Na Imagem: Paco Díez
Músico convidado para o disco dos Galandum Galundaina "Modas I
Anzonas" *
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Cartaz
Brigada Victor Jara
Dazkarieh
Galandum Galundaina
LusoTango
Kussondulola
Nancy Vieira
Realejo
Ricardo Ribeiro
Terrakota
Toques do Caramulo
O Tempo e o Fado
Maria Amélia Proença/ Carla Pires/
António Zambujo/ Helder Moutinho/
Marco Rodrigues
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* N.R. : Na altura da edição da notícia da Festa do Avante Seleccionámos
o Grupo Galandum Galundaina como uma das nossas sugestões de "Cabeça de
Cartaz". Para tal seleccionámos, por lapso, a fotografia de Paco Diez como sendo um
membro integrante da formação transmontana. O grupo prontamente desfez o equívovo, mas
a nossa newsletter já tinha sido enviada. Por essa razão, optámos por manter a mesma
imagem no ar e prestar este esclarecimento.
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Atalaia
Festa do Avante
Não há festa portuguesa como esta
Qtª da Atalaia,
Amora, Seixal. Dias 2,3 e 4 de Setembro de 2005
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. . . . . . . . A festa do Avante
é mais do que uma tradição portuguesa. É o mais empenhado festival na cultura musical
dos portugueses, levando a palco projectos rodados como os Realejo ou Brigada Victor Jara
ou novas revelações, como é o caso dos Galandum Galundaina.
O programa musical da Festa do Avante é feito em Português, dividindo-se entre a pop, o
Jazz e as músicas de raiz tradicional. Este ano, o destaque vai para a participação de
uma das melhores revelações dos últimos tempos, os mirandeses Galandum Galundaina.
No mesmo programa musical, destaque ainda para grupos como os Brigada Victor Jara, Toques
do Caramulo, Realejo, Nancy Vieira, Kussondulola, Terrakota, Dazkarieh e um espectáculo
especial dedicado ao Fado com Maria Amélia Proença, Carla Pires, António Zambujo,
Helder Moutinho e Marco Rodrigues.
Brigada Victor Jara
com convidados: António Pinto
(guitarra portuguesa), Tomás Pimentel (sopros), Cristina Branco (voz) e Janita Salomé
(voz)
Quanto tempo é trinta anos? Quantos quilómetros, quantos palcos? Quantos
ouvidos, quantas rodas de dançar, quantos refrões nas vozes de muita gente? 30 anos
um pretexto afinal para fazer o balanço, o ritual de pôr o contador a zeros como
se fosse possível fazer de um dia «o primeiro do resto de uma vida» Trinta anos
muita gente desde a primeira Brigada Victor Jara, nova como o país que ali nascia sob as
nossas mãos. O Seabra, o Zé Maria, o Amílcar, a Né, o Jorge, o Caixeiro, o Gouveia
Monteiro, o João, poucos nomes dos muitos que lhe tomariam as vozes, os instrumentos e as
cantigas. E o ideal. Quanto tempo é trinta anos? Quantas cantigas, quantas melodias a
saber a serões de partilha, quantos retratos sonoros transpostos para estes dias? Quantos
viras, quantas murinheiras, quantos embalos, quantas folias, quantas chulas, quantos
fados, quantas saudades? Quanto tempo é trinta anos? Muito tempo na vida da gente. Porém
um instante, apenas, na vida de uma cantiga.
