Lisboa e Famalicão
Lhasa de Sela
Uma voz em viagem
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Dezembro 2004 Dia 6 Lisboa, Aula Magna, 22:00h | Dia 7 Famalicão, Casa das Artes,
21:30h
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Lhasa de Sela é uma voz irrepetível e sem
fronteiras, que regressa ao nosso país depois de pisar vários palcos portugueses durante
o passado verão. Lisboa e Famalicão são os próximos destinos desta voz em viagem,
entre o méxico, os EUA e a Europa.
Da infância entre os EUA e o México, ficou-lhe o gosto pela
liberdade, bem como pela música francesa e italiana. La Llorona, o primeiro
disco, jogava com uma personagem mítica, The Living Road, o segundo,
centra-se na metáfora da vida como um caminho, com temas cantados em espanhol, inglês e
francês.
Quando Lhasa de Sela edita em 1998 o seu álbum de estreia La
Llorona, a maior parte dos críticos não sabe o que dizer. Como definir esta
cantora de 25 anos nascida nos EUA de pai mexicano e mãe americana, residente no Québec
(Canadá francófono), que canta em espanhol sobre uma música sem nome, assombrada pelos
blues, pelas músicas ciganas, pelos ritmos sul-americanos, pelo cabaret ou pela country?
Compararam-na a Billie Holiday, Chavela Vargas, Björk, Tom Waits,
Jacques Brel, mas Lhasa escapa a todas as definições. Cresceu na carrinha da família,
de um lado e do outro da fronteira americano-mexicana, começou a cantar aos 13 anos em
São Francisco, descobriu em Montréal em 1991 o cúmplice ideal para a sua música, o
guitarrista Yves Desrosiers, com quem seguiu trabalhando após a aclamação de La
Llorona, culminando no álbum editado em finais de 2003, The Living
Road. O registo perfeito da itinerância que Lhasa soube transformar numa música
inclassificável, teatro de sombras e luzes que a transformou numa das mais estimulantes
novas vozes da música global.