Carlos Nuñez

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Programa

24 Maio 2001 (5ª Feira)
Portugal Segue-me á Capela
Andaluzia Entre Retamas

25 Maio 2001 (6ª Feira)
Portugal Danças Ocultas
Galiza Carlos Núñez

26 de Maio 2001 (Sábado)
Madagáscar Tiharea
Colômbia Totó La Momposina

31 de Maio 2001 (5ª Feira)
Arménia Djivan Gasparyan

1 Junho 2001 (6ª Feira)
Índia - Irão Ghazal Ensemble
Israel - Palestina Between Times

2 de Junho 2001 (Sábado)
Bolívia Luzmila Carpio
Macedónia dd Synthesis
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A XII edição do Festival Cantigas do Maio, a decorrer entre 24 de Maio a 2 de Junho no Seixal, contará este ano com a participação dos grupos Segue-me à Capela (Portugal), Entre Retamas (Andaluzia), Danças Ocultas (Portugal), Carlos Nuñez (Galiza), Tiharea (Madagascar), Totó la Momposina (Colômbia), Djivan Gasparyan (Arménia), Ghazal Ensemble (India/Irão), Between Times (Israel/Palestina), Luzmila Carpio (Bolívia) e dd Synthesis (Macedónia).

O festival abre a 24 de Maio com os portugueses Segue-me à Capela, um grupo, como o próprio nome indica, onde a voz é o “instrumento” principal, muitas vezes acompanhada pelo adufe, a pandeireta, as pinhas ou as castanholas e também pelo percussionista Quiné. Nessa mesma noite sobem ao palco os Andaluzos Entre Retamas, cujo álbum de estreia é uma fogosa recriação das modalidades de dança mais tradicionais daquela região.

No Sábado, dia 25 de Maio, apresenta-se o grupo português de concertinas Danças Ocultas, antecedendo ao grande destaque do festival: o gaiteiro galego Carlos Nuñez, cuja história passou por grupos como Mato Congrio, Berrogueto e por centenas de actuações com os lendários Chieftains. Nuñez acabou por se transformar no grande embaixador da música galega (com tudo o que isso possa ter de bom e de mau...) e trata-se, seguramente, de um dos melhores gaiteiros do mundo.

Tiharea, de Madagáscar, e Totó la Momposina, da Colômbia, preenchem o programa de domingo, 26. Os primeiros são um grupo vocal feminino composto por três irmãs que cantam de tal forma que às vezes parece estarmos a ouvir seis ou sete vozes e não apenas três. Totó é a rainha da cumbia, género musical resultante da fusão dos ritmos índios com os dos escravos africanos.

No segundo fim-de-semana, destaca-se, logo na quinta-feira, 31, do músico arménio Djivan Gasparyan, mestre do duduk, instrumento de sopro de tonalidades melancólicas.

Ghazal Ensemble, da Índia/Irão, e os Between Times, de Israel, tocam na sexta, dia 1. Ragas hipnóticas de sitar e tablas indianas e kamancheh persa, antepassado do violino, pelos Ghazal. Guy Clark lidera os Between Times, responsáveis por uma música que alterna ressonâncias medievais, sonoridades árabes, ligeireza new age e delicados tricôs de harpa céltica.

No derradeiro dia das Cantigas do Maio, domingo, dia 2, Luzmila Carpio, da Bolívia, cantará a música dos Andes, dos antigos índios e do povo Aymara. Da Macedónia, os DD Synthesis são isso mesmo, síntese de sonoridades modernas, entre o clássico e o jazz, e motivos tradicionais.

Para além do programa musical, que se distribuirá pela tenda Mundet (uma tenda de circo com capacidade para 2000 pessoas) e o Fórum Cultural do Seixal (com capacidade para 350 pessoas), todos aqueles que se desloquem ao Seixal vão poder assistir a muitas actividades de rua e eventos diversos espalhados pela vila.

É o caso da exposição de textos, fotos e gravuras sobre "O galo na arte popular portuguesa", Vídeos em contínuo sobre música tradicional, Oficina "Aprender fotografia" destinada a crianças do Seixal, Oficina de dança sob a orientação do espaço Fala Só, um debate sobre "O associativismo hoje" e vários convívios, após os espectáculos, em tenda própria com animação musical de grupos portugueses e galegos. Estas são muitas das propostas a preencher o resto do programa cultural da 12º edição do Cantigas do Maio, organizado pela Associação José Afonso em colaboração com a Câmara Municipal do Seixal.

Como sempre, este festival procura chamar a atenção para diferentes culturas, diferentes costumes e diferentes formas de pensamento, através das expressões musicais de raiz popular no mundo. Neste caso o programa não podia ser mais diverso, com música vinda dos quatro cantos do mundo, muitas e diferentes formas de ouvir e fazer
música.