Dazkarieh
A música dos Dazkarieh é caracterizada por um manancial rico
e diversificado de sons inspirados em várias culturas musicais do planeta, partindo da
exploração e da fusão de instrumentos e de elementos musicais com origens distintas. A
heterogeneidade musical assumida pelo grupo é patente num conjunto de composições que,
pela síntese de materiais musicais tão diversificados, podem ser apontadas como
singulares, mas sempre cativantes e originais, para o que contribui a formação musical
diferenciada dos seus instrumentistas (música tradicional, rock experimental e música
erudita). Formado em 1999 por Filipe Duarte (guitarra clássica), José Oliveira
(percussões) e Vasco Ribeiro Casais (cordofones e sopros), o grupo passou por duas
grandes etapas na sua sonoridade, como resultado das diferentes sensibilidades musicais
dos músicos que por ele passaram. Foi o «som celta», ou até mesmo a «sonoridade
folk-gótica», na primera fase da existência do grupo, fase essa que culminou com o
lançamento do primeiro fonograma (Ed. Bigorna, 2002); numa segunda fase o grupo fica
marcado pela composição e produção do 2º registo discográfico. A constituição dos
Dazkarieh alterou-se integrando então 5 novos elementos, assim como se alterou também a
filosofia e a atitude do colectivo em relação à sua orientação musical e à sua
integração no mundo do espectáculo. Neste novo ciclo criativo do grupo é ainda de
salientar a concepção de canções em língua portuguesa (até então o Daskariano
constitui a base de todas as canções), com letras de autoria de Tiago Torres da Silva,
de Ricardo Gouveia e Helena Madeira. Deste modo, a partir do segundo registo fonográfico
(Ed. Bigorna, 2004), a música dos Daskarieh passou a ser conotada com o que a indústria
vulgarmente designada por world music, apesar dessa franja de mercado ser ainda muito
incipiente em Portugal. Esta circunstância motivou o estabelecimento de contactos
internacionais, culminando no Verão de 2004 com concertos no norte de Espanha
(Alcañices, Zamora, Festival Folk de Aliste, Muiños, Galiza, Festival Folk). No momento
presente o grupo procura fundir os diversos universos musicais que exploraram ao longo da
sua carreira com a música tradicional portuguesa, introduzindo assim alguns temas dessa
tradição no seu repertório de composições.
Composição: Vasco Ribeiro Bouzouki, Nyckelharpa, flautas, gaita de foles e
didjeridoo; Luís Peixoto Bouzouki Irlandês, bandolim e cavaquinho; Helena Madeira
Voz e percusões; Baltazar Molina Cajon, darabuka, Riqq, Bendir, Tar e
Adufe;
Galandum Galundaina
com Pauliteiros de Miranda
Em 1996 nasce o grupo de música tradicional mirandesa
Galandum Galundaina, com o objectivo de recolher, investigar e divulgar o património
musical, as danças e a língua das terras de Miranda do Douro. O grupo faz a ligação
entre a antiga geração de músicos e a geração mais jovem, assegurando a continuidade
da rica tradição cultural desta região, que durante anos correu o risco de se perder.
Os instrumentos usados, réplicas de outros muito antigos, que mantêm o aspecto e
sonoridade dos mesmos, são gaitas de fole mirandesas, flauta pastoril, sanfona, caixa de
guerra, conchas de Santiago, castanholas, pandeireta. A acompanhar a sua actuação
estarão os Pauliteiros de Miranda.
LusoTango
Astor Piazzolla representa uma referência no Tango, uma
inovação, um engrandecimento na cultura musical da Argentina e do mundo ocidental. O
Quinteto Lusotango, construído à imagem do grupo originalmente lançado pelo compositor
utiliza, no entanto, o saxofone como enriquecimento de cor e carácter. Fiéis à sua
paixão pelo tango argentino, o grupo é composto por cinco músicos, tendo como
convidados um par de bailarinos argentinos e uma cantora que se dedicam de corpo e alma a
este projecto apaixonante. Dos seus espectáculos se afirma que: «o concerto é sempre
uma vivência inesquecível na comunicação de sentimentos, entrega e paixão.»
Kussondulola
Bob Marley disse que o reggae vai continuar a espalhar-se
pelos quatro cantos do mundo. A afirmação profética tornou-se realidade. Em toda a
parte do mundo, o reggae continua a nascer, crescer, criar raízes e à sua volta
desenvolve-se um grande movimento pacifista, com mensagens de amor, justiça e harmonia.
Um dia perguntaram a um dengue natty dreadlock: - Como se vai chamar a tua banda? O dengue
respondeu: - Kussondulola de Angola! - Qual a música que vai tocar? -
Kilapangasembareggae! Kilapanga um dos ritmos tradicionais de Angola; Semba
música urbana Angolana; Reggae música tradicional Jamaicana; - estes três
ingredientes definem a sonoridade dos Kussondulola.
