Seixal
Festa do Avante 2002
Lugar às músicas tradicionais
Quinta da Atalaia, Amora, Seixal - Dias
6, 7 e 8 de Setembro de 2002
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .O início do mês de Setembro é
tradicionalmente marcado pela Festa do Avante. A Quinta da Atalaia, no Seixal, irá
encher-se uma vez mais de música portuguesa e outra vinda de vários pontos do mundo -
para ver e ouvir ao longo dos dias 6, 7 e 8 de Setembro.
As músicas de raiz tradicional portuguesa e do mundo vão cada vez
mais ganhando protagonismo na Festa do Avante, dividindo-se pelos palcos 25 de Abril e o
1º de Maio, ao longo dos três dias do festival - e que neste caso o cartaz conta com
nomes como João Afonso, Camané, Mariza, Quinta do Bill, Quinteto Amália, Navegante,
Ceia dos Monges, Paulo Ribeiro e a Ronda dos Quatro Caminhos.
E se este certame dá tradicionalmente espaço aos grupos
portugueses, a Festa foi também um dos primeiros eventos no nosso país a trazer algumas
das referências internacionais no campo das novas tendências tradicionais. A nível de
cartaz internacional, este ano, a festa conta com a presença de Oyster Band
(Grã-Bretanha), Francisco Villa (Chile), Luar na Lubre (Galiza), Tito Paris (vabo Verde),
Ferro Gaita (Cabo Verde) e Uxia (Galiza).
Para além dos dois palcos principais existem vários espaços
espalhados pela Festa que permitem ao visitante o acesso a diversos géneros musicais,
interpretados por artistas menos conhecidos do público e que têm na Atalaia a hipótese
de mostrar o seu valor.
Música etnográfica portuguesa
A música popular portuguesa continua a ter um espaço privilegiado na Festa do Avante!.
Para que não se percam as raízes culturais portuguesas, no Palco Arraial actuarão
grupos populares e etnográficos de várias regiões do País: Camponeses de Riachos
(Torres Novas); Coral Polifónico de Fernão Ferro (Seixal); Rancho Folclórico do
Tramagal (Abrantes); Rancho Infantil da Ponte do Areal (Lousã); Danças Regionais de
Chaves (Bragança); Rancho Folclórico da Casa do Povo de Fatela; Danças e Cantares de
Vila Maior (S. Pedro do Sul); Grupo de Danças e Cantares Tradicionais de Rio Meão (Santa
Maria da Feira); Rancho Folclórico Capeleira (Óbidos); Rancho Folclórico de Alcaria
(Castelo Branco); Rancho Regional de S. Miguel de Souto (St.ª Maria da Feira); e o Rancho
Folclórico «Tá-Mar» (Nazaré).
Animação no recinto da festa
Para além destes palcos, um pouco por todo o recinto da Festa é possível usufruir de
momentos musicais de rara beleza, desde o Espaço Internacional até ao Café-concerto de
Lisboa, passando pelos espaços das organizações regionais do Partido.
No Café concerto será feita uma tripla evocação de Ary dos
Santos, António Aleixo e a Adriano Correia de Oliveira. Serão ainda comemorados os 85
anos da Revolução de Outubro. No que diz respeito à programação cultural o visitante
poderá ouvir a voz brasileira de Letícia Vasconcelos, música tradicional portuguesa e
momentos de Jazz.
A animação de rua estará também presente, garantindo um
constante contacto com a cultura, a alegria e a intervenção. Escola de artes circense de
Vila Nova de Gaia, Bombos de Anha, Gaiteiros de Bragança, Filarmónica de Constância,
Caretos de Podense, Toc'á Rufar e os alemães Schalmeienkapelle irão animar durante os
três dias o recinto da Festa.
