de A. & A. vem desde Maio de 2001 quando se
encontram numa sessão de improvisação, desde então trabalharam juntos em vários
projectos e partilharam numerosos palcos em distintas formações. Alain estudou várias
técnicas de guitarra: clássica no conservatório, eléctrica (rock), acústica com
palheta (G C com Robert Fripp) e finalmente especializa-se em taping. Também se dedica a
instrumentos digitais. Tocou em palcos por toda a Espanha principalmente com Javier
Paxariño, assim como pela Alemanha, Itália, Bélgica, Nova Iorque e Argentina em outras
formações e como solista. Alejandro estudou o berimbau de boca (Morshing) no Sul da
Índia com Srirangam Kannan e canto carnático com Anuradha Krishnamurthi. No Norte da
Índia canto Dhrupad e harmonium com Pandit Indrakishore Mishra e berimbau de boca
(Morchang) com os ciganos do Rajastão.Trabalhou técnicas de Bellcanto e desenvolveu o
canto difónico de forma autodidacta. Estudou didgeridoo com William Russ da Austrália.
Realizou actuações em Espanha, Portugal, Londres, Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e
Índia. No Verão de 2006 une-se ao grupo Ricardo Passos, que estudou guitarra clássica e
piano na Escola Óscar da Silva em Matosinhos, jazz na escola de jazz do Porto, guitarra
flamenca em Granada, música clássica e tradicional com diversos mestres: em Turquia
estudou saz com Cem Yildiz. No Egipto darabuka e pandeiros com Hassan Youssef. No Irão
tonbak e def. No Norte da Índia pakawaj com Pandit Sri Kant Mishra e canto Dhrupad com
Rajesh Sendh. No Sul da Índia konakol com V. Suresh e canto carnático com Anuradha
Krishnamurthi. Em Marrocos música Gnawa com Jamal Babamar. Desenvolveu de forma
autodidacta técnicas de canto difónico. Realizou concertos em Portugal, Espanha,
Turquia, Irão, México e Marrocos. Explora bastante a improvisação e espontaneidade
misturando elementos ocidentais (sistema tonal) com orientais (sistema modal). Participa
como músico e compositor em várias formações de música étnica, contemporânea, jazz
e experimental. (13 de Junho)
Tabanka Djaz:
estilos tradicionais guineenses
Os Tabanka Djaz são uma das mais influentes
bandas da África Lusófona. Oriundos da Guiné Bissau, contam com 17 anos de existência
desde a edição do seu primeiro disco TABANKA DJAZ em 1990. A sua música é feita de
envolvências dançáveis com enorme influência dos mais variados estilos tradicionais
guineenses e tropicais, mas sempre moderna e actual. Em 1993, após um período de três
anos preenchido essencialmente com concertos, os Tabanka Djaz regressam com o segundo
disco de originais INDIMIGO.Na mesma linha do anterior este trabalho é muito mais maduro
tanto a nível de produção como na estilização e integração dos seus tópicos
musicais. Mais três anos se passam com um calendário preenchido, que os leva em
digressões da Europa aos Estados Unidos, onde actuam no Kilimanjaro, a catedral da
música africana em Nova Iorque. De regresso a Portugal, esperam-nos novas actuações,
nomeadamente nas Festas da Cidade de Lisboa, e na Festa do Avante. Regressam a África,
mais propriamente a Cabo Verde e actuam no Festival da Baía Das Gatas. Em 1996 é
finalmente editado o terceiro trabalho de originais SPERANÇA. Um disco surpreendente pela
sua excelente qualidade, que confirma os Tabanka Djaz como um dos melhores interpretes da
música africana. Com este trabalho alcançam o galardão de Disco de Platina, feito
único para um grupo africano de expressão portuguesa. Um ano depois em 1997, SPERANÇA
recebe três nomeações para o Ngwomo África (os Grammy do Continente Africano), ao lado
de nomes como Hughes Masekela,Oumou Sangaré, Angelique Kidjo, Youssou NDour, Mory
Kante entre outros. Em 1999 são convidados por Martinho da Vila para integrarem o
projecto Lusofonia, onde lhes coube também a produção musical de toda a componente
africana. É no âmbito deste projecto que participam no Festival Internacional PERCPAN,
em Salvador da Bahia. Neste Festival organizado por Gilberto Gil e Nana Vasconcelos, os
Tabanka Djaz actuam ao lado de Fafá de Belém, Daniela Mercury, Ivete Sangalo e Lenine
entre outros. Surge o ano de 2002 e os Tabanka Djaz editam SINTIMENTO, o quarto álbum da
banda que conta com a participação entre outros de Martinho da Vila. O ano de 2006 é
trágico. A banda sofre o maior e mais duro golpe da sua existência. Vêem partir
vitimado pela doença que o atormentava há 2 anos, Caló Barbosa, o pianista, porta-voz e
membro fundador dos Tabanka Djaz. A perda é irreparável, mas Calo continua onde estiver
a acompanhar aqueles que com ele tantos momentos de alegria partilharam. Para celebrar no
dia 7 de Julho, na Aula Magna, em Lisboa (22h). (13 de
Junho)
Festival pela Juventude de Médicos do Mundo
Os grupos portugueses Primitive Reason, Terrakota, Angry Odd Kids, MoreMad e Jah Vai
participam no Festival de Solidariedade para a Juventude que Médicos do Mundo organiza no
dia 23 de Junho, entre as 18h00 e as 24h00, no Pavilhão dos Bombeiros Voluntários de
Loures. Os fundos revertem para os projectos de prevenção e combate ao VIH/SIDA da
associação em Moçambique. O Festival de Solidariedade para a Juventude Médicos do
Mundo é um espectáculo de animação cultural para a juventude, organizado em parceria
com a Câmara Municipal de Loures, que tem por base um programa musical constituído por
diversos grupos musicais de destaque. Os públicos-alvos deste festival são os jovens e
os adolescentes (dos 15 anos até aos 35 anos), estando o espectáculo aberto a toda a
população. O evento é complementado com actividades de sensibilização para a
prevenção do VIH/SIDA, nomeadamente distribuição de preservativos, e uma exposição
no interior do pavilhão com merchandising e artesanato, entre outros artigos procurados
pela juventude. Os fundos angariados revertem para os projectos humanitários de Médicos
do Mundo de prevenção e combate do VIH/SIDA em Moçambique. (13
de Junho)
Joana Amendoeira:
"À flor da pele" em Almeirim
Depois do concerto na prestigiada sala de espectáculos Teatrum do Centro Cultural
Millenáris Park em Budapeste, onde canto o fado tradicional de Lisboa - grandes poetas
portugueses e grandes autores do fado e ainda duas canções em húngaro, adaptadas para a
guitarra portuguesa e para o fado, músicas de nomes tão famosos neste país como são o
caso de Gábor Presser, Zorán e János Brody. Joana Amendoeira ainda aceitou o convite do
músico Zorán, onde cantou 2 músicas perante mais de 14 mil pessoas, tendo sido um dos
momentos mais altos do concerto. Agora, chega a vez da fadista escalabitana apresentar o
seu mais recente álbum À flor da pele em Almeirim, junto á biblioteca da
cidade, dia 17 de Junho, pelas 22h. (12 de Junho)
Espectáculo "Maldito
Fado" em Oeiras
Após várias apresentações por diversas salas do país, chega agora a oportunidade do
fadista actuar na vila que o viu nascer, onde levará os espectadores numa viagem sonora
tomando o Fado como base musical, mas envolvendo-os noutras estéticas, com o atrevimento
de trazer novos sons. A voz de Helder Moutinho, já conhecida dos seus trabalhos a solo,
demonstra aqui uma versatilidade inquestionável, ao conviver de forma tão harmoniosa com
a cuidada direcção musical e arranjos de Manuel DOliveira, guitarrista oriundo de
universos distantes do Fado, embora tantas vezes chamado a contribuir para esta causa. No
alinhamento que foi pensado para Maldito Fado, percorrem-se, através de
clássicos da história do Fado aliados a composições originais escritas
propositadamente para este espectáculo, todos os temas centrais à linguagem do Fado. Os
castiços e típicos bairros de Lisboa, os amores e desamores que contam as suas
histórias, as emoções de saudade e tristeza, a difícil condição do fadista são aqui
recriados como foram e reinterpretados como podem vir a ser, de acordo com os tempos que
mudam aos quais mesmo a emoção do Fado não pode ficar alheio. Para ver no largo 5 de
Outubro, dia 13 de Junho, às 22 horas. (11 de Junho)
Festival Com que Voz arranca no Porto
Argentina Santos e Hélder Moutinho são os fadistas que abrem o novo ciclo de música,
designado Com Que Voz, que o projecto de inclusão social Porto, Bairro
a Bairro apresenta, nos próximos dias 15 e 16 de Junho, sexta e sábado,
respectivamente, às 21h30, nos auditórios de Ramalde e de Aldoar. A entrada é livre.
Dedicado ao Fado, este ciclo sugere poesia e música, lembra Camões e Amália e vai
juntar no mesmo palco dois grandes nomes da música portuguesa - Argentina Santos, uma voz
histórica do fado tradicional de Lisboa e Hélder Moutinho, um dos mais prestigiados
intérpretes da nova geração de fadistas, para dois espectáculos únicos no Porto. Com
mais de 50 anos de carreira, o nome Argentina Santos é, só por si, uma ode à história
do fado. Com uma brilhante carreira nacional e internacional, Argentina Santos já levou o
fado castiço a salas tão prestigiadas como a Queen Elisabeth Hall, em Londres, a Cité
de la Musique, em Paris, ou a Catedral de Marselha. Integrou o elenco do espectáculo de
Ricardo Pais Cabelo Branco é Saudade. Hélder Moutinho, oriundo de uma
família de fadistas, é considerado por muitos como a Voz do fado moderno. Em
2004 arrebatou o prémio de Melhor Álbum, nos Prémios Amália
Rodrigues, com o trabalho Luz de Lisboa. Para além de uma bem sucedida
carreira nacional, Hélder Moutinho tem actuado em diversos países, como Holanda,
Grécia, Chipre, Inglaterra ou Estados Unidos. Para ver dia 15 de Junho, 21h30,
Sexta-feira, Auditório de Ramalde (Centro Paroquial) e no dia 16 de Junho, 21h30,
Sábado, Auditório de Aldoar (Centro Paroquial). (10 de
Junho)
Nova geração musical para as marchas populares de Lisboa
O desafio lançado em 2005 pelo músico Carlos Martins para se comporem novas marchas
populares para Lisboa, surge agora em álbum, depois da sua
apresentação ao vivo no Jardim de Inverno do teatro São Luiz. A ideia, explica o
compositor no "booklet" que acompanha o CD, foi reflectir sobre a
"renovação da composição musical das marchas e a necessidade de criar pontes
entre a cultura popular e os compositores de outras áreas". Além de Carlos Martins,
que participa com "A marcha da sétima colina", os outros compositores são
Bernardo Sassetti, António Vitorino de Almeida, José Mário Branco, Vitorino, Pedro
Moreira e Sérgio Godinho. Quanto às vozes, outra das preocupações de Carlos Martins,
na medida em que notou que as marchas de Lisboa "convergiam sistematicamente para os
problemas das vozes com a qualidade da composição" foram escolhidas as de Anabela,
vencedora do Festival RTP da Canção em 1993, e de Mitó Mendes. O álbum, com a chancela
da Som Livre, reúne 12 marchas, seis cantadas e seis outras apenas tocadas por cavalinho,
acompanhamento instrumental tradicional das marchas, constituído por clarinete, saxofone
alto e tenor, trompete, bombardino, tuba, caixa, pandeireta, triângulo, glockenspiel,
bombo e pratos. Todos os compositores apresentam duas marchas à excepção de Carlos
Martins e José Mário Branco, estes com uma cada um. A de José Mário Branco,
"Marcha de Carnide", é interpretada por Anabela, a de Carlos Martins é apenas
instrumental. Sassetti assina "Marchinha de Lisboa" e "Tirem o cavalinho da
chuva", a primeira interpretada por Mitó e a segunda apenas instrumental. Vitorino
é autor de "Marcha crioula" e "Marcha de Sagres" cantada por Anabela.
O CD fecha com "Cavalinho à solta" de Pedro Moreira que assina ainda
"Marcha de Fernando António" cantada por Mito Mendes, e que é uma adaptação
do poema "Santo António" de Fernando Pessoa. A "Marcha de Campolide"
e "Marcha de Lisboa" são de autoria de Vitorino de Almeida, sendo a primeira
cantada por Anabela. Sérgio Godinho assina "Marcha da centopeia" cantada por
Mitó Mendes e "Guia de marcha". (9 de Junho)
Espectáculo de fado e flamenco em Torres Vedras
A Praça do Município de Torres Vedras vai acolher, no próximo dia 15 de Junho, pelas
22h, um espectáculo de fado e flamenco. Neste participarão os fadistas Avelino Santos,
Andreia Matias, Cristina Santos, Leonor Madeira e Luís Maia, os guitarristas Eduardo
Lemos, João Chitas e Jorge Carreiro, e os dançarinos António Ventura, Miguel Martins,
Patrícia Seco e Tatiana Crispim. Será um espectáculo que decorrerá num espaço
mágico como é a Praça do Município de Torres Vedras, e onde se fundirão
os sentidos, valorizar-se-ão as palavras, as melodias, as vozes e os movimentos, num
encontro de duas culturas. As entradas são gratuitas. (8
de Junho)
Granitos Folk:
Há uma nova música portuguesa
De acordo com o texto publicado por António Pires no Blog "Raízes e Antenas",
apresentamos resumidamente as impressões deste Jornalista sobre o
programa do Festival Granitos Folk e o importante surgimento de diversos projectos
portugueses, a quem é, de resto, dedicado este festival. "Granitos Folk, que decorre
de 6 a 9 de Junho neste espaço multicultural da cidade do Porto. Apostando apenas em
grupos folk/tradicionais portugueses, o Granitos deste ano apresenta um programa
interessantíssimo que junta alguns quase-veteranos destas lides a alguns jovens grupos de
elevado potencial. Dia 6, o festival abre com os portuenses Pé na Terra (vencedores do
recente concurso Folk and Roll e fazedores de uma música que tanto os leva à tradição
portuguesa como ao reggae e ao rock) e Mandrágora (um dos mais importantes grupos
portugueses a fundir a folk com o rock progressivo e sons vindos de muitos e desvairados
lugares; na foto). Dia 7 é a vez dos belíssimos cantares e sons tradicionais
rejuvenescidos da Serra do Caramulo pelos Toques do Caramulo (de Águeda) e do jazz
manouche e inventivo dos Comcordas (de Castelo Branco). Dia 8, alguns dos músicos dos
Comcordas repetem a presença em palco com um outro projecto, os Ventos da Liria, que vão
à música «celta», ao tango e à música balcânica, numa noite em que também actua o
grupo de danças tradicionais No Mazurka Band (com viras, corridinhos, chulas, pingacho,
mas também valsas, rumbas e paso-dobles). Na última noite, sábado, há mais festa e
dança com dois grupos que fazem das danças tradicionais europeias o seu trampolim para
uma comunhão absoluta com o público bailante à sua frente: os Mosca Tosca e os
Bailebúrdia. Mas, para quem isto não chega, ainda há sessões de DJ de folk e world
music, todas as noites, com os DJs Osga, Sérgio, Moustache, Innyanga e Goldenlocks."
Fonte: Blog Raizes e Antenas (8 de Junho)
Festa do Fado no
Castelo de S.Jorge
A praça de armas do Castelo de S. Jorge é o cenário para a Festa do Fado que começa na
próxima sexta-feira e procura juntar à canção de Lisboa outras
músicas como a cabo-verdiana ou popular portuguesa. O convite parte de um fadista, que
escolhe um intérprete de outra área, "havendo este ano uma
novidade que é um guitarrista de fado escolher uma mestiçagem musical com o tango",
explicou à Lusa Hélder Moutinho, responsável da programação, que se integra nas
Festas de Lisboa. Pedro Moutinho abre a festa sexta-feira com Teresa Salgueiro, cabendo o
seu encerramento, dia 30 de Junho, a António Zambujo, que convidou Luís Represas. O
guitarrista de fado Paulo Parreira é a novidade da festa, enquanto anfitrião, tendo
convidado o guitarrista clássico argentino Ramón Mascio e ainda a fadista Beatriz da
Conceição. O concerto "cruzará a música de Lisboa com a porteña" (Buenos
Aires) e acontecerá dia 29 de Junho. "A ideia comum a todos os concertos é cada um
interpretar temas do seu repertório, do do convidado e até partilhar a interpretação
de alguns temas", disse Hélder Moutinho. Pedro Moutinho escolheu Teresa Salgueiro,
voz que admira desde os seus 14 anos, como disse à Lusa. Pedro Moutinho será acompanhado
à guitarra portuguesa por José Manuel Neto, à viola por Carlos Manuel Proença e à
viola-baixo por Daniel Pinto. Depois de Pedro Moutinho e Teresa Salgueiro (dia 08) actuam
no dia seguinte Ricardo Ribeiro com o agrupamento SAL, dia 15 Maria Ana Bobone partilha o
palco com os Tetvocal e dia 16 a fadista Ana Maria convida a cantora cabo-verdiana Maria
Alice. Dia 22 sobem ao palco da praça das armas do castelo Ana Moura e Amélia Muge e no
dia seguinte Raquel Tavares convida o cabo-verdiano Tito Paris. Raquel Tavares indicou à
Lusa que está a preparar o concerto com Tito Paris "como se fossem uma só banda,
procurando assim corresponder ao conceito desta festa". As razões da escolha são
múltiplas para a fadista, vencedora do Prémio Amália Rodrigues Revelação, o ano
passado. Raquel Tavares irá neste espectáculo cantar pela primeira vez uma morna, não
excluindo os funanás e coladeras, ritmos tradicionais daquele arquipélago. O último
fim-de-semana junta os músicos Paulo Parreira, Ramon Mascio e a fadista Beatriz da
Conceição (dia 29) e António Zambujo e Luís Represas (dia 30). Paulo Parreira irá
interpretar temas de sua autoria e "recuperar algumas composições de
Armandinho", como disse à Lusa. Para este músico, que escolheu Beatriz da
Conceição "pelo que representa de castiço no fado", é "muito positivo
haver a possibilidade destes espectáculos de fusão musical, que permitem sempre outras
respirações". António Zambujo irá interpretar todos os temas em dueto com Luís
Represas, tendo escolhido apenas fados do seu mais recente álbum, "O mesmo
fado". Os dois cantores irão actuar com as respectivas formações musicais em
conjunto. (7 de Junho)
OMIRI: Projecto
a solo de Vasco Casais dos Dazkarieh
Dia 6 de Junho, Vasco Casais dos Dazkarieh apresenta no Teatro Ibérico o seu projecto
individual OMIRI em que, de acordo com a notícia publicada nas
Crónicas da Terra, o músico "promete subverter a rigidez de algumas das danças
tradicionais europeias" através da "criação de ambientes complexos dada pela
sopreposição de camadas sonoras gravadas em tempo real e a improvisação em torno das
mesmas". Prometido está um naipe vasto de instrumentos, que o músico explora e
aprende quase todos como auto-didacta: nyckelharpa, bouzouki, flauta, guitarra,
gaitas-de-foles (galega e transmontana). Fonte: Crónicas
da Terra (7 de Junho)
Festival Mestiço
na Casa da Música
A Casa da Música (CdM) recebe a partir de quinta-feira mais uma edição do Festival
Mestiço, um evento que reunirá ritmos vindos de vários pontos do globo e cruzará a
música tradicional com rock, hip hop e electrónica. Contactado pela Lusa, o programador
de música não clássica da CdM, Fernando Sousa, afirmou que este festival «mostrará
uma mistura de estilos diversos», através da constituição de «um cartaz coerente». A
abertura dos três dias de festival caberá aos Coup deBam, um trio composto pelo
austríaco Wilko Goriany e pelos turcos Ozden Oksuz e Metin Yilmaz que aposta no groove,
pop, nu jazz, electrónica e música étnica. Nesta estreia em Portugal, o trio far-se-á
acompanhar pela vocalista Barbara Bandi. World music, rock latino, salsa e reggae são
alguns dos géneros musicais que o francês Sergent Garcia, em estreia absoluta em
Portugal, visitará neste festival Mestiço, onde pretende recuperar «o melhor da cultura
cubana e da jamaicana, países visitados pela banda para estudo das raízes locais»,
apresentando o seu último trabalho «Mascaras». Na primeira das três noites do
festival, a CdM apresenta ainda Shantel & Bucovina Club Orkestar, que entrarão na
festa com sons balcânicos. O segundo dia do festival destaca a mistura de reggae e hip
hop, com a estreia a solo do MC Sagas, seguindo-se a actuação de Orchestre National de
Barbès. Fundada em 1995 pelo baixista e compositor Youcef Boukella, esta orquestra
recupera a sonoridade tradicional africana, do Norte ao deserto do Sahara, apresentando
uma mistura de estilos magrebinos com a música gnawa, do chaabi com sons da Andaluzia e
da Kabilia. Terrakota, Ikonoklasta e amigos e Nigga Poison actuarão também sexta-feira.
No último dia do festival actuarão Chambao, Fernanda Abreu e Nakobeta, Puto Português e
gata Agressiva. Segundo Fernando Sousa, a vocalista do trio Chambao é muito conhecida em
Espanha, é tida como um exemplo de mulher, porque nunca deixou de actuar apesar de ter
cancro. Já Fernanda Abreu regressará à CdM para festejar 25 anos de carreira, onde
mostrará novamente coreografias onde pode dançar como tanto gosta. O festival decorrerá
no Parque de estacionamento, um local que «alberga mais gente, entre 2500 e 3000»,
referiu Fernando Sousa. Fernando Sousa concluiu ainda que o parque é também o local mais
apropriado para receber «música muito efusiva que obriga a audiência a estar de pé». (7 de Junho)
Mylene: O Brasil
não muito distante
A cantora e compositora brasileira Mylene, no seu segundo disco Não muito
distante, faz uma releitura das canções dos Madredeus sob a óptica da diversidade
rítmica brasileira. O repertório - que abarca praticamente todas as fases por que
passaram o grupo -, tão português na sua essência, na voz íntima, intimista e elegante
de Mylene se transforma em cânticos africanos, lamentos dos índios, e modinhas à moda
da casa, sonoridades que, ao longo de tantos anos, vieram a formar a chamada Música
Popular Brasileira, reunião da ginga das três raças brasileiras, os negros, os índios
e os portugueses - tão diferentes entre si, numa sonoridade única no Mundo. É um
fascinante universo, onde o ouvinte se perde ao buscar onde começa e termina Portugal, e
onde este se funde com o Brasil, e como estes se complementam. (6 de Junho)
Música extra-curricular saí à rua
No próximo dia 9 de Junho integrado nas
Comemorações do 260.º Aniversário do Concelho do Fundão, terá lugar na Praça
Amália Rodrigues, pelas 21:30h, um concerto subordinado ao tema Canções do Mundo
Encantado, que conta com a participação de todos os alunos das escolas de 1º
ciclo de ensino básico do Concelho do Fundão envolvidas no Projecto Blocos com
Notas. Esta actividade da Área de Enriquecimento Curricular foi desenvolvida no
presente ano lectivo pela Academia de Música e Dança do Fundão. O programa deste
concerto é composto de várias canções interpretadas por um coro de centenas de
crianças acompanhadas por uma Orquestra formada por professores e alunos da Academia. (5 de Junho)
Tanya Tagaq e Shlomo no Ciclo Vozes de Outro Mundo
Começa esta semana, no TMG o ciclo Vozes de Outro Mundo. Na abertura do ciclo
vai estar a esquimó Tanya Tagaq (Canadá), no dia 8, num espectáculo único em Portugal.
A throat singer Tanya Tagaq conseguiu reavivar a tradição secular do
Inuit Vocal Game (o canto tradicional dos esquimós) para a ribalta da
música. Colaborou com Björk e com o Kronos Quartet. Com Björk gravou
Ancestors, e a cantora islandesa define Tanya como Edit Piaff, ou
alguém totalmente emocional. Em estreita relação com este concerto está a
Oficina para crianças Vamos Construir um Iglô que o TMG promove através do
Serviço Educativo, amanhã Terça-feira (5 de Junho), na Sala de Ensaios. Ambas asc
sessões desta Oficina estão já esgotadas. Segue-se, no dia 9, o human-beatboxer Shlomo
(Inglaterra); também ele colaborou com Björk em Oceania, o que lhe valeu uma
nomeação para um Grammy. A sua página na Internet anuncia Shlomo como o one-man-band do
futuro. Shlomo não deixa nadapor menos: este multi-instrumentista da voz de
nacionalidade inglesa é especialista do chamado beatboxing (técnica vocal que reproduz
ritmos e sons de instrumentos). Shlomo é uma autêntica caixa de ritmos humana e no TMG
(trata-se de um espectáculo único em Portugal) vai apresentar, para além de material
original, versões de músicas de Snoop Dogg, The White Stripes, entre outros. Na tarde
que precede o espectáculo, no dia 9, Shlomo orienta uma Oficina de Beatbox, às 18.00
horas, no Pequeno Auditório. Enraizado na cultura hip-hop, o betbox é uma surpreendente
técnica vocal que permite a reprodução de ritmos e sons de instrumentos. (4 de Junho)
Tony de Matos: A
vida de um romântico
O álbum "A vida de um romântico" com êxitos de Tony de Matos como
"Vendaval" e outros menos conhecidos como "E depois do adeus", de
Paulo de Carvalho, vai ser editado esta semana. O álbum, com a chancela da Farol, inclui
gravações efectuadas durante a década de 1970 para a extinta discográfica Estúdio,
algumas das quais remasterizadas e reeditadas em 1991, pela etiqueta Ovação. Ao lado de
temas popularizados por Tony de Matos como "O destino marca a hora" ou
"Vendaval", o álbum contém interpretações, pelo cantor, de canções que
outras vozes tornaram conhecidas, como por exemplo, a vencedora do Festival RTP de 1974,
"E depois do adeus", de Paulo de Carvalho, "A gaivota" de Amália
Rodrigues, "Pomba branca", de Max, "Rosinha dos limões", de Artur
Ribeiro ou "Amar, Amar", de Teresa Silva Carvalho. No total são sete estas
versões, gravadas depois de 1974 e que neste álbum surgem pela primeira vez em formato
digital. (3 de Junho)
Eurico Augusto Cebolo vence Concurso Grande Marcha
A composição "Beijos de Lisboa", com letra e música de Eurico Augusto Cebolo,
venceu o Concurso da Grande Marcha de Lisboa 2007, revelou hoje a Empresa de Gestão de
Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC). O tema, escolhido pelo júri por unanimidade,
será interpretado por todos os grupos participantes nas marchas populares de Lisboa e
recebe um prémio de 3.250 euros. O júri do concurso, presidido por Sara Pereira,
integrou Pedro Osório (apreciação musical), José Luís Gordo (apreciação da letra),
Simone de Oliveira e João Soeiro de Carvalho (apreciação geral). O concurso, promovido
pela Câmara de Lisboa no âmbito das Festas da Cidade, recebeu 48 candidaturas. (2 de Junho)
Arraiais do Mundo
em Tavira
E o baile não pára! Os Monte Lunai terminam o fim-de-semana tocando nos Arraiais do
Mundo, em Tavira, numa festa que se propõe saudar o tema tradicional enquadrado numa
perspectiva actual e que conta com grupos como Uxu Kalhus (2 de Junho) e Uma Coisa Em
Forma de Assim (1 de Junho). Neste evento conte com passeios, bailes e oficinas de dança.