Nancy Vieira
Nancy Vieira apresentou em 2004 o seu álbum
"Segred" com produção musical do já consagrado compositor, músico e produtor
Toy Vieira, contando igualmente com a colaboração de Djim Job, nos arranjos e
orquestração. Em «Segred» conta ainda com a colaboração de um naipe de músicos de
excelência: Vaiss, Zé António, Kau Paris, Dalu e Iduino Tavares, entre outros. Com este
novo trabalho, que desde logo conquistou o público e a crítica, Nancy confirma-se como
uma referência obrigatória do panorama da world music. «Segred» lança Nancy no mundo
profissional e colocou-a em palcos internacionais, como o Reino Unido, Holanda, Angola,
entre outros. Há quem lhe chame a sucessora de Cesária Évora. Em palco, nota-se uma
entrega total, através dos seus olhos expressivos, que às vezes fecha como que para
deixar a morna percorrer-lhe a alma, criando momentos de magia, que embalam o público e o
transportam até ao arquipélago, passando pelas nove ilhas... O que oferece através da
sua versatilidade é um inesgotável reportório de coladeras, funaná, colá, Sam Jon,
entre outros géneros.
Composição: Nancy Vieira Voz; António Costa Neto
Baixo; Abel Baptista Bateria; Rolando Semedo Guitarra; João Monteiro
Cavaquinho; Moisés Ramos Piano.
Realejo
O Grupo Realejo foi criado por Fernando Meireles em 1990. É constituído por Fernando
Meireles ( sanfonas, bandolim) Amadeu Magalhães (gaita de foles, flautas, concertina,
bandolim e cavaquinho) Fernando Araújo ( baixo) , Miguel Veras (guitarra), Jorge Queijo (
percussão), Catarina Moura ( voz). Os Realejo dedicam-se à criação e interpretação
de música de tradições europeias (a partir da Idade Média), com especial incidência
na música para sanfona, instrumento que havia desaparecido completamente em Portugal no
século XIX. As sanfonas, concertina, bandolins, cavaquinhos, viola e viola braguesa
tocadas pelos Realejo foram construídas por Fernando Meireles. As sanfonas foram feitas a
partir de gravuras de presépios portugueses dos séculos XVII e XVIII. Em 1995 os Realejo
gravaram e editaram o seu primeiro CD com o título «Sanfonia», através da editora
Movieplay. Em Março de 1997 gravam para a mesma editora o segundo CD, «Cenários». Em
Julho de 1997 o Realejo foi um dos grupos convidados a participar nos Rencontres
Internacioles des Luthiers et Maitres Sonneurs de Saint Chartier, tendo sido a primeira
vez que um grupo português esteve presente neste santuário das músicas do mundo. Desde
essa altura, o grupo tem actuado em Portugal e no estrangeiro com grande sucesso. Em 2005
foi seleccionado para representar o nosso país no Festival de Músicas do Mundo
Dock de Suds a realizado em Marselha em Março. Neste momento preparam o terceiro
álbum.
Composição: Fernando Meireles Sanfonas e bandolins; Amadeu
Magalhães Gaita de foles, flautas, concertinas, bandolim e cavaquinho; Fernando
Araújo Baixo; Miguel Veras Guitarra; Jorge Queijo Percussão;
Catarina Moura Voz;
Ricardo Ribeiro
Indispensável para a colecção
de quem realmente aprecia o fado, Ricardo Ribeiro, apesar de jovem, é já reconhecido
entre os apreciadores deste género pela força e personalidade da sua voz. O primeiro
disco de Ricardo Ribeiro contém a magia do fado com a intensidade da sua expressão,
interpretando grandes poetas populares de uma forma tão sentida que nos remete para uma
Lisboa que não existe mais e para o chamado fado «verdadeiro» dos puristas, aquele que,
para estes, «canta a verdade dos corações».
Terrakota
Da Terrakota germina uma música orgânica enraizada na
África negra que bebe sonoridades do Sahara, das Caraíbas, das Índias, do Ocidente e
cresce sob o sol Jamaicano. Travessias, viagens sem princípio nem fim, sem identidade e
sem passaporte. Estudos, assimilação, confronto, encontro de fontes e raízes
interligadas entre si e o planeta. Síntese, fusão, energia, paixão, alegria, ritmo que
misturam culturas e instrumentos em direcção aos chakras da simplicidade e bem estar.
