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Os
Bailes
Tradicionais |
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O Baile como
Rito de Passagem |
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A
Evolução dos Bailes Populares |
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Os Bailes
Populares da Cidade de Lisboa |
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As Danças |
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Resumo
dos Fonogramas |
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Fonte:
Tradições Musicais da Estremadura
Os conteúdos aqui
apresentados foram retirados do Livro "Tradições
Musicais da Estremadura" de José Alberto Sardinha, uma cortesia do autor e da
Editora Tradisom. |
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As Danças
Tradicionais - Tradições Musicais da Estremadura
O Verde Gaio
Exemplo:
Verde Gaio
(Lourinhã, Reguengo Grande, 1983)
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma das mais típicas danças estremenhas, do verde-gaio diz Tomaz Ribas
que, embora seja mais popular no Norte, «é na região entre o Lis e o Sado que o bailam
melhor e mais a primor». No seu característico compasso binário, gravámos exemplares
do verde-gaio nos concelhos de Sintra, Mafra , Lourinhã, Leiria, Porto de Mós, Torres
Vedras, Cadaval, Alcobaça, Óbidos, Loures e Caldas da Rainha. De salientar que Armando
Leça transcreve duas partituras de S. Martinho do Porto e uma de Torres Vedras, esta de
bela melodia (...)
Seleccionámos (...) um exemplar que gravámos em Olho Marinho. O informante José Antunes
de Almeida toca flauta e, alternadamente, canta ele próprio, numa melodia singela e viva.
Igualmente transcrevemos, do harmónio do exímio tocador António Probo dos Santos, uma
sucessão de cinco verde-gaios, que ele executou, aliás primorosamente, como um só.
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Joaquim Carvalho e Silvério
da Silva tocando banjolim e violão. Torres Vedras, Maxial, 1988. |
Não é uma dança muito antiga, já que a referência mais recuada ao
verde-gaio parece ser a de João Paulo Freire, que o coloca entre as danças preferidas
dos saloios nos finais do século XIX. Nem por isso é hoje menos popular, sendo a segunda
dança que mais registámos em terras de Estremadura, ora tocada ao harmónio, ora à
flauta (de sabugueiro, de cana e também de chaves adaptada), ao pífaro, na palheta, na
concertina, à gaita-de-foles, no bandolim, na guitarra.
A forma mais corrente que encontrámos de bailar o verde-gaio é a seguinte: duas rodas,
uma interior, a das raparigas, e outra exterior, a dos rapazes, ficando os pares frente a
frente, «desagarrados». De início, as rodas giram lentamente, «com os pés a
rastejar». Depois, os pares agarram-se e os rapazes conduzem as raparigas, estas «às
arrecuas», até ao centro, onde batem os pés («é batido»). Regressam de imediato às
posições iniciais, agora recuando os rapazes, e recomeça a roda. Segundo o tocador de
harmónio António Pereira, dos Casais Chiote, Caldas da Rainha, «para bailar o
verde-gaio, é preciso ter pés de prata». José Alberto Sardinha |