Domingo, 3 de Junho às 22.30 na Praça da República. (1
de Junho)
Pedro Jóia: À
Espera de Armandinho
Pedro Jóia dá sábado à tarde, dia 2 de Junho, um concerto de apresentação do seu
novo álbum, "À espera de Armandinho", no Centro Cultural de Belém, durante o
qual interpretará também alguns temas flamencos e de Carlos Paredes. O espectáculo,
intitulado "Mourarias", conta com a participação do percussionista Vicky nos
temas flamencos. "Num terceiro momento do espectáculo irei interpretar peças para
guitarra flamenca, um tango flamenco de minha autoria, e uma bulería de Paco de Lucía
onde introduzi algumas frases musicais minhas", disse à Lusa Pedro Jóia. O
concerto, explicou Jóia, "inclui temas de Carlos Paredes sobre quem fiz um trabalho
em 2001, outros de minha autoria, uns de flamenco e outros de Armandinho". Os temas
da autoria de Armandinho e Paredes foram transcritos de guitarra portuguesa para guitarra
clássica, instrumento de eleição de Jóia, apesar de tocar outros instrumentos de
corda, nomeadamente alaúde. No concerto de sábado à tarde, Pedro Jóia, que tem
recebido rasgados elogios da crítica, irá apenas tocar guitarra clássica. No caso dos
temas flamencos, não irá trocar de instrumento pois, segundo disse à Lusa, "não
há uma diferença fisionómica substancial de guitarras, mas sim na técnica de
tocar". O álbum "À espera de Armandinho" foi idealizado no Brasil, onde o
músico habitualmente toca, e gravado em Lisboa, em Março último, devendo estar no
mercado na próxima semana, com selo da HM Música. "Decidi mergulhar no universo de
Armandinho, considerando positiva a experiência que tive na transcrição para guitarra
clássica do temas de Paredes que também foram compostos para guitarra portuguesa",
disse ainda. (31 de Maio)
Dulce Pontes inicia em
Barcelona digressão por Espanha
Dulce Pontes inicia no Teatre Auditori de Sant Cugat, em Barcelona, uma digressão por
Espanha que inclui um concerto em Valência no âmbito da Américas Cup. A cantora
irá apresentar em quatro palcos espanhóis o seu mais recente trabalho, "O coração
tem três portas", que qualificou à Lusa como "um trabalho experimental que é
um caminho na busca da música pura". Dulce Pontes, acompanhada por uma banda de sete
músicos, actua em Barcelona, seguindo para San Sebastian, onde subirá ao palco do
Auditório Kursaa, dia 11 de Junho. Dias 13 e 14 a intérprete de "O meu porto do
Graal" apresenta-se no Teatro Albéniz em Madrid, seguindo para Valência onde actua
dia 16, um sábado. Dulce Pontes e a sua banda actuarão no anfiteatro do Muelle de la
Aduana, na zona portuária de Valência. A primeira parte do concerto, inserido no
calendário cultural da Americas's Cup, é preenchida por Tito Paris. O programa cultural
valenciano para esta 32ª America's Cup começou a 01 de Junho com José Carreras e inclui
nomes como Sara Baras, Paco de Lucía, Joe Cocker e Sant Joan Electric.
"Resineiro", que José Afonso popularizou, "Cantiga da azeitona",
"São João" e "Aboio", são algumas dos temas que Dulce Ponte
integrará nos seus espectáculos, ao lado de fados como "Ovelha negra" do
repertório de Beatriz da Conceição. Outros fados que interpretará serão
"Cigano", criado por Berta Cardoso, "Velha tendinha", de Hermínia
Silva, ou "Maldição", "Não é desgraça ser pobre", "Há festa
na Mouraria" e "É da torre mais alta" de Amália Rodrigues.
"Palhaços encapuçados" e "Passa ou não passa", dois temas de sua
autoria constam igualmente do programa que Dulce apresentará.A banda que acompanha Dulce
Pontes é constituída por Óscar Viana (oboé), Amadeu Magalhães (viola braguesa,
guitarra acústica, gaita de foles mirandesa e flauta medieval), José Soares (guitarra
acústica), Filipe Lucas (guitarra portuguesa), Paulo Feiteira (viola de fado), Beto Betuk
(percussão) e David Zacarias (violoncelo e baixo acústico). Em Julho, Dulce Pontes tem
previsto uma actuação em Ceuta, nas muralhas daquela ex-possessão portuguesa. (30 de Maio)
Mário Pacheco:
Clube de Fado, de Alfama para DVD
Clube de Fado é um espaço que Mário Pacheco criou na Alfama Velhinha, logo
a seguir à secular Sé de Lisboa, um local onde se estabelece, tornando-se um espaço de
referência do fado e também da criação artística. Na realidade é um clube enquanto
espaço de convívio, de tertúlia e troca de ideias em ambiente fadista. Este local onde
o fado acontece todas a noites faz jus à tradição e, de quando em vez, Mário Pacheco
solta amarras e a sua guitarra viaja para outros ambientes e espaços que sendo estranhos
ao fado cedo se embrenham na melodia alfacinha. Clube de Fado (CD e DVD) é também o
título do seu novo trabalho, e nele mais uma vez a guitarra portuguesa e a composição
são a sua grande paixão. Este trabalho espelha uma saída fora de portas, no
ambiente aristocrático do Palácio Nacional de Queluz. Para este espectáculo Mário
Pacheco convidou fadistas que interpretam as suas melodias: Camané, Rodrigo Costa Félix,
Ana Sofia Varela e Mariza, quatro nomes incontornáveis do fado, assim como os músicos
Carlos Manuel Proença (viola), Rodrigo Serrão (contrabaixo), Marta Pereira da Costa que
reata a tradição de as mulheres tocarem guitarra e ainda o quarteto de cordas de Arlindo
Silva. Na escadaria Robillion, erigida em 1764, (um cenário mágico) desfilam emoções,
sentimentos, imagens de vida, acontece fado pelas palavras dos poetas e na inspirada
música e guitarra de Mário Pacheco. (29 de Maio)
Mariza: Fado em missão
diplomática em Moscovo
Mariza vai actuar no Teatro Stanislavsky de Moscovo a 28 de Maio, no primeiro dia da
visita oficial do primeiro-ministro, José Socrates, à capital russa. A cantora
portuguesa irá cantar fado perante uma plateia de mais de mil pessoas, convidadas
especialmente para o efeito pela Embaixada de Portugal na Federação da Rússia. Mariza
é, além de Amália Rodrigues, a cantora de fado português mais conhecida na Rússia,
onde já actuou na Casa da Música de Moscovo (10-11 de Dezembro de 2004), um dos melhores
palcos da capital russa. "Mariza canta em Moscovo. É como se o próprio Sol
português tentasse, de súbito, derreter a nossa neve e a cordial abertura do Sul
revirasse o coração blindado dos tristes habitantes do Norte. Certamente que não
estamos habituados a isso" - escreveu na altura o jornal "Rossiskaia
Gazeta". Os CD's de Mariza gozam também de popularidade entre os russos que se
interessam por aquilo que os críticos em Moscovo definem como "música
étnica". "Poucos são os que na Rússia conhecem o estilo musical chamado fado.
Mas, depois de se ouvir o álbum da cantora portuguesa Mariza, metade do país apaixona-se
por ela. E a melhor metade (não no sentido da parte feminina, mas no sentido da parte
intelectual). Ritmos latinos, meiguice, leveza e harmonia fundem-se com a alegria de viver
balcânico-cigana" - escreveu o diário "Novie Izvestia" a propósito do
lançamento do CD "Transparente" no mercado russo. Prova da popularidade da
fadista portuguesa entre os russos é o facto de os seus discos estarem há venda nos
enormes mercados de produção audio e video pirata, ao lado de outros intérpretes
portugueses como Amália Rodrigues, Carlos do Carmo, Madredeus. (28 de Maio)
Dúnia: Os
ritmos rápidos, os lentos e os assim-assim
Da riqueza musical africana e da evolução criativa do Homem, surgiram os
"DUNIA". Feitos de ritmos rápidos, moderados e também lentos, tudo isto numa
tentativa de expressão dos sentimentos que levassem mais longe as danças e estilos de
culturas diversas. Os DÚNIA são constituídos por seis elementos: Bateria, baixo,
teclas, duas guitarras e duas vozes. Desde Outubro de 2006, quando a banda nasceu, os
Dúnia já deram vários concertos, que deixaram a banda bastanta satisfeita com as
perspectivas do futuro. A confirmar isso mesmo, o grupo tem já marcados concertos para o
"Festival Raizes do Atlântico" e para a "Festa Africana" na Madeira
ainda com datas a confirmar. (27 de Maio)
Kátia Guerreiro
Grava DVD ao vivo
Katia Guerreiro actua sexta-feira com a Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) no Coliseu
do Porto, um espectáculo que será gravado e constituirá o primeiro DVD da fadista,
disse à agência Lusa fonte da sua produtora. "Escolhemos o Coliseu do Porto pela
sua acústica, devendo o DVD sair no final do ano", disse à Lusa a fadista. O
programa do concerto "será em tudo idêntico" ao apresentado em Março, em
Lisboa, por ocasião da comemoração dos 50 anos da assinatura do Tratado de Roma, que
instituiu a Comunidade Económica Europeia, embrião da actual União Europeia. Do
programa consta a peça encomendada pela OML a Álvaro Cassuto, "Fados
sinfónicos", um conjunto de fados tradicionais e ainda a peça "Fado
corrido" de Frederico de Freitas. No caso dos fados tradicionais Katia, interpretará
alguns deles apenas acompanhada à guitarra portuguesa por Paulo Valentim, à viola por
João Veiga e ao contrabaixo por Rodrigo Serrão e outros pela OML. Depois do Coliseu do
Porto, a OML sob a batuta de Álvaro Cassuto e Katia Guerreiro apresentam o mesmo
programa, sábado no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz e domingo na Aula
Magna da Universidade de Lisboa. Em declarações à Agência Lusa Álvaro Cassuto
descreveu "Fados sinfónicos" como uma Sinfonia concertante para fadista,
guitarristas e orquestra. Segundo Cassuto esta peça "transcende quer o fado quer a
própria música sinfónica, criando algo de novo". O maestro e compositor começou a
desenvolver a ideia quando dirigiu Amália Rodrigues com orquestra no Festival de Newport
(EUA), e voltou a ela quando, há cerca de ano e meio, Katia Guerreiro e a OML, por ele
regida, actuaram no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. "A ideia - explicou - era
fazer algo que nenhum compositor português ainda tinha feito, debruçar-se a sério sobre
o fado e a orquestra sinfónica". Segundo Cassuto, o que se tem feito é
"orquestrar fados" e não "encontrar uma linguagem para a orquestra
compatível com o fado". A sinfonia concertante "Fados sinfónicos" inclui
"Coimbra", "Tudo isto é fado", "Malmequer pequenino",
"Foi Deus" e "Casa portuguesa". Katia Guerreiro abre o concerto
acompanhada pela orquestra, interpretando quatro fados: "Segredos" (Paulo
Valentim), "Rosa Vermelha" (José Carlos Ary dos Santos/Alain Oulman),
"Amor de mel, amor de fel" (Amália Rodrigues/Carlos Gonçalves) e "Os meus
versos" (Florbela Espanca/P. Valentim), orquestrados por Vasco Pierce de Azevedo. Em
seguida, a criadora de "Fado Maior" cantará alguns fados do seu mais recente
álbum "Tudo ou nada", apenas acompanhada pelos seus músicos habituais, Paulo
Valentim, João Veiga e Rodrigo Serrão. (26 de Maio)
Ana Moura:
"Para Além da Saudade" em Sintra
A fadista Ana Moura apresenta sexta-feira à
noite, dia 25 de Maio, em Sintra, no Centro Olga Cadaval, o seu novo álbum "Para
Além da Saudade". O espectáculo no palco sintrense é o ponto de partida para uma
série de concertos em Portugal e no estrangeiro, de apresentação do álbum que entrou
já esta semana para a tabela de vendas. "Para Além da Saudade" será
apresentado em Stadkirche, em Jena, na Alemanha (14 de Junho), e na Holanda, no Paard em
Haia (15 de Junho), e no Openluchtteater, em Bloemendaal (16 de Junho). No concerto de
sexta-feira Ana Moura será acompanhada à guitarra portuguesa por José Manuel Neto, à
viola por José Elmiro Nunes e na viola-baixo por Filipe Larssen. O alinhamento do
espectáculo "incluirá a maioria dos 15 temas gravados no álbum mas também fados
que as pessoas já conhecem dos dois discos anteriores", disse à Lusa Ana Moura.
Jorge Fernando será o músico convidado, com o qual interpretará, no decorrer do
espectáculo, alguns fados. O músico assina a maioria dos temas do álbum, num total de
sete, dois deles em parceria com Custódio Castelo. (25
de Maio)
No tempo do Gira-discos
A produção fonográfica portuguesa das décadas de 60 e 70 é relembrada a partir de uma
selecção de discos efectuada pelos etnomusicólogos António Tilly e João Carlos
Callixto onde não faltam gravações de Simone de Oliveira, Carlos do Carmo, Sheiks,
José Cid, Banda do Casaco, José Afonso e muitos outros, podendo algumas delas ser
ouvidas pelos visitantes em pontos de escuta gentilmente cedidos pela Creative Labs
Portugal. Organizada em conjunto com o Instituto de Etnomusicologia (FCSH - UNL) e com
discos cedidos pela RDP e coleccionadores particulares, a exposição homenageia algumas
figuras fundamentais da música portuguesa. Paralelamente à exposição, estão a ser
preparadas visitas guiadas e debates. Já este sábado, teremos uma visita gráfica à
exposição conduzida por Tó Trips (designer) e Pedro Félix (antropólogo). Para ver
até 23 de Junho 2007, no Museu da Música, em Lisboa.
(24 de Maio)
Andrew Bird ao
vivo no Cinema São Jorge
O músico norte-americano, Andrew Bird dá um concerto no Cinema São Jorge, dia 31 de
Maio, às 22h00. O carismático songwriter apresenta o mais recente álbum Armchair
Apocrypha. Andrew Bird alia à sua música a voz, a guitarra, o violino e o próprio
assobio e não fica imune às comparações com Beck, Jeff Bucley ou Rufus Wainwright. Com
dez anos de carreira, apenas em 2005 obteve reconhecimento internacional com o álbum
The Mysterious Production of Eggs. Armchair Apocrypha é o sétimo
trabalho de originais que alia a música folk-indie ao jazz, passando pelo rock. O cantor,
compositor e violinista volta a criar uma atmosfera intimista com temas melancólicos em
que os acordes da guitarra eléctrica ganham espaço, um facto nunca antes verificado nos
álbuns anteriores. Concerto Andrew Bird no Cinema São Jorge | Sala 1 | 31 de Maio |
22h00 (23 de Maio)
MicroFestival
Trad em Águeda
No fim-de-semana de 1 e 2 de Junho, a latada do Espaço dOrfeu vai ser palco de um
microFestival com uma programação dedicada exclusivamente à música tradicional,
retratando algumas das suas várias facetas. Um convite para os apaixonados pelos ritmos
contagiantes das músicas e danças tradicionais e para todos os que se queiram deixar
envolver. Eles tocam, ensinam as coreografias e nós bailamos. Festa garantida, de porta
literalmente aberta! Sexta e sábado, a partir das 22h00, no Espaço dOrfeu.Na Sexta
1 Junho, a abertura é com os EMtrad: Para aquecer o terreiro, os alunos e
formadores da Escola de Música Tradicional da dOrfeu abrem o microFestival com um
apontamento dançável do repertório desenvolvido na aulas. Depois segue-se-lhes um
concerto-baile "Pé na Terra" - um entrelaçado de desejos musicais através de
temas originais ou tradicionais portugueses numa energia própria onde a poesia e a dança
se complementam. Músicos como o gaiteiro Ricardo Coelho ou a cantora Cristina Castro,
conhecidos de outras formações folk do grande Porto, encontram o seu reduto criativo nos
"Pé na Terra". No Sábado 2 Junho, o evento arranca com uma oficina de danças
tradicionais europeias, em que Eva Parmenter e Jorge Casaínho orientam um momento de
convívio dançante no qual o público é convidado a viajar pelo universo das danças
tradicionais europeias. Espaço aberto para toda a gente aprender a Mazurka, a Scottisch,
a Bourrée, o Andró ou a Chapelloise, danças repopularizadas no movimento folk actual.
Uma hora mais tarde actua o grupo "Origem", oriundos de Braga, e que são um dos
mais antigos grupos de música tradicional portuguesa - criado com o intuito de a
divulgar. Com disco quase pronto a editar, apresentam-se no Espaço dOrfeu
representando um dos mais recorrentes formatos da música tradicional. Fecha-se o
microFestival com a volta dada. Para ver, nos dias 1 e 2 Junho, 22h00, no Espaço
dOrfeu. (22 de Maio)
António Chaínho:
Virtuosismo em trio + tango
Durante as próximas semanas o Mestre da Guitarra portuguesa apresenta-se ao vivo em Trio
e com tango a acompanhar em alguns espectáculos. Na agenda
está uma primeira actuação em Trio, no dia 6 de Maio, no Parque Atlântico, Sítio da
Nazaré, às 21:00 (espectáculo integrado na 1ª Feira Nacional do Mar e das Artes). Uma
Actuação também em Trio mais uma dupla de Tango, é no dia 1 de Junho, em Évora,
Pavilhão do NERE, às 22:30h. No dia 27 de Junho o mestre da guitarra ruma a Andorra,
para apresentar um formato Workshop + Quarteto, um espectáculo integrado nas
Comemorações do Dia de Portugal. De regresso a Portugal, o recinto da Feira de
Artesanato do Estoril recebe um espectáculo em Trio, no dia 13 de Julho. Em função do
espectáculo, os músicos que acompanham António Chainho nesta mini-digressão são
Carlos Silva (Viola de Fado), Marco Rodrigues (voz), Isabel Noronha (voz), Carlos Silva
(Viola de Fado), Marco Rodrigues (voz) e Fernando Alvim (Viola de Fado). (21 de Maio)
Sativa: O Reggae
dos Portugueses
A 10 de Junho os SATIVA vão marcar presença no 1º aniversário da associação Arte Jah
Nasce actuando em Coimbra na Escola Sec. José Falcão. Sativa engloba um pouco de toda a
diversidade de sonoridades jamaicanas, desde o oldie ska, passando pelo roots reggae,
ragga e viajando também pelo universo do dub. Todas estas raízes (Jamaica, Africa, World
music) ajudam a caracterizar o som único da banda. O grupo é composto por Pedro
"Dubi" na Voz; Bro Pine na Guitarra e Voz secundária; "Masco" na
Guitarra; Pedro "Pulga" no Baixo; Sérgio Pires na Bateria e Voz secundária;
Gustavinho nos Teclados; Sister Gi na Voz secundária e "Manguela" na
Percussões. (20 de Maio)
Quarteto Sofia Ribeiro & Gui Ducignau: Ecletismo na Maia
Sofia Ribeiro, cantora portuguesa que tem vindo a acumular sucessos pelos palcos da Europa
e E.U.A., apresenta um novo e aliciante projecto com o contrabaixista e compositor Gui
Duvignau, licenciado em composição pela Berklee College of Music (Boston). Os dois
iniciaram a sua colaboração musical em Boston e contam agora com a participação de
João Salcedo no piano e Marcos Cavaleiro na bateria. O grupo interpreta originais, assim
como arranjos pessoais de temas diversos, passando por Zeca Afonso, Erykah Badu e Betty
Carter. Com Sofia Ribeiro voz, Gui Duvignau contrabaixo, João Salcedo
piano, Marcos Cavaleiro - bateria. Ao vivo, na Tertúlia Castelense, no Castelo da
Maia, dia 26 de Maio. (19 de Maio)
Masterclass de Violino
Barroco
O Centro Cultural de Belém e a orquestra barroca em residência, Divino Sospiro,
organizam uma masterclass de violino barroco e música de câmara (instrumentos originais)
dirigida por CHIARA BANCHINI, que decorrerá entre os dias 2 e 4 de Julho de 2007. O curso
é dirigido a estudantes de música e músicos profissionais na área da música antiga,
cordas e música de câmara. O tema é todo o repertório de música barroca até 1770. Os
candidatos devem apresentar-se com instrumentos barrocos apropriados ao tema da
masterclass. Os instrumentistas de corda devem ter os seus instrumentos montados com corda
de tripa com diapasão a 415Hz. Devem também ser portadores de um arco barroco.
Inscrições: até 22 de Junho. (18 de Maio)
A Naifa corta em
frente para Marrocos
A sexta edição do Festival Mawazine decorre entre 18 e 24 de maio. A programação, que
se desdobra por 5 espaços da capital marroquina, é constituída por um leque variado de
propostas musicais de todo o mundo. Para esta edição, a produção deu especial destaque
à música de expressão lusófona, convidando A NAIFA e ANTÓNIO CHAÍNHO como
representantes de Portugal. O espectáculo d'A Naifa terá lugar na sala Dar Mrini na zona
antiga de Rabat, um dos palcos habituais do festival. (17
de Maio)
O regresso do Festival
Trebilhadouro
De acordo com uma informação avançada pelas Crónicas da Terra, este ano estará de
regresso o Festival Internacional de Artes e Culturas do Trebilhadouro, uma aldeia situada
na Freguesia de Roge, concelho de Vale de Cambra, no distrito de Aveiro. As datas
anunciadas são de 27 a 30 de Julho, mas de acordo com a fonte, não se conhece o cartaz
mas sabe-se, avançam as Crónicas, que o projecto Quarto Minguante será um dos vários
grupos portugueses que comporão o cartaz. Fonte:
Crónicas da Terra (17 de Maio)
Monte Lunai: Concerto-Baile
em Mafra
Os Monte Lunai tocam no dia 19 de Maio pelas 16 horas no magnífico cenário das
escadarias do Convento e Basílica de Mafra. Depois da Quinta da Regaleira e do Castelo de
São Jorge, os Monte Lunai proporcionam mais um baile tradicional num local histórico e,
neste caso, de particular grandiosidade. O concerto está enquadrado nas "Festas da
Amizade" e a tarde promete ser plena de actividades. A par com outros monumentos
nacionais, o Convento e Basílica de Mafra foi nomeado para as "Sete Maravilhas de
Portugal". Numa iniciativa curiosa e de reconhecimento pelo valor histórico, os
munícipes são convidados a "abraçar" o Convento sob a forma de um cordão
humano. Será pelas 15.00 horas e logo de seguida, no mesmo local, começa o concerto dos
Monte Lunai. Concerto-Baile no dia 19 de Maio às 16.00 em Mafra, nas Escadarias do
Convento e Basílica de Mafra - entrada livre. (16 de
Maio)
Oficina permanente de Cante Alentejano, em Évora
De forma descontraída, todas as terças-feiras, alguns convivas (de norte a sul do país
e outros além fronteiras) reúnem-se às 20h no Espaço Celeiros para cantar - pelo
prazer de cantar e aprender - o cante alentejano com o mestre Joaquim Soares. A Oficina
acontece todas as Terças das 20h às 21h, no espaço Celeiros, em Évora e cosntitui uma
grande oportunidade para aprender sobre uma expressão musical, cujos saberes são apenas
transmissíveis a partir da experiência daqueles que ensinam enquanto cantam. (15 de Maio)
Andarilhos:
Tradições e outras sonoridades em Évora
Os Andarilhos são um grupo musical que
promove e divulga a música portuguesa de cariz tradicional através de actuações e
participações em espectáculos. Com base na etnografia e nos instrumentos tradicionais,
o grupo desenvolve novas sonoridades, interpretando e recriando temas que fazem parte da
tradição musical portuguesa. Para reviver, no dia 25 de Maio, em Évora, no recinto da
Feira do Livro. A partir das 21:20h. (14 de Maio)
O Fado lisboeta de Raquel
Tavares no Algarve
Depois do concerto com que nos presenteou no passado dia 5 de Maio, no Teatro da Trindade,
em Lisboa, a jovem fadista Raquel Tavares desloca-se até ao Algarve, neste fim-de-semana,
para participar nas Comemorações do 231º Aniversário da cidade de Vila Real de Santo
António. O concerto da "Revelação Feminina" do fado em 2006 insere-se num
grande espectáculo de fado que vai acontecer no domingo, dia 13 de Maio, a partir das
22h, na Praça Marquês de Pombal. Além de Raquel Tavares, vão actuar grandes nomes do
fado como Rodrigo, Maria da Fé, Argentina Santos e Diogo Clemente. Em Lisboa, os amantes
do fado podem sempre ouvi-la na Casa de Linhares/Bacalhau de Molho. (12 de Maio)
Nas Veias de Uma Guitarra Tributo a Fernando Alvim
Porto, Bairro a Bairro convida todos os portuenses para assistirem ao
espectáculo Nas Veias de Uma Guitarra - Tributo a Fernando Alvim, a decorrer
nos próximos dias 11 e 12 de Maio às 21h30, no Auditório de Paranhos e no Centro
Paroquial Aldoar, respectivamente. Fernando Alvim, o decano dos guitarristas portugueses,
actualmente com 72 anos de idade e Ricardo Parreira, o jovem músico de 20 anos, benjamim
dos nossos intérpretes, filho do grande guitarrista António Parreira, levam ao palco um
momento musical de rara beleza interpretando temas que fazem parte da história da
guitarra portuguesa. A Vereadora da Habitação e Acção Social, Matilde Alves,
entregará a Fernando Alvim no final do espectáculo do Centro Paroquial de Aldoar, um
Estojo com as Armas da Cidade, uma distinção atribuída pelo Porto, Bairro a
Bairro, pelo percurso artístico na guitarra clássica desta personalidade por todos
reconhecido e que o Município do Porto pretende publicamente enaltecer. O repertório é
constituído por temas de Carlos Paredes, José Nunes, Francisco Carvalhinho, Artur
Paredes e Armandinho. No palco, esses temas são interpretados e reinventados
pelas guitarras destes dois intérpretes separados por mais de 50 anos, mas unidos pela
mesma paixão: a música e a guitarra portuguesa. Este evento musical pretende homenagear
um dos maiores guitarristas portugueses de sempre - Fernando Alvim, proporcionando à
população da cidade a arte do Mestre que ao longo de mais de 50 anos levou a música
portuguesa além fronteiras e acompanhou durante mais de duas décadas o saudoso Carlos
Paredes. Com este espectáculo, o Porto, Bairro a Bairro inicia um novo ciclo
na sua programação: A Guitarra e outras Cordas, que programará regularmente
a grande música de cordas de todo o mundo. (11 de Maio)
Amarte no CCB: Um virtuoso
com influências do Mundo
O virtuoso guitarrista português, já reconhecido além fronteiras e comparado a Toti
Soler ou a Baden Powel pela crítica internacional, apresenta AMARTE no Centro
Cultural de Belém no próximo dia 25 de Maio 2007, pelas 21 horas. Inicia o seu primeiro
contacto com a guitarra clássica aos 6 anos tendo desenvolvido uma dedicação e
aprendizagem constante desde então. Influenciado pelas suas experiências com diversas
culturas e diferentes sonoridades, este artista vimaranense, desenvolve um estilo onde a
sua composição se assume como a expressão das suas paixões musicais. Do seu currículo
constam participações em Festivais de renome como o Tourcoing Jazz Festival
ou o Emociona Jazz!!, e a partilha do palco com artistas de renome
internacional como Diana Krall, Tomatito, Paolo Conte, Brad Mehldau, Compay Segundo,
Richard Galliano, Mike Stern, Dulce Pontes, Mestre António Chainho , entre outros. O seu
trabalho não passa despercebido e recentemente o seu tema Praça de Santiago
foi incluído na banda sonora da novela Ilha dos Amores da TVI. O espectáculo
AMARTE decorre do seu segundo álbum, lançado em Novembro de 2006, o primeiro
com distribuição internacional. Neste espectáculo, de originais onde a música popular
portuguesa se funde com o flamenco, a música celta e o jazz, resultando numa linguagem
muito própria e actual, Manuel dOliveira faz-se acompanhar em palco pelos músicos
David Leão na Flauta Transversal e Gaita-de-foles; Paulo Barros no Piano; José Silva no
Baixo e Mário Gonçalves na Bateria que juntos compõem o grupo Mediterrâneo. (10 de Maio)
Última apresentação de "Cabelo Branco é Saudade"
O espectáculo de fado Cabelo Branco é Saudade, concebido e dirigido por
Ricardo Pais, tem a sua última apresentação nacional na Casa da Música, na
sexta-feira, 11 de Maio, às 22 horas. Estreado em Julho de 2005, no Teatro Nacional S.
