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Selecção
Novidades discográficas
(Actualização: 16 Novembro 2004)
Fique aqui com várias sugestões de outras músicas,
alternativas, a partir de uma selecção de novos lançamentos discográficos ou
simplesmente de discos que
passaram a estar disponíveis no mercado português ao longo do ano.
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Aldina Duarte à conquista
do público com "Apenas o Amor"
Uma das grandes surpresas no panorama da música portuguesa foi, sem dúvida, o
lançamento do disco da fadista Aldina Duarte. Em 2004, chegou o momento para a fadista e
autora reconhecida no meio há vários anos, mostrar o seu fado gravado em registo
discográfico - Apenas o Amor, um álbum que apresenta poemas originais nas
músicas do Fado Tradicional de Lisboa com uma sonoridade semelhante à dos primeiros
discos de fado. Para este ano, está planeado um grande concerto na Culturgest em Junho,
além dos concertos habituais pelo país e estrangeiro. (31
de Dezembro)
José Mário Branco de volta
aos palcos
Depois de apresentado o novo álbum de José Mário Branco, Resistir é
Vencer, em dois concertos nos Coliseus de Lisboa e Porto em Maio passado, está já
prometido o regresso do cantautor aos palcos durante o ano de 2005 - isto depois do grande
interregno desde Correspondências de 1990. Resistir é Vencer foi
considerado um dos melhores discos de 2004. (30 de
Dezembro)
Formação em percussão Afro-Mandiga de regresso a Almada
Os instrumentos Djembé e os Dunun (Dununba, Sangban e Kenkeni) são a base dos ritmos
tradicionais que acompanham os rituais quotidianos desta cultura, cuja localização
geográfica se estende pela Guiné, Mali, Burkina Faso, Libéria, Senegal, Gâmbia e Costa
do Marfim. Esta formação é dirigida a todas as pessoas, entre os 12 e os 30 anos de
idade, que se interessam pela percussão, pelas culturas étnicas e pelas artes
alternativas. Pretende ser um projecto que, mais do que a ocupação de tempos livres,
responda à necessidade de vivências multiculturais através da formação musical, numa
perspectiva criativa e essencialmente prática. A formação foca os rituais e as
celebrações Afro-Mandingas, a origem e o enquadramento cultural dos seus ritmos de forma
simultânea à apreensão das técnicas utilizadas nos seus instrumentos de percussão. A
conclusão da formação terá como resultado a apresentação de um Espectáculo Final em
que os participantes terão oportunidade de demonstrar os conhecimentos adquiridos. O
programa arranca a 6 de Janeiro e prossegte até 29 de Julho. (29 de Dezembro)
Percussão e Salsa na festa
de fim de ano em Vila do Conde
À semelhança dos anos anteriores, terá lugar em Vila do Conde uma grande festa popular
de Passagem de Ano, onde irá ser instalada uma estrutura de apoio, no recinto da antiga
Seca do Bacalhau (perto do Forte de S.João), composta por uma tenda gigante (2.000m2), 2
Palcos (1 exterior e 1 interior) e ainda 4 bares de apoio. A noite começa a sério às
23h00, na zona envolvente, com um desfile de 50 jovens do grupo de percussões Per'curtir,
da A.C.D. Mindelo. Às 23h30, no palco exterior, a Festa segue com a actuação da
orquestra cubana Los Crazy de La Salsa. À meia-noite terá lugar um espectáculo de
Fogo-de-Artifício. A Festa continua até às 6h00 da manhã com a animação garantida
por VJs e DJs convidados. (28 de Dezembro)
Gaita de Foles Electrónica: uma
patente portuguesa
De acordo com o que se pode ler no forum do At-Tambur.com, está
praticamente pronta para lançamento a e-Pipe20 - uma gaita de foles electrónica
desenvolvida em Portugal. De acordo com as indicações, este equipamento é constituído
por um ponteiro electrónico e amplificador. Este produto substitui o ponteiro tradicional
da gaita de foles e liga ao amplificador através de um cabo. O amplificador além de
reproduzir o som da gaita de foles permite vários ajustes tais como: volume do ponteiro,
