Festival
Trebilhadouro
A aldeia das culturas tradicionais
Serra da Freita, no lugar de Sandiães, freguesia de
Rôge
Dias 1, 2 e 3 de Julho de 2005
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O Trebilhadouro é um festival de Artes e
Culturas Tradicionais - que faz renascer uma aldeia abandonada no coração da Serra da
Freita. Um evento em torno da música e da cultura tradicional portuguesa e também de
outras paragens.
Com uma programação que abrange desde as artes do espectáculo às culturas
tradicionais, este festival tem como intuito fundamental a preservação e reconstrução
de uma aldeia abandonada há cerca de vinte anos atrás. A chamada aldeia do
Trebilhadouro, sita no lugar de Sandiães, freguesia de Rôge, concelho de Vale de Cambra.
Durante três dias: 1, 2 e 3 de Julho de 2005, a aldeia mágica não dorme, revitaliza e
mostra a sua beleza infinda, e lá ao fundo a visão da ria de Aveiro.
Perdida nas encostas da Serra da Freita, no lugar de Sandiães,
freguesia de Rôge, o Trebilhadouro está aí para captar a atenção de
diversas audiências que procurem um fim- de- semana diferente. A música tradicional
portuguesa, europeia e do Mundo; os workshops de arte circense, teatro, jogos populares,
artesanato e as danças tradicionais são a cabeça de cartaz numa
organização da Câmara Municipal de Vale de Cambra, Rasgo Cooperativa de Teatro,
CRL e Junta de Freguesia de Rôge.
Formar audiências para as artes e culturas tradicionais, animar e
ao mesmo tempo alertar para a necessidade de preservar uma aldeia que, até há bem pouco
tempo, manteve-se esquecida, são as principais metas deste Festival de Artes e Culturas
Tradicionais.
O Festival tem como palco a aldeia da freguesia serrana de Rôge,
concelho de Vale de Cambra que funciona como ponto de encontro entre os espectáculos
(música, teatro, dança, poesia e literatura), exposições, oficinas de artesanato e um
leque variado de eventos a decorrerem simultaneamente em diversos pontos distintos.
Os bilhetes serão vendidos a um preço de dez euros para um dia e
para os três dias em que dura o Festival, a 20 euros. À disposição dos que queiram
passar todo o fim-de-semana em plena aldeia haverá um parque de campismo gratuito com
casas de banho e duches a tempo inteiro.
Visita guiada ao Trebilhadouro
O festival desenrola-se ao longo de um espaço nuclear de animação equipado com um
pequeno palco e aparelhagem de amplificação sonora chamado Casa do Forno.
Obras de olaria, escultura, pintura, fotografia, entre outras estarão patentes em
barracas de madeira dispostas num espaço aberto, onde a preocupação é a abordagem do
quotidiano rural e a sensibilização dos públicos presentes para questões de ordem
paisagística e ambiental.
Poder-se-á ainda, assistir e participar na construção de brinquedos antigos, técnicas
de olaria, pintura, cerâmica, cestaria e construção de marionetas, instrumentos
musicais, pasta de papel, brinquedos ou escultura.
Além de workshops e ateliês ao ar livre, esta edição e à
semelhança dos anos anteriores, leva a efeito mais um Curral do Livro: um espaço de
livros e leituras. Nos comes e bebes, será possível provar a gastronomia
regional das terras de Cambra.
Historial da aldeia
Na base de dois canastros estão gravadas datas do século passado,
presumindo-se apesar das dúvidas que rodeiam a sua origem, que a aldeia tenha sido
habitada em épocas mais remotas.
Há quem acredite que esta é a única aldeia do concelho de Vale
de Cambra onde a arquitectura tradicional da casa rural portuguesa ainda se mantém,
exceptuando um palheiro que foi restaurado com blocos de cimento.
Até há bem poucos anos a esta parte habitavam no Trebilhadouro
duas pessoas apenas: a tia Maria e a tia Francelina. Mãe e filha, respectivamente, que
ali sobreviveram sem luz eléctrica, sem telefone e sem acessos. Os mais jovens fugiram
para lugares mais povoados e mais acessíveis à sede de concelho: Sandiães, Soutelo ou
Fuste foram os lugares de eleição.