Lançamento
Chuchurumel
no seu castelo das tradições
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Após dois anos de trabalho e muitas
apresentações ao vivo, Chuchurumel edita o seu primeiro disco no castelo de
Chuchurumel que apresenta temas da tradição popular portuguesa (nomeadamente do
distrito da Guarda) e composições originais.
Chuchurumel, o projecto musical de César Prata e Julieta Silva, teve o seu início com a
montagem de Canções de todo o ano (estreado em Outubro de 2003, no
Auditório Municipal da Guarda), espectáculo que teve dezenas de apresentações.
Seguiram-se concertos realizados no âmbito de diversos festivais de música
folk/tradicional: II Arribas Folk (Sendim), Porto Céltico (Maia), Raízes do Som
(Évora), II Granitos Folk (Porto).
Simultaneamente tem desenvolvido trabalho no âmbito da recolha e do registo de música
tradicional. Alguns dos temas gravados no castelo de Chuchurumel foram
recolhidos por José Franco e publicados na revista Altitude, nos inícios da
década de 40 do século passado: Canção da Ceifa (Gonçalo, Guarda); Aninhas (Sobral da
Serra, Guarda); Cantilena de pedreiro (Barreira, Mêda); outros remetem para universos
sonoros marcantes (os bombos da festa dos Montes, Trancoso), para a voz única de algumas
informantes (Júlia Fonseca e Maria Augusta Moleira) ou para relatos singulares (relato de
Lúcia Jorge a propósito dos trabalhos do linho). O disco inclui também uma canção
única: trata-se de Se soenes crunhe penhar, a única canção com letra
elaborada na gíria de Quadrazais (Sabugal), uma gíria usada pelos antigos
contrabandistas e que hoje está praticamente esquecida.
No castelo de Chuchurumel misturam-se instrumentos
convencionais (percussões, gaita-de-foles, concertina, piano, ocarina, viola, bandolim),
com instrumentos simples (pedras, paus), com outros construídos por César Prata e com
programações. É desta diversidade de fontes sonoras que resulta a sonoridade ímpar
Chuchurumel, um projecto que faz passar a tradição pela peneira da modernidade,
trilhando, assim, novos caminhos na música tradicional portuguesa. O disco vem embalado
numa bolsa de pano, não havendo, assim, gastos de plástico ou de papel.