volume do ronco, volume geral, tonalidades, afinação ou pressão do fole. O amplificador
tem uma ligação para auscultadores, ligação "insert" para intercalar
qualquer equipamento de efeitos, uma ligação "line out" e ainda uma saída
MIDI. Permite ainda realizar os "picados", "batimentos", vibratos e
glissandos tal como com o ponteiro tradicional. Este equipamento está registado com uma
patente (nº PT103127) e estará disponível a partir de Janeiro de 2005. A DIGITAL
electrónica, fabricante deste produto, é uma empresa que actualmente tem como actividade
principal o desenvolvimento e execução de protótipos na área da electrónica. (27 de Dezembro)
Nota da Redacção: Não nos
foi possível confirmar ou testar este equipamente, tendo apenas sido relatada
informação que tem sido publicada no forum de discussão do At-Tambur.com. Para mais
informações, contactar o fabricante. Contactos: DIGITAL electrónica - Av. Luís Chaves,
55 5400 - 361 Chaves / Tel. 276322506 - Fax. 276318111 digital.electronica.mail@sapo.pt
Investigação para a candidatura
do Fado à UNESCO
As investigações no âmbito da candidatura do Fado a Património da Humanidade
começarão em Janeiro, sob a direcção da etnomusicóloga Salwa Castelo-Branco, de
acordco com o porta-voz dos consultores do Museu do Fado, Carlos do Carmo. Em
declarações à agência Lusa, Carlos do Carmo, afirmou que "nos próximos dez meses
as equipas vão trabalhar, recolhendo exaustivamente todos os testemunhos de quem possa
estar ligado ao universo fadista". "Queremos ouvir desde os fadistas, aos
poetas, instrumentistas, músicos, todos aqueles que de alguma forma estejam ligados ao
mundo do fado", enfatizou o fadista. Os consultores do Museu do Fado, em acordo com
os investigadores Salwa Castelo-Branco e Rui Vieira Nery, estabeleceram um prazo de dez
meses, a partir de Janeiro, para a apresentação da candidatura à UNESCO (organização
das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) em Paris. O fadista explicou
que o projecto de candidatura requer "uma extensa e aprofundada investigação que
envolve um levantamento discográfico e bibliográfico" que será faseado em dois
tempos. A candidatura "substancia dois projectos de trabalho, um a três e outro a
cinco anos", adiantou Carlos do Carmo. Fonte: Lusa -
Nuno Lopes (26 de Dezembro)
Amigos do Fado organizam
ciclo sobre poetas contemporâneos
A Associação Portuguesa Amigos do Fado (APAF) prevê a realização, a partir de Março
próximo, de um ciclo com poetas de fado, a realizar no Museu do Fado, em Lisboa, disse
hoje a sua presidente Julieta Estrela. "A Associação tem vindo a realizar várias
iniciativas desde Outubro, estando projectadas várias outras até Outubro próximo,
nomeadamente um conjunto de palestras com poetas de fado actuais", disse à agência
Lusa Julieta Estrela. Embora a responsável não tenha adiantado nomes, a Lusa sabe que um
dos poetas já contactado é Tiago Torres da Silva que recentemente escreveu a peça
"Casa de fados" e cujos poemas têm sido gravados por Joana Amendoeira, Maria
João Quadros e Teresa Tarouca, entre outros. O ciclo terá lugar no Museu do Fado, onde
este ano se realizou um outro dedicado a poetas populares já desaparecidos. O Museu do
Fado será ainda palco de outras iniciativas desta associação sem fins lucrativos,
fundada em Outubro de 1994 por cerca de cem pessoas, entre fadistas, poetas, músicos e
"amantes da canção de Lisboa". Para o próximo ano a APAF conta ainda editar
dois livros, um sobre Maria Severa, que recuperará as palestras organizadas por esta
associação em 1996, por ocasião dos 150 anos sobre a morte da fadista, e um outro sobre
doze poetas populares do século XX. (23 de Dezembro)
"Eterno fado"
marca a estreia de Francisco Azevedo
Fernando Pessoa, Gabriel de Oliveira e Luís Macedo são alguns dos poetas incluídos por
Francisco Azevedo no seu CD de estreia, "Eterno fado", editado pela Metrosom.
