Encontro de Tocadores
Gaita de Foles
Os instrumentos e os seus tocadores
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. . . . . . . .Em Portugal a gaita
de foles possui uma tradição riquíssima, praticamente desde a fundação da
nacionalidade, em pleno período medieval, com uma forte implantação, pelo menos até ao
século XVIII.
A tradição de gaita-de-foles em Portugal é ainda mal conhecida de algum
público urbano, que associa o nome do instrumento à Escócia e inevitavelmente, como
sendo não-português.
E no entanto, Portugal, à semelhança de muitos outros países europeus, possui
uma tradição riquíssima deste instrumento, praticamente desde a fundação da
nacionalidade, em pleno período medieval, com uma forte implantação, pelo menos até ao
século XVIII.
Gravações
I Encontro Tocadores Tradicionais
Toni das Gaitas (Porto)
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Fado Corridinho
de Tras os Montes 1
Fado Corridinho
de Tras os Montes 2
José Maria Fernandes (Mogadouro)
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Conversa
sobre afinacao 1
Conversa
sobre afinacao 2
Campanitas de
Toledo
Ti Roque (Torres
Vedras)
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Corridinho do
Algarve
Corridinho do
Algarve 2
Obviamente, quando se fala do instrumento gaita-de-foles, referimo-nos a
instrumentos com principios de funcionamento e um formato geral comum, mas com
características bem distintas entre si: uma gaita transmontana é diferente de uma gaita
galega que por sua vez é diferente de uma gaita escocesa, na afinação, na morfologia,
no timbre, etc.
Em Portugal, existem pelo menos três tipos de gaitas mais comuns; na faixa
atlântica ocidental, (do Minho até à Estremadura, Zona de Torres Vedras e Península de
Setúbal) existem ainda muitos gaiteiros tradicionais que tocam um tipo de instrumento em
tudo semelhante ao que se convencionou chamar de gaita galega. Na zona de
Coimbra, nas aldeias em redor, perdura ainda um tipo de instrumento semelhante a este, mas
que exibe algumas características diferentes, porventura mais arcaicas.
Na zona de Trás-os-Montes e Miranda do Douro, ainda existem, com alguma
vitalidade, um certo número de tocadores tradicionais de outro tipo de instrumento, a
gaita-de-fole, ou gaita transmontana ou gaita
mirandesa (as designações variam) com um repertório e características sonoras
muito próprias, que partilham algumas semelhanças com os intrumentos encontrados na
região fronteiriça de Zamora e Castela-Leão (Espanha).
Recentemente (sobretudo a a partir do século XIX), o instrumento gaita-de-foles
encontrou-se em franca regressão, devido à implantação de outros instrumentos e
práticas musicais, que levaram ao seu abandono e a algum esquecimento. No entanto,
permanece ainda em algumas zonas rurais como um instrumento muito popular e quase
obrigatório para a celebração das festas e das práticas musicais próprias dessas
regiões (como é o caso das regiões apontadas anteriormente).
Essas práticas musicais subsistem, à semelhança de muitos outros instrumentos
na mesma situação, graças aos poucos tocadores tradicionais (ou que se convencionou
chamar de tradicionais, precisamente por serem os representantes de práticas
musicais mais esquecidas) que o tocam, ensinam e transmitem às novas gerações.