Zeca Baleiro
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Junho 2004
Dia 18 Fernanda Abreu
«Na paz» carioca
Dia 26 Ben Charest
Compositor de «Les Triplettes de
Belleville»
Julho 2004
Dia 3 Cuban Grammys
Eliades Ochoa, Haila Maria Mompie,
Changuito, Tata Guines: fiesta cubana
Dia 10 Lhasa de Sela
Uma voz em viagem: México/EUA/Europa
Dia 16 DJ Dolores
Electrónica / tradição: em busca da
batida brasileira
Dia 23 Earth Wheel Sky Band
Uma lenda da música sérvia
Dia 30 Zeca Baleiro
Do Brasil: cantor de
canções
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Festival
Noites do Palácio
A festa, por outras músicas
Porto, Jardins do Palácio de Cristal
De 18 de Junho a 30 de Julho de 2004, 22:30h
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. . Entre os dois lados do
Atlântico, um ciclo de concertos que se alarga a todos os públicos. As Noites do
Palácio regressam em 2004 com propostas diversas numa tónica comum: as músicas do mundo
fazem a festa nos Jardins do Palácio de Cristal.
É assim que as noites de verão do Porto irão ser preenchidas por sons alternativos:
entre ritmos brasileiros (Fernanda Abreu, com um novo disco na bagagem, e Zeca Baleiro,
autor de canções inesquecíveis) e cubanos (Cuban Grammy, que reúne quatro «lendas»
da ilha), trimbres de tradição cigana que se misturam com jazz (Earth Wheel Sky Band) e
os sons dolentes de Lhasa de Sela (natural do Canadá mas fascinada pelas sonoridades
mexicanas e europeias) ou ainda as propostas eclécticas de DJ Dolores, agora com
Aparelhagem.
Ponto especial do programa é a vinda ao Porto de Benoit Charest, o muito badalado autor
da banda sonora do filme Belleville Rendez-Vous, para um dos raros concertos ao vivo deste
músico, depois da consagração em Cannes e a nomeação para os Óscares.
18 Junho
Fernanda Abreu
«Na paz» carioca
Está tudo explicado: carioca assumida,
Fernanda Abreu regressa ao samba, «Na Paz» do seu disco mais recente, que apresenta no
Porto, a abrir o ciclo de Noites do Palácio 2004. E fá-lo com a mescla de elementos
sonoros que tornam tão própria esta autora/intérprete: «(
) Nasci no Rio, uma
cidade cosmopolita e carismática. Rio - cidade tropical, cidade cordial, cidade hardcore,
cidade de contrastes (
). Da fusão dos temperos bem brasileiros com funk, soul e o
mais que houver, mantém um estilo, mesmo quando recria temas de Caetano, Ben ou Alcione,
à mistura com as canções novas que assina.
26 Junho
Ben Charest
Compositor de «Les Triplettes de
Belleville»
Começou pelos Beatles e Hendrix, passou para
Zappa, jazz e para a música orquestral, começando a estudar teoria. Pelos vinte anos,
Benoît Charest faz a rodagem dos clubes de jazz, tanto como guitarrista convidado como
com as suas próprias formações, particularmente LAir du Temps, banda
fundamental em Montreal, nos anos 80 e 90. Vira-se depois para outros caminhos, até que
encontra o realizador Sylvain Chomet, que o contrata, pelo seu ecletismo, para o seu
próximo filme. O resultado é Les Triplettes de Belleville, cuja banda sonora
seria distinguida em Cannes e nomeada para o Óscar para a melhor canção original. O seu
criador, e a voz piafesca de «Betty, Béatrice e Bonifassi», personagens míticas,
transportam-nos para um ambiente cabaret jazzy com uma sonoridade à Django Reinhardt. Uma
festa sonora que o compositor partilha com a sua big band e alguns convidados portugueses,
num dos primeiros concertos ao vivo que faz desde o lançamento do filme.
