Petchú
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Lisboa
Trilho da Terra
A cultura que reside em Portugal
Lisboa, Sede do IPJ,
dia 18 de Junho 2006, das 15h às 20h
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. . . . . O "Trilho da
Terra" é um evento que decorrerá durante uma tarde, apresentando manifestações
artísticas de várias culturas residentes em Portugal. Depois de cada apresentação
surgirá a interactividade com o público, a partir de animação e de workshops.
Portugal que tanto se espalhou pelo mundo acolhe hoje-em-dia um crescente número de
imigrantes (5% da população, 11 % da população activa e provindo de mais de 180
países), com um consequente impacto na sociedade portuguesa. Esta é a ideia que faz
reunir numa tarde, em Lisboa, alguns dos representantes de culturas muito distantes, e que
coexistem todos os dias no nosso país.
As instalações onde decorrerá o evento (IPJ de Lisboa) possibilitam ainda a
complementação das actividades programadas com exposições e animações diversas,
desde que enquadradas na temática e objectivos do evento (Espaço ArteNativos).
Na parte final do programa, a organização proporcionará um espaço e um período de
tempo em que os vários artistas participantes e o público serão convidados a interagir,
partilhando as diferentes experiências demonstradas e/ou apreendidas durante o evento.
O evento contará com nomes como Zambra Roménia e Egipto (Europa de Leste e Médio
Oriente); Pedro Pernanbuco e Carmen - Bale Brasil (Brasil); Petchú (Ballet Tradicional
Kilandukilu) e grupo de crianças, de Angola (África); Gavaa, da (Mongólia) Ásia;
Suryá, da Índia e Mariana Ilieva, da China.
Um primeiro destaque vai logo para Pedro Vieira Dias (Petchú) - um dos
membros fundadores do Ballet Tradicional Kilandukilu - que comemorou recentemente o seu
22º Aniversário. O reconhecimento crescente da importância da cultura africana na
sociedade e no mundo contribuiu para o desenvolvimento de uma forte expressão da mesma
promovendo a sua divulgação e inserção nas sociedades por ela influenciadas.
Outro destaque vai para "Suryá", a designação sancrítica de
Deus-Sol da Mitologia hindu, significando Sol em concanim, a língua-mãe
goesa, e foi o nome escolhido para o Grupo de Canto e Danças Tradicionais de Goa. O Grupo
existe já há 14 anos e um dos seus principais objectivos é a divulgação da cultura e
tradições de Goa. Suryá é uma associação composta por pessoas de origem
goesa e amigos, maioritariamente sócios-fundadores da Casa de Goa, unidos por sentimentos
de amizade e profundo amor a Goa. O Grupo tem desenvolvido espectáculos a convite de
várias entidades, entre as quais: Câmaras Municipais, RTP Internacional e África,
Expo98, Festival dos Oceanos e música étnica, etc. Para além do desenvolvimento
natural das actividades já mencionadas, o Grupo tem como objectivo o desenvolvimento de
acções no âmbito desportivo e de sensibilização da comunidade goesa em Portugal e a
comunidade envolvente, para história, canto e danças tradicionais e culinária de Goa.
É também de realçar a apresentação entre nós de Gavaa, da
Mongólia. Em 1983 Gavaa entrou para a Escola de Circo da Mongólia onde estudou a arte
circense durante 10 anos. Aos 9 anos de idade iniciou a sua carreira artística, como
contorcionista profissional no estado do Circo da Mongólia
Da China, o destaque vai para uma residente há 10 anos em Portugal, Mariana
Ilieva, que desenvolveu na arte milenar do Tai Chi Chuan um nível competitivo -
tendo sido campeã desta modalidade no nosso país nos últimos anos.
Da Roménia e Egipto, as Zambra são cinco bailarinas que se juntaram em
2001 por partilharem um forte interesse: a paixão pela dança como linguagem primordial
do ser humano. O grupo procura expressar a sua inquietação pelo conhecimento de outras
culturas, com a preocupação de estabelecer um laço com o público e tentar transmitir e
partilhar com o mesmo a magia que sente ao vivenciar as suas danças. As Zambra desejam
encetar uma viagem com a sua audiência, transportando o espectador para paisagens e
sentimentos esquecidos, mas profundamente enraizados no interior de cada um de nós,
criando ambientes que alternam entre o dramático, o intimista, o lúdico, a celebração
e a libertação. Talvez pela inquietação que as caracteriza, pela vivência e
formação diferenciada de cada uma, pela própria riqueza cultural que deu origem à
dança, as Zambra sentem-se identificadas com muitas culturas: a oriental, a cigana, a
turca, a africana ou a indiana, para além da europeia, e em todas as suas vertentes,
incluindo outras artes tais como as circenses e a música. O grupo foi assim introduzindo
na sua linguagem elementos tradicionais de todas estas danças, ousando também
recriá-las e reinterpretá-las. O resultado é um espectáculo com raízes tradicionais,
mas onde existe uma forte vertente de fusão, ousadia e experimentação.
Finalmente, Pedro Pernambuco e Carmen lideram a Companhia Balé Brasil,
representante da cultura brasileira nordestina em Portugal. O seu repertório de
actuações incluem danças como Frevo, Caboclinhos e Boi Bumbá.
O evento "Trilho da Terra"terá ainda como elo de ligação, uma constante de
actividades circences, para animar, completar e dar um toque de cor ao evento. A
animação circense consiste numa performance de 5 artistas formados no Chapitô, que
irão manobrar vários tipos de material circense, desde bolas de malabares, massas,
swings, monociclo, argolas e double-stick, com o fim de tornar a nossa tarde mais alegre e
divertida.
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