....................................
Instrumentos
Musicais Tradicionais Portugueses
|
|
Introdução
A Portugal confluiram
vários povos e culturas que até ao séc. XVI se vão influenciar mutuamente.
|
|
. . . . . . . . . .
. . . . . . . |
|
|
Distribuição
Regional
A caracterização geográfica
do País está intimamente ligada à distribuição das formas instrumentais. |
|
. . . . . . . . . .
. . . . . . . |
|
|
Os
Conjuntos
Os conjuntos têm funções
muito importantes na vida das comunidades. |
|
. . . . . . . . . .
. . . . . . . |
|
|
Os
Instrumentos
São quatro tipos de
instrumentos: Aerofones, Cordofones, Membranofones e Idiofones. |
|
. . . . . . . . . .
. . . . . . . |
|
|
Exemplos
Musicais
Exemplos de música instrumental,
recolhidos por Ernesto Veiga de Oliveira e Benjamin Pereira.
|
|
. . . . . . . . . .
. . . . . . . |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Instrumentos
Musicais Tradicionais Portugueses
Distribuição RegionalNa
verdade a caracterização geográfica do País está intimamente ligada à distribuição
das formas instrumentais. Ernesto Veiga de Oliveira apoia-se na divisão que Orlando
Ribeiro faz em Portugal Atlântico, Transmontano e Mediterrâneo. "... Sob o ponto de
vista paisagístico e cultural especial e muito geral, distinguiremos em Portugal, ao
norte do Tejo duas áreas fundamentais por um lado, as terras do planalto alto e leste
transmontano e beirão, marcadamente arcaizantes e pastoris, fechadas em si mesmas até
épocas muito próximas, na vastidão de um horizonte severo e áspero, e onde formas de
vida extremamente antigas eram (e são ainda em muitos casos) a atmosfera quotidiana; por
outro lado, as terras baixas a ocidente da barreira central, do Minho ao Tejo, populosas,
conviventes, intensamente humanizadas, abertas a todas as influências e naturalmente
impelidas para fórmulas mais progressivas, embora imersas ainda em inúmeros sectores
culturais, no seu ambiente tradicional. O Alentejo, sob certos aspectos, prolonga a sul, o
panorama pastoril do planalto; a cultura regional reflecte uma personalidade original
muito forte, e é também acentuadamente tradicional, mas a marca do espaço é ali mais
sensível do que a do tempo. E no Algarve, por seu turno, inversamente, condições
paralelas às que apontamos nessas regiões nortenhas ocidentais estão na base de um
ambiente que sob certos aspectos, se assemelha ao dessas terras..."
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
MINHO
No Minho os instrumentos mais importantes são os conjuntos instrumentais das
RUSGAS, da CHULA, e também dos ZÉS-PEREIRAS.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
TRÁS-OS-MONTES
Em Trás-os-Montes, além dos conjuntos instrumentais do GAlTElRO e
TAMBORlLElRO,tem também importância o PANDEIRO, membranofone de forma quadrangular,
geralmente tocado pelas mulheres a acompanhar todo o género de cantares de festa.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
BEIRA LITORAL
Também nesta região, além dos conjunto instrumental dos ZÉS-PEREIRAS e do FADO,
teve particular importancia a VIOLA TOEIRA nomeadamente na região de Coimbra, onde hoje
infelizmente já não existe nenhum tocador.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
BEIRAS INTERIORES
Sobretudo na Beira-Baixa, o ADUFE é o instrumento mais importante da região. Ele
é aí tocado com grande maestria, imaginação e paixão, tanto em festas profanas como
religiosas, alvíssaras da Páscoa e Romarias. A FLAUTA TRAVESSA e a PALHETA são
passatempo individual de pastores. Na região do Fundão tem grande importãncia os
BOMBOS. A VIOLA BEIROA além das funções de passatempo era também um instrumento
cerimonial usado na Dança da Genebres e outras que tinham lugar na festa da Senhora dos
Altos Céus, na Lousa, e nas Folias do Espírito Santo de grande importãncia nesta
região.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
ESTREMADURA
Na Estremadura o ACORDEAO, se bem que seja um instrumento muito difundido por todo
o país tem um lugar muito especial nos bailes acompanhando o fandango, o passecate, o
verde gaio, a contradança, etc. Também a GAITA DE FOLES é um elemento imprescindível
dos Círios da região. Em Lisboa tem grande destaque a GUITARRA PORTUGUESA e o VIOLÃO
por vezes acompanhado pelo VIOLÃO BAIXO no conjunto do FADO.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
ALENTEJO
No Alentejo existem três formas instrumentais: TAMBORIL E FLAUTA na região além
Guadiana. O PANDEIRO quadrangular e a PANDEIRETA majs a norte da província. Mais a sul a
VIOLA CAMPANIÇA como instrumento acompanhador do canto e animador dos bailes da região.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
ALGARVE
No Algarve além dos instrumentos de tuna e do ACORDEÃO, na região da serra
encontra-se com frequência a FLAUTA TRAVESSA feita de cana.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
MADEIRA
Na Madeira têm grande importância os conjuntos formados pelos instrumentos de
corda: a VIOLA DE ARAME, o RAJÃO e a BRAGUINHA e a RABECA ou VIOLINO, que acompanham os
cantadores e a dança nas festas públicas que se realizam na ilha.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
AÇORES
Os instrumentos mais importantes das ilhas dos Açores são as violas com dois
tipos distintos: A VIOLA MICAELENSE com a boca em forma de dois corações e a viola
TERCEIRENSE com a boca redonda. Ambas se usam em ocasiões festivas a solo ou a acompanhar
o canto e a dança, nas romarias, aos serões. Também nas festas do Espirito Santo de
grande importãncia em todas as ilhas, os Foliões, grupos de tocadores que acompanham os
vários momentos da festa e tocam o TAMBOR DA FOLIA juntamente com o PANDEIRO, fuste de
pandeireta sem pele, na ilha de S. Miguel. Nas ilhas de S. Maria, Flores e Corvo o
acompanhamento do tambor é feito com os TESTOS, pequenos pratos metálicos que se batem
um contra o outro. |