Lançamento
Dazkarieh
Viagem a mundos imaginados
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Novembro 2002: Dia 16 Cascais, FNAC CascaiShopping, 17h | Dia 17 Almada, FNAC
Forum Almada, 17h | Dia 23 Porto, FNAC Sª Catarina, 17h e FNAC Norte Shopping, 22h
Dezembro 2002: Dia 14 Oeiras, Fundição de Oeiras - I Festival de Música Celta, às
21h
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Os Dazkarieh escolheram um cenário muito
especial para apresentar ao vivo o seu primeiro disco: O Convento do Carmo, em Lisboa.
Quem lá esteve, comprovou e gostou da viagem por estes mundos imaginados, repletos de
feitiços de sons.
Por João Maia
Estreia nas ruinas do convento
Na noite de 19 de Setembro foi apresentado nas ruínas do Convento do Carmo, em
Lisboa, o primeiro trabalho discográfico de um dos mais recentes e excitantes projectos a
emergir na música portuguesa de raiz tradicional, os Dazkarieh. Pode parecer estranho que
a apresentação de um disco tenha ocorrido num local tão pouco habituado a estas lides,
porém este magnífico espaço não poderia ter sido melhor escolhido, tendo em conta o
estilo de música com que o público foi brindado durante todo o espetáculo.
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| O
novo disco...
Este é o disco que encarna a aparição de muitos espíritos musicais, que
povoam o imaginário deste colectivo - cujo nome inventado auto-define uma viagem por
muitos mundos imaginados, repletos de feitiços de sons.
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| Passatempo
Dazkarieh Resultados
Apresentamos aqui os contemplados do Passatempo Dazkarieh, que puderam
assistir ao concerto ou mesmo receber uma cópia do CD de estreia do grupo. Bastou
responder a uma questão muito simples para se habilitar a ganhar.
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Logo ao entrar no espaço, somos confrontados com as
imponentes ruínas da nave principal da igreja do convento, cuja atmosfera espiritual nos
acompanha durante todo o concerto, e ajuda a que nos deixemos enfeitiçar pelos sons que
vamos ouvindo. É através desses mesmos sons que os Dazkarieh nos levaram numa viagem
mágica, durante cerca de hora e meia, por lugares tão próximos como a Galiza, e tão
distantes como a Grécia, o Médio Oriente, ou até mesmo a Austrália.
Apesar de só agora terem editado um disco, os Dazkarieh estão já
bastante habituados a actuar ao vivo, pelo que não é de estranhar que tenham estado
completamente à vontade ao pisar mais este palco. Aliás, este é daqueles grupos que
acaba por funcionar melhor ao vivo do que em estúdio devido à enorme energia e entusiamo
com que abordam cada um dos concertos que dão. Não se conclua daqui, porém, que o disco
que acabam de editar tem pouca qualidade. Muito pelo contrário, a qualidade está bem
patente ao longo de todo o trabalho, mas não é possível capturar numa única gravação
discográfica essa atmosfera única que se vive em cada concerto. Os Dazkarieh são
daqueles grupos que sentem amor pela música que tocam, e que se sentem bem em tocá-la
para um público. A alegria está bem presente em cada um dos elementos do grupo e eles
acabam por saber transmiti-la para quem está do lado de cá do palco de forma
verdadeiramente contagiante.
Para além de reinventarem e de fazerem evoluir em palco os temas
que fazem parte do disco, os sete elementos da banda brindaram ainda o público presente
com outros temas não gravados, sem nunca comprometer a qualidade global do espetáculo.
Aliás, é com grande pena que constatamos que não podemos ouvir no disco alguns dos
temas escutados no Convento do Carmo, pois realmente qualquer deles tem qualidade
suficiente para aparecer em trabalho discográfico. Aqui só nos resta esperar que os
Dazkarieh tenham o sucesso que merecem e que venham a ter mais oportunidades como esta no
futuro.
