Vitorino
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Alinhamento
O ALENTEJO
1. Menina Estás à Janela
2. Ó Rama, ó que linda Rama
3. Sul
4. Alentejanas e Amorosas
5. Tinta Verde
6. Oh Beja , Terrível Beja
7. Ó Patrão dá-me um cigarro
8. Vou-me embora
9. Bárbara Rosinha
10. Indo eu por I abaixo
11. Morra quem não tem amores
12. Eu hei-de amar uma pedra
13. Se fores ao Alentejo/semear salsa ao Reguinho
14. Homens do largo
15. Dá-me cá os braços teus
16. João
17. Adeus oh Serra da Lapa
18. Vou-me embora , vou partir
19. Grândola
LISBOA
1. Leitaria Garrett
2. Nomes do Amor
3. Tragédia da Rua das Gáveas
4. Andando pela vida
5. Negro Fado
6. Marcha Ingénua
7. Bolero do Coronel sensível
8. Tango do marido infiel numa pensão do Beato
9. Fado da prostituta da Rua de Stº António da Glória
10. Flor de Jacarandá
11. Dia de Passeio
12. Cervejaria da Trindade
13. Postal para D. João III
14. Marcha de Alcântara
15. Queda do Império
O AMOR
1. Laurinda
2. Litania por um Amor ausente
3. Dama de Copas
4. Tocador de Concertina
5. Fado Alexandrino
6. Fado do Jogador de Bola
7. Poema
8. Ana II
9. Meninas
10. Galope
11. Ausência em Valsa
12. O Dia em que me queiras (El dia en que me quieras)
13. Toda una vida
14. Desde el dia en que te vi
15. Joana Rosa
16. Quem és tu de novo?
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Lançamento
Vitorino
Uma boa parte de Tudo
Lançamento a 30 de Janeiro de
2006
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . "Tudo" é uma boa parte de tudo sobre
Vitorino. São três discos que contam a longa história do cantor e autor, dividida em
três principais momentos: O Alentejo; Lisboa e O Amor. O disco tem edição marcada para
o dia 30 de Janeiro de 2006.
A viagem começou na adolescência, contagiado pelo movimento "hippie". Aos 18
anos vem para Lisboa, cidade que fixou Vitorino como um dos incontornáveis da música
portuguesa. Encabeça a geração de ouro da música popular portuguesa ao lado de Zeca
Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Fausto, Sérgio Godinho, entre tantos outros que
defenderam e reinventaram o nosso património musical e a língua portuguesa.
Celebramos hoje 30 anos duma carreira impar marcada pela coerência e influenciada pelas
suas inúmeras viagens. Durante a juventude tornou-se um "viajante
profissional". Época que recorda pelo amor livre. "Andava à boleia, um sinal
dos tempos de solidariedade para com o próximo". Assistiu nos anos 80 ao
contra-ataque da gravata, com a expansão do "yuppismo" e das teorias
individualistas.
Nos dias de hoje, em que todos têm o seu próprio carro, viajaria de comboio:
"Dá-me o tempo e noção da distância". Requintes da terra traduzidos num dos
expoentes máximos da cultura popular portuguesa.
"TUDO" sobre Vitorino, numa viagem com partida no Alentejo, com passagem por
Lisboa e Amor na bagagem. Edição especial sob a chancela da Emimusic Portugal, com a
arte de João Vieira.
O Alentejo
No princípio era o Alentejo. Oriundo do Redondo, tudo nasceu aqui. O Alentejo poderia ser
um vinho com grau, que se bebe devagar. Tem xisto e Sol. É o vinho dos fortes.
Lisboa
Nas palavras de Vitorino conhece melhor os cantos da cidade quem é de fora. E Lisboa
tornou-se, entretanto, uma cidade de emigrantes, toda a gente tem a sua "terra".
Somos todos de Lisboa e ninguém é daqui. Popularmente falando, Lisboa é um vinho que se
come e bebe. Não precisa de petisco.
O Amor
É um rosé bruto, ligeiro como um espumante. Deve ser bebido por um sapato, em homenagem
à senhora. Se consumido em excesso já se sabe , a ressaca será maior!
Tudo
sobre
Vitorino
Presente em alguns momentos-chave da
Música Popular Portuguesa (por exemplo o célebre concerto de Março de 1974, no
Coliseu), Vitorino foi companheiro de palco e canções de José Afonso, Adriano Correia
de Oliveira, Fausto, Sérgio Godinho e outros nomes fundamentais da música portuguesa dos
últimos trinta anos, estreando-se em 1975 com o seu primeiro disco assinado com nome
próprio, editado num dos períodos de maior agitação social da História recente de
Portugal. "Semear Salsa Ao Reguinho" foi logo considerado, apesar das
condicionantes existentes na época, um ponto de referência na redefinição de padrões
estéticos e caminhos que a música popular viria a trilhar a partir do meio da década de
70. Nesse primeiro disco estava incluída a canção que se viria a tornar o seu
êxito/emblema mais famoso, transformando-se numa das canções mais importantes e
divulgadas do imaginário colectivo português - "Menina Estás À Janela".