Reproduzir, reinventar, recriar, tocar, dançar, denunciar, despertar para o estado do
mundo em que vivemos por opção ou por obrigação. Terrakota é festa, calor, sonho,
cor, ritmo e amor. A partir da espontaneidade de cada um, este grupo de «cozinheiros de
meio dia» faz magia... brinca com a mistura de sons, ritmos e culturas do planeta. Este
é o ponto de partida dos Terrakota que baseando grande parte da sua música em harmonias
e ritmos tradicionais e populares africanos e usando uma série de instrumentos de vários
pontos do globo, parte dos habituais instrumentos dos grupos ocidentais (baixo guitarra e
bateria), executam uma fusão cuidada em que cada novo som ocupa o seu espaço na trama
rítmica sob a qual os temas se vão desenrolando. Numa época em que a maioria das
vertentes da música moderna ocidental parece avançar vertiginosamente para um beco sem
saída, muitos músicos do ocidente estão a virar-se para novas referências dos quatro
cantos do mundo. Procuram, assim, criar novas sonoridades e dar à sua música a alma que
ela tarda em encontrar no Mundo Ocidental, em que quase tudo é produzido por um cérebro
humano sozinho, em frente do seu mega computador. É como se em tal planeta Terra, em
avançado estado de degradação, a música ocidental também precisasse de um porcesso de
desintoxicação, um regresso à natureza para poder voltar a respirar.
Composição: Alex Guitarra, NGoni, Djembé e Tablas;
Humberto NGoni, Ballafon, Didjeridoo, Djembé, Darbuka, Dunus, Talking Drum,
Bateria e percussões; Junior Von, guitarra, ballafon, djambé, sabar, melódica e
talking drum; Francesco Baixo; Natan Congas, darbuka, cuíca, dununs,
melódica e percussões; Rami Voz; David Bateria, ballafon, percussões e
voz;
Toques do Caramulo
Toques do Caramulo, é mais um dos projectos de qualidade que
a DOrfeu-Associação Cultural já nos habituou. Definem-se como um grupo que
pratica «um folclore arejado com o tempo». Os seus espectáculos ao vivo transmitem
energia, criatividade e apostam numa comunicação directa com o público. Os temas são
recriações próprias e muito livres, inspirados no folclore local e fazem uma ponte
entre a sonoridade rude da tradição e as cores das novas músicas.
Composição: Luís Fernandes viola braguesa, acordeão;
Aníbal Almeida rabeca; Miguel Cardoso contrabaixo e baixo; Francisco
Almeida guitarra; Gonçalo Vasques bandolim; Teresa Almeida flauta;
João André cajón & percussões.
Espectáculo
O Tempo e o Fado
Maria Amélia Proença/ Carla Pires/
António Zambujo/ Helder Moutinho/Marco Rodrigues
Este espectáculo integra 5 fadistas acompanhados por guitarra
portuguesa, viola e contrabaixo e nele se conjugam a tradição e a experiência com a
juventude e as novas tendências. Maria Amélia Proença é reconhecida como uma das mais
representativas vozes do fado tradicional; Helder Moutinho, consagrado fadista, produtor e
compositor assumindo a tradição e a modernidade do fado; Dos palcos do musical
«Amália» vieram António Zambujo e Carla Pires. Ele, que possui uma das mais bonitas
vozes masculinas da actualidade, faz questão de ligar o fado às sonoridades seu
Alentejo; ela procura desvendar caminhos que o fado percorreu e conjuntamente com Marco
Rodrigues, uma nova esperança do fado, desvendam numa magnífica interpretação temas de
autores lusófonos dando corpo a um projecto que através das diversas interpretações
conta histórias de um fado evoluindo no tempo.
Carla Pires
É uma jovem fadista com uma voz segura e bem
timbrada. Iniciou a carreira de artista após ter participado na 1ª Série do Programa
Chuva de Estrelas em Setembro de 1993. Grava diversas bandas sonoras para telenovelas
portuguesas «Roseira Brava», «Primeiro Amor», «Ana e os Sete». Em Setembro de 1996,
representando Portugal, obtém o 1º lugar no Festival de Salónica (Grécia) com o tema
«Canção do Vento e da terra». Canta regularmente no Clube do Fado e em 2002 grava com
o quinteto Amália o CD «O fado em concerto» O seu primeiro CD a solo é gravado para a
Ocarina. Com um percurso como actriz e cantora em telenovelas, Carla Pires fez parte do
elenco do musical Amália, onde interpretou o papel de Amália quando jovem. Em 2004,
após ter terminado a sua participação no Musical Amália, actuou na Festa do Avante e
em Dezembro apresentou-se para uma platéia de 2000 jovens no Purcell Room Encontro Taizé
em Lisboa obtendo um retumbante êxito. Em 2005 teve concertos por todo o país, bem como
no Japão, Itália, França e Espanha.