3 Julho
Cuban Grammys
Eliades Ochoa, Haila Maria Mompie,
Changuito, Tata Guines: fiesta cubana
O título diz tudo: este especialíssimo
projecto junta, pelo segundo ano, músicos e cantores cubanos vencedores de Grammys,
criando espectáculos ao vivo que se tornam em verdadeiros eventos musicais. Este ano,
juntam-se em palco o percussionista Changuito (Grammy 1996, 1998, 2001), o também
percussionista Tata Guines (Grammy 2001), juntamente com o herói de Buena Vista Social
Club, o guitarrista Eliades Ochoa (Grammy 1998, nomeado em 2003) e Haila Maria Mompie
(Grammy 2001), a nova voz feminina de Cuba. Uma fiesta que promete o son todo de Cuba.
10 Julho
Lhasa de Sela
Uma voz em viagem: México/EUA/Europa
Da infância passada entre os EUA e o México,
ficou-lhe o gosto pela liberdade, bem como pela música francesa e italiana apreciada pela
mãe, pelas histórias de fadas contadas pelo pai. Se La Llorona, o primeiro disco, girava
em torno de uma personagem mítica, The Living Road, o seguinte, centra-se na metáfora da
vida como uma estrada, sem um sentido único. Contendo temas originais, cantados em
espanhol, inglês e francês, o álbum faz a ponte entre as distâncias físicas ao ligar
tradições musicais do presente com as do passado. E a voz irrepetível de Lhasa como
sempre a desfiar tormentas e doçuras, tempestades e festas, com tantos sons quantos os
das quatro partidas do mundo.
16 Julho
DJ Dolores
Electrónica / tradição: em busca da
batida brasileira
Em busca da batida brasileira perfeita,
DJ Dolores (Hélder Aragão) cria uma zona de confluência entre as expressões musicais
urbanas, das regiões norte / nordeste do país, revistas de um ponto de vista
electrónico. Neste projecto, são proeminentes os metais (nordestinos), percussões,
sintetizadores e laptop. O termo electrónico, para o músico, define um modo
de produção, uma abordagem sonora, e não um fim estético, por isso sente-se livre para
reinterpretar a rica tradição musical brasileira, dinâmica por natureza. O seu trabalho
tem rendido o público (Melhor DJ de Beats/Black Music, em 2003) e a crítica (Prémio
Multicultural Estadão, Troféu Hangar, BBC Awards, na categoria Global Club). Fez
recentemente uma tournée pela Europa e EUA, para além das apresentações nas principais
cidades brasileiras.
33 Julho
Earth Wheel Sky Band
Uma lenda da música sérvia
Depois de quase quarenta anos em palco, Olah
Vince, uma verdadeira lenda viva em Novi Sad, está a levar a Earth-Wheel-Sky-Band para o
futuro. Os instrumentos deste grupo são os fundamentais para a expressão que querem
conseguir: guitarra, violino, címbalo, contrabaixo, percussão, voz. Não há aparelhos
electrónicos ou teclados, nem são precisos. Nesta música a expressão é tudo. Trazendo
consigo, inteira, a carga de uma tradição cigana que enche muita da criatividade da
região sérvia de onde estes intérpretes são originários.
30 Julho
Zeca Baleiro
Do Brasil: cantor de
canções
Os discos já vão em quatro, cada um com a
sua história própria: «é desafiador começar a caminhada sem saber onde chegar, o
importante é ir», diz o poeta e compositor. Acima de todos os elementos que integra nas
suas composições, desde a electrónica à percussão, Zeca Baleiro assume-se como
compositor popular, autor de canções. E continua a diversificar as suas actuações,
revelando novas facetas não só do trabalho, mas também de si mesmo, da pessoa
descontraída e humorada que está por trás das músicas. Um percurso que seduz plateias
crescentes, não só no Brasil mas também internacionalmente; são tantos os seus adeptos
portugueses que até gravou para o mercado nacional um álbum acústico.
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