João, no Porto, Cabelo branco é Saudade junta três glórias do fado e um
dos mais jovens e promissores herdeiros da tradição bairrista de Lisboa. Em palco, as
presenças veteranas de Argentina Santos, Celeste Rodrigues e Alcindo de Carvalho
apresentam-se com os jovens talentos Ricardo Ribeiro e, na viola, Diogo Clemente, com 22
anos, que assegura, também, a direcção musical. O naipe de artistas completa-se com
Bernardo Couto, na guitarra, e Nando Araújo, na viola baixo. «Até há poucos anos,
Argentina Santos era uma mestra recôndita no seu restaurante, Celeste Rodrigues vivia na
sombra da sua contingência, Alcindo de Carvalho era um segredo muito bem guardado,
lembrava Ricardo Pais no lançamento do espectáculo, em Julho de 2005. Agora que o
sistema os vai homenageando, é chegada a altura de juntar alguns deles e revelá-los na
madurez insigne do seu conhecimento. Ao longo da noite, os quatro fadistas entoam 19
temas inesquecíveis, como Partir é Morrer um Pouco, Amar Não é um
Pecado, Amor é Água que Corre, Vielas de Alfama,
Baile dos Quintalinhos, A Casa da Mariquinhas, Não venhas
Tarde, Lágrima, Fado das Horas ou Cabelo Branco
(Mocidade Perdida). O espectáculo tem direcção cénica de Ricardo Pais,
direcção musical de Diogo Clemente, cenografia e figurinos de Nuno Carinhas, som de
Pedro Santos, luz de João Coelho de Almeida e assistência à direcção cénica de João
Henriques, sendo co-produzido pelo Lado B Produções Artísticas e pelo Teatro
Nacional S. João. Depois de ter sido estreado no Porto, Cabelo Branco é
Saudade foi levado à cena em Viseu, Lisboa, Torres Novas, Guarda, Aveiro, Bordéus,
Reims, Madrid, Nápoles e Frankfurt, fazendo a sua última apresentação nacional na Casa
da Música, antes de encerrar a digressão europeia no próximo mês de Junho, com uma
última apresentação na Cité de La Musique, em Paris. Sexta-feira, 11 de Maio, 22h00 |
Sala Suggia. (9 de Maio)
The Folk Songs Trio em Torres Vedras
O Teatro-Cine de Torres Vedras vai ser palco no próximo dia 11 de Maio, pelas 21h30, de
um Concerto com o The Folk Songs Trio. Integrado no The Folk Songs
Project - Cinco Cidades e organizado pela Cooperativa de Comunicação e Cultura de
Torres Vedras, este espectáculo será levado a cabo por músicos de elevada craveira
internacional, como William Parker, Guillermo E. Brown e Victor Gama. The Folk Songs
Trio é actualmente um dos mais excitantes trios de free improv,
explorando um terreno fértil entre o free jazz, o hip-hop,
músicas tradicionais e electrónica.Combinando a forte presença performativa de William
Parker (contrabaixo, instrumentos de sopro tibetanos e instrumentos de corda norte
africanos) com as melodias delicadas dos Instrumentos Pangeia de Victor Gama (Toha, Arha,
Acrux e Kissange) e as percussões electrónicas fragmentadas e desconstrutivas de
Guillermo E. Brown, The Folk Songs Trio oferece uma inovadora fusão de
sensibilidades entre o vanguardista e o tradicional. A interface do site The Folk
Songs Project - Cinco Cidades será também usada no espectáculo, podendo os
músicos recorrer a esta em tempo real, retirando extractos de sons de rua, de entrevistas
ou de músicas, recolhidas em Torres Vedras. The Folk Songs Project - Cinco
Cidades é uma itinerância que decorre em cinco Cidades portuguesas, combinando um
Concerto ao vivo do The Folk Songs Trio, um site de arte digital interactivo,
workshops e a participação de associações e escolas de música locais na recolha de
sons. Esta combinação de actividades físicas e digitais é desenhada de forma a
envolver audiências locais numa fusão única de música e arte digital. Beneficiando da
participação de artistas nova-iorquinos de elevada craveira e de um artista luso, bem
como de ligações muito próximas a instituições em Nova Iorque e em Manchester, este
Projecto irá contribuir para colocar as cidades portuguesas e os centros culturais
participantes no centro da comunidade criativa global. A esta iniciativa, concebida pelo
The Folk Songs Project e a PangeiArt, associaram-se a Cooperativa
de Comunicação e Cultura de Torres Vedras, a Culturgest, a Fundação de Serralves, o
Theatro Circo de Braga e o Teatro Municipal da Guarda. (8
de Maio)
José Peixoto e Maria João: "Pele" ao vivo
José Peixoto e Maria João apresentam-se ao vivo para desvendar o recente registo
discográfico "Pele", que junta a guitarra acústica à voz de Maria João.
Neste concerto e neste disco, a Guitarra de José Peixoto é protagonista principal e
faz-se ainda de acompanhar das percussões de Vicky e do Contrabaixo de Demian Cabaud. O
Espectáculo acontece em Montemor-o-novo, no dia 12 de Maio, a partir das 21:30h. (7 de Maio)
Intervalo TAGV:
Concertos Didácticos
Como se constrói uma orquestra é o tema que o Teatro Académico Gil Vicente propõe para
o dia 7 de Maio (10h30) - uma iniciativa do próprio TAGV e do Conservatório de Música
de Coimbra. No último concerto da série, as várias famílias e naipes de instrumentos
mostram-nos como trabalham em conjunto. Ficaremos a conhecer a sua posição relativa e o
papel do maestro. Serão interpretadas peças para orquestra.
(6 de Maio)
Maria João ao
vivo em Alcanena
No dia 10 de Maio, Maria João apresenta-se ao vivo para apresentar o seu novo disco a
solo "João", composto integralmente por temas da compostos por
autores brasileiros - um trabalho notável e que fica longe dos clichés que muitas vez
marcam a partilha de imaginários musicais entre artistas portugueses e a vasta criação
musical da música popular brasileira. O concerto tem lugar no Pavilhão Municipal Carlos
Calado, em Alcananea, a partir das 21:30h. A acompanhar a cantora termos Mário Delgado na
Guitarra, Demian Caboud no Contrabaixo, Alexandre Frazão na Bateria e Eleonor Picas na
Arpa. A não perder. (4 de Maio)
Recital de Música Indiana no Porto
A formação musical Jugalband apresenta-se em trio na Sexta-feira dia 11 Maio, a partir
das 21,30h para apresentar um recital de música indiana. O Recital terá lugar na
Livraria Livraria Lello, no Porto, a propósito da inauguração da exposição de
joalharia e couros dourados: Manufacturas do al-Andalus, recriações de inspiração
Ibero-muçulmana de Ana Caldas e Franklin Pereira. (3 de
Maio)
Vozes da Rádio
encerram Encontro Lusófono
A Trofa é por estes dias ainda a capital da
Lusofonia, com a realização do 3º encontro lusófono da literatura infanto-juvenil que
está a decorrer na casa da cultura até ao dia 6 de Maio. No dia José Jorge Letria,
João Pedro Mésseder, e Maria José Meireles na Trofa para falar de literatura infantil.
Sexta-feira, (4 de Maio) espera-se mais um dia grande na 3ª Edição do Encontro
Lusófono com a presença de José Jorge Letria, João Pedro Mésseder, e Maria José
Meireles. Autores já consagrados no panorama nacional da literatura infanto-juvenil que
chegam assim à Trofa, trazendo as suas histórias e prometendo encantar
pequenos e graúdos. Os autores participam no Encontro Literário com as
Escolas a partir das 10h00, na Casa da Cultura. Neste encontro organizado pela
Câmara Municipal da Trofa já foram apresentados a nível nacional dois livros infantis
O Pirilampo e os deveres da escola com texto de João Alberto Roque e
ilustração de Helena Zália, autores vencedores do V Concurso Nacional Literário da
Trofa - Prémio Matilde Rosa Araújo e ainda o lançamento da obra o Cavalo das sete
cores, texto de Papiniano Carlos e ilustração de Fedra Santos. O encontro
lusófono encerra dia 6 de Maio (Domingo) com um grande concerto dos portuenses Vozes da
Rádio, um quinteto vocal formado em 1991 que 16 anos depois da sua criação volta a
visitar os seus grandes êxitos. Paralelamente até ao próximo domingo pode ainda visitar
a feira do livro da Trofa que vai na sétima edição e que reúne editoras de todo o
país. (2 de Maio)
Encontros de Música e Dança no Espaço Celeiros
Espaço Celeiros, em Évora, está aberto às Quintas-Feiras onde se pode tocar, ouvir ou
dançar músicas de baile. Das 22h00 às 23h00 há danças com a coordenação da Ana
Silvestre e da Luísa Fonseca, depois das 23h00 às 24h00ensaiam os músicos: violinistas,
violoncelistas passando pelos flautistas, guitarristas, bateristas, ou quem queira vir
simplesmente tocar pedrinhas, conchinhas ou pauzinhos, sob a coordenação do TóZé
(António Bexiga) e Jorge Santos. Depois das 24h00 às 02h00 junta-se tudo e solta-se o
baile. Não é necessário inscrição ou marcação prévia.
(1 de Maio)
Raquel Tavares ao vivo em
Lisboa
Dia 5 Maio, a Fadista revelação Raquel Tavares regressa a Lisboa para se apresentar ao
vivo no Teatro da Trindade. Aos 21 anos de idade, Raquel Tavares já venceu a Grande Noite
do Fado, em 1997, e actuou em vários palcos nacionais (como o Café Luso) e europeus
(Paris, Roma, Bolonha). Actualmente, é presença habitual numa das mais prestigiadas
casas de fado lisboetas, a Casa Linhares. Considerada por muitos como um valor
incontornável do fado lisboeta, Raquel Tavares é acompanhada neste seu disco de estreia
por Custódio Castelo (guitarra portuguesa), Jorge Fernando (viola), Filipe Larsen (viola
baixo) e Diogo Clemente (viola, nos temas "Querer Cantar", "Trazer Pedaços
de Mim" e "Fado Raquel"). Raquel Tavares apresenta o seu novo disco em
Lisboa, no dia 20 de Maio, a partir das 23:30h, no Jardim de Inverno no Teatro Municipal
S. Luiz - integrado no programa "Canções Urbanas - Novos Talentos". O disco
contou com as colaborações de Jorge Fernando, na produção, e Jorge Clemente, na
co-produção, sendo que ambos assinam também a composição e escrita de vários dos
temas que integram o trabalho. (30 de Abril)
Cello Samba Trio,
com Jaques Morelenbaum, ao vivo
Entre os muitos estilos musicais do Brasil, o samba é aquele que melhor representa a
vasta diversidade do país. Depois do grande compositor Villa Lobos, o violoncelo
tornou-se um ícone musical no Brasil. O seu tom melodioso e romântico, a sua
flexibilidade entre a poesia pura e uma articulação funky, fez deste
instrumento europeu assumisse uma identidade brasileira. O violoncelo foi e é amado por
grandes compositores brasileiros como António Carlos Jobim, Egberto Gismonti, Caetano
Veloso e Wagner Tiso, entre outros. O violoncelista, compositor, arranjador e produtor
Jaques Morelenbaum, junta todas estas funções e traz-nos uma fantástica panorâmica
sobre o desenvolvimento do samba, desde as suas raízes até aos nossos tempos. Noel Rosa,
Ari Barroso, Dorival Caymi, António Carlos Jobim, João Gilberto, Caetano Veloso,
Gilberto Gil; Carlinhos Brown e Davi Moraes, eis alguns dos nomes que compõe esta visita.
Jaques Morelenbaum, internacionalmente conhecido especialmente pelo seu trabalho com
Caetano Veloso e Sakamoto, goza de um enorme prestigio no nosso país, tendo colaborado
com Mariza, Ala dos Namorados e GNR, entre outros. Neste espectáculo, Jaques Morelenbaum
e o seu cello apresentam a história e as estórias do samba. A seu lado dois músicos
enormes talentos: Lula Galvão (guitarra), e Rafael Barata (percussão). Cello Samba Trio.
Ao vivo, dia 6 de Maio (22h) no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, Moita. (29 de Abril)
Carmina Burana
pelo Ballet Flamenco de Madrid
O Ballet Flamenco de Madrid apresenta, numa estreia em Portugal, a obra-prima de Carl
Orff: Carmina Burana, no Grande Auditório do TMG, Sábado, dia 5 de Maio, pelas 21.30
horas. Carl Orff (1895-1982) nasceu em Munique (Alemanha). Foi um dos mais destacados
compositores do século XX; a sua maior contribuição, para além da composição, foi
para a pedagogia da música, ao criar um método de ensino musical baseado na percussão,
o instrumental Orff. A cantata Carmina Burana é a sua obra-prima, agora
interpretada pela primeira vez através da arte do flamenco. Actualmente, o Ballet
Flamenco de Madrid é dirigido por Sara Lezana, directora e coreógrafa, que iniciou o seu
trabalho na companhia em 2006, com o espectáculo Carmen de Bizet, seguido dos
espectáculo España Baila e The Power of Feeling, e já este ano,
Carmina Burana. A história de Carmina Burana desenrola-se numa pequena cidade
alemã, nos finais dos anos 30. Numa família de classe média, regida por uma mãe
dominante, vive Elena, cuja vida gira segundo os desígnios da sua progenitora. Esta é
induzida a estabelecer relação com Peter, homem rico, maduro e bastante mais velho que
Elena, que se apaixona por ela. Elena desfruta do seu grupo de amigos, os quais, ao
perceberem a sua relação com Peter, desaconselham-na a prosseguir com aquele namoro.
Peter começa a duvidar se deve amar Elena, uma vez que é criticado por toda a cidade, e
surgem confrontos e disputas com os amigos de Elena. Todas estas disputas fazem com que o
par se reúna para falar sobre a relação, dando-se conta no final que ambos sentem uma
mútua atracção que supera todas as críticas. Decidem seguir em frente, casando-se,
numa cerimónia a que toda a cidade acorre, para celebrar a sua união. (28 de Abril)
Oficina Dançar Flamenco: iniciação artística e pedagógica
Rute Batalha orienta, na próxima Sexta-feira, dia 4 de Maio, a oficina Dançar
Flamenco: iniciação artística e pedagógica, uma actividade promovida pelo TMG
através do Serviço Educativo e em estreita relação com o espectáculo do dia seguinte,
Carmina Burana, que o Ballet Flamenco de Madrid apresenta do Grande
Auditório. A oficina decorre entre as 10.45 e as 13.00 horas, no período da manhã, e
entre as 15.00 e as 17.15 horas, no período da tarde. O Flamenco é um estilo musical e
um tipo de dança fortemente influenciada pela cultura cigana. A cultura do flamenco é
originária da Andaluzia, mas rapidamente se tornou um dos ícones da cultura espanhola.
Esta oficina pretende revelar o Flamenco em todas as suas capacidades artísticas e
pedagógicas. (27 de Abril)
Festival Sons e Ruralidades no Vimioso
Arranca dia 27 e prossegue até dia 1 de Maio a 2ª edição do Festival "Sons e
Ruralidades", que toma conta do Vimioso, no Pavilhão Multiusos. O programa é
repleto de iniciativas, entre as quais debates e palestras inéditas e muito curiosas,
como é o caso do tema "Instrumentos Musicais a partir de Ossos de Animais". As
noites musicais ficam a cargo dos Uxu Kalhus (Portugal), La Bazanca (Espanha), Chchurumel
(Portugal). Para mais detalhes, consultar o programa aqui. (26 de Abril)
Nancy Vieira dá
voz ao Tributo a Zeca Afonso na RTP
NÃO ME OBRIGUEM A VIR PARA A RUA GRITAR - "TRIBUTO A ZECA AFONSO" é o título
do documentário que será transmitido na RTP a 25 de Abril e onde Nancy Vieira empresta a
voz ao tema Tu Gitana (Cancioneiro de Vila Viçosa / José Afonso),
acompanhada por Paló (Guitarra Acústica) e Abel Batista (percussão). Zeca Afonso. O
Homem e a Obra marcaram toda uma geração de portugueses. E deixaram uma herança social
e cultural às gerações seguintes. Todos temos um pouco de Zeca Afonso, um homem cujo
génio ultrapassa qualquer época ou catalogação. Um homem cuja mensagem é veiculada
por letras que se revelam sempre actuais. Eu sou aquilo que fiz. Zeca Afonso
deu-nos tanto que agora é a nossa vez de lhe darmos algo. Este programa de homenagem ao
Zeca Afonso é uma retribuição por tudo aquilo que ele nos deu. A SubFilmes convidou por
isso vários artistas de áreas criativas contemporâneas para criarem uma obra de arte
especialmente para Zeca Afonso um filme, uma música, um desenho, uma animação de
motion graphics. Será essa a interpretação, a homenagem, o tributo de cada um desses
artistas. (
) Além disso, foram gravadas várias tertúlias, cuja conversa gira à
volta da importância do Zeca enquanto músico e activista, mas principalmente à volta da
figura humana que foi o Zeca. A aposta forte deste programa reside numa abordagem de
conteúdos que pretende captar por um lado a actualidade da mensagem do Zeca e por outro a
faceta mais humana da sua vida. (25 de Abril)
Música Portuguesa no Festival Ollin Kan, no México
A quarta edição do Festival Ollin Kan, que se realiza na cidade do México de 24 de
Abril a 20 de Maio, terá este ano uma grande representação portuguesa. O festival
multidisciplinar que apresenta Culturas em resistência destaca na sua
programação uma semana dedicada a Portugal onde receberá grupos de relevo do panorama
da música popular portuguesa como MANUEL DOLIVEIRA, GALANDUM GALUNDAINA, DAZKARIEH,
MARENOSTRUM, MUSICALBI, LUMEN e MARGARIDA GUERREIRO. Este festival com representação
internacional de 40 países em diversas áreas como cinema, artes plásticas e música,
apresenta 72 grupos internacionais e 37 nacionais, abordando diversas áreas musicais
desde o rock ao flamenco e fado, ao tango e bolero. Os palcos espalhados um pouco por toda
a cidade serão integrados em locais privilegiados como auditórios, museus, bosques,
parques ecológicos, entre outros. (24 de Abril)
Tito Paris
apresenta novo disco
Após a edição do seu mais recente trabalho Acústico, TITO PARIS desloca-se
a Barcelona, no dia 25 de Abril, a fim de participar no Concerto que Mariza vai dar no
Teatro LAuditori. De regresso a Portugal, actua nas FNACS e parte logo a seguir para
o Brasil onde integra o espectáculo Martinália em João Pessoa, no seguimento do 3º
Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa. Esta é uma boa oportunidade para ver
um dos mais conceituados artistas da actualidade: Almada, dia 27 de Abril (21h30);
Colombo, dia 28 de Abril (17h00) e Norte Shoping, dia 1 de Maio, às 17h00. (23 de Abril)
Brigada Victor Jara e Monte Lunai: Há baile em Aljustrel
Em Aljustrel festejam-se os 33 anos da Revolução do 25 de Abril com muita animação
tradicional. Os Monte Lunai tocam e animam o baile, a par com Brigada Vítor Jara e os
Kumpania Algazarra, que compõem um programa repleto de iniciativas culturais que incluem
pintura, teatro e fotografia. A descobrie, em Aljustrel, na Praça da Resistência a
partir das 15:30h (22 de Abril)
Instrumentos deviam ter benefícios
fiscais
A consultora artística de Os Dias da Música defendeu hoje que os instrumentos musicais
deveriam ter benefícios fiscais "para dar a possibilidade de mais crianças
estudarem música sem pesar tanto no orçamento familiar". Em declarações à
Agência Lusa a propósito da abertura do evento, que decorre até domingo no Centro
Cultural de Belém (CCB), Gabriela Canavilhas advogou que os instrumentos comprados para a
aprendizagem da música "deveriam ter também um IVA (Imposto do Valor Acrescentado)
reduzido, tal como os livros". A responsável sublinhou ainda a importância de
eventos como Os Dias da Música (que substituiu a Festa da Música no CCB) "porque
este formato popular, em que há um certo informalismo, faz uma aproximação das pessoas
ao universo da música". "Por vezes este é o primeiro contacto, e, se for uma
boa experiência, pode ter continuidade", acrescentou a pianista e também directora
da Orquestra Metropolitana de Lisboa e da Associação de Música, Educação e Cultura.
Observou neste passo que Portugal não tem uma tradição do ensino da música, como há
na Alemanha e na Inglaterra, e que "vontade política e algumas medidas"
mudariam muito a actual situação do país. "Penso que a actual ministra da
Educação (Maria de Lurdes Rodrigues), que é uma melómana, tem tido essa preocupação,
nomeadamente em relação ao ensino artístico, e que deverão sair medidas nesse
sentido", disse. Para Gabriela Canavilhas, Portugal, comparado com os países com
tradição musical, "tem uns três séculos de atraso, portanto não se pode esperar
mais". Quanto à escolha do piano para instrumento em destaque nesta primeira
edição de Os Dias da Música, a artista apontou algumas das suas qualidades,
nomeadamente a possibilidade de "tocar mais notas do que uma orquestra inteira".
O piano "percorreu um longo caminho na História da música e conseguiu abraçar
sempre vários géneros musicais, desde a música barroca, a clássica e até o
jazz", observou, enaltecendo as qualidades do instrumento. Até domingo, no CCB, o
público poderá experimentar o piano com as suas próprias mãos, pois alguns destes
instrumentos vão estar espalhados pelos espaços de passagem do centro cultural. Algumas
estrelas do universo pianístico nacional e estrangeiro tais como Bernardo Sassetti,
Mário Laginha, Maria João Pires, António Rosado, Jorge Moyano, Till Fellner, Elena
Rosanova, Eve Egoyan e Uri Caine, vão protagonizar 66 concertos nos três Dias da
Música. (21 de Abril)
Tiago Torres da Silva orienta atelier de escrita para canções
O letrista Tiago Torres da Silva, autor de canções recentemente gravadas pelo
agrupamento SAL ou pela cantora brasileira Zélia Duncan, orienta a partir de
segunda-feira um atelier de escrita para canções. Em declarações à Lusa o letrista
afirmou pretender que, com este atelier "algumas pessoas fiquem a perceber o que é o
ofício do escritor para canções". Limitado a 25 inscrições, este seminário
acontecerá na sede da Sociedade Portuguesa de Autores, em Lisboa, e surgiu a partir de um
convite desta cooperativa. "Não tendo ideia de quem se inscreveu, o meu desejo é
que surgisse gente nova que quisesse abraçar esta profissão", disse Tiago Torres da
Silva. Tiago Torres da Silva, 37 anos, divide desde 1990 a sua actividade entre o teatro,
a literatura e a música, onde além de escrever canções, também produz discos.
