Apresentação
Mandrágora
O Aranganho e a maquete do futuro
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Mandrágora são um grupo do Porto, que vai fazendo a sua história com poucas pressas.
Neste mês de Março de 2003 apresentaram à imprensa "Aranganho" - uma maquete
com cinco temas - a querer desvendar o futuro, dum passado de terras incertas.
"Aranganho" é o nome de baptismo para a maquete que
apresenta os Mandrágora, uma formação que se auto define como "banda folk do
Porto". Algo que - depois de múltiplas audições deste "EP" - deixa no ar
todas as dúvidas, se é mesmo de "folk" que estamos a falar. Ou se estamos a
falar de uns Mandrágora que se destacam, sobretudo, quando arriscam pelas estéticas
alternativas.
O que é certo é que os Mandrágora já existem há algum tempo.
Muito provavelmente, tempo suficiente para voos mais definitivos. Tempo, também, para
não o irem gastando a apurar o "folk" - isto, em vez de se deixarem domar por
toda a loucura musical inocente, que os invade nos espectáculos e em muitas das passagens
desta maquete.
A prova disso mesmo está bem presente nos temas
"aranganho", "Agarez" e sobretudo "E pia o Mocho..." - que
abrem as portas à desejada originalidade, cheia de ideias com futuro.
Os temas apresentados nesta maquete são da autoria dos
Mandrágora, exceptuando "Galandum", que é tradicional de trás-os-montes e uma
melodia grega, presente na segunda parte de "Penas Roias" - o derradeiro tema da
maquete e cujo nome vem de uma localidade das Terras de Miranda, que serviu de
inspiração ao grupo.
"Aranganho" faz referência a um costume das famílias de
trás-os-montes - que levavam os seus filhos, quando estavam doentes, a uma encruzilhada
com os pulsos atados. Depois de rezarem, cortavam o fio e assim quebravam o
"aranganho".
Os Mandrágora recorrem a vários instrumentos, alguns com maior
predominância do que outros. É o caso da gaita de foles, flautas, guitarra clássica,
guitarra de doze cordas, baixo eléctrico e as percursões. Pontualmente o grupo recorre
também a um acordeão, ao saxofone e a vozes - com especial destaque para o uso de
"Throat Singing" no segundo tema da maquete, a técnica que permite as cordas
vocais emitirem vários harmónicos em simultâneo.