Acompanhado à guitarra portuguesa por José Luís Nobre Costa, à viola por Pedro
Nóbrega e à viola-baixo por Ricardo Cruz, Francisco Azevedo interpreta vários fados já
conhecidos, revisitando os repertórios de Amália Rodrigues, Hermano da Câmara, António
Mourão, ou Teresa Tarouca. De Fernando Pessoa escolheu "O menino da sua mãe"
com música de Carlos Alberto França, de Gabriel de Oliveira - poeta que Pessoa incluiu
na sua antologia poética - canta "Avé Maria Fadista" e "Há festa na
Mouraria". João Linhares Barbosa, Alice Ogando e Pedro Homem de Mello, assinam
outros temas, respectivamente, "Os meus olhos são dois círios", "Aquela
Maria" e "Despedida". Da poetisa ribatejana Maria Manuel Cid, Francisco
Azevedo canta "Cantiga" e "Cavalo alazão". Francisco Azevedo
apresentará este CD ao vivo na loja FNAC do Centro Comercial do Colombo, a 11 de Janeiro,
e posteriormente, nas lojas FNAC do Chiado (Lisboa) e em Almada. Fonte: Lusa (22 de Dezembro)
Joana Amendoeira na Noite
Prestigio do Speakeasy
No próximo dia 28 de Dezembro a fadista Joana Amendoeira, leva o Fado às "Noite
Prestigio" do Speakeasy Bar, pelas 23 horas. A acompanhar estarão os seus músicos
habituais; Pedro Amendoeira na Guitarra Portuguesa, Pedro Pinhal na Viola de Fado e João
Penedo no Contrabaixo. A fadista recentemente galardoada com a distinção
Revelação 2004 pela Casa da Imprensa prepara-se para um novo ano dedicado à
internacionalização da sua carreira. Dos vários concertos internacionais já agendados,
destacamos a sua apresentação numa das mais conceituadas Feiras de World Music, a
Stricly Mundial, que este ano se realiza em Montreal, no Canadá. (21 de Dezembro)
ComSonante: Canções de
Natal na Igreja de São Paulo
A Igreja
de S. Paulo, em Lisboa, recebe um Concerto de Natal no próximo dia 22 de Dezembro (21
horas), a cargo do coro ComSonante. O ComSonante iniciou a sua actividade em 1991/12, na
Junta de Freguesia de São João em Lisboa e é desde o início ensaiado pelo maestro
Luís Pedro Faro. Em 2001/03 sediou-se na SFRAA (Amadora) e desde 2004/12 está na
Biblioteca Operária Oeirense. O coro tem apresentado um repertório muito diversificado,
compreendendo música sacra, medieval, do Renascimento, música barroca, espirituais
negros e também música popular nacional, europeia e sul americana. As canções são
seleccionadas com um evidente critério de qualidade, evitando o imediatismo mas também
tentando demonstrar que o canto coral não é o privilégio de alguns eleitos. (19 de Dezembro)
Cantar os Reis segundo a
tradição da Madeira
A exemplo do que vem acontecendo de há dois anos a esta parte, a Associação Cultural
Encontros da Eira irá organizar na noite de 5 de Janeiro a partir das 21:30h, o
espectáculo "Vamos Cantar os Reis", a realizar no Auditório do Jardim
Municipal. Pretende-se com este evento trazer ao palco o que se fazia em tempos idos e
ainda nos dias de hoje acontece nas mais diversas zonas da Região Autónoma da Madeira. O
evento conta com os grupos Encontros da Eira, Romarias Antigas do Rochão; Teatral de S.
Gonçalo; Grupo de Cantar os Reis do sítio da Nogueira - Camacha; Coral Canticorum; Banda
dos Reis e um grupo de alunos do Escola Básica 1/PE Camacha e Santo Condestável
Externato. (18 de Dezembro)
Grande festa de fim de ano
no Ateneu Comercial de Lisboa
Regressa a festa de fim de ano no Ateneu Comercial de Lisboa, isto, depois do grande
sucesso do ano passado, por onde passaram cerca de 1200 pessoas em 5 salas diferentes.