Adelaide Ferreira, Beatriz da Conceição, Celeste Rodrigues, Chico César, Daniela
Mercury, Dazkarieh, Elba Ramalho, Francis Hime, Joanna, Lara Li, Mafalda Arnauth, Maria
Bethânia, Maria João, Né Ladeiras, Ney Matogrosso, Olivia Byington, Pedro Luis e a
Parede, Seu Jorge, Teresa Tarouca e Uxia são alguns dos nomes que gravaram letras suas. O
atelier desenvolve-se em seis módulos que acontecem nas próximas segunda-feira,
quarta-feira e sexta-feira, e ainda dias 23, 26 e 27 de Abril. Numa primeira fase,
explicou Torres da Silva, serão apresentados exemplos de alguns dos "mais
importantes letristas da língua portuguesa". Sérgio Godinho, Carlos Tê, João
Monge, Chico Buarque, Paulo César Pinheiro e Arnaldo Antunes serão alguns dos autores
referidos. Neste seminário os participantes vão ser ainda convidados "a entenderem
as diferenças entre 'letra' e 'poema musicado'". Para o autor, "há grandes
diferenças entre uma letra para canções e um poema", defendendo que as diferenças
entre os dois géneros residem "na técnica e no vocabulário". "Quem
escreve para se cantar tem de saber que 90 por cento das pessoas vai ouvir as palavras e
não lê-las, por outro lado, o tipo de comunicação é mais rápido e fácil, além de
se ter em conta a métrica, acentuação e a sonoridade". Outros módulos deste
atelier são, entre outros, as "diferenças da escrita em vários lugares onde o
português é a língua das canções", "introdução ao processo de escrita
para canções" ou perceber diferentes estágios da escrita, isto é, "quando a
letra precede a música, ou o inverso". O fado tradicional ocupa um módulo
específico na medida em que este género popular tem melodias já conhecidas sobre as
quais se podem construir diferentes letras, respeitando a métrica e acentuação que são
rigorosas. Julieta Estrela, Manuela Cavaco, Joana Amendoeira, Maria José Valério e Ana
Sofia Varela são algumas das fadistas que interpretam letras suas. "Para se escrever
para fado tradicional tem de se ter uma grande intimidade com o seu universo musical e ter
grande parte dessas melodias, como o Fado Mayer ou o Mouraria e dezenas de outras, na
cabeça", sublinhou Torres da Silva. Neste módulo serão dadas "noções de
métrica e acentuação, referidas as diferentes formas literárias como quadras,
quintilhas, sextilhas, a redondilha maior, versos decassilábicos e alexandrinos" e
ainda as temáticas fadistas. Será lançado um desafio aos participantes de escreverem
uma letra para melodias tradicionais de fado, que a fadista Maria João Quadros
interpretará numa sessão aberta ao público, no dia do encerramento (dia 27). Neste
atelier será ainda abordada a escrita para música pop, a sua poética e adequação da
língua portuguesa ao universo pop. No módulo "O letrista no universo da industria
musical" serão abordadas as relações entre o autor e o compositor, o intérprete,
as editoras, os produtores e os direitos de autor. (20 de
Abril)
Luís Peças: Álbum
de repertório barroco e romântico
O contratenor Luís Peças apresenta domingo o álbum, "Avé Maria", em que
interpreta peças de cariz religioso de compositores como Schubert, Titelouze e Fauré,
entre outros, acompanhado por João Santos no órgão e teclados.Peças, que no ano
passado realizou vários recitais no Mosteiro de Alcobaça, publicou a expensas próprias
o álbum, que será apresentado pelo musicólogo Alexandre Delgado, domingo à tarde, na
Sala do Capítulo do Mosteiro de Alcobaça. Em declarações à Lusa, Alexandre Delgado
afirmou que "só pela sua enorme modéstia e timidez é que este extraordinário
cantor lírico não é mais conhecido, como merecia, e também nós, público". Na
avaliação de Delgado, Peças é um contratenor "de voz puríssima e muito
expressiva", que escolheu obras dos repertórios barroco e romântico para este seu
segundo álbum. O anterior álbum, também em edição de autor, saído há três anos, é
de canções populares andaluzas de Federico García Lorca, sendo Peças acompanhado pelo
guitarrista clássico Israel Costa Pereira. Neste novo álbum, "Avé Maria",
Peças interpreta, entre outras obras, "Avé Maria", de Franz Schubert,
"Ave Maris Stella" (hinos I, II, III e IV), de Jean Titelouze, "Panis
Angelicus", de César Frank, "Pie Jesu", de Gabriel Fauré, e "Lascia
ch'io pianga", de Georg Haendel. Natural de Alcobaça, Luís Peças iniciou os seus
estudos musicais, em 1985, na banda de música da cidade, como oboísta. No ano seguinte
ingressou no Conservatório Nacional de Lisboa, onde prosseguiu os seus estudos musicais.
Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, frequentou aulas de canto com Liliane
Bizinech. Paralelamente, trabalhou com professores como Max van Egmond e Jill Feldman, em
cursos de interpretação de Música Antiga, e em 1999 aperfeiçoou o repertório barroco
com o contratenor Rodney Gibson. Tem actuado em vários Festivais de Música, nomeadamente
acompanhado pela pianista Paulle Grimaldi e pelo Ensemble Barroco do Chiado. Em 1993
integrou o elenco do musical "Maldita Cocaína", que qualificou de
"experiência interessante". Em 2004 e 2005 produziu "Encontros de Música
e Dança" e "Encantamento", com vários artistas de diversas artes do
espectáculo. Dia 29 de Junho, apresentará "Avé Maria" num recital no Museu do
Traje, em Lisboa. (19 de Abril)
Novo Festival Folk em Sintra?
De acordo com as Crónicas da Terra, a Câmara Municipal de Sintra está a preparar-se
para lançar um festival folk no terceiro fim-de-semana de Julho, não estando ainda certa
a realização e o local. Certa é a coincidência de datas com o Festival de Músicas do
Mundo de Sines. De acordo com a investigaÇão "on-line" das Crónicas, é
possível verificar que tanto na agenda dos Dazkerieh, como na dos escoceses Shooglenifty
é apontada a data de 21 de Julho em Sintra. Ainda segundo a fonte, os Shooglenifty
"são um sexteto oriundo de Edimburgo que desde 1994, altura em que lançaram o
álbum Venus In Tweeds, sempre abordaram a música tradicional das ilhas
britânicas com uma postura de banda de rock dançável".
Fonte: Crónicas da Terra (18 de Abril)
Gospel com
sotaque alentejano
Um coro polifónico de Santiago do Cacém dá voz à música gospel, num projecto de
"canções para um mundo melhor", e entoa uma "missa étnica pela
paz", espectáculo que ambiciona levar a Fátima e ao Vaticano. Ambos os concertos
transmitem "mensagens muito próximas, pela paz no mundo", embora os estilos
musicais sejam "ligeiramente diferentes", explica Fernando Malão, maestro do
Coral Harmonia, enquanto se prepara para mais uma noite de ensaio no antigo salão da
Sociedade Harmonia. "O projecto do gospel é interpretado com mais energia, mais
alegria e introduzimos também uma componente jazzística", acentua, minutos antes de
arrancar para um novo tema. O gospel, um género musical com origens afro-americanas, que
surgiu nos tempos da escravidão e discriminação racial nos Estados Unidos da América,
é assim recriado nesta cidade do litoral alentejano. Quando a luz da sala se apaga, numa
manobra de quando em quando utilizada pelo regente, o som entoado pelo conjunto dos quatro
naipes de vozes, só interrompidos pela intervenção dos solistas, parece transportar o
cenário para uma dessas igrejas americanas. Por entre as vozes do Coral Harmonia
contam-se adolescentes de 13 e 14 anos, mas também figuras mais maduras, que na sua
maioria engrossam o naipe de baixos (vozes mais graves). Inglês, francês, alemão,
espanhol, italiano, latim, crioulo e até árabe são as diferentes linguagens utilizadas
pelo Coral Harmonia para interpretar as suas canções. Dos temas sacros aos profanos, dos
árabes aos africanos, passando pelo fado e pela música ligeira portuguesa, o Coral
Harmonia interpreta um pouco de tudo, como faz questão de mostrar durante o ensaio.
Espirituais negros, temas alentejanos ou açoreanos e uma infinidade de músicas de Natal
figuram entre o repertório do grupo. (17 de Abril)
Mário Moita: CD
com inédito de Alberto Janes e livro de fado
O músico Mário Moita recuperou a tradição oitocentista do fado ao piano e edita esta
semana um CD onde inclui o inédito de Alberto Janes, "O luar é meu amigo",
acompanhado de um livro sobre a canção de Lisboa. O inédito de Janes que dá o título
ao CD/Livro, numa edição de autor, é apresentado na próxima quarta-feira ao final da
tarde, no Museu do Fado, em Lisboa, com a presença do secretário de Estado da Cultura,
Mário Vieira de Carvalho. O poema de Alberto Janes data de 1953 e foi musicado por Mário
Moita, que se dedica há vários anos a harmonizar fados para o piano. O interesse de
Moita pelo fado ao piano deve-se ao seu professor de piano, Fortunato Murteira, que
passava para pauta as melodias de Alberto Janes, autor de "Foi Deus", "É
ou não é", "Oiça lá senhor vinho" ou "Vou dar de beber à
dor", que foram êxitos na voz de Amália Rodrigues. Os primeiros fados ao piano
datam de 1870, quando Portugal importou os primeiros instrumentos, explicou à Lusa o
músico. No livro, editado em conjunto com o CD, um capítulo é dedicado às partituras
de fado, sendo "uma das mais antigas a do fado Müller", disse Mário Moita.
Referindo-se às adaptações para piano, Mário Moita afirmou que "ganham-se umas
coisas perdem-se outras, mas no global o balanço é musicalmente muito positivo".
"Uma das maiores dificuldades é captar o ritmo e o trinar da guitarra portuguesa,
mas há fados que ganham um outro fôlego", referiu. Entre os temas que interpreta ao
piano, além do inédito de Alberto Janes, Mário Moita canta um outro original -
"Aos amigos de Lisboa" de Manuel Sérgio - e recria temas como
"Coimbra", "Lisboa à noite" e "Recado a Lisboa". A maioria
dos temas foi gravada no Convento da Orada, em Reguengos de Monsaraz, terra natal do
músico, enquanto três outros temas, nomeadamente o inédito de Alberto Janes, foram
gravados no Auditório Lopes Graça, em Almada. Relativamente ao livro, editado em
português e inglês, é dividido em quatro capítulos, contou com a colaboração de
Vânia Moita e é prefaciado pelo escritor Moita Flores. Além do capítulo dedicado às
partituras para piano, há um relativo à evolução do fado desde 1870, um outro aos
instrumentos que acompanham o fado (guitarra portuguesa, viola e piano), e um último
dedicado a Amália Rodrigues que reatou o acompanhamento ao piano, por Alain Oulman, no
álbum "Busto" (1962). "Amália inovou e abriu ao fado outras respirações
sonoras, levando esta canção aos mais longínquos palcos, numa altura em que nem se
falava de globalização, tendo sido até à década de 1980, a nossa única
embaixadora", disse. O livro é ilustrado por pintores alentejanos, nomeadamente
Elídio Tavares dos Vantos, Victor Caimeirão, Policas, Carlos Dias e D.Espanca. Além
deste seu trabalho de arranjos melódicos, Mário Moita tem procurado cruzar as
sonoridades herdeiras da tradição musical al- andaluz. Neto de uma andaluza, o músico
explora também uma musicalidade de sonoridades afins entre as tradições musicais
fadistas, alentejanas e andaluzes. Sendo "o único artista português a actuar todos
os anos no Japão", Mário Moita conta apresentar lá este seu novo trabalho no
próximo ano. Em Maio próximo apresentará "O luar é meu amigo" no Teatro
Nacional de Brasília. (16 de Abril)
Outras Canções II: Camané e Orquestra
O projecto que Camané se propõe agora apresentar, de título Outras Canções II, vem na
sequência do Outras Canções realizado em 2004, no Jardim de Inverno do Teatro Municipal
São Luiz. Depois dessa primeira experiência fora do ambiente musical do Fado, este é
sem dúvida mais um desafio para Camané, uma vez que a sua grande capacidade
interpretativa tem sido posta à prova noutros projectos e reconhecida por todos ao longo
do seu percurso artístico. Assim, e porque a Música no seu sentido genérico sempre fez
parte da sua vida, Camané quis homenagear os seus intérpretes, autores e compositores de
eleição. A base deste espectáculo sustém-se numa vontade de oferecer e partilhar as
músicas que marcaram gerações, para além da sua, e que eternizaram vozes como a de
Sinatra, Elis, Tony de Matos, Brel. a surpresa desta vez é que o universo não se prende
apenas com a palavra em português tornando a aventura Maior. A cargo de Pedro Moreira
fica a direcção musical, os arranjos que dividirá com Mário Laginha, Filipe Melo e
Bernardo Sassetti e a regência da Orquestra Sinfónica Portuguesa, reconhecida pela
soberba qualidade musical dos seus instrumentistas sob o trabalho de notáveis chefes de
orquestra, já demonstrada em inúmeros concertos por todo o mundo. Na escolha de
repertório para este espectáculo houve o cuidado de vincar uma dinâmica no desenrolar
das canções. A nível de sonoridade, o vibrar das cordas e o sibilo dos sopros
engrandecem as interpretações de Camané; por outro lado o aconchego musical
de um combo de músicos (piano, guitarra, contrabaixo, bateria) contribui para um ambiente
musical mais jazzy e bluesy. Para Camané são múltiplas as
referências, deste e de outros cantos do mundo
de Weil a Rodgers, de Jobim a Bola
de Nieve, de Lennon e McCartney a Hannon: com todos eles aprendeu a estar mais atento, a
interiorizar a sua forma de estar na música, a crescer enquanto artista. Para nós, o que
os une a criatividade, a voz, a originalidade, a musicalidade, a interioridade, a
autenticidade, a maturidade...- características que adivinham a universalidade dos
grandes intérpretes. De 27 de Abril a 6 de Maio (Quinta a Sábado às 21h e Domingo às
17h30), No Teatro S. Luíz em Lisboa. (15 de Abril)
Tocadores, Cantadores e Poetas Populares em Cabeça Gorda
Integrada na iniciativa Viver Abril na Cabeça Gorda, a Junta de Freguesia local, irá
organizar no sábado dia 14 de Abril, pelas 16 horas, os Artistas da "Fala", 1º
Convivio de Tocadores, Cantadores e Poetas Populares da Cabeça Gorda. Subirão ao palco
da Sociedade Recreativa, tocadores de viola campaniça, como o tio Manuel Bento,
cantadores de baldão como a Mariana da "Estação" e o Chico do
"Moinho" e poetas populares da região de Beja onde se destacam Mário da
Conceição, Virgínia Dias, Rosa Helena, António Domingos Ventura, entre outros, que
terão oportunidade de mostrar a sua arte da "Fala". O Grupo Coral da Freguesia
de Cabeça Gorda encerrará esta iniciativa de cariz eminentemente popular e que de alguma
forma contribui para preservar a cultura popular da região de Beja. (14 de Abril)
Música para bebés com cordofones portugueses
Os bebés de Loulé, Albufeira e Olhão irão receber a visita do músico e professor
José Alegre que, por certo, lhes irá proporcionar momentos irrepetíveis de deleite e
convivência musical. Pais e filhos, entregues à magia dos sons dos instrumentos de corda
que povoam as origens da nossa música tradicional irão, mais uma vez, solidificar laços
familiares e culturais. São estas as datas de mais uma série de Concertos de Música de
Pais para Filhos, originalmente idealizados por Paulo Cunha há já cerca de 6 anos: 14
Abril 2007, 11h00 e 12h00, no Cine-Teatro Louletano em Loulé - 5º Ciclo de Concertos
Música de Pais para Filhos, Loulé 2007; 21 Abril 2007, 10h30 e 11h30, na
Biblioteca Municipal de Albufeira - 2º Ciclo de Concertos Música de Pais para
Filhos, Albufeira 06/07 e 28 Abril 2007, 11h00 e 12h00, no Auditório Municipal de
Olhão - 3º Ciclo de Concertos Música de Pais para Filhos, Olhão 2007. (14 de Abril)
Luis Baptis: as
violas portuguesas vão a Sintra
Com um repertório inovador e ecléctico, que pertence à Música do Mundo, Luís Baptis,
torna a sua música acessível a todo o tipo de público, idades e gostos confundidos.
Respeitando a técnica e a afinação específica a cada instrumento, Luís Baptis compõe
para cada uma das violas portuguesas peças originais, desenvolvendo assim as
potencialidades de cada cordofone. O instrumentista editou em Dezembro de 2006,
Canções de Natal para Violas Portuguesas e Violino em 2006, depois de
Viola Toeira em 2005, Timbre em 2003 e Atípico em
2001. Músico, compositor e professor de música, Luís Baptis criou um projecto musical
único que divulga e promove os cordofones portugueses e no âmbito do qual realiza
concertos, workshops e sessões pedagógicas, em redor das violas tradicionais e dos temas
populares reunidos por Michel Giacometti. Ao vivo, doa 14 Abril (21h30) no Auditório
Municipal António Silva (Cacém - Sintra). (13 de Abril)
Aldina Duarte
apresenta Crua em França
No dia 28 de Abril, Aldina Duarte apresenta o espectáculo Crua na sala MC93
Bobigny, nos arredores de Paris. Co-produtora dos espectáculos realizados na Culturgest,
Casa da Música e Teatro Viriato no ano passado, a MC93 tem agora a primazia de apresentar
Crua ao público da grande Paris. Neste concerto, Aldina Duarte interpreta
temas do seu mais recente trabalho discográfico Crua - composto por fados
tradicionais com letras de João Monge e outros tantos do seu disco de estreia
Apenas o Amor de 2004. A acompanhá-la estarão os músicos Bernardo Couto
(guitarra portuguesa) e Miguel Ramos (viola). (12 de
Abril)
Fundão:
Tradicionários na Moagem
Nos próximos dias 14 e 15 de Abril, terá lugar no auditório da Moagem - Cidade do
Engenho e das Artes, o Tradicionários, um projecto etnográfico, que tem como objectivo
promover a formação dos grupos folclóricos do Concelho do Fundão. Tradicionários
assumiu-se como a expressão que identificará, no futuro, um dos eixos programáticos a
ser desenvolvido pela Moagem- Cidade dos engenho e das artes: a reobjectivação e a
análise da presença e das transformações operadas nas 'tradições' nas e pelas
sociedades contemporâneas. Considerando a existência no território da Cova da Beira,
que a cidade do Fundão centra de um numeroso conjunto de grupos folclóricos activos
pretendemos que esta observação/ interrogação do 'mundo' dito tradicional seja
iniciada a partir de apresentações performativas apresentadas por estas associações
culturais locais. Cruzam-se expressões de quatro agrupamentos que através da música e,
principalmente, da dança, nos farão imergir em temporalidades associadas a uma
ruralidade de antanho. Ruralidade cada vez mais diluída e sujeita a um 'esquecimento'
que, no futuro, urge contrariar desenvolvendo firmes texturas da sua memória um projecto
etnográfico, que tem como objectivo promover a formação dos grupos folclóricos do
Concelho. (11 de Abril)
Ciclo "Vozes de Outro Mundo" na Guarda
O Teatro Municipal da Guarda recebe nos dias 8 a 22 de Junho, o ciclo "Vozes de Outro
Mundo" composto por quatro concertos e diversas actividades paralelas. De acordo com
a notícia publicada nas Crónicas da Terra e no Primeiro de Janeiro, o Director
Artístico do Teatro Municipal da Guarda refere que participam artistas étnicos,
urbanos e cómicos de diversas partes do mundo e todos utilizam a voz como instrumento
principal. O ciclo arranca a 8 de Junho com a "throat singer" canadiana
Tanya Tagaq Gillis. No dia seguinte, a "beatboxing", ou a a reprodução de
ritmos e sons de instrumentos com a voz do britânico Shlomo. No dia 20, de Tuva teremos o
quarteto Hurr-Huur-Tu. O ciclo termina dois dias depois com o espectáculo de humor e
minimalismo La Voix Est Libré, pelo belga Massuir. Fonte: Crónicas da Terra (10 de Abril)
Cartaz do 8º
Intercéltico de Sendim
O 8º Festival Intercéltico de Sendim volta a realizar-se entre os dias 3 e 5 de Agosto.
O programa arranca no dia 3 de Agosto com os Trasga, oriundos de Miranda do Douro, aos
quais se seguem os casteljanos Tradere. No dia 4 de Agosto a noite arranca com os
Dazkarieh, a quem cabe abrir espaço para o mestre da trikitixa basca Kepa Junkera. O
cartaz musical fecha com os irlandeses Four Man and a Dog.
Fonte: Crónicas da Terra (10 de Abril)
Morreu autor de "Sôdade", que Cesária Évora celebrizou
O autor da morna "Sôdade", um dos maiores sucessos da intérprete cabo-verdiana
Cesária Évora, morreu terça-feira na ilha de S. Nicolau, segundo informação recolhida
pela Agência Lusa nos meios culturais de Cabo Verde. Com 87 anos, Armando Zeferino Soares
era comerciante da ilha de S. Nicolau e o funeral realiza-se hoje na aldeia natal, Praia
Branca, na mesma ilha cabo-verdiana. "Sôdade", a música que o tornou famoso e
ficou célebre na voz de Cesária Évora, que já a cantou pelos quatro cantos do mundo,
era conhecida também por ter dado origem a uma polémica sobre a sua autoria. Atribuída
à dupla de músicos Amândio Cabral e Luís Morais, a autoria de "Sôdade" foi
posta em causa pelo músico Paulino Vieira, que em entrevista ao jornal "A
Semana" apontou Armando Zeferino Soares como o autor da música. O caso, com muita
repercussão na imprensa cabo-verdiana, foi a tribunal e no ano passado as instâncias
jurídicas deram razão a Armando Zeferino Soares, confirmando-o como verdadeiro autor de
"Sôdade". Em 2000, em entrevista à Agência Lusa, Armando Zeferino Soares
descreveu as circunstâncias em que concebeu a música. Tudo aconteceu quando foi
despedir-se de um grupo de conterrâneos que iria emigrar para S. Tomé e Príncipe, nos
anos 50. "Estávamos na despedida de um grupo de amigos que ia embarcar para São
Tomé e na despedida fiz esta música", recordou na altura. Naquela época, as
despedidas musicais eram comuns e muito carregadas de emoção, pois vários
cabo-verdianos não regressavam das roças de cacau e café de São Tomé. Cinquenta anos
depois da sua criação, a morna "Sôdade" é considerada como a mais
emblemática música de Cabo Verde. Cantada por vários intérpretes nacionais e
estrangeiros, "Sôdade" reflecte uma das principais características do
cabo-verdiano e da música de Cabo Verde: a saudade e o amor à terra e o dilema de
"ter de partir e querer ficar". (4 de Abril)
Fadista Duarte
leva o fado até Moscovo
O fadista Duarte, que recebeu no ano passado o Prémio Amália Rodrigues Revelação,
actua dia 10 de Abril em Moscovo, a convite da embaixada da Rússia em Lisboa, anunciou
hoje a sua produtora. Duarte será acompanhado à guitarra portuguesa por Carlos Macedo e
à viola por Carlos Garcia, participando ainda no espectáculo a fadista Vanessa Alves.
"O convite partiu de forma muito natural do embaixador da Rússia em Lisboa, numa das
noites que nos ouviu no restaurante Senhor Vinho, onde canto habitualmente", disse à
Lusa o fadista. Duarte irá interpretar apenas fados da sua autoria, com músicas
tradicionais, nomeadamente "Fado Novembro" e "Dizem que o meu fado é
triste". O percurso de Duarte passou por bandas de música pop e rock, tendo ainda
integrado a Tuna Académica de Évora, a sua cidade natal. Desde 1993 dedica-se por
inteiro ao fado, tendo-se descoberto também como poeta, como disse à Lusa. Em 2003
actuou pela primeira vez fora de Portugal, em Espanha e na Holanda e editou, no ano
seguinte, o seu primeiro álbum, "Fados meus", tendo ainda participado na
colectânea "Fados do Porto", integrada na colecção "100 anos do
fado". No ano passado a Fundação Amália Rodrigues considerou-o Fadista Revelação
"dadas as suas raras qualidades de intérprete e por revelar potencialidades para
trilhar um caminho artístico próprio, sem esquecer as raízes fadistas", segundo o
júri. Duarte projecta editar, "ainda este ano", um novo álbum. (3 de Abril)
Reunião Geral da Gaita no Espaço Kilombo
No próximo dia 21 de Abril a festa está garantida. Amigos e praticantes de Gaita de
Foles estão desde já convidados para uma concentração no Espaço Kilombo, em Lisboa.
Depois do sucesso alcançado na primeira edição da iniciativa, a Associação Juvenil
Trupe Boomerang está novamente a preparar o IIº Gaitas em Festa. No encontro pretende-se
prestar um espécie de tributo ao instrumento, promover a troca de experiências musicais,
conhecer e aproximar novos e velhos gaiteiros, aproveitando a ocasião para reunir várias
e instituições que desenvolvem objectivos semelhantes. O dia arranca às 11 horas, com
um Workshop dirigido por Paulo Marinho, dedicado à prática de afinação em conjunto.
Pelo meio há um almoço convívio e a meio da tarde, depois das 15 horas, avançam as
escolas de gaitas (ao todo contam-se cinco, da região de Lisboa: Casa Pia de Lisboa,
Associação Gaita de Foles, Xuventude da Galiza, Bardoada e Gil Teatro). Á noite a festa
fica entregue às actuações dos Trabucos (uma alvorada de música medieval), Anaquiños
da Terra (grupo de folclore galego da Juventude da Galiza de Lisboa) e dos Roncos do Diabo
(formação dedicada à Gaita Transmontana) . Finalmente, e para terminar mesmo em grande,
sobem ao palco os Gaiteiros de Lisboa. Estão pois, reunidos os ingredientes para a grande
festa, a RGG Reunião Geral da Gaita. O Espaço Kilombo da AJTB situa-se na Avenida
Gomes Pereira (ao lado da Junta de Freguesia de Benfica), no Parque de Estacionamento
Villa Simões (n.º 11) - Armazém 13. (2 de Abril)
O Fado, desde
lisboa
El Fado, desde Lisboa a la Vida e Memórias da Guitarra Portuguesa
são as iniciativas, de entrada gratuita, que o Museu do Fado tem programadas para os dias
16 e 19 de Abril. No dia 16 de Abril, às 18h00, decorre a apresentação do livro
El Fado, desde Lisboa a la Vida da autoria de Ángel Garcia Prieto, Miguel
Angel Fernandez e Cármen Brañanova com fotografias de Natacha Larchier. O livro comprova
a universalidade da canção urbana de Lisboa, capaz de despoletar fascínio além
fronteiras. Os autores, sócios da Associación de Amigos del Fado del Principado de
Astúrias dão-nos a conhecer o seu encanto pelo fado, pelos lugares, pelas gentes e a
visão que têm de Lisboa, cidade que sentem como sua. Memórias da Guitarra
Portuguesa é a primeira iniciativa do ciclo dedicado a intérpretes consagrados.
José Pracana, acompanhado por Raul Nery, apresenta temas de Armando Augusto Freire
(1891-1946), figura central da história do Fado, executante de eleição e autor de
várias composições dedicadas à canção de Lisboa. Para ver e ouvir no dia 19 de
Abril, às 19h00. (1 de Abril)
Sérgio Godinho:
Globo de Ouro para "Ligação Directa"
Sérgio Godinho foi galardoado ontem com o
Globo de Ouro, prémio da SIC, na categoria de Melhor Intérprete Individual
pelo seu disco Ligação Directa, que marcou o regresso de Sérgio Godinho aos
álbuns de originais no final do ano passado, seis anos depois de Lupa (2000)
e após atingir o 1º lugar do top de vendas e o galardão de platina com o álbum O
Irmão de Meio (2003). Referência obrigatória na lista dos melhores álbuns de
2006, Ligação Directa tem sido apresentado pelo país em concertos sempre
esgotados. E já no mês de Maio, o público lisboeta terá oportunidade de conhecer este
espectáculo na série de concertos intitulada SÉRGIO GODINHO (em) LIGAÇÃO
DIRECTA, de 16 a 20 de Maio, no Teatro Maria Matos, em Lisboa. Mas antes de subir ao
palco do Teatro Maria Matos, Sérgio Godinho apresenta-se, ainda em Abril, por várias
localidades do país (vide agenda). No dia 13 de Abril, no entanto, Sérgio Godinho
estará na Galiza para participar no espectáculo Abril Sempre, uma homenagem
a Zeca Afonso, ao lado de Janita Salomé, Vitorino, Júlio Pereira, João Afonso, Zeca
Medeiros, Luís Pastor, Uxía, entre outros músicos. (31
de Março)
Grupo Vocal Ançã-ble
e Solistas da Capela Musical
De forma a assinalar a época de reflexão da
Quaresma, a Câmara Municipal da Trofa, através do Pelouro da Cultura, organiza, mais uma
vez, um concerto de Semana Santa, que conta com um programa musical de qualidade. Assim,
no dia 4 de Abril, pelas 21h30, na Igreja Matriz de Santiago de Bougado, a autarquia
propõe um concerto protagonizado pelo Grupo Vocal Ançã-ble, de Coimbra, com direcção
de Pedro Miranda e pelos Solistas da Capela Musical de Stª Cruz, Irmandade de Stª Cruz
de Braga, com direcção José Carlos de Miranda. Este concerto será composto por três
partes, numa primeira parte serão entoados cinco cânticos quaresmais, com coro e
órgão, numa segunda parte será retractada a Semana Santa contemporânea, à cappella e
para terceira e última parte fica reservado o Barroco português século XVIII,
coro e órgão. Para ver no dia 4 de Abril | 21h30 | Igreja Matriz de Santiago de Bougado.