Viajante de palavras e de terras, Vitorino esteve ligado a um dos mais genuínos registos
da música do Alentejo, o disco do Grupo de Cantadores do Redondo. Às 'bases' naturais,
adicionou um acumulado de experiências que passavam pelas serenatas em que participou,
pelas peregrinações "hippies", pela vida de Lisboa onde se fixou a partir dos
20 anos, pelas temporadas passadas em diversas cidades europeias e outros locais mais
remotos, pelos contactos proporcionados por combates políticos e estilos de vida que,
ainda hoje, o associam à noite, às tertúlias e aos prazeres boémios. A linha mestra
condutora dos seus dois discos posteriores "Os Malteses" e em "Não Há
Terra Que Resista - Contraponto" não se alterou substancialmente. Já no disco
"Romances", trabalho de 1980, abre-se de par em par outra das suas frentes
preferidas: a recolha de música tradicional que transforma, molda à sua voz e aos seus
padrões criativos. Este disco acabou por se tornar num dos mais importantes álbuns
editados na época onde as preocupações com a preservação do nosso ameaçado
património musical tradicional, imprescindível à nossa identidade nacional, se
afirmavam presentes. Foi igualmente fundamental para o excelente resultado final de
"Romances" a participação do multi-instrumentista Pedro Caldeira Cabral que
marcou este trabalho com o seu virtuosismo e inspiração.
A coerência foi-se mantendo com o decorrer dos anos, mesmo quando os caminhos e estilos
musicais escolhidos por Vitorino eram naturalmente alargados. "Flor de La Mar"
será novamente um trabalho marcante a todos os títulos, chegando o seu autor a explanar
uma variedade de acompanhamentos instrumentais que rompia com os limites habituais da
"canção de palavra" nacional. Nesse período, surgiu outra das canções que
ajudou a definir a categoria e a atitude de uma carreira - canção chamada "Queda do
Império". Em 1984, com "Leitaria Garrett", outra experiência bem
sucedida, Vitorino reafirmou o seu amor e cumplicidade com Lisboa, pelas tradições
ameaçadas, por uma série de comportamentos em extinção e vítimas de um
"progresso" cego e desumanizador da cidade, por figuras e sítios que as novas
"condições de vida" fizeram desaparecer. Desde a canção-título à
"Tragédia da Rua das Gáveas", Vitorino conduz uma viagem pela capital de que
todos sentem saudades, mesmo os que nunca tiveram hipótese de a conhecer realmente.
"Sul" e "Negro Fado" serão outros tantos passos em frente na
construção de uma obra que não tem pontos baixos e que sempre foi considerada de
vanguarda, onde pontificaram trabalhos com raízes distintas e múltiplas colaborações,
como por exemplo o trabalho sobre um tema musical de António Pinho Vargas ou as
experiências realizadas a partir de formas musicais quase inesperadas (as mornas, as
marchas populares, o reggae). Vitorino teima em não perder o norte, em arriscar sempre.
Formalmente, algumas das suas grandes aventuras chegariam ainda mais tarde.
Na continuidade ao seu gosto pelos os grupos, Vitorino aparece com a formação de
"Lua Extravagante", nome por que responde a partir de 1990 o quarteto formado
com Filipa Pais e os seus irmãos Janita e Carlos Salomé. O sucesso que este grupo
rapidamente alcançou motivado pelo seu reconhecido valor artístico e importância do seu
trabalho, permitiu a divulgação de algum do nosso património musical e a
concretização de contactos e projectos com uma posterior geração de músicos que,
sendo membros de alguns dos mais importantes grupos de pop e rock da actualidade, não
recusaram participar em alguns projectos de muito interesse artístico.
Em 1992 segue-se nova surpresa. "Eu Que Me Comovo Por Tudo E Por Nada" é
escrito, exceptuando uma nova versão de "Marcha de Alcântara", por António
Lobo Antunes; ficcionista consagrado, ficou responsável pelas letras do novo álbum deste
seu amigo. Lobo Antunes, com letras agridoces, retrata uma Lisboa que se perdeu e vidas
que se perdem. Vitorino responde a rigor: compõe melodias em compasso de dança - do
tango à valsa, do bolero ao mambo, onde não falta uma canção de embalar. Os arranjos
são confiados a João Paulo Esteves da Silva que se rodeia de instrumentos de Música
Clássica numa formação de Câmara.