Este ano a organização promete repetir a dose este ano mas em figurino diferente: Desta
vez a sala principal passará a receber uma mega festa brasileira, com música ao vivo,
contando com duas formações diferentes. Nas restantes salas vamos ter Salsa - Afro -
Euro - Etno - Oriental - Revival. A festa este ano é feita em parceria com um Restaurante
Brasileiro - o que nos vai permitir melhorar a oferta de serviço de bar. O Ateneu
Comercial de Lisboa fica na Rua Portas de Santo Antão, 110 ao lado do Coliseu dos
Recreios Metro: Restauradores. (17 de Dezembro)
Workshop especial de Kizomba
e Funaná
Neste Sábado e Domingo, dias 18 e 19 de Dezembro (entre as 16 e as 19 horas) estão de
volta Zé Barbosa, Kwenda e Waty - o trio de professores originários de Cabo Verde,
bailadores da melhor estirpe, para realizar um curso de uma semana dedicado aos ritmos
afro mais populares, o Funanná um dos ritmos mais populares e alegres daquelas terras e
ao Kizomba. No programa estão as bases daquelas danças e o caminho para fazer sentir,
explorar, vibrar, dançar, descobrir as suas várias formas e estilos. Zé Barbosa é um
dos melhores professores que trabalha connosco, lecciona aulas de Cabo Verde Dances &
Kizomba tendo estado envolvido em vários projectos artísticos, vários dos quais com os
outros professores. Kwenda é conhecido entre nós por ter ganho o concurso DANZACAFE na
televisão, tem colaborado connosco em vários workshops e as suas classes de kizomba e
afro-salsa têm feito sucesso. (16 de Dezembro)
Mistiçu: Lançamento do
grupo cabo-verdiano no B.Leza
Mistiçu é uma nova formação de música de Cabo-Verde, que faz a fusão de música
tradicional daquele país com o reggae, hip hop e outros estilos urbanos. O espectáculo
de lançamento conta com a participação de alguns amigos convidados: Carla Moreno, Sara
Tavares, Calú, Felix Lozano. O espectáculo realiza-se no dia 16 de Dezembro, a partir
das 23:30h, no B.Leza, em Lisboa. (15 de Dezembro)
La Capella Reial de Catalunya e Hespèrion XXI na Gulbenkian
A Capella Reial de Catalunya e o Hespèrion XXI, sob a direcção de Jordi Savall,
subirão de novo ao palco do Grande Auditório, no próximo dia 14 de Dezembro (17h),
naquele que será certamente um dos momentos altos de toda a Temporada Gulbenkian de
Música e Dança 2004/05. O concerto surge como a apresentação ao vivo do mais recente
trabalho discográfico destes intérpretes, precisamente intitulado Isabel I de Castela -
Luzes e Sombras no Tempo de uma Rainha do Renascimento. A linha temática é francamente
aliciante, testemunhando em simultâneo os novos caminhos que Savall está a abrir como
mote para os seus trabalhos. Desta vez são uma série de acontecimentos históricos e a
sua relação directa com a cultura - as letras e a música. Balizado entre as datas de
1451 e 1504, que correspondem ao nascimento e à morte de Isabel I, a Católica, o
intérprete catalão evoca através da música alguns dos principais factos históricos
então ocorridos, tendo em conta a importância dos Reis Católicos na cultura peninsular
destes tempos. Passaremos assim pelas guerras civis de Aragão ou pelas conquistas de
Alhama e Granada, entre outros acontecimentos, através de uma vintena de peças
procedentes de distintas fontes ibéricas de finais do séc. XV e princípios do séc.