Maria Amélia Proença
Maria Amélia Proença é a última diva do
fado, representante da chamada «geração de cantores do fado tradicional». Iniciou-se
no fado com a idade de oito anos, em Lisboa, participando nas chamadas «verbenas»,
tardes populares onde jovens cantores amadores experimentavam a sua arte. Foi aí
descoberta e, mais tarde, contratada para cantar em casas de fado, entre as quais Sr.
Vinho, Luso, Faia, Taverna do Embuçado. Nesta condição actuou ao lado de Amália
Rodrigues, Alfredo Marceneiro, Tristão da Silva, Fernando Farinha e Carlos do Carmo. Na
década de setenta o seu nome tornar-se-ia igualmente conhecido no estrangeiro, após
estadias prolongadas em Macau, Singapura, Malásia e Japão. Actuou na Alemanha, Holanda
França, Angola e Cabo Verde e fez digressões várias no estrangeiro, cantando em salas
de prestígio como o Concertgebouw de Amesterdão, onde foi acompanhada pelo Nederlanders
Blazers Ensemble no concerto do Ano Novo em 2002, visto em directo por mais de um milhão
de telespectadores. Em 2004, participou no Festival do Fado CCB de Lisboa e actuou
em três concertos na Grécia integrados numa homenagem a Amália Rodrigues.
António Zambujo
Nasceu em Beja há 28 anos e desde cedo
encontrou no fado uma vibração comum ao cante alentejano. Entre famílias e amigos foi
cantando e aos dezasseis anos ganhava um concurso de fado, estudando ainda na Academia de
Musica de Beja. Em Lisboa apresentou-se por variadíssimas vezes no Clube do Fado (espaço
gerido pelo guitarrista Mário Pacheco), altura em que fez as audições para o musical
Amália de Filipe La Féria e no qual acabou por interpretar o primeiro marido de Amália
Rodrigues, papel que lhe valeu um grande carinho do público. Com o encenador, António
Zambujo, confessa ter aprendido a disciplina que muitas vezes falta aos cantores do Fado.
Dono de uma voz pouco comum nos meios fadistas, António Zambujo, será sem dúvida uma
referência a considerar no futuro quando se falar de fado no masculino. Grava o seu
primeiro disco «O mesmo fado» em 2002 e em Maio de 2004 grava «Por meu Cante» para a
Ocarina, onde se cruzam as influências do seu Alentejo natal com novas abordagens do fado
tradicional. Internacionalmente, António Zambujo já cantou em Toronto, Vancouver,
Londres, Paris, Sarajevo.
Helder Moutinho
Nasce em Oeiras em 1969. Da sua família de tradição
manifestamente fadista, ganha não apenas o gosto natural pelo fado, acompanhando-os desde
sempre e convivendo nos meios mais tradicionais deste género musical, mas acima de tudo a
sede de cantar e assim tomar parte deste universo tão apaixonante. Começou por cantar
apenas para amigos, mas em 1994 é convidado a integrar o elenco de uma casa de fados no
Bairro Alto. Nesse mesmo ano participa no projecto Fados da Mãe de Água, organizado pela
Capital Européia da Cultura 94. Desde então tem participado em inúmeros espectáculos
em Portugal e no estrangeiro. O primeiro trabalho de Helder Moutinho «Sete fados e alguns
cantos», editado em 1999 pela Ocarina foi destaque da Revista Strictly Mundial (Feira
Internacional da World Music). A Ocarina editou também, no final de 2004, o segundo CD do
artista «Luz de Lisboa» que inclui fados tradicionais e temas originais de sua autoria.
Marco Rodrigues
Marco Rodrigues nasceu em Lisboa o que
explica a ligação profunda que o une ao fado. Iniciou a sua carreira em 1989 como
vocalista de uma banda que interpretava vários estilos musicais. Venceu a grande noite do
fado no Coliseu de Lisboa em 1999 e em 2004 venceu o prémio do projecto «Alarga a tua
vida», patrocinado pela Alcatel, na categoria «Fado». Apesar de jovem, Marco Rodrigues
possui já um grande traquejo como fadista, adquirido nas tertúlias e nas casas de fado.
Artista residente no «Café Luso» tem feito concertos em Espanha, França, Suíça entre
outros. Dono de uma grande voz acabou de gravar o seu disco de estreia, quase todo de
originais, que será editado este ano pela Ocarina.
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