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CV Matrix 25
Concepção e coreografia: Mano Preto
Direcção musical e música original: Orlando Pantera
Intérpretes e co-criadores: Bety Fernandes, Cacá, Oliveira, Cristóvão Rosa, Hélio
Santos, Orlando Pantera, Pedro Correia E Silva, Rosy Timas, Zema Monteiro
Cenografia: Mano Preto / Cristóvão Rosa / Daniel Rocha Figurinos e adereços: Mano
Preto / Daniel Rocha
Extractos dos Poemas: SINAIS (Mário Fonseca)
BATUKO (Caoberdiano Dambará)
AMEN NA NHA CHINTIDU, VA KA TA VA BOITAS DE MUNDO e ORASON
PA NHA CHINTIDU (Dany Spínola)
Desenho de Luzes: Carlos Ramos
Desenho de Som: Patrick Arnaud
Produção executiva: Ana Paquete
Co-produção:
CENTRO CULTURAL DE BELÉM (Lisboa)
DANÇAS NA CIDADE (Lisboa)
Apoios:
MINISTÉRIO DA CULTURA E COMUNICAÇÃO SOCIAL DE CABO VERDE
DIRECÇÃO GERAL DA JUVENTUDE DE CABO VERDE
CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS DA PRAIA
CÂMARA MUNICIPAL DA PRAIA
PRAIA - FM
IP - INFORMÁTICA DA PRAIA
COLECTIVO MULTIMÉDIA PERVE
Agradecimentos:
Daniel Rocha / Hugo Paquete / Mário Lúcio Sousa / Quintal da Música / José Augusto
Timas / Giordánio Custódio /Catarina Alves Costa / Olivier / Alexandre Semedo/ José
Maria Varela / Jornal Horizonte / Jornal a Semana / D. Estela / Andreia
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Companhia Raiz di Polon
CV MAtrix 25
Coreografia: Mano Preto
Quinta, dia 7 e Sexta, dia 8 de Dezembro (21h30)
Pequeno Auditório do CCB - Duração: 60 min.
CV Matrix 25, a saga de um povo... o cabo-verdiano
Charco sem água - Pilons Búzios Pau de Côlexa mais uma festa da
Bandeira. Homens e mulheres apaixonados, tristes, mas com esperanças de um dia melhor.
´N ten ki tra Farelo (tenho que triturar o milho) porque a Hora di Bai é
hora di dor, mas Já ´N kré Pa el ka manché (estou com vontade que
não amanheça).
Ma ´N kré Ficá ´N morré (prefiro ficar e morrer) e ir à procura da
Tabanka porque: Rosto cascado di Nha Inês é ka diferente di kesoto camponês /
Camponês ku sé bida mariado / Sé Batuko, sé Tabanka fuliado (o rosto preocupado
da Dona Inês não é diferente dos outros camponeses / Camponês sem rumo na vida / O seu
Batuko, a sua Tabanka ignorados).
Mas, infelizmente, Kulau, fictho matcho, codé di mamai (Kulau, o filho Macho,
primogénito da mamã), tem mesmo que partir para Terra Longe, mas com a certeza Di
bu ta bai, bu ta torna bem (de que vai e volta), pois a saudade daquele dia que
Nós era 4 que bai kel Kau (nós fomos 4 a estar juntos naquele lugar) , é
muito, e é preciso fazer a Serenata Na lua claro Checha
está à Janela. Três emigrantes chegaram, com hábitos diferentes - até já falam uma
língua estranha: This is a Matrix! As meninas estão apaixonadas. Já não
há tristeza. Por enquanto!
A Hora di bai, hora di dor, como sempre, chega o veleiro está de
partida. É a despedida, com o grupo de Pau e Corda , para podermos regressar
outra vez! Checha está à janela! ´N ta bai, má ´N ta torna
bem (Vou, mas volto), quando Junho não for Agosto e Setembro não
for Janeiro. Mano Preto, Nov. 2000
Alguém disse:
Da Pedra nasceu o orgulho
do cabo-verdiano.
Digo que também
Nascemos da terra, da água, do vento, das montanhas de Santiago
da folha da bananeira e do milho
da pesca da baleia
do Basalto da estrada dos picos
das calçadas de São Bento.
CV Matrix 25 é a saga de um povo, a história do crioulo que gosta da sua
terra sabi mas que a seca obriga a deixar de ser agricultor, a emigrar e ser, então,
pedreiro, diz Mano Preto. Por outro lado, é também a minha modesta homenagem
a alguns instrumentos de trabalho o trapiche, o pilon, o garrafão - que tanto
alegria e tristeza tem proporcionado ao cabo-verdiano.
O espectáculo não recorre apenas a histórias do povo cabo-verdiano, mas também às
suas músicas lindíssimas. Sob a direcção musical de Orlando Pantera, os bailarinos
também excelentes músicos tocam instrumentos tradicionais como o pilon, o
pau de colêxa, o tambor, o ferrinho, os búzios, o shelafon, e claro, o inevitável duo
de guitarra e violão, mas fazem também música com o chão, a água e o próprio corpo.
Companhia Raiz di Polon (Praia,
Cabo Verde)
Raiz di Polon foi fundado em 1991 em Cabo Verde, como um dos muitos grupos de dança
cabo-verdianos que existem nas várias ilhas do arquipélago. Em 1994 entraram em contacto
com a dança contemporânea europeia, através do projecto e espectáculo Dançar Cabo
Verde, de Clara Andermatt e Paulo Ribeiro, e ficaram fascinados. Muitos dos bailarinos da
companhia continuaram a dançar nas peças caboverdianas de Clara Andermatt, e
Raiz di Polon começou a organizar workshops e aulas de dança em Cabo Verde, no âmbito
do projecto DANÇAR O QUE É NOSSO. A partir daí, os membros da companhia embarcaram por
um caminho difícil, mas extremamente cativante, na procura de novos rumos para a dança
cabo-verdiana.
Em 1998, Raiz di Polon criou a sua primeira peça de dança contemporânea,
Até ao fim, que foi apresentada em Cabo Verde e Portugal. Depois criaram
Pêtu, da autoria de Mano Preto, por encomenda do festival DANÇAS NA DIDADE
99, que estreou em Lisboa em Novembro 1999 e foi também apresentado em Cabo Verde e na
Expo 2000 Hannover. CV Matrix 25 é a mais recente criação, de novo
coreografada por Mano Preto.
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