XVI. O objectivo será a recriação e a sugestão da atmosfera característica da vida
cortesã da Península durante esse período fundamental de transição que vai desde a
tradição medieval até ao novo mundo cultural do Renascimento. Para além de um conjunto
de peças de autoria desconhecida, extraídas de diversos cancioneiros, serão evocadas
personalidades musicais e literárias tão importantes quanto Juan del Enzina, Luys de
Narváez e o português Pedro de Escobar, entre outras. Mas porque a cultura ibérica,
sobretudo nos seus limites geográficos andaluzes e levantinos, se caracterizou pela
coexistência das três religiões, a cristã, a judaica e a muçulmana, o concerto irá
incluir também peças das tradições sefardita e muçulmana do Al-Andalus. (13 de Dezembro)
Música Antiga com Il
Dolcimelo para este Natal
O grupo de Música Antiga Il Dolcimelo apresenta "Vilancicos de Natal" do
século XVI - canções ibéricas ao Menino e à Virgem; primeiro no Mosteiro dos
Jerónimos, dia 12 de Dezembro (11h); depois no Centro Cultural de Belém, dia 17 de
Dezembro (19h) e depois dia 19 de Dezembro em Évora. Este programa integra um repertório
único, de temática natalícia, que faz uma abordagem do Nascimento e da Maternidade como
nunca anteriormente na história da música ocidental, nomeadamente pelo uso de línguas
como o português, o castelhano e o catalão, em vez do habitual latim. É uma visão
terrena do assunto divino sem contrariar a matriz cristã que lhe está na origem
remetendo para o espírito humanista que percorre o século XVI: o Homem como
centro motor da sociedade, nas vertentes social, científica e espiritual. A primeira
parte é preenchida por um conjunto de canções que referem o nascimento de uma criança
especial, envolta em ternura e afecto, acontecimento comentado geralmente pelas vozes de
pastores e outras personagens populares. Através das canções recriava-se a narrativa
bíblica, acessível às camadas da população menos letradas, tal como se representavam
os passos da Natividade que deram origem ao Presépio. Musicalmente o grupo recorre a
instrumentos conotados com o ciclo pastoril introduzindo de forma esparsa e variada
a flauta e tamboril, o pandeiro, a sarronca e a gaita de foles referidos nos
tratados desde o início do século XVI (alguns mesmo antes) e frequentemente
representados na iconografia da época. A segunda parte apresenta um conjunto de peças
dedicadas à Virgem, aludindo frequentemente ao nascimento do seu filho, mas também às
suas excepcionais qualidades femininas, nomeadamente exaltando a sua beleza e formosura.
Quando Gil Vicente lhe chama graciosa e divina rosa e refere que
lírios, flores y rosas procuram assemelhar-se-lhe, está a resumir muito do
que outros autores afirmam com as suas peças musicais. Para além dos instrumentos
populares já referidos, o grupo utiliza flautas renascentistas (cópias de Tom Prescott,
segundo exemplares do s. XVI existentes no Museu de História de Arte de Viena o
único quarteto completo sobrevivente) e alaúde renascentista de 8 ordens, de
construção ibérica, de Francisco Hervàs. (12 de
Dezembro)
Rabbi Klavarts: formação
multicultural na Ribeira
Dia 10 de Dezembro, o Mercado da Ribeira recebe mais um baile de danças tradicionais com
música ao vivo, neste caso contando com uma formação com músicos dos Les Aminches e
Uxu Kalhus - trazendo danças e músicas tradicionais europeis, numa inusitada mistura. O
baile arranca às 22 horas e promete ir pela noite dentro. (9
de Dezembro)
14 Movimentos na cidade no
Mónaco Dance Forum
O cinema entrega-se ao movimento e entrega-nos movimento. Movimentos da urbe, das fachadas
e das estradas, movimentos funcionais e casuais, movimentos políticos, de migrações e
imigrações, movimentos solitários e de massa, movimentos de recusa e procura, de
mudanças e espera. Paisagem ininterrupta da cidade. Foram convidados para este projecto
