Ardentía
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Festival
Noites Intercélticas
de Arcos de Valdevez
Arcos de Valdevez, Casa
das Artes, dias 12 e 13 de Maio 2006, 21h30
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A 16ª edição do Festival Intercéltico do Porto terá início em
Arcos de Valdevez e contará com a participação dos portugueses Lúmen e dos Galegos
Ardentía. Este mini-programa marca o arranque do resto do cartaz do Intercéltico, a
acontecer lá para o Outono.
Dia 12 de Maio 2006, 21:30h
Lúmen
Lúmen é um projecto que começou a ganhar forma em Julho de 2005,
tendo como principal mentor José Flávio Martins (Frei Fado del Rei e ex-Roldana
Folk). Reunindo à sua volta um grupo de músicos de sólida formação e experiência,
José Martins formou um colectivo com objectivos bem definidos, que podemos situar no
universo da world music, e que pretende acima de tudo procurar novos caminhos, iluminando
duma perspectiva diferente a nossa música tradicional.
Esta nova sonoridade resulta em grande parte da hábil combinação de instrumentos
tradicionais como a gralha, bandola, gaita-de-foles e guitarra portuguesa, com o baixo, a
bateria ou o acordeão, criando um ambiente de fusão que a voz límpida e ancestral de
Cristina Bacelar completa na perfeição.
Para compor o seu repertório os Lúmen criaram algumas composições originais mas
recorrem também a versões de temas tradicionais galegos, portugueses e irlandeses,
construindo assim, nos seus concertos, um ambiente ao mesmo tempo místico e festivo,
cheio de cor e diversidade musical onde pontua a criatividade e a inovação. O primeiro
trabalho discográfico dos Lúmen será lançado no decorrer da 16ª edição do Festival
Intercéltico do Porto.
Dia 13 de Maio 2006, 21:30h
Ardentía
Ardentía é um grupo galego que nasceu em 1989, pela
mão de vários membros da banda de Gaitas Xarabal e do grupo de gaitas Maruxía. A
formação inicial contava com cinco elementos e interpretava temas tradicionais e
composições de autor. Com esse repertório tornaram-se conhecidos em toda a Galiza e
ganharam diversos prémios em concursos de gaitas. Nesses tempos iniciais colaboraram com
outros grupos de música tradicional, com os quais percorreram a Europa.
Fecharam esta primeira fase com a edição dum primeiro trabalho discográfico, em
colaboração com outros músicos "Para brincar ao rueiro". Em 1997
iniciaram uma nova etapa do seu percurso com a inclusão do acordeão e começando a
interpretar temas tradicionais por eles recolhidos. Gravam então Ardentía,
um disco que acentua essa linha tradicional. Entretanto participam em Festivais
internacionais, vão acumulando experiências e conhecendo novas formas de encarar a
música tradicional, o que resulta numa evolução para novos arranjos e utilização de
outros instrumentos (requinta, sanfona, clarinete, etc.), sem nunca perder a frescura e
tentando sempre inovar. Por esta altura ganham o prémio de Grupo Revelação, atribuído
pela TV galega. É então que editam Retellando, um disco que mantendo sempre
o mesmo cariz tradicional, demonstrou a evolução do grupo e foi muito aclamado pela
forma de interpretar os temas provenientes das suas recolhas, consolidando assim a
reputação dos ARDENTÍA e atraindo mais público.
Em 2004, a morte de um dos elementos determinou uma mudança de formação que teve como
consequência a exploração de novas formas musicais. O bouzouki e o saxofone passaram a
estar sempre presentes e começaram a fundir o seu estilo próprio com outras tendências
musicais, obtendo assim um som mais folk, com alguns toques de jazz.
Neste momento os Ardentía editaram já o terceiro disco Quince anos de viaxe
e são um projecto musical que a critica define como um dos melhores grupos galegos da
actualidade.
O Intercéltico 2006 abre desta forma: um diálogo ibérico entre dois projectos
inovadores, que vêm apresentar as suas diferentes interpretações da música
tradicional. Entretanto esperam-se mais novidades lá para o Outono.
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