Não quero terminar esta apreciação sem mencionar alguns
convidados que vieram "apadrinhar" esta estreia e que contribuiram para nos
brindar com alguns dos melhores momentos desta fantástica noite. Celina Piedade,
acordeonista do grupo Uxu Kalhos, acompanhou a estupenda voz de Marie Beatriz Lucio, num
tema que, infelizmente não está no disco. Os Gaitafolia de Paulo Marinho (Setima Legiao
e Gaiteiros de Lisboa) tiveram também uma actuação brilhante na introdução do tema
'Elgtue': foi mágica a forma como as gaitas de foles ecoaram nas ruínas, sem que o
público percebesse bem, a princípio, de onde vinha o som, até que, percorrendo toda a
nave, subiram ao palco para aí se unirem aos Dazkarieh e darem sequência ao tema. Pelo
meio ficou também uma excelente demonstração de dança do ventre, no acompanhamento de
mais um tema que não figura no álbum. E para finalizar, um grande momento com os
músicos todos em palco (incluindo convidados) na interpretação de uma fantástica
versão extendida daquele que é um dos melhores, temas dos Dazkarieh, 'Kriamideah'.
Todos estes componentes acabaram por fazer com que a noite de 19 de
Setembro fosse uma noite memorável para quem se deslocou ao Convento do Carmo. Esperemos
que sejam dadas, aos Dazkarieh, e a outros grupos semelhantes, mais oportunidades como
esta. O público e a música portuguesa agradecem!
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Perfil
Mas como podem ser definidos os Dazkarieh?
Saídos dos ambientes de experimentação musical e de
constantes buscas de mundos perdidos, os Dazkarieh iniciaram-se na criação de
espectáculos ao vivo, compostos por muitos elementos cénicos, em mistura com a
diversidade dos instrumentos utilizados e nos ambientes por eles criados.
Dazkarieh é uma palavra inventada, da mesma forma que também são
os locais onde este colectivo fez as recolhas musicais para a suas criações. Músicas de
uma Irlanda que não se sabe onde realmente existiu, de uma galiza que afinal não é
acima do norte de Portugal ou de uma África que fica provavelmente longe de tudo o que
conhecemos. São assim os cenários de criação dos Dazkarieh: um grupo que se divide por
instrumentos, culturas e sensibilidades em permanente desafio.
O grupo utiliza um leque variado de instrumentos acústicos, que
vão desde os sopros irlandeses e galaico-portugueses, às percussões africanas, passando
pelas cordas mediterrânicas e, com isso tudo, cruzam melodias e harmonias, umas eruditas,
outras exóticas - misturadas no pulsar das percussões. Até aqui, os espectáculos dos
Dazkarieh funcionam com argumentos de fúria, alternados com outros contemplativos e
profundamente intimistas.
Temos instrumentos de África Ocidental, como o Djembé, Kenkeni,
Dununba, Tama, Udo Drum, Dji Dunum; do Norte de África e Médio Oriente, como é o caso
do Bendir, Darabuka, Devul; da América Central o Kenacho, Mochinö; da Grécia, o
Bouzuki; da Irlanda, o Tin Whistle; da Galiza, a Gaita de Foles; e ainda o Acordeão, a
Guitarra, o Violoncelo - entre muitos outros. É através deles todos, que os Dazkarieh
fundem os seus mundos, em composições originais de carácter eclético.
Iniciados num estatuto de "magos das performances
sonoras", os Dazkarieh procuram agora - através deste disco - dar um novo espaço
individual para a criação dos cenários destas performance sonoras, deixando a imagem do
som a cargo de quem os ouve. Mas também nessa mesma linha, os espectáculos prometem
sempre procurar supreender acima da obra registada, reiniciando um novo ciclo de
aventuras, com todas as experiências possíveis para a imaginação.
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Setembro 2002: Dia 19 Lisboa - Convento do Carmo | Dia 7 Oeiras - Feira Vegetariana 2002 | Dia 8 Fundão | Dia 12 Lisboa - Fnac Colombo | Dia 21 Castelo Branco | Dia 28 Lisboa - Parque de Stª Clara - Ameixoeira, Lumiar
Novembro 2002: Dia 16 Cascais, FNAC CascaiShopping, 17h | Dia 17 Almada, FNAC
Forum Almada, 17h | Dia 23 Porto, FNAC Sª Catarina, 17h e FNAC Norte Shopping, 22h