(30 de Março)
Ana Moura em
digressão pela Bélgica e Holanda
Depois dos últimos concertos nos EUA, Ana
Moura parte em digressão pela Bélgica e Holanda, onde já dará a conhecer alguns fados
incluídos no seu terceiro trabalho discográfico, a editar em Portugal no próximo mês
de Maio. A digressão que tem início no dia 31 de Março em Haia e termina no dia 28 de
Abril em Amesterdão passa por algumas das mais prestigiadas salas de espectáculo desses
países (vide agenda). Ainda antes de embarcar para a Holanda, Ana Moura aceitou o convite
para participar no concerto de Sara Tavares que se realizou no dia 27 de Março, no Cinema
São Jorge, em Lisboa. No ano passado, Ana Moura convidou Sara para o seu espectáculo na
Festa do Fado e o resultado foi uma feliz parceria em palco. Sobre o lançamento do novo
CD, novos detalhes seguirão em breve mas já é de conhecimento público que o disco
conta com convidados de luxo, como é o caso de Tim Ries, saxofonista da banda dos Rolling
Stones. (29 de Março)
Orquestra de Guitarras na Guarda
Quinta-feira, dia 29 de Março actua no Café
Concerto às 22.00 horas a Orquestra de Guitarras do Conservatório de Música de S. José
da Guarda. Esta orquestra foi fundada em 2002, pelo professor Hugo Simões. É
constituída por 10 guitarristas, alunos da classe de guitarras do Conservatório, e conta
já com algumas apresentações em locais como a Igreja Matriz de Gouveia o Museu da
Guarda, Câmara Municipal da Guarda, Conservatório de Música de Castelo Branco e
Academia de Música e Dança do Fundão. Neste Concerto vão ser interpretadas obras de
Henry Purcell, Gaspar Sanz, Marc Lamberg, Carlos Paredes, Beatles e J.W. Duarte. (28 de Março)
A estreia do fado de Ana Guerra
Nascida em Vila Franca de Xira, terra de tourada e fado, desde muito nova mostrou grande
interesse e aptidão para o fado. No Porto, após ter deixado a sua cidade natal, foi
convidada especial para um sarau de fados onde partilhou palco, entre outros com Vicente
da Câmara. Em 2000 foi finalista do Concurso de Fado de Paranhos (Porto) e ganha a
conhecida Grande Noite de Fado de Esposende. Participa ainda na Grande Noite de Fado de
Braga, sagrando-se finalista. Em 2001 repete a sua presença em Esposende mas desta vez
como convidada de honra. Desde então não mais deixou de cantar pelas casas de fado deste
país, sendo a sequência lógica, a edição de um trabalho discográfico. Este evento
serve de propósito para o registo do seu disco de estreia, onde a fadista iniciará
também a sua tournée de promoção ao mesmo. (28 de
Março)
Que viva o Zeca:
Tributo a José Afonso
Vinte anos após o desaparecimento do genial
musico, poeta, cantor e cidadão, José Afonso, o Grupo Erva de Cheiro lançou no passado
dia 10 de Março um CD em sua homenagem. A sala da Academia de Santo Amaro, em Alcântara,
foi pequena para acolher todos os amigos do grupo, que decidiram responder ao convite.
Entre os vários musicos também presentes, destacamos a de Francisco Fanhais, com quem
José Afonso partilhou o palco tantas vezes. Depois de terem estado na TVI/Você na TV, na
RTP/Praça da Alegria, Rádio Renascença e Torres Novas FM, irão no próximo dia 5 de
Abril , pelas 15 horas, à Antena 1, ao Programa Vivá Musica, de Armando Carvalheda. O
CD, que é uma edição de autor, inclui 12 dos 20 temas ,que integram o espectáculo de
homenagem ao Zeca, que será também um breve relato da vida deste cantautor , que soube
associar as suas capacidades musicais à luta pela promoção de um Portugal mais justo e
solidário e pela critica e denuncia social , continuando a marcar as actuais gerações
de musicos. Para Abril estão já marcados vários espectáculos em diferentes regiões do
País. (27 de Março)
Exposição sobre David Mourão-Ferreira e o Fado
De 11 de Maio a 30 de Setembro, está patente
no Museu do Fado, uma exposição alusiva à multifacetada figura de David
Mourão-Ferreira (1927-1996) poeta, ensaísta, ficcionista, jornalista, professor e
tradutor. David Mourão-Ferreira e o Fado retrata o importante legado do autor
na história da canção de Lisboa. A exposição recria o escritório do poeta, apresenta
testemunhos da obra que consagrou ao fado, entre manuscritos originais e letras
dactilografadas, as primeiras edições discográficas e um conjunto de registos
audiovisuais que ilustram as interpretações de poemas da sua autoria por Amália
Rodrigues, Camané, Mariza e Cristina Branco, entre outros. David Mourão-Ferreira e
o Fado ilustra um dos momentos mais marcantes na evolução da canção de Lisboa,
através da fusão da poesia erudita com o universo fadista, para a qual também
contribuíram as carismáticas figuras de José Régio, Pedro Homem de Mello, Luís de
Macedo, Alexandre O´Neil, Cecília Meireles, José Carlos Ary dos Santos, Manuel Alegre,
entre outros. Primavera, Libertação, Barco Negro, Solidão, Madrugada de Alfama, Maria
Lisboa, Abandono, Escada Sem Corrimão, Aves Agoirentas, As Águias, Anda o Sol na Minha
Rua, Neblina, Fados das Noites de Alfama, são apenas alguns dos poemas que integram o
vasto repertório de fados de David Mourão-Ferreira. (26
de Março)
Concerto-teatro sobre obra poética de Mário Cesariny
O actor Rogério Samora e os músicos Gabriel Gomes e Rodrigo Leão apresentam
quarta-feira à noite na discoteca Frágil, em Lisboa, "um concerto-teatro em torno
da obra poética de Mário Cesariny". Mário Cesariny encerra assim o ciclo dedicado
à poesia iniciado a 07 de Março, integrado nas comemorações dos 25 anos daquela
discoteca no Bairro Alto, e que incluiu, sempre às quartas-feiras, Al Berto, José
Agostinho Baptista e Herberto Helder. "O ciclo tem sido um sucesso, tendo excedido as
nossas expectativas", disse à Lusa fonte da organização. Segundo a mesma fonte,
"as pessoas aderiram à ideia que movimentou a discoteca e proporcionou um olhar
sobre poetas contemporâneos portugueses". A ideia de "criar uma noite de
contraste às trepidantes noites da discoteca foi um êxito", e leva a discoteca a
projectar um novo mês dedicado à poesia, "provavelmente em Outubro".
"Lançámos o desafio a músicos, compositores e 'diseurs' para interpretarem em
formato de peça musical alguns dos principais poemas de cada autor e resultou",
disse. Os participantes que inauguraram o ciclo foram já convidados a repetir a sessão
noutras paragens. Vera Paz, Bernardo Gomes de Amorim, que criou "um ambiente
especial, jogando com a projecção de imagens e luz", e ainda Adriano Filipe, JP
Simões & Miguel Nogueira e JP Diniz, responsáveis pela noite dedicada a Al Berto,
repetirão o evento no Cartaxo, indicou a fonte. Relativamente à sessão do próximo dia
28 a partir das 23:00, Rodrigo Leão explicou que "partirá" dos poemas
compilados na antologia de Cesariny, "Uma grande razão" (Assírio & Alvim,
2007). "A sua selecção percorre as diferentes dimensões política, física,
social, erótica, entre tantas do surrealismo do poeta", referiu. A noite encerra com
um concerto da banda "A Naifa", que tocará, além de temas seleccionados dos
seus dois discos, "Canções subterrâneas" e "3 Minutos antes da maré
encher", uma nova canção com base no poema "Passagem a Limpo", de Mário
Cesariny. (27 de Março)
Ursula Rucker de
regresso a Portugal
Ursula Rucker regressa a Portugal, com toda a força da sua inspiração, para três datas
únicas que incluem a sua estreia para o público de Coimbra. A verdade será sempre
acessível, quando os olhos, ouvidos e mente estiverem abertos para amar. Só a verdade
pode salvar um mundo em estilhaços e, talvez por isso, Ursula Rucker ao terceiro disco se
tenha virado para as raízes onde a sua poesia cresce e a música se confunde com a
verdade da História negra, Prince, Marvin, Stevie, Gil Scott-Heron, Coltrane, James
Baldwin, Brown, Basquiat ou Frida Kahlo. Todos são convocados, mas continua a ser a voz
de Ursula a revelar o segredo que se descobre nas palavras que vão do fundo da alma ao
fundo da História. O seu novo álbum "Ma´at Mama", invoca o princípio da
antiguidade egípcia que estabelece o equilíbrio e ordem universais através da verdade.
E Ursula Rucker despe o mundo com as suas palavras, como despe a sua música para
encontrar, hoje, a verdade das suas raízes. Recorrendo aos conhecimentos do baixista,
produtor e compositor Anthony Tidd (elemento da comunidade M-base do saxofonista Steve
Coleman), como de outros novos elementos conspirativos da comunidade electrónica,
"Ma`at Mamacruza hiphop, soul, jazz e percussões afro, no mais crú e directo dos
três álbuns da poeta-cantora. A supa sistatornou-se "Ma´at Mama", mas não
perdeu a capacidade de cantar a alma do mundo, como se da sua própria se falasse. Texto:
Tiago Santos (27 de Março)
Ciclo Memórias
do Fado
A APAF prossegue o ciclo Memórias do Fado
iniciado o ano passado a 18 de Junho com Berta Cardoso, desta feita recordando o fadista e
poeta Artur Ribeiro (1923/1988). O primeiro jantar-tertúlia deste ano homenageará o
autor de dezenas de letras para fado, nomeadamente "Vielas de Alfama",
"Lisboa à meia-noite", "Eu nasci amanhã" e "Nem às paredes
confesso". Neste sentido a nossa associada Regina Gonçalves que defenderá uma tese
de mestrado na Universidade Nova de Lisboa sobre o autor de "Rosinha dos
limões", participará no jantar elucidando-nos sobre as suas investigações.
Julieta Estrela, Carlos Morgado, Bruno Igrejas, entre outros, cantarão letras do poeta. A
tertúlia-jantar terá lugar no Restaurante da Nini (R. D. Francisco Manuel de Melo) em
Lisboa. Muitos poemas de Artur Ribeiro permanecem na nossa memória e continuam a ser
cantados e gravados. "Anda o fado noutras bocas", "Fiz leilão de
mim", "É urgente que venhas", são outros dos cerca de mil poemas que
escreveu. (25 de Março)
Orquestra Metropolitana estreia "Fados Sinfónicos"
A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML)
estreia no domingo "Fados sinfónicos", obra descrita à Agência Lusa pelo seu
autor, Álvaro Cassuto, como uma Sinfonia concertante para fadista, guitarristas e
orquestra. O concerto, comemorativo dos 50 anos da assinatura do Tratado de Roma, que
instituiu a Comunidade Económica Europeia, embrião da actual União Europeia, realiza-se
no relvado da Torre de Belém, em Lisboa, pelas 21:00. A OML será dirigida por Álvaro
Cassuto, participando também a fadista Kátia Guerreiro e o seu conjunto de músicos
constituído por Paulo Valentim (guitarra portuguesa), João Veiga (viola) e Rodrigo
Serrão (contrabaixo). "Trata-se de uma estreia mundial desta peça, que transcende
quer o fado quer a própria música sinfónica, criando algo de novo", descreveu
Cassuto. O maestro e compositor começou a desenvolver a ideia quando dirigiu Amália
Rodrigues com orquestra no Festival de Newport (EUA), e voltou a ela quando, há cerca de
ano e meio, Kátia Guerreiro e a OML, por ele regida, actuaram no Centro Cultural de
Belém, em Lisboa. "A ideia - explicou - era fazer algo que nenhum compositor
português ainda tinha feito, debruçar-se a sério sobre o fado e a orquestra
sinfónica". Segundo Cassuto, o que se tem feito é "orquestrar fados" e
não "encontrar uma linguagem para a orquestra compatível com o fado". Na
opinião do maestro, "o fado tem um valor intrínseco que tem sido minorado e há que
saber potenciá-lo, e à música sinfónica, para que se crie algo verdadeiramente
português". "Há um certo colonialismo cultural - observou - que leva os
portugueses a não olharem para as suas coisas e a não contribuírem para a divulgação
no exterior de coisas verdadeiramente nossas e de grande qualidade, mormente no tocante à
música sinfónica". Consciente de que este desafio "não irá a agradar nem a
gregos nem a troianos, isto é, aos ortodoxos do fado e aos da música sinfónica", o
maestro vincou que esta era "uma ideia antiga" que sentiu que "devia
concretizar". A sinfonia concertante "Fados sinfónicos" inclui
"Coimbra", "Tudo isto é fado", "Malmequer pequenino",
"Foi Deus" e "Casa portuguesa". "Estes cinco fados no seu
conjunto tinham 15 minutos, a intervenção da música sinfónica resulta numa peça de 35
minutos", referiu ainda, assegurando não ter tirado "uma nota a cada um dos
fados", mas antes ter "procurado a linguagem sinfónica adequada". Kátia
Guerreiro abre o concerto no relvado da Torre de Belém interpretando, acompanhada pela
orquestra, quatro fados do seu repertório: "Segredos" (Paulo Valentim),
"Rosa Vermelha" (José Carlos Ary dos Santos/Alain Oulman), "Amor de mel,
amor de fel" (Amália Rodrigues/Carlos Gonçalves) e "Os meus versos"
(Florbela Espanca/P.Valentim), orquestrados por Vasco Pierce de Azevedo. Em seguida, a
criadora de "Fado Maior" cantará alguns fados do seu mais recente álbum
"Tudo ou nada", apenas acompanhada pelos seus músicos habituais, Paulo Valentim
(guitarra portuguesa), João Veiga (viola) e Rodrigo Serrão (contrabaixo). A estreia da
Sinfonia concertante para fadista, guitarristas e orquestra abre a terceira e última
parte do concerto. A fadista, que quinta-feira actua em Marselha (Sul de França), repete
com a OML este programa em Maio no Coliseu do Porto (dia 25), na Figueira da Foz (dia 26)
e, novamente, em Lisboa, dia 27. Fonte: Lusa (25 de
Março)
Filme "Fados" de
Carlos Saura com ante-estreia em Cannes
O filme "Fados", de Carlos Saura, terá a sua ante-estreia mundial no Festival
de Cinema de Cannes, que se realiza de 16 a 27 de Maio. Segundo o guião, a que a agência
Lusa teve acesso, o filme tem a duração de 90 minutos e participam, entre outros,
Argentina Santos, Carlos do Carmo, Ricardo Rocha, Camané, Mariza, Cuca Roseta e Catarina
Moura. Cada um destes artistas tem momentos a solo, por exemplo, Argentina Santos
acompanhada por Manuel Mendes (guitarra portuguesa) e Miguel carvalhinho (viola) canta o
"fado Vitória", Camané interpreta os fados "Quadras" e "Sopra o
vento demais", neste último é acompanhado por seis bailarinas. Numa cena final,
onde se tenta "recriar a Tasca do Chico", ao Bairro Alto, em Lisboa, cantam em
conjunto, Ana Sofia Varela, Carminho, Maria da Nazaré, Vicente da Câmara, Ricardo
Ribeiro, e Pedro Moutinho. A primeira participação musical será de Kola San Jon, um
grupo da Cova da Moura (Amadora) que interpreta "San Jon". O brasileiro Toni
Garrido abre as participações internacionais que incluem a cabo-verdiana Lura, a
mexicana Lila Downs, os brasileiros Caetano Veloso e Chico Buarque e o espanhol Miguel
Poveda que partilha com Mariza a interpretação de "Mi fado mio" ("Meu
fado meu", de Fernando Pessoa). Mariza, embaixadora da candidatura do fado à UNESCO,
interpreta também "Transparente" (Paulo Abreu Lima/Rui Veloso), devendo bailar
com Patrick De Bana, segundo o guião. Carlos do Carmo, também embaixador da candidatura
do fado, interpreta "O homem na cidade" (Ary dos Santos) e partilha com Chico
Buarque "Fado tropical". Serão prestadas homenagens a quatro fadistas
desaparecidos: Severa, Alfredo Marceneiro, Lucília do Carmo e Amália Rodrigues. A
música rap dos grupos SP & Wilson e NBC dá abertura a Marceneiro que, em imagens de
arquivo, interpreta "Cartão de visita" (Carlos Conde). Surgirá ainda uma
entrevista a este criador e à fadista Lucília do Carmo que, através de uma montagem,
"partilhará" a interpretação de "Foi na travessa da Palha" (Gabriel
de Oliveira) com Lila Downs. Excerto de Texto de Nuno
Lopes da Agência Lusa (24 de Março)
O Balafon de Kimi Djabaté na Zé dos Bois
A música Afro-mandinga tem presença habitual no espaço Zé dos Bois, em Lisboa. Dia 23
de Março, Kimi Djabaté, senhor do Balafon e da fusão da música guineense e a música
popular da europa. Neste espectáculo, o músico traz o seu mais trabalho de 2005,
"Teriké", estando também prometida a apresentação de temas novos, a sair num
novo registo. (23 de Março)
Participação portuguesa no festival Canti di Passione
De 25 de Março a 1 de Abril decorrerá em Salento (Itália) a quarta edição do festival
Canti di Passione. Grupos provenientes do Sul da Europa e de toda a bacia do Mediterrâneo
vão mostrar os seus cantos da Paixão. A participação portuguesa será assegurada pela
Banda Larga, um grupo constituído por Celso Bento, César Prata, Dulce Silva, Julieta
Silva e Luísa Correia (uma mistura de Chuchurumel com Diabo a Sete, à qual se juntou a
actriz Dulce Silva). Programa completo na página oficial do festival: http://www.cantidipassione.it
(22 de Março)
Tito Paris lança
"Acústico"
O compositor e cantor Tito Paris lança dia 26 um novo álbum, "Acústico", o
registo do espectáculo que deu na Aula Magna em Lisboa e de três temas gravados em
estúdio. Em declarações à Lusa, o cantor afirmou que este disco, já editado no
estrangeiro, "constitui uma nova etapa" da sua carreira, sucedendo ao
"Guilhermina", editado em 2002. Tito Paris, natural do Mindelo, conviveu em
menino com os sons cabo-verdianos. O pai tocava banjo e baixo, a avó cantava mornas e
coladeras e o avô, além de construtor de instrumentos, tocava violino. "Era um
ambiente muito especial - evocou -. Além do mais, ao Mindelo [ilha de S. Vivente]
chegavam músicos de toda a parte e isso tudo influenciou a minha formação
musical". Neste álbum, Tito Paris canta temas da sua autoria como "Morna
PPV", "Estrela Linda" e "Febre di Funáná" e ainda uma versão
do internacionalmente conhecido "Sôdade". Esta versão de "Sôdade",
apresentada em Novembro passado em Londres, foi qualificada de "espantosa" pelo
jornal Times. (22 de Março)
Novo disco dos Terrakota apresentado no Santiago Alquimista
Ainda antes da edição do novo CD dos Terrakota, a sair ainda em Abril de 2007, a banda
apresenta-se no Santiago Alquimista, em Lisboa para desvendar este novo trabalho ao
público da Capital. Todos aqueles que assistirem ao concerto estarão também a
contribuir para o disco, já que o espectáculo destina-se a ajudar a financiar este novo
trabalho, produzido pela própria banda. Dia 22, no Santiago Alquimista, em Lisboa. (22 de Março)
Orquestra Metropolitana de Lisboa estreia "Fados Sinfónicos"
A Orquestra Metropolitana de Lisboa estreia dia 25 de Março, "Fados
sinfónicos", obra descrita à Agência Lusa pelo seu autor, Álvaro Cassuto, como
uma Sinfonia concertante para fadista, guitarristas e orquestra. O concerto, comemorativo
dos 50 anos da assinatura do Tratado de Roma, que instituiu a Comunidade Económica
Europeia, embrião da actual União Europeia, realiza-se no relvado da Torre de Belém, em
Lisboa, pelas 21:00. A orquestra será dirigida por Álvaro Cassuto, participando também
a fadista Kátia Guerreiro e o seu conjunto de músicos constituído por Paulo Valentim
(guitarra portuguesa), João Veiga (viola) e Rodrigo Serrão (contrabaixo). O maestro e
compositor começou a desenvolver a ideia quando dirigiu Amália Rodrigues com orquestra
no Festival de Newport (EUA), e voltou a ela quando, há cerca de ano e meio, Kátia
Guerreiro e a OML, por ele regida, actuaram no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Consciente de que este desafio "não irá a agradar nem a gregos nem a troianos, isto
é, aos ortodoxos do fado e aos da música sinfónica", o maestro vincou que esta era
"uma ideia antiga" que sentiu que "devia concretizar". A sinfonia
concertante "Fados sinfónicos" inclui "Coimbra", "Tudo isto é
fado", "Malmequer pequenino", "Foi Deus" e "Casa
portuguesa". "Estes cinco fados no seu conjunto tinham 15 minutos, a
intervenção da música sinfónica resulta numa peça de 35 minutos", referiu ainda,
assegurando não ter tirado "uma nota a cada um dos fados", mas antes ter
"procurado a linguagem sinfónica adequada". Kátia Guerreiro abre o concerto no
relvado da Torre de Belém interpretando, acompanhada pela orquestra, quatro fados do seu
repertório: "Segredos" (Paulo Valentim), "Rosa Vermelha" (José
Carlos Ary dos Santos/Alain Oulman), "Amor de mel, amor de fel" (Amália
Rodrigues/Carlos Gonçalves) e "Os meus versos" (Florbela Espanca/ P.Valentim),
orquestrados por Vasco Pierce de Azevedo. Em seguida, a criadora de "Fado Maior"
cantará alguns fados do seu mais recente álbum "Tudo ou nada", apenas
acompanhada pelos seus músicos habituais, Paulo Valentim (guitarra portuguesa), João
Veiga (viola) e Rodrigo Serrão (contrabaixo). A estreia da Sinfonia concertante para
fadista, guitarristas e orquestra abre a terceira e última parte do concerto. A fadista,
que quinta-feira actua em Marselha (Sul de França), repete com a OML este programa em
Maio no Coliseu do Porto (dia 25), na Figueira da Foz (dia 26) e, novamente, em Lisboa,
dia 27. Fonte: Lusa (21 de Março)
Nancy Vieira:
novo disco em Abril
De acordo com a notícia veiculada pelas Crónicas da Terra, Nancy Vieira irá editar em
Abril o seu terceiro disco, que sucede ao aclamado "Segred". Este novo registo
será da responsabilidade da HM música, do fadista Helder Moutinho e conta com as
composições de autores cabo-verdianos como Jon Luz, Princezito e Teófilo Chantre. Fonte: Crónicas da
Terra (21 de Março)
Orishas com novo
"Antidiotico"
Uma das bandas mais queridas em Portugal vêem editada, já no próximo dia 2 de Abril . a
colecção dos grandes êxitos da sua carreira. Muito mais do que um grupo musical, os
Orishas são uma instituição Os maiores embaixadores da música de Cuba, onde são
considerados património nacional, fixaram-se na Europa onde são reconhecidos pelo seu
som muito próprio e original. Onde a festa nasce da fusão de ritmos e sonoridades pelo
grupo que, na última década, garantiu o selo de credibilidade à música latina.
"Hay Un Son" é um dos três inéditos de "Antidiótico" ´que contém
duas novas versões : Represent, com Heather Headley, tema escrito para a
banda sonora de "Dirty Dancing Havana Night" e ainda "Quien te dijo"
da edição norte americana de "El Kilo" (EMI 2005) com a participação
especial de Pitbull, o rapper de ascendência cubana e um dos responsáveis pelo movimento
Dirty South. Edição a 2 de Abril. (20 de Março)
Circunvalação à Noite: Música em alta rotação no Porto
Três projectos: os Le Partizan, Lufa-Lufa e os veteranos Comvinha Tradicional compõem o
cartaz do projecto "Circunvalação à Noite", a decorrer entre os dias 22 e 24
de Março de 2007. De acordo com a Lusa "Ao longo dos 10 anos de existência do
Teatro da Vilarinha, o Pé de Vento sempre acolheu variadíssimos projectos de diversas
estruturas em complemento da actividade teatral", recorda João Luiz, director da
companhia. Agora, "lança um novo programa, que, sob o título Circunvalação à
Noite, irá acolher e divulgar projectos emergentes nas diversas áreas das artes do
palco". O actor Rui Spranger preparou o programa das três noites do Ciclo Folk
Fusão, pensando na alternativa que o Teatro da Vilarinha pode proporcionar por ser
um teatro de pequenas dimensões que permite espectáculos intimistas de grande
interacção entre criadores e espectadores". (20 de
Março)
O Fado que inspira receitas
culinárias
Da ginjinha da Mariquinhas às quentes e boas de Ary dos Santos, o repertório fadista é
um cardápio de iguarias nacionais e algumas de além-mar, como a cocada e goiabada de
Amália no "Fado Xuxu". Diana Mendonça investigou durante um mês no Museu do
Fado repertórios fadistas de Amália, Mariana Chagas, Quinita Gomes, Berta Cardoso,
Carlos do Carmo, Maria Amélia Proença, entre outros, onde encontrou letras com
sugestões gastronómicas. Das entradas e sopas como pasteis de bacalhau, celebrados no
fado Cruz Quebrada ao caldo verde de Reinaldo Ferreira cantado por Amália em "Uma
casa portuguesa", o livro "Receitas de fado", editado pela 101 Noites, é
uma ementa de pratos de peixe, carne, sobremesas e bebidas. "O fado esteve sempre
ligado a casas onde se comia e bebia, além dos piqueniques que se faziam nas
hortas", explicou a investigadora. "Ao repasto, como se dizia outrora, presidia
um espírito de tertúlia e cantava-se o fado, muitas vezes em louvor a um bom
prato", disse. Este espírito é caracterizado no fado "Fidalgo e boémio"
de Carlos Conde, uma criação de Maria Amélia Proença, onde se afirma que "naquele
típico almoço" alguém escreveu uns versos que a fadista cantou "com
devoção". Entre os pratos de peixe refira-se o bacalhau assado do fado "Vamos
para a farra" onde Carlos Conde faz menção ao prato comido em Odivelas, o peixe
frito com salada no "Elogio do fado" de José dos Santos, ou a caldeirada de
"Como o fado era diferente" de António Vilar da Costa, cantado por Maria José
da Guia. Iscas com elas, do "Fado dos Cheirinhos" de José Carlos Ary dos
Santos, cantado por Carlos do Carmo, pato de cabidela do fado homónimo de autor
desconhecido, cantado por Teresa Nunes e Filipe Pinto, são dois dos pratos da lista de
carnes. Entre as sobremesas encontramos castanhas assadas, pão-de-ló, pastéis de nata,
folar, farturas e pastelinhos de côco, celebrizados por Berta Cardoso no fado "Mais
contradições", de Armando Neves. Acrescenta-se a esta lista o exotismo brasileiro
da cocada e da goiabada, cantadas por Amália no "Fado Xuxu", de Amadeu do Vale
e Frederico Valério, composto pouco depois da primeira ida da fadista ao Brasil, em
meados da década de 1940. A completam a ementa as bebidas, vinho, água-pé e ginjinha,
referidas em fados de Pedro Figueira, Mascarenhas Barreto e Alberto Janes,
respectivamente. Além das letras completas dos fados, com referência ao seu autor e o
fadista que a criou, a investigadora incluiu a respectiva receita culinária. Carlos Conde
é o poeta mais citado, com seis fados, incluindo o irónico e divertido, "Fui
enganada", com que abre o livro e onde se relata a história de uma mulher que
afirma: "Casei-me não sei p'ro quê!/Ele não mexe uma sopa,/Não frita, não faz
puré,/Não cose nem lava a roupaÓ", do repertório de Maria Amélia Proença. José
dos Santos assina três e Armando Neves e Ary dos Santos, dois cada um, havendo também
dois fados de autor desconhecido. Diana Mendonça não é uma estreante nestas lides.