Unanimemente reconhecido pela crítica e pelo público, o elevado grau de qualidade
artística e de produção alcançado na transposição do disco "Eu Que Me Comovo
Por Tudo e Por Nada" (álbum vencedor do Prémio José Afonso/93 e do Se7e de Ouro/92
para Música Popular) para o palco, resultou da atitude desde sempre interessada e
empenhada utilizada por Vitorino nos projectos em que participa, nunca prescindindo da sua
total independência e autonomia criativa. As suas assumidas e sempre presentes raízes
alentejanas são uma marca que parece surgir do "fundo dos tempos", nunca
deixando Vitorino de lhes acrescentar um "toque" de modernidade e de as
enriquecer com o culto da poesia e da palavra.
Em finais de 1993 é editada a compilação "As Mais Bonitas" que reunindo os
grandes êxitos da sua carreira alcança vendas espectaculares, ultrapassando o galardão
disco de platina.
1995 traz-nos uma nova incursão pelo mundo cativante de Vitorino. "Canção do
Bandido", editado a 14 de Novembro, a exemplo do seu último trabalho de originais,
tem António Lobo Antunes como responsável pelas letras, à excepção de "Fado
Triste", "Tocador da Concertina" e "Cruel Vento", cujos créditos
se devem a Vitorino. Uma das notas marcantes deste disco é que dos seus 13 temas, boa
parte são fados. Vitorino explica: "Os textos na sua maioria chamam-se fados, que
neste caso reportam a histórias do quotidiano; as personagens com que nos cruzamos
diariamente, que se deslocam para os centros urbanos, quer seja para trabalhar, quer seja
para passear, como fazem os reformados. Os ambientes (os tiques) são de fado, quer nos
textos, quer nas músicas. " E acrescenta: "É um disco muito visual,
cinematográfico. Tem um ou dois heróis, mas o resto são anti-heróis. É um álbum mais
lírico do que triunfal."
Em 1999 grava em Cuba um disco de Boleros com o Septeto Habanero que tem por título
"La Habanna 99". O projecto resultou do encontro durante a EXPO 98 entre o
cantor do Redondo e uma das mais míticas formações da música popular de La Habanna.
Este CD foi um grande êxito, tendo vendido cerca de 40.000 cópias. Os espectáculos
resultantes deste trabalho foram também um grande sucesso nos anos 2000 e 2001, tendo
Vitorino e o grupo Septeto Habanero realizado inúmeros espectáculos de Norte a Sul do
país.
No ano de 2001 é lançado "Alentejanas e Amorosas". É um trabalho no qual
Vitorino apresenta uma colecção de excelentes canções e que em mês e meio alcançou
mais de 10.000 cópias vendidas, ou seja "Disco de Prata".
Já nos finais de 2002 Vitorino lança "As mais Bonitas 2", um disco que reúne
alguns dos seus maiores êxitos como "Desde El Dia En Que Te Vi", "O Dia Em
Que Me Queiras" e "Alentejanas e Amorosas". Em 2004, Vitorino propôs uma
viagem ao imaginário do futebol romântico, que nos fazia sonhar, longe do "tudo se
compra e tudo se vende"com o sugestivo "Ninguém nos Ganha aos
Matraquilhos".
Discografia:
1975 - "SEMEAR SALSA AO REGUINHO"
1977 - "OS MALTESES"
1979 - "NÃO HÁ TERRA QUE RESISTA-CONTRAPONTO"
1980 - "ROMANCES"
1983 - "FLOR DE LA MAR"
1984 - "LEITARIA GARRETT"
1986 - "SUL"
1988 - "NEGRO FADO"
1990 - "CANTIGAS DE ENCANTAR"
1991 - "LUA EXTRAVAGANTE" com Filipa Pais, Janita e Carlos Salomé
1992 - "EU QUE ME COMOVO POR TUDO E POR NADA"
1993 - "AS MAIS BONITAS"
1995 - "CANÇÃO DO BANDIDO"
1996 - "RIO GRANDE" com Rui Veloso, Jorge Palma, Tim e João Gil
1997 - "DIA DE CONCERTO" com Rui Veloso, Jorge Palma, Tim e João Gil
1999 - "LA HABANA 99" com Septeto Habanero
2001 - "ALENTEJANAS E AMOROSAS"
2002 "AS MAIS BONITAS II"
2004 "Ninguém nos Ganha aos Matraquilhos".
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