Capa do disco Povo que Canta
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Alinhamento
1. A
Vida do Caracol (Praia da Vitória, Terceira)
2. Lenga lenga (Praia da
Vitória, Terceira)
3. Chamarrita do Pico (Pontas
Negras, Pico)
4. Alvorada do Espírito Santo
(Ribeirinha, Pico)
5. Velhas (Angra do Heroísmo,
Terceira)
6. Saudade (Vila Nova do Corvo,
Corvo)
7. Santiana (Vila Nova do Corvo,
Corvo)
8. Canção dos Borracheiros
(Porto Cruz, Madeira)
9. Baile da Meia Volta (Vila
Baleira, Porto Santo)
10. Cantiga da Serra (Serra
dÁgua, Madeira)
11. Embalo (Serrra dÁgua,
Madeira)
12. A mulher do sapateiro
(Tebosa, Minho)
13. Gota da Meadela (Braga,
Minho)
14. Cantiga da Sacha (Covide,
Minho)
15. Repasseado (Urros,
Trás-os-Montes)
16. Romance do Morgado da Junqueira (Palaçoulo, Trás-os-Montes)
17. Carvalhesa (Sedim,
Trás-os-Montes)
18. La Sarandilheira
(Caçarelhos, Trás-os-Montes)
19. Ao Emigrante (Freixiosa,
Trás-os-Montes)
20. Cego Andante (Coimbra, Beira
Litoral)
21. Escumalha (Carapinheira,
Beira Litoral)
22. Murinheira (Tocha, Beira
Litoral)
23. Fado Corrido (Franco, Beira
Litoral)
24. Sta Cruz (Monsanto, Beira
Baixa)
25. Tareio (Manhouce, Beira
Alta)
26. Ò Ribeira (Manhouce, Beira
Alta)
27. Moda do Varejo (Ficalho,
Baixo Alentejo)
28. S. João (Alpalhão, Alto
Alentejo)
29. Nós somos trabalhadores
(Peroguarda, Baixo Alentejo)
30. Saias, Dança dos Anjinhos
(Bonecos de Sto. Aleixo, Alentejo)
31. Janeiras (Benafim, Algarve)
32. Laranja, limão (Casas de
Corte, Algarve)
33. Moda de Baile (Alte,
Algarve)
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Recolhas - Lançamento
Povo que canta
Recolhas num portugal desconhecido
Lançamento a 2 de
Dezembro de 2003
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Povo que canta reúne um conjunto de recolhas, sem estarem
explicitamente agarradas a contextos geográficos ou ao à sua catalogação científica e
etnográfica. É, sobretudo, um disco para dar a conhecer um certo portugal, por muitos
desconhecido.
Nas pisadas de Michel Giacometti Povo que Canta é um CD que mostra
canções registadas em quase todo o território português. Não se trata de uma
recolha no sentido habitual do termo faltar-lhe-á o carácter
sistemático, o propósito científico, a ambição teorizadora acerca da arte musical do
nosso povo.
Procurou-se, antes, fazer o relato sonoro de uma caminhada feita à
procura da música que vive nos dias de quem a canta, cantada com o desalinho que a arreda
dos palcos de exibição festivaleira e com a espontaneidade que nunca lhe permitiria
abrigo nas tão bem intencionadas como infelizes bolsas da etnografia certificada.
Haverá certamente, de entre os mais atentos visitantes dos
escaparates da "música étnica", quem já conheça algumas destas cantigas. Mas
no "barulho" produzido pela vida moderna, pela crescente sofisticação da
sociedade, pelo abandono acelerado do interior, há sons que permanecem
"bizarros" para a generalidade do público que ouve música e consegue delimitar
um conjunto de espaços a que chama Portugal.
Povo Que Canta são cantigas e ambientes sonoros,
seleccionados sem preocupação de representatividade regional, refere Manuel Rocha,
autor desta recolha que teve Ivan Dias como produtor executivo. O único critério
foi o de procurar registar, no tempo das urbanizações e dos centros comerciais, cantigas
que vivessem no meio das pessoas ou, não havendo mais espaço, na memória de
alguns.
Agora trata-se de dá-las a ouvir. Cantigas de semear, de colher,
de venerar, de mal-dizer, de bailar, de mendigar, de abençoar, de pecar, de salvar, de
adormecer, de acordar, de protestar, de agradecer. Trata-se de mostrar aos mais desatentos
a riqueza e variedade cultural do nosso Portugal. Mostrar que em cada um destes trechos
está um pedaço de nós. Resumindo em poucas palavras, Portugal na sua mais pura
essência!
O disco tem produção executiva de Ivan Dias
(realizador) e Manuel Rocha (músico da Brigada Victor Jara) e é uma edição da EMI -
VC.
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