A nova geração de tocadores
. . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Sobre o 1º e 2º Encontro de Tocadores
Em parceria, a Câmara Municipal de Nisa,
D'Orfeu, Ocre, At-Tambur, Pedexumbo, Associação Gaita de Foles e vários colaboradores
individuais dinamizam, em Rede, o Encontro de Tocadores - um evento que visa reunir velhos
e novos tocadores de instrumentos tradicionais, juntando saberes, histórias e práticas
sobre a música tradicional portuguesa. Um evento com o apoio do IPAE.
[Edit] Para mais informações sobre o encontro "Tocar de
Ouvido" de 2006 consultar o Site da Pedexumo em http://www.pedexumbo.com
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . .
|
Encontro de Tocadores
Os instrumentos
e os seus tocadores
. . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . .
Fonte: Gaitadefoles.netO Encontro de Tocadores Tradicionais surgiu, sobretudo, para juntar
diferentes gerações de tocadores de intsrumentos populares portugueses e, dessa forma,
permitir a transmissão de um importante legado. Este documento faz o resumo da memória
do I Encontro de Tocadores Tradicionais, realizado em 2002, em Nisa.
Música tradicional: Para quê?
Se é certo que os cantos na sacha do milho ou na ceifa do trigo, foram
substituídos pelo roncar dos motores, se é certo que as práticas sociais da quaresma,
do natal ou dos reis, expressa em cânticos mais ou menos religiosos, são cada vez mais
débeis, se as romarias, os seus romeiros e as suas gaitas foram progressivamente calados
pelos altifalantes e pelas grandes feiras-de-tudo, tão iguais em todo o lado, também é
certo que, hoje as novas gerações, procuram saber mais, integrar aquilo que nos deixaram
séculos de história - Sons, práticas vivências culturais, de um país que teima em ser
rural na sua cultura vivida, na cidade ou no campo (todo o citadino sabe em que terra
estão as suas origens, raramente na grande cidade....).
|
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . |
|
| Gaita
de Foles
Em Portugal a gaita de foles
possui uma tradição riquíssima, praticamente desde a fundação da nacionalidade, em
pleno período medieval, com uma forte implantação, pelo menos até ao século XVIII.
|
|
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . |
|
| Flauta de Tamborileiro
O tamboril e flauta, tocados
por uma só pessoa, é, em Portugal, uma forma rara e pouco representativa - que
existe, pelo menos actualmente apenas em duas regiões delimitadas e afastadas uma da
outra...
|
|
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . |
|
| Concertina
O instrumento chinês Cheng,
que foi introduzido na Europa em 1777, parece ter estado na origem da concertina. É um
instrumento largamente difundido na música de raiz tradicional Europeia.
|
|
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . |
|
| Viola Campaniça
A viola campaniça é a maior
das violas portuguesas. Para além dos trastos normais, apresenta mais alguns trastos,
apenas sob as cordas agudas, de modo a permitir uma amplitude maior nos agudos do canto.
|
|
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . |
|
| Viola Braguesa
A viola Braguesa é o grande
instrumento popular do Noroeste Português, figurando nas rusgas, chulas e desafios, que
são as formas músico-instrumentais dominantes na região. Ela toca-se aí a solo ou a
acompanhar o canto.
|
|
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . |
|
| Rabeca
A rabeca chuleira,
rabela, ou ramaldeira é um violino popular de braço curto e
escala muito aguda, que aparece numa área centrada em Amarante, estando ligada a uma
forma musical peculiar a essa área a chula.
|
|
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . |
|
| Canto Tradicional
O trabalho sugere certos
ritmos: assim, o balanço do berço ou bater do martelo na bigorna, convidam ao canto
ritmado, a princípio monotonamente, para depois desenvolver grupos melódicos que se
tornam melodias.
|
|
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . |
|
| Adufe
Os pandeiros são
membranofones de percussão directa, de aro muito baixo, cujas peles são fixas (não
permitindo portanto a graduação da sua tensão e tonalidade), cosidas umas às outras
sobre o aro, ou pregadas a este.
|
|
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . |
|
. |
Assim, longe de "salvar
o Passado" hoje o que nos move é a oportunidade de aprendermos com os seus sinais e
práticas vivas. Focar as questões de forma aberta e consciente. Viver as expressões das
formas tradicionais, enquanto "notícia" do nosso passado e, simultaneamente,
riqueza singular para as aprendizagens que fazem o nosso futuro. Contribuir
para "refuncionalizar" a tradição musical. Procurar práticas adjacentes a
esta, numa época em que cada vez mais se querem afirmar as particularidades que nos fazem
diferentes. Sem conservadorismo cego, mas com a alegria, o gozo, a energia e o espírito
de partilha que nos move neste projecto. E que sempre foram a razão de ser da música e
da cultura popular.
. |
|