14 realizadores, em que lhes foi pedido um movimento na cidade, 1 a 4 minutos de material
filmado ou imaginado, restos na gaveta que esperam uma improvável utilização ou que
vivem neste formato outra intenção. Este projecto é também um movimento entre
diferentes olhares. Foi concebido em ocasião do Festival Internacional de Dança
Contemporânea Danças na Cidade 2002. A cidade é Lisboa. Grande parte dos realizadores
convidados trabalham em documentário. Realização: luciana fina. com a participação
de: catarina alves costa, edgar pêra, helena inverno, inês henriques, joão galante,
joão pinto, joão ribeiro, kiluange liberdade, luciana fina e moritz elbert, margarida
ferreira de almeida, olga ramos e ricardo rezende, patrícia bateira, paulo abreu, rita
nunes. produção: Danças na Cidade/LAF. duração: 36 min. 2002. (8 de Dezembro)
Lançamento de "Um grão de Paraíso", de Teresa Tapadas
Dia 9 de Dezembro é lançado no Auditório do Museu Nacional de Etnologia, o novo disco
da fadisra Teresa Tapadas. O disco chama-se "Meu Grão de Paraíso". O showcase
de apresentação arranca às 18 horas. O disco tem selo Vidisco e produção C2E -
tratando-se de uma das apostas desta editora nos novos valores do Fado que têm surgindo
nos últimos anos. (7 de Dezembro)
Monte Lunai, regresso ao
Mercado da Ribeira
Os Monte Lunai regressam ao Mercado da Ribeira para mais um baile de
danças tradicionais, na Terça-Feira 7 de dezembro pelas 22.30, véspera de feriado -
onde será possível dar um pezinho de dança - com vários estilos de pares, de roda, de
diversos países da Europa. Estão previstas algumas surpresas e alguns músicos
convidados. (6 de Dezembro)
Apresentação pública da revista "O Fiadeiro-El Filandar"
O Município de Miranda do Douro irá fazer a apresentação pública do 15º número da
revista "O Fiadeiro-El Filandar", no próximo dia 08 de Dezembro pelas 16 horas
na Casa da Cultura Mirandesa. "O Fiadeiro-El Filandar" é uma revista de cultura
ibérica editada pela "Asociación Etnográfica Bajo Duero" em cooperação com
o Pólo da UTAD em Miranda do Douro. A revista contém artigos em português, mirandês e
espanhol. Este último número foi coordenado por Pepe Monteagudo, Xerardo Pereiro e
Carlos Ferreira. Após o acto de apresentação terá lugar um pequeno espectáculo de
cantos populares. Participarão representantes da "Asociación Etnográfica Bajo
Duero", representantes da Câmara Municipal de Miranda do Douro e representantes do
Pólo da UTAD em Miranda do Douro. (4 de Dezembro)
Série "Biografia do
Fado" edita quatro novos CDs
Quatro discos de Tony de Matos, Max, Carlos
Guedes de Amorim e Vicente da Câmara serão editados na próxima semana, no âmbito da
série discográfica "Biografias do Fado". A vertente fadista da carreira do
cantor de charme Tony de Matos, criador de êxitos como "Só Nós Dois",
"Lado a Lado" ou "Vendaval", é evidenciada no CD da série
"Biografias do Fado". Em 1948, Tony de Matos, que já se apresentara na Emissora
Nacional, conseguiu um contrato na mais prestigiada casa de fados de então, o Café Luso,
por intermédio do fadista Júlio Peres. Quando se radicou em 1957 no Brasil, a par dos
discos que gravou, actuou no restaurante O Fado, no Rio de Janeiro. O fado voltou a marcar
a sua carreira quando regressou a Portugal em 1961 e se tornou "atracção
nacional" de várias revistas. Na década de 1980, fundou em Lisboa com os fadistas
Carlos Zel e Filipe Duarte o restaurante Fado Menor. O CD editado pela EMI-VC reúne 20
fados, desde alguns mais conhecidos como "Lisboa à noite" (Carlos Dias/Fernando
Santos), "Estranha forma de vida" (Amália Rodrigues/Alfredo Duarte) ou
"Sei finalmente" (Linhares Barbosa/Armando Freire), a fados criados por si, como
"Lugar vazio" (Fernando Farinha/Alberto Correia), "Mas falta escrever na
lua" (Júlio de Sousa/Álvaro Martins) ou "Procuro e não te encontro"
(António José/Nóbrega e Sousa). Na mesma série discográfica é editado um CD que