Anteriormente escreveu "Receitas de Ópera" e "Receitas dos contos de fadas
de Hans Christian Andersen" com os quais venceu o Prémio Gourmand World Cookbook,
uma proeza que repetiu com a apresentação do "Receitas de Fado", em Perigeux
(Noroeste de França) no Salão do Livro Gourmand. Por
Nuno Lopes, da Agência Lusa (20 de Março)
Novos Temas dos Danças
Ocultas no Frágil
O espaço noturno Lisboeta Frágil recebe algumas supresas, a desvendar pela pelos Danças
Ocultas, que prometem revelar, já no dia 21 de Março, alguns dos temas que irão figurar
no próximo disco de originais. O espectáculo insere-se no programa de comemoração dos
25 anos do Frágil. Na mesma noite apresentam-se em trio Graciano Dias, Paulo Abelho e
João Eleutério, que darão os sons e os ambientes às palavras de Herberto Hélder. A
não perder. Fonte: Crónicas da
Terra (19 de Março)
Rodrigo e Carlos do Carmo na Gala de Fado Carlos Zel
Rodrigo a celebrar 40 anos de carreira artística e Carlos do Carmo são dois dos nomes do
elenco da VI Grande Gala do Fado Carlos Zel marcada para dia 04 de Abril no Casino
Estoril. "Procurámos uma vez mais juntar diferentes gerações, que são também
diferentes formas de sentir e expressar o fado", disse à Lusa fonte da Estoril-Sol.
Para Rodrigo, esta gala "reata de certa forma uma tradição fadista da linha do
Estoril mas é essencialmente uma homenagem ao grande fadista que foi o Carlos Zel",
falecido há cinco anos. O criador de "Coentros e rabanetes", que durante 31
anos manteve uma casa de fados em Cascais, salientou a "importância para o fado de
uma geração que surgiu na década de 1960 na linha". Dessa geração, entre outros
nomes, referiu António Mello Correia, José Pracana, Carlos Guedes Amorim, Teresa
Siqueira e Teresa Tarouca. Carlos do Carmo, que participa pela primeira vez nesta gala,
salientou à Lusa "o ambiente eminentemente fadista" que a caracteriza. O
fadista referiu que deverá interpretar fados tradicionais do seu próximo álbum, a
editar este ano. Também Rodrigo optará pelo "modelo tradicional". Além de
Rodrigo e do criador de "Canoas do Tejo", participam na gala - que será
apresentada por Miguel Sanches - Aldina Duarte, Ana Sofia Varela, Argentina Santos, Cila
D'Aire, Francisco Sobral, João Ferreira-Rosa, Pedro Moutinho e Raquel Tavares. Acompanham
os fadistas Paulo Parreira e Fernando Silva (guitarra portuguesa), Carlos Garcia (viola) e
Marino de Freitas (viola-baixo). A gala realiza-se desde há seis anos, quando o fadista
Carlos Zel coordenou no Casino as "Quartas de fado", que entretanto cessaram. O
Estoril-Sol manteve a "Grande Gala do Fado", que desde a morte de Zel em
Fevereiro de 2002 passou a ostentar o seu nome. Fonte:
Lusa (19 de Março)
José Mário Branco:
Canção de intervenção para o Iraque
As "Canções pelo IraqUe" irão soar no próximo dia 23 de Março, pela Voz de
José Mário Branco - uma acção de manifesto contra o posicionamento norte-americano
naquele território do médio oriente. Outros nomes associaram-se também a este
movimento, como é o caso de Fausto, Jorge Palma, Paulo de Carvalho, Pedro Abrunhosa, Luis
Repressas, Camané, PacMan. De acordo com a José Mário Branco à Lusa, "resistir é
vencer" afirma, que o objectivo desta noite de duas horas "não é fazer do
espectáculo um discurso político sobre a guerra, mas alertar para os aspectos mais
gravosos do conflito, as consequências humanitárias".
(18 de Março)
Há baile africano na Aula Magna
De acordo com notícia veiculada pelas Crónicas da Terra, a Aula Magna recebe (dia 17 de
Março, às 19:30h) um dos mais distintos representantes da etnia Mandinga. Sekouba
Bambino Diabaté, músico que ajudou a notabilizar a música do Senegal, através de
projectos como a Orchestra Baobad e o Bembeya Jazz. Mais recentemente a sua participação
no projecto nova-iorquino "Africando" foi o culminar de experiêcias, neste caso
em torno dos ritmos da Salsa. (17 de Março)
3ª edição do FEST-i-BALL no Teatro Ibérico
A 3ª edição do Festival FEST-i-BALL realiza-se entre os dias 16 e 18 de Março, no
Teatro Ibérico em Lisboa, prometendo várias actuações solistas por músicos de alguns
dos projectos musicais da actualidade. O programa arranca sexta-feira com OMIRI, o
projecto a solo de Vasco Casais (Dazkarieh) e depois o quarteto Dancing Strings do
ucraniano Denys Stetsenko (Monte Lunai). Há ainda lugar para outras actuações com Hugo
Fernandes e Luis Peixoto (Sebastião Antunes Trio, Dazkarieh) e ainda o solo de Baltazar
Molina (Dazkarieh e Orquestrinha do Terror). No sábado, depois dos workshops, a noite
começa com as Hijas de Flamenco. A noite será em tons irlandeses, pelos Beltante e
depois animada pelo duo belga Duo Bert & HArald (acordeão e sanfona). (16 de Março)
Festival Islâmico em Mértola
Entre 17 e 20 de Maio realiza-se a próxima edição do Festival Isalâmico, a decorrer em
Mértola e que contará para já com a presença do Grupo Muulay Sheriff, criado pelo
mesmo mentor dos Nass Marrakesh. Está ainda prevista a participação dos In-Canto, com
Luísa Amaro e Miguel Carvalhinho. Fonte: Crónicas da
Terra (15 de Março)
Wok ao vivo em Portalegre
Sob direcção de Rui Júnior, o espectáculo WOK vive de uma forte
componente cénica, teatral e também cheia de momentos de humor - algo que reflecte o
trabalho que tem vindo a ser desenvolvido com um grupo de seleccionados entre os muitos
jovens artistas, que integram o Projecto de Percussões Tocá Rufar. Tendo o
ritmo como pano de fundo, este é explorado e desenvolvido de diversas formas, conceitos e
timbres através do uso de instrumentos de percussão, com ênfase para os tambores
tradicionais portugueses, da luta de paus, do sapateado e coreografias inspiradas no
imaginário tradicional português. A disposição e movimentação dos instrumentos no
espaço físico, a dança, a côr, a colocação teatralizada de adereços explorados como
elementos percutíveis e a utilização a nível rítmico de efeitos visuais com o mesmo
fio condutor, são factores que criam ambiências avassaladoras e desconcertantes tornando
este espectáculo uma experiência inesperada. Um espectáculo feito de ritmos
contagiantes, dia 16, em Portalegre. (14 de Março)
Ronda dos Quatro Caminhos regressa com "À Beira do Sul"
As Adufeiras de Monsanto, o Coro Polifónico "Eborae Musica", os grupos corais
Cantares de Évora e Guadiana e um quarteto de cordas irão colaboarar com o grupo de
António Prata a dar seguimento ao grande sucesso "Terra de Abrigo". "À
Beira do Sul" é um registo que pretende unir os universos musicais das regiões do
Alentejo e da Beira-Baixa e, de acordo com fonte do grupo, não surge como uma
"super-produção" como outrora fora adiantado - que também de acordo com a
mesma fonte, isso fica adiado para 2009. Fonte: Crónicas da
Terra (14 de Março)
Festival Mestiço
na Casa da Música
A Casa da Música organiza a II edição do Festival Mestiço entre os próximos dias 7 e
10 de Junho.De acordo com a Casa da Música, o cartaz será composto por "artistas de
vários pontos do globo que cruzam a música tradicional dos seus países com as actuais
tendências do rock e da electrónica". O Festival parte da "América do Sul e
se espalha pela Europa de Leste, África e Península Ibérica, com especial destaque, num
mês que é dedicado a Espanha, para as bandas do país vizinho que se enquadram na
cultura mestiça.. O local volta a ser o parque de estacionamento, que de acordo com
as críticas na altura revelou algumas deficiências, sobretudo de som. (13 de Março)
Lila Downs apresenta
"La Cantina" em Guimarães
De acordo com as buscas feitas pelas Crónicas da Terra na página da própria Lila Downs
no "My Space" fica-se a saber que a cantora notabilizada pela banda sonora do
filme Frida, regressa a portugal no próximo dia 26 de Junho, em Guimarães. "La
Cantina" é o mais recente disco, aclamado pela crítica da especialidade e será,
certamente, o prato forte deste espectáculo único entre nós. Fonte: Crónicas da
Terra (12 de Março)
Ciclo Música e Revolução na Casa da Música
A Casa da Música no Porto organiza, entre os dias 25 e 30 de Abril, o Ciclo Música e
Revolução como homenagem à vida e obra de JOSÉ AFONSO. Esta iniciativa divide-se em
seis espectáculos representando diferentes tradições musicais. Diversos projectos
proposeram-se a estrear repertório especial para este evento, incluindo novos arranjos de
temas de José Afonso. A revolução fica a entregue a Frei Fado dEl Rei, Maria
João e Mário Laginha, José Mário Branco, Orquestra Nacional do Porto, Zé Eduardo
Unit, Grupo Vocal Ulispo e Drumming. (12 de Março)
In-Canto
estreia-se em Sintra
In-Canto pretende cruzar o som da tradição musical da guitarra poruguesa (Luísa Amaro)
e guitarra Clássica (Miguel Carvalhinho) com a percussão árabe, em busca de "novos
timbres e envolvências musicais ilustrados e interpretados por uma outra arte ancestral:
a dança oriental". O grupo conta com a participação do percussionista Hugo
Tristão e da bailarina de dança oriental Joana Grácio. Antes deste projecto, a dupla de
músicos havia já gravado "Canção Para Carlos Paredes". Desde 1996 que Luísa
Amaro se dedica à guitarra portuguesa e ao estudo como autodidacta. A instrumentista
define este projecto como "algo de diferente, caminhando para Oriente e dando outras
roupagens musicais às tradicionais da guitarra portuguesa". O espectáculo é
apresentado no próximo dia 16 de Março, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra. Fonte: Lusa (11 de Março)
MU e Mandrágora: Novos
discos para descobrir ao vivo
Os MU vão apresentar, em conjunto com os portuenses Mandrágora, novos temas e aquilo que
se pode chamar a antevisão do próximo disco da banda. O espectáculo vai acontecer no
próximo dia 15 de Março, quinta feira, no cinema Passos Manuel no Porto, a partir das 22
horas. Tanto os MU como os Mandrágora revelaram-se através de discos disruptivos e
reveladores de talento e capacidade de inovar. Este espectáculo, reunindo precisamente
duas das bandas mais inovadoras nascidas no norte do país, promete ser a reveleção e a
consagração destes dois projectos. (10 de Março)
Tora Tora Big Band em Digressão
Arranca dia 9 de Março, no Santiago Alquimista, em Lisboa, a digressão de apresentação
de Tora Tora Cult o segundo álbum da Tora Tora Big Band "onde o jazz se
deixa contagiar pelo groove do afrobeat, samba, funk, valsa, reggae, bossa, salsa e
tango. primeoiro no Santiago Alquimista e depois na Sociedade Filarmónica
Humanitária de Palmela, os espectáculos contam com alguns os convidados do disco: Kika
Santos (Loopless , Blackout), Sílvia Sanchez (Hysteria Ibérika), o moçambicano Andrá
Cabaço e o DJ Tiago Santos (Cool Hipnoise, Rádio Oxigénio, Spaceboys). Digressão por
Lisboa, Palmela, Évora, Torres Novas. (9 de Março)
Galissa, Rão Kyao e Nancy Veira na Malaposta
O Centro Cultural da Malaposta em Odivelas recebe três espectáculos, entre os dias 9 e
11 de Março. A abrir, apresenta-se Galissa um mestre da kora que reside entre nós e que
traz com ele canções da etnia mandinga. No dia seguinte, regressa aos palcos Rão Kyao,
que apresenta o espectáulo "Viagens do Fado", neste caso acompanhado pela
guitarra portuguesa de Carlos Gonçalves. No dia 11 é a vez da cabo-verdiana Nacy Vieira,
que prometeu para breve um novo registo depois de "Segred", editado em 2004. (8 de Março)
As contradições de Claud, ao vivo no Barreiro
O Auditório Municipal Augusto Cabrita no Barreiro recebe dia 8 de Março, pelas 21h,
Claud que une universos da música electrónica e da tradição portuguesa.
"ConTradições" é o album de estreia destre projecto, editado no ano passado e
que conta com a participação de Paulo Cavaco no Piano, Teclados, Sampler e Acordeão,
Rui Sousa na Guitarra Eléctrica, Cavaquinho e Braguesa); Paulo Marinho, Gaita de Foles, e
Quiné na Bateria. Fonte: Crónicas da Terra (Dia 7 de
Março)
Música popular portuguesa no You Tube
Tiago Pereira, realizador de vídeo e vídeo músico, lançou recentemente as bases de um
projecto de grande dimensão destinado a reunir diversos registos vídeo relacionados com
a música popular portuguesa. "Popularportuguesa" (este é o nome do canal) é
um desafio a todos os interessados. Basta entrar no You Tube, fazer o "sign up"
com o "user" popular portuguesa, introduzir a "password" adufes e
fazer o "upload" de vídeos com recolhas, espectáculos, entrevistas ou qualquer
outro material audiovisual relacionado com a música popular portuguesa. Alguns dos
vídeos estão também disponíveis a partir do blog de Tiago Pereira.
Para além de procurar reunir um grande número de registos, este projecto procura,
também, partilhar recursos e informação entre músicos e outros interessados. (5 de Março)
Rare Folk: O
Freestyle ethnomusical
O grupo RARE FOLK é oriundo de Sevilha (Andaluzia), tendo-se formado no ano de 1992.
Editou recentemente o seu 4º trabalho discográfico com o título Natural
Fractals. O seu som caracteriza-se principalmente pelas influências
"folk-celtas" europeias, tendo ido buscar nos dois últimos trabalhos outras
sonoridades provenientes do oriente e de África, assim como o recurso a alguma
electrónica. Eles adoptaram o adjectivo de pais do Freestyle Folk, expressão dada por um
jornalista da imprensa espanhola, aquando do lançamento do seu anterior disco
Unimaverse. Para alem de terem participado nos maiores festivais de World
Music de Espanha, vão regressar em Maio de 2007 ao México e em Junho à Irlanda. Para
ver dia 31 de Março de 2007, na Tertúlia Castelense, no Câstelo da Maia - Avioso (Stª
Maria). (5 de Março)
Amélia Muge
apresenta "Não sou daqui" nos Açores e em Faro
Depois do memorável concerto na Culturgest, Amélia Muge apresenta o espectáculo
Não sou daqui nos Açores dia 10 de Março (21h30), no Teatro da Ribeira
Grande. Depois apresenta-se em Faro dias 23 e 24 de Março, no Auditório do CAPa (Centro
de Artes Performativas do Algarve). Nestes concertos, Amélia Muge apresenta o novo álbum
Não sou daqui num espectáculo homónimo com direcção musical de António
José Martins. Nas palavras de Amélia, Não sou daqui interroga a canção,
desafiando-a como um possível lugar de todos. O disco revela-nos 13 canções
compostas por Amélia Muge para poemas de António Ramos Rosa, Eugénio Lisboa, Hélia
Correia, Sophia de Mello Breyner Andresen e outros de sua própria autoria como Não
sou daqui ou Escutar Caetano, este último uma homenagem ao cantor e
compositor brasileiro. A acompanhá-la, estarão os músicos António José Martins
(direcção musical, captação sonora, registos e interacção instrumental), Filipe
Raposo (piano acústico e piano Rhodes), Yuri Daniel (contrabaixo e baixo eléctrico),
José Manuel David (sopros e acordeão) e Carlos Mil-Homens (percussões). (4 de Março)
Tributo a Zeca Afonso em Torres Vedras
O Teatro-Cine de Torres Vedras vai ser palco, no próximo dia 3 de Março, pelas 21h30, de
um Tributo a Zeca Afonso, que será levado a cabo pelo Quinteto de Jazz de
Lisboa. Neste Concerto serão interpretados temas da autoria daquele consagrado músico
português, os quais são rearranjados numa linguagem de Jazz, mas mantendo uma traça
portuguesa. O Quinteto de Jazz de Lisboa é constituído por Zé Carvalho (Voz), Paleka
(Bateria), Emílio Robalo (Piano), Paulo Neves (Contrabaixo) e Nanã Sousa Dias
(Saxofone). O preço dos bilhetes para assistir a este espectáculo é de 5 Euros. (3 de Março)
Moçoilas: A boa
disposição ao vivo, em Faro
As Moçoilas surgiram quando foi necessário
uma apresentação da Serra do Caldeirão, nas suas expressões Algarvia e Alentejana, na
Festa do Desenvolvimento Local - Manifesta 1994 em Santarém. Os cantares da Serra eram
muitos, os improvisos e acontecimentos espontâneos também, mas...não havia nenhum grupo
organizado que pudesse apresentar ao público com toda a essência e alegria próprias
deste sul interior do país. As Moçoilas vão apresentar o seu novo trabalho, em Faro, no
próximo dia 3 de Março, ás 22h30, na Sociedade Recreativa Artística Farense, mais
conhecida por Os Artistas. (2 de Março)
Tetra: 4º ciclo
experimental em Águeda
O desafio arranca sexta-feira, em Águeda: inúmeros projectos artísticos sairão da
gaveta directamente para o palco. Responderam ao desafio do Tetra - 4º Ciclo
Experimental e começam a ser apresentados a 2 de Março, sexta após sexta, no
Espaço dOrfeu. Chegaram de vários pontos do distrito de Aveiro, do Porto, de
Lisboa e, é claro, de Águeda, as inscrições de grupos independentes que vão
participar no Tetra, envolvendo um total aproximado de 35 artistas. No âmbito destas
participações, num total a rondar a dezena de colectivos inscritos, haverá
experimentalismo à solta nas áreas do teatro, da música e da dança e das artes
plásticas. Os artistas vão gozar de imunidade experimental para se apresentarem ao
público durante as próximas sextas-feiras, no Espaço dOrfeu, em Águeda. Espaço
essencial para novos estímulos à comunidade artística, o evento surge como plataforma
facilitadora de impulsos criativos. À quarta edição do seu ciclo experimental, a
dOrfeu abriu portas a criadores exteriores à associação, lançando o desafio a
quem tivesse projectos artísticos com pernas para andar. No mesmo registo informal que
caracterizou o triCiclo (2006), o biCiclo (2005) e o Ciclo da Voz (2004), o evento quer
estimular a aparição de novos artistas, especialmente potenciando a vocação
experimental dos seus trabalhos. Os projectos inscritos no Tetra vão ser
apresentados nas três primeiras sextas-feiras de Março, sendo avaliadas por um júri de
quatro elementos independentes ligados às artes. O vencedor do Tetra será anunciado no
encerramento, a 23 de Março, na qualidade de projecto com mais pernas para
andar, pelo que terá, durante o ano de 2007, direito a ser produzido pela
dOrfeu no âmbito de um dos seus eventos culturais. Estará semanalmente disponível
no site www.dorfeu.com uma actualização sobre o Tetra, bem como a
programação de cada uma das eliminatórias. Para seguir, nas Sextas de 02, 09, 16 e 23
Março de 2007, no Espaço dOrfeu, em Águeda. (1
de Março)
O Fado de Ana
Guerra na Tertúlia Castelense
Nascida em Vila Franca de Xira, terra de tourada e fado, desde muito nova mostrou grande
interesse e aptidão para o fado. No Porto, após ter deixado a sua cidade natal, foi
convidada especial para um sarau de fados onde partilhou palco, entre outros com Vicente
da Câmara. Em 2000 foi finalista do Concurso de Fado de Paranhos (Porto) e ganha a
conhecida Grande Noite de Fado de Esposende. Participa ainda na Grande Noite de Fado de
Braga, sagrando-se finalista. Em 2001 repete a sua presença em Esposende mas desta vez
como convidada de honra. Desde então não mais deixou de cantar pelas casas de fado deste
país, sendo a sequência lógica, a edição de um trabalho discográfico. Este evento
serve de propósito para o registo do seu disco de estreia, onde a fadista iniciará
também a sua tournée de promoção ao mesmo. Para ver dia 29 de Março de 2007, na
Tertúlia Castelense, no Câstelo da Maia - Avioso (Stª Maria). (28 de Fevereiro)
Intercéltico do Porto
regressa ao Cinema Batalha
Depois de ter sido forçado às Noites Intercélticas do Arcos de Valdevez, um dos mais
antigos festivais de músicas do mundo do nosso país. Em 2007 o 16º Intercéltico do
Porto realiza-se no renovado Cinema Batalha entre os dias 27 e 28 de Abril. À semelhança
das últimos anos, esta edição será itinerante extendendo-se, para já, por Arcos de
Valdevez e Praia da Vitória (nos Açores). De acordo com as Crónicas da Terra, o
programa definitivo será divulgado nas próximas semanas. Apenas se sabe que a Brigada
Victor JAra e a os Portuenses LUMEN (que esteve presente no ano passado em Arcos de
Valdevez) serão os bardos de serviço. (22 de Janeiro)
Amélia Muge:
Não sou Daqui
Amélia Muge prepara-se para editar o primeiro CD de uma triologia, que inclui uma
homenagem a Caetano Veloso Escutar Caetano. O disco "Não Sou
daqui" reúne 13 canções compostas por Amélia Muge, com textos de António Ramos
Rosa, Eugénio Lisboa, Hélia Correia, Sophia de Mello Breyner Andresen, bem como outros
de sua própria autoria. Não sou daqui conta com a colaboração de músicos,
como José Peixoto (guitarra acústica), Yuri Daniel (contrabaixo e baixo eléctrico),
Catarina Anacleto (violoncelo), Filipe Raposo (piano e acordeão), José Manuel David
(sopros) e Carlos Mil-Homens (cajón); para além de António José Martins - músico e
produtor - que acompanha o trabalho de Amélia Muge desde o primeiro disco
"Mugica", editado em 1992. Não Sou Daqui será apresentado ao vivo
no próximo dia 8 de Fevereiro (15h), no Teatro da Luz (Programa Viva a
Música de Armando Carvalhêda) e no dia 17 na Culturgest (21h30), em Lisboa. (20 de Janeiro)
Dazkarieh: Mais
concertos em 2007
Os Dazkarieh que durante o ano de 2006 efectuaram mais de meia centena de espectáculos,
começam o ano em força, a saber: 19 Janeiro - Ponta Delgada/Açores - Aula Magna da
Universidade - 21h30m - Entrada Livre; 26 Janeiro - Serpa - Teatro - 21h30m; 27 Janeiro -
Almada - Fórum Romeu Correia - 21h30m; 10 Fevereiro - Paredes (Porto) - Casa da Cultura -
22h00; 24 Fevereiro - Redondo - Centro Cultural - 21h30m; 17 Março - Casal do
Marco/Seixal - Espaço Tocá Rufar - 23h00; 21 Abril - Torres Novas - Teatro Virgínia -
21h30m. Entre os dias 7 a 14 Maio estarão na Cidade do México para participar no
Festival Ollin Kan. Incógnita Alquimia, o terceiro disco de originais, vai estar
certamente no centro das atenções. (19 de Janeiro)
Vitorino: 30
Anos de carreira
Vitorino arranca em digressão por todo o país, para apresentar 30 Anos de canções que
certamente marcaram a música portuguesa - com muitas melodias e letras que falam de um
portugal que faz pensar e que emociona. Canções que nos trazem a simplicidade e pureza
da musica popular do nosso país, que se transformam e ganham com o confronto da musica
popular urbana. Vitorino é isso mesmo. Um homem que vem do Alentejo e nunca se esqueceu
dele. Um homem da cidade de Lisboa e do mundo. Um homem que volta sempre ao Alentejo, à
raiz à Terra. Nesta digressão, Vitorino é acompanhado por: Carlos Salomé voz,
violas, cavaquinho e percussão; Rui Alves - voz, bateria e percussão; Daniel Salomé -
clarinete, saxofone soprano e sax alto; Sérgio Costa piano e teclados. (18 de Janeiro)
Interfolk edita
CD com Ginga, Diabo a Sete e Andarilhos
De acordo com notícia publicada nas Crónicas da Terra, a revista madrilena INTERFOLK
dedicada à temática folk (sobretudo das várias regiões de Espanha) acaba de editar com
o seu último número (distribuído a partir de hoje a todos os assinantes) uma
compilação em CD que inclui a grande maioria dos intervenientes no concurso EUROFOLK
(onde competem jovens bandas folk oriundas de Portugal, Espanha e Itália), nas três
edições até agora realizadas. Pelo lado português destacam-se os GINGA (vencedores da
edição de 2004), Diabo a Sete e Andarilhos. (17
de Janeiro)
Entrudanças 2007
em Entradas, Castro verde
Será nos dias 17, 18 e 19 de Fevereiro a próxima edição do Festival Entrudanças. O
programa inclui bailes e oficinas diversificadas, mas este ano será dada uma atenção
muito especial à (riquíssima) cultura Alentejana: o cante, os bailes, a campaniça, a
flauta tamborileiro, os brinquedos tradicionais. Alargando o trabalho realizado nos anos
anteriores com a população infantil e idosos, a PédeXumbo este ano trabalhará de forma
mais prolongada com a comunidade. Um trabalho sobre as formas de cultura tradicional
alentejana, numa aldeia criativa dos nossos dias. (15 de
Janeiro)
Cibelle regressa
a portugal para quatro concertos
A paulista Cibelle regressa em Fevereiro, para apresentar entre nós o seu disco The
Shine of Dried Leaves, repetindo assim a prestação no Festival Mestiço da Casa da
Música. As digressão portuguesa arranca dia 21 de Janeiro no Teatro Académico Gil
Vicente (Coimbra); segundo depois dia 22 para o Santiago Alquimista (Lisboa), prosseguindo
no dia 23 no Theatro Circo (Braga) e finalizando no dia 24 no Teatro Virgínia (Torres
Novas). (14 de Janeiro)
Musikando 2007: Serpa
a abrir a temporada
Entre os dias 19 e 27 de Janeiro, a Câmara Municipal de Serpa organiza o festival
Musikando 2007, apresentando no primeiro dia (19) os búlgaros Rodopis, no Cine-teatro de
Serpa. No dia seguinte é a vez da salsa com a Union Salsera de Cuba (no Cine-teatro Maria
Lamas em Vila Nova de São Bento). A 26 de Janeiro, os Dazkarieh apresentam o álbum
Incógnita Alquimia (no Cine Teatro de Serpa) e a 27 o giot guineense Kimi
