Marinha Grande
Tocandar
Lançamento CD de Estreia
Sport Operário Marinhense, dia 9 de
Janeiro 2003, 21:30h
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dia 9 de Janeiro, os Tocandar lançam o CD de estreia - um trabalho
que reune 11 temas de percussão, vários gaiteiros conviadados e algumas surpresas
inesperadas. Gaitafolia e os Gaiteiros Flávio Benito e Jordi Boltá das Astúrias dão
uma ajuda à festa.
O disco dos Tocandar arranca com "Como Queiras" um tema de percussão
baseado nas caixas e nos bombos, que são a base da formação deste grupo de jovens
percussionistas da Marinha Grande, dirigidos e dinamizados por Paulo Tojeira.
O disco segue, neste caso, com "O Pôr do Sol a Nascer" um tema que
conta com a participação das Gaitas de Foles de Flávio Benito e Jordi Boltá, ambos das
Astúrias e que neste caso emprestam a melodia gaiteira ao disco dedicado às percussão
portuguesas - o que de resto vai acontecendo noutros temas, com outros convidados.
"Toca" - o terceiro tema sugere outra característica do grupo, criado
há três anos na Terra do Vidro: os "Tocas" são jovens com orgulho e com
prazer nestas tradições de percussionistas. Adivinha-se este "Toca" como o
hino orgulhoso dos Tocandar.
"Dança da Primavera - O San Roque" é outro tema que recorre a
convidados, também de fole cheio. Neste caso entram em cena a Banda de Gaitas Xarabal, da
Galiza, com um tema tradicional.
"Procissão" e "Villanueva" são dois temas que representam
o espírito de arruada deste tipo de formação musical - que muitas vezes junta várias
dezenas de jovens: percussões sincronizadas e hipnóticas, povoadas por espíritos
cavalgantes.
"Chula da Vala Mestra" conta com a colaboração dos Gaitafolia - mais
gaitas para esta grande parceria entre as gaitas e os tambores endiabrados à portuguesa.
A Gaitafolia é portuguesa e surge a partir da Associação Para o Estudo e Divulgação
da Gaita de Foles.
"A Tiro" e "Espanta Espíritos (Corpus)" duram quase o tempo
de um disparo breve, o que acontece, de resto, com alguns temas deste disco - nomeadamente
aqueles que apenas utilizam percussão.
"Deus dos Trovões" e "Às Onze no Farol" entram pela
electrónica dentro - duma forma (confesso) totalmente imprevisível e com percussões
acústicas à mistura.
O primeiro parte de um tema com sabor tradicional e fica em torno de uma certa
simulação electro-acústica de um instrumento de palheta. Um feito saído pela mão de
João Miguel Pereira.
Já "Às Onze no Farol" parece apostado nas noites mais longas da
Marinha grande. Denso e quase sempre dançável, faz uma certa aproximação ao som do
Sexto Sentido da Sétima Legião (talvez o tema que a banda lisboeta tenha esquecido de
por no disco). "Às Onze no Farol" conta com a colaboração especial de Paulo
Abelho e João Eleutério - o mesmo Paulo Abelho da Sétima Legião, e também
responsável por alguns dos desafios sonoros daquela Sétima de última geração.