reúne 16 fados interpretados por Carlos Guedes de Amorim. Sobre o fadista, Daniel Gouveia
afirma: "A sua voz não é forte, mas é bem timbrada, afinadíssima, dominando o
compasso como poucos e com um poder de interpretação não só muito próprio como
superior em originalidade". Arquitecto de profissão, Carlos Guedes de Amorim
contactou primeiro com o fado aos 15 anos na casa da poetisa Maria Manuel Cid, na
Chamusca, espaço de tertúlias fadistas com nomes como Maria Teresa de Noronha, António
Melo-Correia, Fontes Rocha e João Ferreira-Rosa. Com as suas canções, Max arrebatou as
plateias nacionais e internacionais, nomeadamente nos Estados Unidos, onde foi vedeta do
programa de Groucho Marx, em 1956. No ano seguinte fez uma digressão pelos Estados
Unidos, actuou no Carnegie Hall e na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. O
madeirense que chamara à atenção no programa radiofónico "Passatempo APA"
cultivou sempre um grande interesse pelo fado "dotado de grande sensibilidade e
sentido musical" como escreve no texto de apresentação Francisco Mendes. Para além
de intérprete, Max foi também compositor, assinando as temas como "A Micas das
violetas" ou "Menina das tranças louras", êxitos ao lado de "Pomba
branca", "Porto Santo" ou "Vielas de Alfama". Sobre esta
compilação de 20 fados, Daniel Gouveia salienta o "estilar contido, sóbrio, mas
intenso de sentimentalidade". Entre outros fados, encontram-se "Rosinha dos
limões" (Artur Ribeiro), "Tenho saudades de mim" (Fernando Peres/Júlio
Peres), "Fiz leilão de mim" (Artur Ribeiro/Max) ou "Não voltes"
(Reinaldo Varela). Fonte: Lusa (3 de Dezembro)
Espectáculo ARTango no
Auditório Municipal da Guarda
Dia 13 de Dezembro, às 21.30 horas, o Auditório Municipal dá lugar à música e à
dança com o espectáculo ARTango, apresentado pelo Quinteto Juan Esteban Cuacci. Nas
últimas décadas do século XX, o Tango voltou aos grandes palcos, ao cinema, aos salões
de dança e às academias. Voltou como uma paixão, em cidades da Europa, América e
Ásia. Uma paixão que representa a evolução máxima alcançada pela dança a pares,
acompanhada por música orquestral. Nasceu para se dançar abraçado; para festejar a
mistura étnica resultante em avalanche de imigrantes europeus que buscavam, naquele
sul do mundo, novos afectos. Os seus instrumentos são: o piano, violinos,
cordas graves e o Bandonéon, que parece ser próprio e exclusivo do Tango. O Quinteto
Juan Esteban Cuacci, continuando a linha traçada por Astor Piazzolla será acompanhado
pelo par de bailarinos Jorge Ramirez e Nelida Miglione. (2
de Dezembro)
Quinteto Tati ao vivo em
Tondela
O Quinteto Tati vai estar em Tondela na ACERT, no dia 4 de Dezembro, a partir das 22h.
Esta formação conta com instrumentos como o contrabaixo, órgão, saxofones, trompetes e
flautas numa sonoridade feita de melodias interpretadas num tom jazzy - conferindo ao
projecto uma personalidade determinada, em torno da palavra. Com 12 canções, o CD
"Exílio" tornou-se num êxito de vendas - tendo atingido mais de 8000 cópias
vendidas - isto, como resultado da aposta numa parceria com o Diário de Notícias e a
TSF. "Exílio" conta com arranjos de Sérgio Costa e as canções têm letras do
próprio J.P. Simões - que já desde os Belle Chase Hotel nos foi enredando na
provocação da escrita. Agora, em lingua portuguesa, "Suor e Fantasia",
"Valsa da Primavera" ou "Rumba dos inadaptados", são alguns dos
exemplos da letra viva, genuínamente portuguesa, plena de ironia e cantada com a mesma
alma com que os Bell Chase Hotel captaram muitas atenções. Acompanhado por Sérgio
Costa, também dos Belle Chase, e ainda por Miguel Nogueira (guitarra), Rui Alves (bateria
e percussão), Daniel Tapadinhas (trompete) e Pedro Pinto (contrabaixo e Baixo electrico)
- de resto, um grupo de músicos seguros e competentes - o quinteto Tati concorre como
candidato natural a se tornar numa das mais originais criações de música portuguesa de
2004. (1 de Dezembro) |