Djabaté, que apresenta a uma fusão pop com a música mandinga. Fonte: Crónicas da Terra. (13 de Janeiro)
O Labirinto da Guitarra com Pedro Caldeira Cabral
Pedro Caldeira Cabral apresenta no próximo dia 14 de Janeiro, na Casa da Música (Porto)
o espectáculo O labirinto da guitarra que retrata a história de cinco
séculos da guitarra portuguesa. Acompanhado por Joaquim António Silva na Guitarra
Clássica e Ducan Fox no Contrabaixo), Pedro Caldeira Cabralirá interpretar obras de
Domenico Scarlati, Carlos Seixas, Artur Paredes, Carlos Paredes , Manuel José Vidigal e
Anthero da Veiga. No alinhamento estarão também de originais de sua autoria. (12 de Janeiro)
Teresa Salgueiro: duas apresentações extra em São Paulo
A voz dos Madredeus, Teresa Salgueiro, fará mais duas apresentações do espectáculo
"Você e Eu", em São Paulo, depois de os quatros concertos inicialmente
previstos terem esgotado. "Lotou muito rápido. A receptividade do público a esse
meu primeiro encontro com a música popular brasileira tem sido extraordinária",
afirmou a artista à agência Lusa. Os dois concertos extras serão realizados nos dias 19
e 21 de Janeiro, no espaço Golden Cross Jazz Club, mesmo local onde decorre a actual
temporada, d e quarta-feira até sábado, dia 13. O espectáculo "Você e Eu"
reúne 22 canções de bossa nova e de clássicos da música popular brasileira (MPB) que
antecipam o álbum a solo que deverá editar em Abril, em Portugal, pela editora EMI. No
palco, a cantora está acompanhada pelos músicos João Cristal (piano), Nailor Proveta
(saxofone), Marcos Paiva (baixo), Paulo Dafilin (violão), Daniel de Paula (bateria) e as
vozes de Maria Diniz e Adriana Dré. (11 de Janeiro)
Ana Moura actua
no Instituto Smithsonian, em Washington
A fadista Ana Moura, que este ano editará o seu terceiro álbum de inéditos com
produção de Jorge Fernando e Custódio Castelo, actua dia 24 no Instituto Smithsonian,
em Washington, anunciou hoje a sua produtora. Depois de Washington, Ana Moura segue para
Chicago (Illinois) onde actuará na Hothouse, dia 25 de Janeiro. A criadora de
"Porque teimas nesta dor" (Carlos Gonçalves/José Luís Gordo) será
acompanhada à guitarra portuguesa por Custódio Castelo, à viola por Jorge Fernando e à
viola-baixo por José Elmiro. "Nesta digressão irei interpretar essencialmente temas
do meu último álbum, 'Aconteceu', mas também recuperarei alguns do primeiro",
assinalou a cantora à Lusa. Depois de Chicago, Ana Moura actuará, dia 27, no Churchill
Arts Council, em Fallon (Nevada), e no dia seguinte no Canadá, mais precisamente no
Global Arts, em Victoria (Columbia Britânica). A criadora de "Não hesitava um
segundo" (Tozé Brito) apresentou-se o ano passado no Carnegie Hall em Nova Iorque e
no Getty Museum em Los Angeles (Califórnia). Segundo a fadista, "o mercado
norte-americano é muito competitivo", mas os seus concertos têm tido sempre
lotações esgotadas. O novo álbum, a editar "em meados deste ano em Portugal",
estará disponível no Inverno nos Estados Unidos. Ana Moura começou a cantar o fado
"por brincadeira", aos domingos, num bar próximo da sua casa. Em finais de
2000, começou a cantar na casa de fados de Maria da Fé e do poeta José Luís Gordo, em
Lisboa, onde conheceu o músico Jorge Fernando. "Aconteceu" foi o seu segundo
álbum, editado em 2004, um duplo CD em que canta fados tradicionais e fados musicados
nomeado para os Edison Awards holandeses. O seu primeiro disco, "Guarda-me a vida na
mão", produzido por Jorge Fernando, foi editado em 2003, tendo sido um dos
candidatos ao Prémio José Afonso em 2004. Actualmente, encontra-se editado em mais de 50
países. (10 de Janeiro)
Raquel Tavares
estreia-se em Madrid
A fadista Raquel Tavares, recém-galardoada com o Prémio Amália Rodrigues na categoria
de Revelação Feminina, prepara-se para apresentar o seu álbum de estreia homónimo, ao
público madrileno. O concerto insere-se no âmbito do evento Tradinvierno 2007
subordinado ao tema "Vozes Femininas na Música Tradicional". A primeira
edição vai decorrer este fim-de-semana, no Teatro Adolfo Marsillach, em San Sebastián
de los Reyes, Madrid. Raquel Tavares sobe ao palco, no sábado, dia 13 de Janeiro, às
19:30h. (9 de Janeiro)
Sérgio Godinho (em)
Ligação Directa
Nos dias 20 e 27 de Janeiro, Sérgio Godinho apresenta o seu novo disco Ligação
Directa com concertos na Guarda e em Estarreja, respectivamente. O espectáculo
SÉRGIO GODINHO (em) LIGAÇÃO DIRECTA terá como base o repertório deste seu
último trabalho discográfico e será uma ligação directa às emoções e à Razão que
desde sempre as canções de Sérgio Godinho despertaram em todos nós. Das mais recentes,
destacar-se-ão Às vezes o amor, Marcha Centopeia, O Rei do
Zum Zum, Só neste país ou A deusa do amor. O público
presente nos concertos, no entanto, não deixará de escutar também as maiores
referências da obra deste autor, compositor e intérprete. A acompanhá-lo estarão
Os Assessores: Nuno Rafael (direcção musical, guitarras), Miguel Fevereiro
(guitarras), Nuno Espírito Santo (baixo), João Cardoso (piano, teclados), Sara
Côrte-Real (coros, teclados, percussão), Sérgio Nascimento (bateria, percussões) e
João Cabrita (sopros, coros, percussões). (8 de
Janeiro)
Aldina Duarte
apresenta Crua em Sines e Faro
Nos próximos dias 19 e 20 de Janeiro, Aldina Duarte apresenta o espectáculo
Crua em Sines e Faro, respectivamente. Nestes concertos, a fadista apresenta
temas do seu mais recente trabalho discográfico Crua - composto por fados
tradicionais com letras de João Monge e outros tantos do seu disco de estreia
Apenas o Amor. Com uma carreira alicerçada no amor e no respeito pelas
raízes do Fado, Aldina Duarte nasceu para a arte de ser fadista há dezena e meia de
anos, vindo desde essa altura a praticar com uma dedicação absoluta as técnicas e os
códigos deste género musical, sobretudo em Casas de Fado. Em Apenas o Amor,
Aldina Duarte surpreendeu ao revelar com simplicidade chocante uma invulgar capacidade
interpretativa e original assente no fado tradicional e em algumas letras da sua autoria.
Em Crua, Aldina Duarte desafiou João Monge a escrever letras para fados
tradicionais. Uma cumplicidade que resultou numa entrega absoluta dessa Voz às palavras
escritas de alguém com a mesma visão do mundo. A acompanhá-la estarão os músicos
Bernardo Couto / José Manuel Neto (guitarra portuguesa) e Carlos Manuel Proença (viola). (7 de Janeiro)
II Tocar de Ouvido: Encontro
de Tocadores em 2007
A PédeXumbo agendou as datas do próximo Tocar de Ouvido. Decorrerá entre 28 de Abril e
1 Maio, em Évora. Trata-se de um encontro de músicos, onde se proporciona a transmissão
do saber entre tocadores mais velhos de instrumentos tradicionais e uma nova geração de
músicos. Os encontros privilegiam a transmissão da cultura tradicional directamente dos
seus detentores (tocadores tradicionais) para os aprendizes e entusiastas da música
tradicional. Este evento consiste num encontro de músicos, onde se proporciona a
transmissão do saber entre tocadores mais velhos de instrumentos tradicionais e uma nova
geração de músicos. Durante três dias cria-se um espaço para cada instrumento onde se
pretende que haja uma passagem de ensinamentos dos mais velhos para os mais novos, sendo
esta passagem adjuvada por um músico com alguma experiência nos respectivos instrumentos
("pivot"). À noite, e para que seja possível ter a participação local e do
público em geral, realizam-se bailes onde se conta com os tocadores que participam nos
eventos. Tocar de Ouvido surge na sequência do I e II Encontro de Tocadores de Música
Tradicional em Nisa, do qual a Associação Pédexumbo foi um dos promotores. A partir da
experiência do I e II Encontro de Tocadores, em que se verificou uma forte ligação
entre os instrumentos e as modas com os locais de onde são originários, este projecto
pretende ir ao encontro dessa cultura que serve de fundo às tradições dos instrumentos
e músicas. (6 de Janeiro)
Percussões na
Fábrica Mundet
A terceira edição do Festival "Portugal a Rufar" organizada pela Associação
Toca a Rufar realiza-se nos próximos dias 1, 2 e 3 de Junho. Este evento apresenta-se no
local onde se realizava o Festival Cantigas do Maio. O programa será divulgado em breve. (4 de Janeiro)
Encontros de Música e Dança no Espaço Celeiros
A PédeXumbo tem vindo a apostar na formação musical informal de músicos na cidade de
Évora. Os Encontros Música às Terças acabaram por se transformar em encontros de
músicos mas também de pessoas que gostam de dançar. Em 2007 teremos um espaço às
quintas feiras onde se pode tocar, ouvir ou dançar. Espaço aberto aos violinistas,
violoncelistas, flautistas, guitarristas, bateristas, ou a quem queira vir simplesmente
tocar pedrinhas, conchinhas ou pauzinhos. Com pautas ou por ouvido. Sem inscrição nem
marcação prévia. Músicas de baile, para quem quiser bailar ou simplesmente bater o pé
ao ritmo. Orientação de Celina Piedade e TóZé (António Bexiga). (3 de Janeiro)
Encontros Alcultur em Almada
Os "Encontros AlCultur" assumem-se como espaço de encontros de
diferentes pessoas, projectos e organizações da (e de) cultura, pretendem ser uma
plataforma potenciadora de reflexão e debate, de aprendizagens e conhecimento, de
inovação e criatividade, de novas ideias e projectos e da implementação de novas redes
de cooperação, e constituem um recurso para o desenvolvimento local das cidades e
regiões onde se realizam. Os encontros deste ano decorrem em Almada, entre 22 e 24 de
Fevereiro. (2 de Janeiro)
"Pele" de Maria João e José Peixoto
A música de José Peixoto o genial guitarrista dos Madredeus e o mais prolífico
dos seus músicos volta a brilhar na voz de Maria João, fazendo ressurgir uma
colaboração que já conta com alguns anos e projectos em comum. Desta vez, com um
conjunto de canções de José Peixoto, com letras de Tiago Torres da Silva, Eugénia de
Vasconcellos e do próprio compositor, serviu de pretexto para o encontro que resultou
neste maravilhoso disco PELE. Um trabalho por nós escolhido para abrir a
programação de 2007. Um verdadeiro exemplo do mais belo que a Humanidade consegue fazer.
José Peixoto - guitarra; Maria João voz; Yuri Daniel contrabaixo; Vicky
percurssão. Ao vivo, no Cine-Teatro Joaquim d' Almeida, dia 20 de Janeiro. (29 de Dezembro)
Auto de Natal da Casa do
povo da Camacha
Os Encontros da Eira são um dos grupos participantes no Auto de Natal da Casa do
Povo da Camacha, a realizar na Igreja Matriz local, no dia 01 de Janeiro, a partir das 16
horas. Apresentarão quatro temas, sendo dois de Natal e outros dois do Cantar os Reis. No
evento participarão ainda: Tuna de Bandolins da Camacha, Grupo Coral da Casa do Povo da
Camacha; Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha e os grupos de pastores que
participaram nas romarias da missa do galo naquela vila serrana. A dinamização desta
actividade é da responsabilidade do Grupo Coral e da Associação Cultural encontros da
Eira. (28 de Dezembro)
Festival de Fim d'Ano com Dança & Musica Tradicionais
A Associação PédeXumbo e a Associação Gambozinos organizam em conjunto um festival de
passagem de ano com concertos dos Uxu Kalhus, Monte Lunai, ZEF, Naragonia e Mú, para
além de diversos workshops de danças e músicas tradicionais. Música ao vivo, para
dançar no Salão da Igreja do Marquês, no Porto. O evento prolonga-se pelos dias de 30,
31 e 1. (27 de Dezembro)
Passagem de Ano
no Ateneu Comercial de Lisboa
A passagem de ano no Ateneu Comercial é já um clássico dos reveillons em Lisboa, sempre
um sucesso e uma experiência única multicultural, multidanças, multimúsicas. Este ano
como grande novidades vamos ter o investimento que foi feito num lote invejável de dj's
conhecidos em diversas áreas, numa big band, para além da primeira vez que vamos ter
serviço de jantares completos com apoio de um restaurante e um After Hours. Este ano a
Planeta Dança, a Escola 1001Danças, o Ateneu, a Cooperativa Cultural Crew Hassan e
Ateneu Café Internet irão proporcionar uma passagem de ano sem precedentes: 8 espaços
diferentes/10 ambientes, cerca de 15 djs/selectas, 1 banda de 10 músicos, 12
bailarinos do Brasil, Egipto, Angola, Portugal e muito mais. (26
de Dezembro)
Curso Mensal de Viola Braguesa com Luís Fernandes
A d'Orfeu promove um Curso Mensal de Viola Braguesa - Formação intensiva dirigida a
tocadores de viola braguesa com pouca disponibilidade para um regime semanal de aulas na
EMtrad - por limitação horária ou por distância geográfica de Águeda -,
permitindo concentrar a estudo acompanhado num único fim-de-semana por mês. Dia 6
Janeiro 2007. (23 de Dezembro)
Um Mundo de Gaitas: Exposição de Gaitas-de-fole
O Museu Nacional de Arqueologia, situado no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, acolhe a
partir de Dezembro de 2006 e até 14 de Janeiro de 2007, a exposição "Um Mundo de
Gaitas", da Associação Gaita-de-foles. A exposição dá a conhecer vários
exemplares de gaitas-de-fole de todo o Mundo, demonstrando a sua grande diversidade de
formatos, materiais e tecnologias, nos muitos contextos culturais onde este instrumento
tem presença. Desde a Gaita-de-fole de Trás-os-Montes, à Gaida da Bulgária, ou a Great
Highland Bagpipe escocesa, passando pela Mezoued da Tunísia à Säckpipa sueca. Uma
oportunidade para, neste Natal, levar a família e amigos a descobrirem o Mundo da
gaita-de-fole. A exposição itinerante, concebida em 2004, por ocasião do IV Encontro
Nacional de Gaiteiros, destaca as gaitas-de-fole portuguesas, com exemplares autênticos
destas e de outras gaitas-de-fole de todo o Mundo, complementados com a presença de
infografia que explica a distribuição e um pouco da história e dos segredos destes
instrumentos. Em exposição estão também vários materiais e ferramentas usados na
construção de gaitas-de-fole. (22 de Dezembro)
Tora Tora Big Band: Novo disco em Março
Os Tora Tora Big Band terminaram recentemente a primeira fase da gravação do seu novo
álbum nos estúdios "Namouche". Ainda sem nome, este disco conta com algumas
participações vocais: Kika Santos em "Elefants Run" e "Velho Samba",
André Cabaço em "Moca Men", Silvia dos Hysteria Ibérica em "Love is
Illusion". Promete ser um disco cheio de surpresas, ainda mais dançável que o
anterior e com uma sonoridade mais "live". Para conhecer ao vivo na Galeria Zé
dos Bois, em Lisboa, no dia 21 de Dezembro. (21 de
Dezembro)
Maria Alice na
Galiza
Maria Alice anima a noite do dia 23 de Dezembro no Teatro Rosalía de Castro, em La
Coruña. No concerto que tem início às 21h, a cantora cabo-verdiana apresenta canções
do seu mais recente álbum Lágrima e Súplica e relembra outras mornas e
coladeiras do seu repertório. Maria Alice será acompanhada por Humberto Ramos (piano),
Jon Luz (cavaquinho), Costa Neto (baixo), Daniel Salomé (clarinete) e Marco Santos
(percussão). (20 de Dezembro)
Museu do Fado
distinguido pela Casa da Imprensa
O Museu do Fado recebe, dia 22, o Troféu Neves de Sousa, com o qual a Casa da Imprensa
distingue instituições ou personalidades na área da investigação ou divulgação,
durante a Grande Noite do Fado. O Troféu Neves de Sousa distinguiu o ano passado o
investigador José Manuel Osório, destacando agora o "trabalho de empenho,
dedicação e divulgação" do Museu do Fado, instalado em Alfama desde 25 de
Setembro de 1998, disse à Lusa fonte da organização. O Museu, além da colecção que
expõe, de objectos relacionados com o fado, tem realizado diversas iniciativas,
nomeadamente o I Colóquio Internacional de Fado, em 2001, ou, mais recentemente, um ciclo
dedicado a vários fadistas. A mesma fonte disse à Lusa que, ao palco da Aula Magna da
Universidade de Lisboa, que acolhe pela primeira vez a Grande Noite do Fado, subirão 26
candidatos, entre fadistas e instrumentistas. A área de canto divide-se em Juvenis e
Seniores, e a de instrumentistas em guitarristas e violistas. Os oito juvenis, sete
raparigas e apenas um rapaz, vêm de diferentes clubes recreativos, havendo ainda um
concorrente individual e um representante da Câmara de Santiago de Cacém. O Sport Lisboa
e Campolide, o Clube de Lisboa Amigos do Fado, o Lusitano Clube, a União Brenhense e as
escolas de fado Alverquense e do Clube Cultural Azambujense são as associações cujos
representantes chegaram à final. Em Seniores foram apurados 12, divididos em masculinos e
femininos, cinco dos quais vindos do Clube Lisboa Amigos do Fado. Outras entidades
representadas são o Grupo Desportivo da Mouraria, o Grupo Onze Unidos, a Tasca do Chico e
a Escola de Fado Alverquense. Há também um concorrente em nome individual. Na secção
de instrumentistas concorrem três guitarristas e três violistas, provenientes da Escola
de Fado Amador e Criativo de Alverca, do Clube de Lisboa Amigos do Fado, da Escola do
Museu do Fado, da Câmara de Santiago do Cacém e um em nome individual. O júri será
constituído pelos poetas José Luís Gordo e Mário Rainho, Prémios Amália Rodrigues
Melhor Poeta de Fado de 2005 e 2006, respectivamente, pelo investigador de fado Luís de
Castro e pela gestora do Museu do Fado Sara Pereira. O investigador Luís de Castro,
fundador da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado em 1995, faz parte do júri da
Grande Noite desde 1999. Durante a Grande Noite do Fado, serão ainda entregues os
Prémios Revelação, Carreira, Casa de Fados e Francisco Carvalhinho. Carmo Rebelo de
Andrade, filha da fadista Teresa Siqueira, apresentada nas noites fadistas como Carminho,
é o Prémio Revelação, adiantou a mesma fonte. O viola-baixo Joel Pina, que acompanhou
Amália Rodrigues e Maria Teresa de Noronha, receberá o Prémio Carreira para
Instrumentistas, e o fadista Rodrigo, que completa este ano 40 anos de carreira, o prémio
destinado aos intérpretes. O Prémio Casa de Fados distingue este ano o Clube de Fado,
fundado em 1995 no bairro de Alfama, em Lisboa, e dirigido pelo músico Mário Pacheco.
Actuam no Clube do Fado artistas como Alcino de Carvalho, Ana Sofia Varela ou Joana
Amendoeira, Carlos Manuel Proença, José Fontes Rocha e Pedro Pinhal. O Troféu Francisco
Carvalhinho distingue o violista Carlos Manuel Proença, que tem acompanhado artistas como
Camané, Pedro Moutinho, Mísia ou a sua mãe, Maria Amélia Proença. José la Feria, da
organização, disse à Lusa que, "dado o grande acolhimento da Grande Noite do
Porto, realizada na Casa da Música, também este ano é de esperar igual adesão em
Lisboa". La Feria reconheceu "as dificuldades" de arranjar um espaço, na
medida em que esta 55ª Grande Noite do Fado não foi agendada no Teatro Municipal São
Luiz, onde se realizava desde há três anos. No espectáculo do dia 22 participam
fadistas profissionais, nomeadamente Teresa Tapadas, Maria Armanda, Artur Batalha, Ana
Moura, Ricardo Ribeiro, Ana Sofia Varela, Argentina Santos, entre outros. (19 de Dezembro)
Fado é "a
expressão artística do século XXI"
A jornalista Alexandra Carita e o fotógrafo
Jorge Simão dedicaram um ano a descobrir o mundo fadista e o resultado dessa pesquisa
está contido no livro "Nossos fados", no qual fazem uma abordagem da canção
de Lisboa como "a expressão artística do século XXI". "Há uma cidade
viva em pleno século XXI, em torno do fado, muito mais do aquilo que se julga. Os bairros
históricos como Alfama, Madragoa ou Bairro Alto são frequentados até madrugada por
jovens e menos jovens, o que torna o fado a expressão artística do século XXI",
disse à Lusa Alexandra Carita. Alexandra Carita e Jorge Simão são, nas palavras da
jornalista, "amantes do fados" e ambos procuraram neste livro mostrar "um
fado de afectos" sem a pretensão de conceptualizar ou a preocupação de
"definir origens". "Aceitámos o fado, e no meio aceitaram-nos como amigos,
fizemos um retrato que é o nosso", sublinhou. Editado pela Alêtheia, "Nossos
fados" traça o perfil de vários fadistas da denominada "nova geração",
entre eles Camané, Mariza, Pedro Moutinho, Aldina Duarte, Ricardo Ribeiro, Kátia
Guerreiro ou Hélder Moutinho, que os autores definem como "o homem do fado de
hoje". "O Hélder Moutinho é intérprete, poeta e o homem que hoje faz o fado
girar, quer como produtor quer como agente. Está dos dois lados da barricada
fadista", explicou a jornalista. Num outro capítulo, dedicado aos músicos, são
citados nomes "mais antigos", como Fernando Alvim e os "mais novos no
meio", como Ricardo Parreira ou Ricardo Rocha, neto de Fontes Rocha e laureado este
ano com o Prémio Amália Rodrigues para o melhor guitarrista. Num capítulo intitulado
"O gueto", os autores defendem que os locais de fado não são "espaços de
exclusão, mas espaços onde alguns são os eleitos". "Nesses espaços, o fado
acontece para aqueles que se vão cativando por ele", disse Carita. Desta
experiência de "um ano onde todas as noites se foi ao fado", a jornalista
guarda como "melhores memórias, as noites de tertúlia entre fadistas, poetas e
músicos, as noites em que os fadistas se reuniam em espaços como o restaurante Mesa de
Frades para experimentar tons ou escrevinhar versos numa toalha de mesa". Há ainda
espaço no livro para "senhoras e senhores do fado" -Argentina Santos e Carlos
do Carmo são dois dos citados - e para os poetas. Acerca de Carlos do Carmo, criador de
fados como "Canoas do Tejo", "Por morrer uma andorinha" ou "Os
putos", Alexandra Carita realçou à Lusa "a motivação e o empenho" do
cantor "na concretização" deste trabalho. No capítulo dedicado aos poetas,
intitulado "A Palavra", figuram nomes como o de José Luís Gordo, autor de,
entre outros fados, "Cantarei até que a voz me doa", e Júlio de Sousa, autor
de "Loucura". A fechar o álbum, há uma lista de discos escolhidos pelos
autores da qual, "propositadamente, se exclui Amália Rodrigues, pois muito se tem
falado dela". O álbum, com o selo da Alêtheia, tem cerca de 120 páginas,
intercalando texto e fotografia. (18 de Dezembro)
JP Simões com
novo disco em Janeiro
JP Simões prepara-se para editar o seu primeiro disco a solo - 1970 - em
Janeiro de 2007. Depois de ter deixado a sua marca na melhor música feita em Portugal nos
últimos 10 anos, como um dos mentores de projectos como os Belle Chase Hotel e Quinteto
Tati, JP Simões, inicia com 1970 uma carreira a solo que se prevê brilhante,
quer pela qualidade extrema da sua escrita, quer pela inquestionável personalidade da sua
voz. Neste trabalho a solo, JP Simões assume, pela primeira, vez a totalidade do processo
criativo, escrevendo músicas, letras e assumindo os arranjos e a produção musical do
disco. "1970 é uma obra que coloca JP Simões na trilha dos cantautores
da música portuguesa. Concertos de apresentação: 20 Dezembro 2006 - Lisboa - Santiago
Alquimista (23h00); 21 Dezembro 2006 - Porto - Teatro Passos Manuel (23h00); 22 Dezembro
2006 - Coimbra - Auditório do Instituto da Juventude (23h00). (17 de Dezembro)
Hélder Moutinho
apresenta "Maldito Fado" no Theatro Circo
Hélder Moutinho apresenta no próximo sábado, dia 16 de Dezembro, no Theatro Circo em
Braga, "Maldito fado", um espectáculo de que é criador e protagonista e no
qual procura fazer o encontro da canção de Lisboa com outras sonoridades. O espectáculo
estreou-se em Alcobaça, passou já pelo palco portuense da Casa da Música e pelo Teatro
da Trindade em Lisboa, integrando agora a segunda "Noite de fados" do recém
renovado Theatro Circo. "O que vou fazer faz-se há 80 anos, que é o encontro do
fado com outras sonoridades. à guitarra portuguesa e à viola juntam-se o acordeão ou a
percussão", disse à Lusa o fadista. "Neste espectáculo - acrescentou -
percorro os diferentes locais do fado: a cidade, o amor, a saudade e até a condição do
próprio fadista". O título do espectáculo pode ser interpretado de três formas,
explicou o fadista. É "maldito fado, ironicamente, por tanto gostarmos dele,
maldito, atendendo às suas origens de faca e alguidar e à sua complexidade e, por
último, pelo que o público e a crítica acham que estamos a fazer, ou seja, mantendo a
raiz, juntarmos outras sonoridades". Também poeta, Hélder Moutinho canta, neste
espectáculo, alguns inéditos de sua autoria, nomeadamente "Rua do Meio à
Madragoa", uma homenagem a uma das primeiras ruas onde viveu, e "As quadras do
maldito", com que encerra. "Fecho com um fado menor, em quadras, onde, de certa
forma, explico este espectáculo, e daí o qualificá-lo de puro e duro, pois, apesar de
todas as influências que o rodeiam, o fado mantém a sua raiz", disse.
