DjumbaiJaz
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Programa
Dia 6
(Angola) Bonga
(Senegal) Cheikh Lô
Dia 7
(Cabo-Verde) Tcheka
(Mali) Oumou Sangaré
Dia 8
(Portugal / Guiné Bissau) Djumbai Jazz
(Costa do Marfim) Tiken Jah Fakoly
Dia 9
(Zimbabwe) Stella Chiweshe
(Moçambique) Eyuphuro
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Lisboa
África Festival
Um continente de Música em Lisboa
Lisboa, Jardim da Torre de
Belém, de 6 a 9 de Julho 2006, 22:00h
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. . . . . Depois do sucesso da
primeira edição, o África Festival volta a contagiar a cidade com o som quente dos
ritmos africanos. Este ano são quatro dias de concertos gratuitos, com alguns dos
principais representantes das músicas de África.
Com duas actuações por noite, o festival vai ter ainda uma Tenda Ponto de
Encontro, com workshops, ateliers, actuações e uma exposição. Os espectáculos
da primeira noite do festival dia 6 de Julho são de Bonga
e Cheikh Lô, dois músicos com formações distintas. O artista angolano
radicado em Portugal é o primeiro a subir ao palco, num concerto que recupera os
primórdios da sua carreira, evocando os álbuns Angola 72 e Angola
74, que fizeram de Bonga um dos percursores da World Music. Às 23h30, é a vez de
Cheikh Lô subir ao palco. Nascido no Senegal, é dono de uma sonoridade que deixa
perceber o seu espírito livre e aventureiro, reflexo das muitas viagens que o levaram aos
mais distantes pontos do globo. Com três álbuns editados Ne La Thiass
(1996), Bambay Gueej (1999) e Lamp Fall (2005) - este é
considerado um dos nomes mais promissores da música africana contemporânea.
No dia 7, Tcheka transporta-nos até Cabo-Verde. Cantor e
compositor, o músico oriundo da ilha de Santiago, transpõe para a guitarra batidas que,
habitualmente, são tocadas com instrumentos de percussão, fazendo parte de um movimento
que deu novo fôlego à música caboverdiana. Segue-se Oumou Sangaré, a
grande diva do Mali e de África, e uma das vozes mais espantosas do mundo. Oumou comenta
sobre todos os aspectos da vida no seu país, sobretudo os problemas que as mulheres
enfrentam diariamente por causa da poligamia, mas também da sensualidade do amor
inexperiente, da dor do exílio, da necessidade de cultivar a terra, e da fragilidade da
vida humana. Distinguida com um prémio musical pela UNESCO, Oumou Sangaré tem trabalhado
nesse sentido, usando a música como forma de fazer valer os direitos sociais das mulheres
no Mali e no mundo.
A terceira noite do festival, a 8 de Julho, é de Djumbai Jazz e Tiken
Jah Fakoly, seguidos de after-hours. Djumbai Jazz, criado em 1990, é composto,
entre outros, pelos músicos guineenses Maio Coopé (voz), Sadjo (guitarra acústica e
ritmo), Galissa (kora), e Cabum (percussão), radicados em Portugal. Liderados pelo
vocalista Maio Coopé, procuram recuperar os ritmos tradicionais da sua terra natal, a
Guiné-bissau, como o Ngumbé, Djambadon e Brocxa, esperando-se uma actuação
vibrante, que promete contagiar o público presente. Segue-se Tiken Jah Fakoly, figura de
proa do reggae do oeste africano. Oriundo da Costa do Marfim, é conhecido pelo seu
activismo político e ritmos contagiantes, que não vão deixar ninguém indiferente.
Sábado irá prolongar-se com a noite afro-blue, um after-hours animado pelos
DJs Johnny, Lucky e LadyGBrown, djs residentes do Bicaense.
O encerramento deste evento, a 9 de Julho, cabe à zimbabueana Stella Chiweshe
e aos moçambicanos Eyuphuro. Com o cognome Ambuya
Chinyakare, que significa avó da música tradicional, Stella Chiweshe
é a única mulher do seu país a liderar uma banda e a interpretar mbira, instrumento
tradicional do povo Shona, associado à magia e proíbido no Zimbabwe antes da
independência. O seu trabalho a solo qualifica-a como uma das artistas mais originais do
panorama musical africano, através de uma fusão entre música popular e guitarras
contemporâneas. Zena Bacar e Issufo Manuel são as vozes que compõe os Eyuphuro e são
os últimos a pisar o palco da Torre de Belém, depois de uma extensa tournée que
comemorou os seus 25 anos de carreira. Acompanhados pelo cantor Ali Faque, que integrou
recentemente a formação, trazem na bagagem os ritmos dançáveis do Afropop, género do
qual foram percursores no seu país.
Para além dos concertos a decorrer no palco principal, o festival conta ainda com uma
Tenda Ponto de Encontro, no relvado da Torre de Belém, onde vão decorrer diversos
workshops/ ateliers, actuações de música e uma exposição.
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