"Proponho - esclareceu - uma viagem sonora, tomando o fado como base mu sical, mas
envolvendo-o noutras estéticas, com o atrevimento de trazer novos sons ao seu som e ao
seu ser". Ao recriar alguns fados clássicos como "Fadista louco", o
fadista assinalou à Lusa que procura demonstrar "como o mesmo fado pode ser
reinterpretado, de acordo com os tempos que mudam e aos quais mesmo a emoção do fado
não pode ficar alheia". O espectáculo criado e protagonizado por Hélder Moutinho,
com direcção musical de Manuel de Oliveira e desenho de luz de José Carlos Coelho,
estará em cena em finais de Novembro, no Teatro da Trindade em Lisboa. A acompanhar
Hélder Moutinho estarão Manuel de Oliveira (guitarra clássica e viola braguesa),
Ricardo Parreira (guitarra portuguesa), Diogo Clemente (viola), José Penedo
(contrabaixo), Pedro Santos (acordeão) e Quine (percussão). (16
de Dezembro)
Joana Amendoeira
actua em Braga
A fadista Joana Amendoeira apresenta- se hoje pela primeira vez no Theatro Circo em Braga,
onde interpretará temas do seu mais recente trabalho discográfico, "à flor da
pele". Acompanhada por Pedro Amendoeira à guitarra portuguesa, Pedro Pinhal à viola
e Paulo Paz no contrabaixo, Joana Amendoeira cantará fados com poemas de José Luís
Peixoto, Pedro Homem de Mello, José Luís Gordo e Hélder Moutinho, entre outros. Os
músicos acompanharam já a fadista o ano passado no Club Gesu, em Montreal, na sua
apresentação no Festival Strickly Mundial. Na opinião do musicólogo Rui Vieira Nery, a
fadista tem "uma voz belíssima de timbre quente, uma expressividade discreta mas
requintada, uma recusa de qualquer registo artificial de auto-promoção que não seja o
da conjunção simples entre palavras e música, voz e instrumentos". A fadista,
sublinha Nery, "surge com uma linguagem pessoal bem distinta". Natural de
Santarém, Joana Amendoeira participou na Grande Noite do Fado de Lisboa pela primeira vez
em 1994, e no ano seguinte na Grande Noite do Fado do Porto. Em 1998 deslocou-se pela
primeira vez ao estrangeiro, actuando no âmbito do evento "Dias de Portugal",
organizado pelo ICEP em Budapeste. Data de 1998 o seu primeiro CD, "Olhos
Garotos". Em 2000, esteve em São Paulo (Brasil), no âmbito das comemorações dos
500 anos da descoberta do Brasil, e editou o seu segundo álbum, "Aquela Rua".
Em 2001, actuou na Holanda, Itália, Alemanha, Hungria, Brasil, Estados Unidos e França,
onde já estivera em 1999 com Carlos do Carmo. Há dois anos, a fadista voltou a
acompanhar Carlos do Carmo, em dois espectáculos, um em Viena e outro na sala principal
do Concertgebouw, em Amesterdão. (15 de Dezembro)
Mestre Antonio
Chainho solidário
Mestre Antonio Chainho associa-se à Câmara Municipal de Santiago do Cacém num
evento de solidariedade para com as famílias vítimas do mau tempo que se fez sentir no
início do mês de Novembro naquela região. Serão dois espectáculos a realizar no dia
17 de Dezembro cujas receitas revertem para ajudar as famílias carenciadas. A primeira
parte dos espectáculos será assegurada pela estreia dos alunos da Escola da Guitarra
Portuguesa António Chainho que para além dos alunos portugueses, contará com a
presença de um aluno muito especial. Dinesh Khundrakpam, um aluno da Índia que com o
apoio da Fundação Oriente está em Portugal há dois meses beneficiando de uma bolsa de
curta duração para desenvolver os estudos de Guitarra Portuguesa. Formado pela Escola de
Música de Bangalore em Guitarra Clássica, Dinesh, natural de Imphal, frequentou dois
workshops promovidos pela Delegação da Fundação Oriente em Goa com Eduardo Rodrigues
(2003) e Mestre António Chaínho (2004). Mestre Chainho descreve-o como um músico
talentoso e dedicado e acredita que a sua determinação o fará divulgar o
instrumento nacional além fronteiras. Na segunda parte Mestre Chainho, apresentará o seu
espectáculo acompanhado pela fadista Isabel Noronha e Carlos Silva na Viola de Fado. Os
concertos realizam-se no dia 17 de Dezembro às 16 horas no Centro de Dia da ABELA e às
21 horas na Casa do Povo de S. DOMINGOS. (14 de Dezembro)
Bruno Igrejas:
um novo disco de fados
O fadista Bruno Igrejas lança na próxima semana o seu segundo trabalho discográfico,
"Nosso fado", onde, ao lado de inéditos, r evisita temas clássicos como
"O que sobrou da Mouraria". Natural do bairro de Alfama, em Lisboa, Bruno
Igrejas encontrou clara e facilmente a opção e gosto pelo fado, que considera a sua
realização, como diss e à Lusa. Todas as noites, canta o fado num dos restaurantes
típicos daquele bair ro lisboeta, e considera ser esta "a melhor escola de
fado", pois ombreia com ou tros nomes, troca impressões e "aprende-se
sempre". Para o jovem fadista, "o fado é uma permanente aprendizagem, até
porque se renova constantemente". Neste seu segundo CD, Bruno Igrejas voltou ao
modelo do álbum de estrei a, "Grande bairro", tendo gravado inéditos e temas
conhecidos noutras vozes. A escolha de alguns temas conhecidos é justificada à Lusa pelo
fadista na medida "em que surgem sempre de uma forma diferente, na medida em que cada
um canta como sente". "Somos todos diferentes, apesar de cantarmos os mesmos
versos e a mesma melodia", disse. Além de "O que sobrou da Mouraria"
(João Nobre/Carlos Oliveira), um êxi to dos palcos da revista na voz de Tony de Matos,
Bruno Igrejas, recria "Barcos do Tejo" (Lopes Victor/Martinho d'Assunção) uma
criação de Fernanda Maria, "A mi nha oração" (Mário Raínho/Fado menor do
Porto), que foi criado por Fernando Maur ício, "Fado fadista" (Frederico de
Brito), "Quando vou pró Ribatejo" (Eduardo Da mas/Manuel Paião", entre
outros. "São autores fundamentais, não só do repertório fadista, mas da música
ligeira portuguesa, nomeadamente a dupla Paião/Damas", explicou o fadista. Entre os
inéditos há "Maré baixa, maré alta", de Carlos Mendonça, que c anta na
música do fado Anadia de Rodrigues Cavalinhos e "Vai Lisboa sempre bela" de
Maria Jojo, autora que tinha já assinado um fado no seu anterior álbum, que interpreta
na música do fado Seixal de José Duarte. Em "Nosso fado", Bruno Igrejas é
acompanhado à guitarra portuguesa por Paulo Jorge, à viola por André Ramos e à
viola-baixo por Júlio Garcia. Bruno Igrejas começou a cantar no restaurante Pereira de
Alfama, e depo is em várias colectividades recreativas. Em 2003 venceu um concurso
organizado pela Associação Cultural "O Fado" mais tarde integrou o elenco do
musical "Amália", de Filipe la Feria. Actualmente canta em Alfama, no
restaurante Fado Maior, para além de se deslocar "com certa regularidade" ao
estrangeiro, tendo até já gravado um docum entário para uma televisão alemã. O
estudioso de fado Luís de Castro salientou à Lusa que "a voz jovem e a prestação
de Bruno Igrejas tomam cor e personalizam-se à medida que cresce o seu talento de que há
muito à espera". (13 de Dezembro)
Aldina Duarte
apresenta Crua no Teatro Viriato
No próximo dia 15 de Dezembro, Aldina Duarte apresenta o espectáculo Crua no
Teatro Viriato, em Viseu. Neste concerto, a fadista apresenta temas do seu mais recente
trabalho discográfico Crua - composto por fados tradicionais com letras de
João Monge e outros tantos do seu disco de estreia Apenas o Amor. Com
uma carreira alicerçada no amor e no respeito pelas raízes do Fado, Aldina Duarte nasceu
para a arte de ser fadista há dezena e meia de anos, vindo desde essa altura a praticar
com uma dedicação absoluta as técnicas e os códigos deste género musical, sobretudo
em Casas de Fado. Em Apenas o Amor, Aldina Duarte surpreendeu ao revelar com
simplicidade chocante uma invulgar capacidade interpretativa e original assente no fado
tradicional e em algumas letras da sua autoria. Em Crua, Aldina Duarte
desafiou João Monge a escrever letras para fados tradicionais. Uma cumplicidade que
resultou numa entrega absoluta dessa Voz às palavras escritas de alguém com a mesma
visão do mundo. (11 de Dezembro)
Estreia o filme "Fados", de Carlos Saura
O realizador espanhol Carlos Saura apresenta no próximo dia 13, no Palácio da
Mitra, em Lisboa, o projecto do seu filme "Fados", disse hoje à Lusa fonte da
produção. Na sessão, a que assistirão o presidente da Câmara de Lisboa, António
Carmona Rodrigues, e o vereador da Cultura José Amaral Lopes, serão exibidas algumas
imagens da película. O realizador espanhol esteve a filmar em Lisboa durante o Verão em
várias zonas da cidade, nomeadamente no bairro de Alfama. A mesma fonte adiantou à Lusa
que do projecto fazem parte, entre outros, Carlos do Carmo, um dos consultores, Camané,
Mariza, Argentina Santos, Ricardo Rocha e Fontes Rocha. Ao lado dos portugueses estarão
Cesária Évora, Chico Buarque, Lura, Caetano Veloso e a mexicana Lila Downs, que irá
cantar "A travessa da Palha", de Lucília do Carmo, "à maneira das
rancheras", indicou à Lusa Carlos do Carmo. Carlos do Carmo descreveu o filme como
sendo "uma visão do Saura sobre o fado", vincando que o realizador "tinha
já claro o que queria e quem queria". O fadista, que integra com Rui Vieira Nery e
Ivan Dias um grupo de consultores, reconheceu terem acrescentado "muito pouco"
às ideias de Carlos Saura, que estudou o projecto durante dois anos e "sabia muito
bem o que queria". O fadista assinalou ter sido facultada "toda a
informação", desde DVD a discos, ao realizador, que visitou vários locais de
Lisboa onde se canta fado, do profissional ao amador, e assistiu a grandes espectáculos.
O filme, indicou ainda Carlos do Carmo, "passa por África, pelo Brasil, também pelo
lado puro e duro da tradição e referencia a guitarra portuguesa". O filme, orçado
em três milhões de euros, é uma co-produção da Zebra Producciones de Saura com a
Duvideo de Ivan Dias, um dos autores da série televisiva "Povo que canta", e a
Fado Filmes de Luís Galvão Teles, incluindo participações brasileira e francesa.
"Falta ainda a fase da montagem que pode alterar tudo, mas pelo que vi parece-me que
este filme está na linha do filme 'Flamenco' que realizou em 1995", observou o
fadista. Carlos Saura tem rodado vários filmes relacionados com tradições musicais. Em
1992 filmou "Sevillanas", seguindo-se em 1995 "Flamenco" e três anos
depois "Tango no me dejes nunca". Em 2002 filmou "Salomé" e no
Festival de Cannes do ano passado anunciou a realização de um filme intitulado
"Ibéria". (10 de Dezembro)
Andarilhos ao
vivo em Loulé
A ideia é criar uma convergência entre chulas, carvalhesas e tudo o resto da música
tradicional portuguesa com vivências actuais, comuns ao povo que lhe dá voz, fazendo
prevalecer a energia contagiante das gentes que tocam e cantam rodopiando. Militantemente,
os Andarilhos afirmam que são fruto de um povo tradicionalomusicalmente alegre. Este é o
ambiente principal que transportam para a música dos Andarilhos. Loulé, dia 9 de
Dezembro, Feira da Serra de Loulé 2006, às 22:00 horas. (9
de Dezembro)
Mafalda Arnauth
desvenda "Diário" no Pax Julia em Beja
A fadista Mafalda Arnauth sobe sexta-feira, dia 8 de Dezembro, ao palco do Teatro
Municipal Pax Julia, em Beja, para desvendar "Diário", o seu quarto álbum de
originais, que inclui temas de Amália, Tom Jobim e Charles Aznavour. O encontro entre o
público alentejano e a criadora de "Bendito fado, bendita gente", que em sete
anos de carreira já editou cinco discos, entre os quais uma colectânea de êxitos, está
marcado para as 21:30. Em "Diário", editado em Outubro de 2005, Mafalda Arnauth
canta em castelhano "Milonga do Chiado", a par de temas dos repertórios de
Amália, Tom Jobim e Charles Aznavour. Na avaliação da fadista, o novo álbum, no qual
diz partilhar "cumplicidades com o público", "quebra fronteiras", é
"mais intimista e revelador" da sua personalidade e "confirma a
originalidade de um percurso". Além de temas de sua autoria, nos quais afirma
sentir-se "mais madura", a fadista canta inéditos de Tiago Torres da Silva
("Por dentro de mim") e, do repertório de Amália Rodrigues, recria os temas
"Foi Deus" (Alberto Janes) e "Fado dos fados" (Leonel Neves/António
Mestre). Do compositor brasileiro Tom Jobim canta "O que tinha de serÓ"
(Jobim/Vinicius de Moraes), canção popularizada por Maria Bethânia, e de Charles
Aznavour "La Bohème" (Jacques Plante/C.Aznavour), um tema que traz da sua
adolescência. "Há coisas que são muito fortes e senti ser o momento de as
cantar", confessou à Lusa, qualificando de "afadistada" a sua
interpretação da canção francesa de Aznavour. Depois de Beja, a intérprete de
"Esta voz que me atravessa" segue para o Porto, onde irá actuar no Auditório
de Aldoar, sábado, e no Auditório de Paranhos, domingo. (8
de Dezembro)
Mafalda Arnauth em Aldoar, em Paranhos e na
Pasteleira
O projecto de acção social Porto, Bairro a Bairro promove, entre os dias 7 e
10 de Dezembro, um Ciclo de Fado com a cantora Mafalda Arnauth, que vai percorrer três
auditórios estrategicamente colocados para captar o público-alvo deste projecto
os 50 mil moradores dos bairros sociais da cidade. A fadista actuará em três auditórios
de proximidade. Assim, apresentará o espectáculo Diário, título do seu último disco.
Diário é a obra síntese de um percurso fulgurante que permitiu afirmar Mafalda Arnauth
como um dos principais nomes da nova geração do fado. O Porto, Bairro a Bairro
apresenta-a agora em três salas do Porto, próxima do público, onde a fadista se
apresenta com a mesma simplicidade e empenho com que actuou nas grandes salas do mundo por
onde tem passado, como o Concertgebow de Amesterdão, por exemplo. O Porto, Bairro a
Bairro é um projecto da responsabilidade do Pelouro da Habitação e Acção Social
da CMP. É um projecto de integração social que lança mão de vários recursos, como a
cultura e artes do espectáculo. Para ver Dia 7 de Dezembro, quinta Auditório da
Pasteleira, 21h30; Dia 9 de Dezembro, sábado Auditório de Aldoar, 21h30; Dia 10
Dezembro, domingo Auditório de Paranhos, 18h00. (7
de Dezembro)
Wok - Ritmo Avassalador, em estreia no Teatro da Trindade
Um espectáculo impressionante de Ritmo, Cor e Dança é o que vai poder testemunhar a
partir desta quinta-feira na Sala Principal do Teatro da Trindade. É já no dia 7 de
Dezembro a estreia deste trabalho sob a direcção de Rui Júnior. De 7 a 17 de Dezembro,
o espectáculo WOK - Ritmo Avassalador vai residir na Sala Principal do Teatro da Trindade
com várias apresentações durante toda a semana. Tendo o Ritmo como pano de fundo, este
é explorado e desenvolvido de diversas formas, conceitos e timbres através do uso de
instrumentos de percussão, com ênfase para os tambores tradicionais portugueses, da luta
de paus, do sapateado e coreografias inspiradas no imaginário tradicional português. Um
espectáculo em constante mutação, resultado de uma visão única e peculiar do Ritmo do
criador deste Projecto, Rui Júnior. 7 a 17 Dezembro | 5ª a sábado às 21h30 e domingo
às 16h00. (7 de Dezembro)
Helder Moutinho no Teatro
Circo
Helder Moutinho é uma das mais intensas vozes do Fado no masculino. Luz de Lisboa é o
seu novo disco e começa a fazer história no fado da nova geração. Helder Moutinho
nasce em Oeiras, em 1969, e é provavelmente desta intimidade diária com o mar que emerge
talvez a mais marcante característica da carreira deste fadista: uma capacidade
multifacetada de entender e vivenciar a sua música, cantando, compondo, gerindo,
produzindo, enfim, revelando definitivamente um horizonte alargado, de margens bem firmes
e claras e caudal seguro e rico. Da sua família, de tradição manifestamente fadista,
ganha não apenas o gosto natural pelo fado, acompanhando-os desde sempre e convivendo nos
meios mais tradicionais deste género musical, mas acima de tudo a sede de cantar e assim
tomar parte desse universo tão apaixonante. É no final da sua adolescência, depois de
se identificar com estilos musicais mais diversificados, que o fado começa a ganhar uma
importância cada vez maior na sua vida. Ao vivo no Teatro Circo, dia 16 Dezembro, às
21h30. (8 de Dezembro)
Wok - Ritmo Avassalador no Teatro da Trindade
Um espectáculo impressionante de Ritmo, Cor e Dança é o que vai poder testemunhar a
partir desta quinta-feira na Sala Principal do Teatro da Trindade. É já hoje a estreia
deste belíssimo trabalho sob a direcção de Rui Júnior. De 7 a 17 deste mês de
Dezembro, o espectáculo WOK - Ritmo Avassalador vai residir na Sala Principal do Teatro
da Trindade com várias apresentações durante toda a semana. Tendo o Ritmo como pano de
fundo, este é explorado e desenvolvido de diversas formas, conceitos e timbres através
do uso de instrumentos de percussão, com ênfase para os tambores tradicionais
portugueses, da luta de paus, do sapateado e coreografias inspiradas no imaginário
tradicional português. Um espectáculo em constante mutação, resultado de uma visão
única e peculiar do Ritmo do criador deste Projecto, Rui Júnior. 7 a 17 Dezembro | 5ª a
sábado às 21h30 e domingo às 16h00. Sessões p/ Escolas (sob marcação) - 12 e 13 Dez.
11h e 15h | 14 Dez. 11h e 15 Dez 15h. (7 de Dezembro)
Aldina Duarte
apresenta Crua no Teatro Viriato
No próximo dia 15 de Dezembro, Aldina Duarte apresenta o espectáculo Crua no
Teatro Viriato, em Viseu. Neste concerto, a fadista apresenta temas do seu mais recente
trabalho discográfico Crua - composto por fados tradicionais com letras de
João Monge e outros tantos do seu disco de estreia Apenas o Amor. Com
uma carreira alicerçada no amor e no respeito pelas raízes do Fado, Aldina Duarte nasceu
para a arte de ser fadista há dezena e meia de anos, vindo desde essa altura a praticar
com uma dedicação absoluta as técnicas e os códigos deste género musical, sobretudo
em Casas de Fado. Em Apenas o Amor, Aldina Duarte surpreendeu ao revelar com
simplicidade chocante uma invulgar capacidade interpretativa e original assente no fado
tradicional e em algumas letras da sua autoria. Em Crua, Aldina Duarte
desafiou João Monge a escrever letras para fados tradicionais. Uma cumplicidade que
resultou numa entrega absoluta dessa Voz às palavras escritas de alguém com a mesma
visão do mundo. (6 de Dezembro)
Andarilhos ao
vivo em Loulé
Dia 9 de Dezembro os Andarilhos actuam em Loulé, no âmbito da Feira da Serra. Os
Andarilhos são um grupo musical que promove e divulga a música portuguesa de cariz
tradicional através de actuações e participações em espectáculos. Com base na
etnografia e nos instrumentos tradicionais, o grupo desenvolve novas sonoridades,
interpretando e recriando temas que fazem parte da tradição musical portuguesa. (5 de Dezembro)
Palheta Bendita: Gaita-de-fole
e Percussão Tradicional
A Associação Cultural Tirsense organiza no próximo dia 16 de Dezembro a segunda
edição do Palheta Bendita, evento que este ano dará uma atenção particular ao
processo de construção de palhetas para gaita-de-fole, à percussão tradicional do
Minho e Trás-os-Montes e claro, ao convívio de gaiteiros e percussionistas. O programa
da edição deste ano pretende dar uma resposta às exigências de afinação dos
tocadores de gaita-de-fole, assim como tenciona fomentar um maior conhecimento das
percussões minhotas e trasmontanas: caixa de rufo, bombo, castanholas, trancanholas e
pandeiros. Das actividades constam uma oficina com Patrícia Cela, mestre palheteira
galega ("Xistra de Corucho"), oficinas de percussão do Minho e Trás-os-Montes
com Manuel Lima do Grupo Zés-Pereiras Os Divertidos, Tiago Soares dos
"Toque de Caixa" e Alexandre Meirinhos dos "Galandum Galundaina". A
par das oficinas decorrerá uma exposição; Zés-Pereiras no Entre Douro e
Minho onde são dadas a conhecer representações iconográficas do passado assim
como as diversas práticas culturais destes conjuntos. À noite o evento encerrará com um
jantar convívio entre todos os participantes e posteriormente haverá um serão gaiteiro
aberto a todos os que queiram associar-se à festa. Ao todo são Exposições, Oficinas e
Convívio para Tocadores de Gaita-de-fole e Percussão Tradicional, em Santo Tirso, no dia
16 de Dezembro de 2006. (4 de Dezembro)
Ricardo Rocha na Casa da
Música
Três anos depois do surpreendente álbum de estreia, Voluptuária, que valeu
a Ricardo Rocha o Prémio Carlos Paredes e o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte para
jovens compositores atribuído pelo Ministério da Cultura, o instrumentista e compositor
para guitarra portuguesa apresenta-se na Casa da Música no dia 15 de Dezembro. Neste
concerto, o guitarrista interpreta algumas das peças que constituem
Voluptuária composições de sua autoria, bem como temas de Carlos
Paredes e Pedro Caldeira Cabral além de algumas outras que farão parte do seu
novo trabalho discográfico Luminismo, a ser editado no próximo ano. O
concerto conta com a participação da pianista austríaca Ingeborg Baldaszti que
interpretará temas originais de Ricardo Rocha, compostos especialmente para piano. (3 de Dezembro)
Aldina Duarte
apresenta Crua no Teatro Viriato
No próximo dia 15 de Dezembro, Aldina Duarte apresenta o espectáculo Crua no
Teatro Viriato, em Viseu. Neste concerto, a fadista apresenta temas do seu mais recente
trabalho discográfico Crua - composto por fados tradicionais com letras de
João Monge e outros tantos do seu disco de estreia Apenas o Amor. Com
uma carreira alicerçada no amor e no respeito pelas raízes do Fado, Aldina Duarte nasceu
para a arte de ser fadista há dezena e meia de anos, vindo desde essa altura a praticar
com uma dedicação absoluta as técnicas e os códigos deste género musical, sobretudo
em Casas de Fado. Em Apenas o Amor, Aldina Duarte surpreendeu ao revelar com
simplicidade chocante uma invulgar capacidade interpretativa e original assente no fado
tradicional e em algumas letras da sua autoria. Em Crua, Aldina Duarte
desafiou João Monge a escrever letras para fados tradicionais. Uma cumplicidade que
resultou numa entrega absoluta dessa Voz às palavras escritas de alguém com a mesma
visão do mundo. (2 de Dezembro)
Temas de Carlos Paião cantados por várias vozes
Amália, Herman José e Mísia são alguns dos inté rpretes de temas de Carlos Paião
reunidos no disco que vai ser lançado esta sema na para assinalar o 25º aniversário do
seu triunfo no Festival RTP da Canção. Carlos Paião, falecido em 1987, num acidente de
viação, tinha "um talento subtil, mas sempre incisivo" e as letras e as
músicas das suas canções constituem "um casamento perfeito", disse à Agencia
Lusa o editor discográfico David Ferreira. "Apesar de não saber escrever música, o
Paião foi um génio para inventar", disse Mário Martins, que produziu a maioria dos
seus discos. "Ele tinha um talento único, de uma imaginação sem limites, capaz de
escrever tanto canções mais sérias como bem-humoradas. O seu senso de humor era em tudo
idêntico ao de Alberto Janes", acrescentou, referindo-se ao autor de "Oiça lá
ó senhor Vinho" e "A casa da Mariquinhas". O CD reúne temas cantados por
Amália, "O senhor extraterrestre" (1981), Herman José, "A canção do
beijinho" (1980), Ana, "Quanto mais te bato" (1982), Lenita Gentil,
"Eles foram tão longe" (1982) ou Mísia, "Ai que pena" (1981). Joel
Branco, Alexandra, Vasco Rafael, António Mourão ou Carlos Quintas, são outros dos nomes
que participam no álbum. Carlos Paião nasceu em Coimbra em Novembro de 1957.
Licenciou-se em Medicina, mas nunca exerceu a profissão, enveredando antes pelas
cantigas. Em 1981, ganhou o Festival RTP da Canção com "Play-Back", que vendeu
em Portugal 80.000 cópias, e em 1983, com Cândida Branca Flôr, também incluída nes te
CD com a canção "Trocas e baldrocas", alcançou o 2º lugar. Na televisão,
colaborou com Herman José no programa "Hermanias" (1984) e anteriormente, tinha
feito equipa com António Sala e Luís Arriaga em "O Foguet e". Voltaria a
colaborar com Herman em "Humor de Perdição", para o qual com pôs "Bamos
lá Cambada", e escreveu os textos da personagem "Estebes". "Bamos lá
cambada" é interpretada por um coro constituído pelo próprio, Herman José,
Alexandra, Luís Represas, Dany Silva, Diana, Vitorino, Marco Paulo , Peter Peterson e
Jorge Fernando. (1 de Dezembro) |