Grupos participantes
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João Afonso (Portugal)
Chama-se Zanzibar
o novo disco de João Afonso e reúne 14 canções, num complexo musical rico e
cosmopolita, no qual se destacam os jogos de vozes e a diversidade instrumental. Zanzibar
transporta-nos tanto às águas quentes que banham o imaginário africano, especialmente
na faixa que partilha o nome com o disco, como para aqui bem perto, pelas mãos do
Clandestino ou de um Sem Abrigo. O amor e a amizade estão também presentes ao longo do
disco, em canções como A Paragem no Deserto, Caruma, Morna de mim (de autoria de José
Moz carrapa) e 16, sendo esta última uma referência especial aos amigos galegos.
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Camané (Portugal)
Criatividade,
musicalidade, originalidade e maturidade são marcas do fadista Camané, que adivinham a
universalidade dos grandes intérpretes. Este amadurecimento em termos interpretativos
traduz-se nos constantes desafios técnicos que vai conquistando, com o rigor e a
seriedade que já o caracterizam e que se refletem na forma como transmite cada palavra
que pronuncia. Camané insiste na divulgação do repertório musical do chamado fado
tradicional, arriscando um confronto de linguagens, aparentemente distintas, mas
profundamente similares no seu último projecto discográfico, «Pelo Dia Dentro». Este
trabalho será, aliás, a base do concerto do fadista na Festa do Avante!, acompanhado por
José Manuel Neto na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola e Paulo Paz no
contrabaixo.
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Mariza (Portugal)
Mariza contactou
com o fado directamente onde nasceu, no bairro da Mouraria, em Lisboa. Aos cinco anos já
participava em sessões de fado e na adolescência cantou jazz, gospel e soul. O grande
público descobriu-a em 1999, data da sua participação nas homenagens a Amália nos
Coliseus de Lisboa e Porto. A partir daí realizou espectáculos em Portugal e no
estrangeiro. O seu primeiro trabalho, «Fado em Mim», alcançou o disco de prata na
terceira semana de venda e neste momento é disco de ouro. Na Holanda entrou directamente
para o top e está nomeado para o prémio do galardão atribuído aos melhores trabalhos.
Mariza recebeu recentemente no Quebeque o Primier Award do Festival d Éte, perante
uma assistência de 17 mil.
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Oyster Band (Grã-Bretanha)
Em palco a
«Oyster Band» é verdadeiramente explosiva. Com uma carreira que fala por si, iniciada
nos anos 80 e em ascensão nos anos 90, são influenciados pela música tradicional
britânica - onde nasceu um certo estilo de Rock-folk, popularizado pela Europa durante os
anos 90. Apesar disso, os «Oyster Band» não se reclamam de qualquer tipo de rótulo -
muito devido ao facto disso ser quase impossível de fazer: No seu repertório há rock,
folk e sobretudo muito boa música. Com uma discografia invejável e uma carteira de
espectáculos não menos cheia, os «Oyster Band» vão relembrar-nos sucessos antigos da
Festa.
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Jussara Silveira
(Brasil)
A brasileira
Jussara Silveira é a mais universal das novas artistas brasileiras. A sua forma de cantar
é constantemente associada às das grandes intérpretes que o Brasil já produziu.
Jussara é baiana e tem pautado a sua carreira pelo extremo cuidado com arranjos e
músicos, na busca do sentimento e afinação exactos para cada canção. Os críticos dos
principais jornais brasileiros elogiam-na frequentemente. Em 1997, Jussara lançou o seu
primeiro disco a solo. Anteriormente, tinha participado em várias colectâneas, como
«Elas Cantam Caetano», «Todo Azul do Mar», «Tributo à Batatinha» e «Cole Porter e
George Gershwin: Canções Versões de Carlos Rennó». Em 1998, Jussará lança o seu
segundo disco cantando exclusivamente canções do baiano Dorival Caymmi. Dois meses
depois, o cd foi eleito um dos melhores do ano pelos críticos do jornal O Globo. A
cantora participou ainda em trabalhos de outros artistas, como o clássico «Outras
Palavras» de Caetano Veloso, e em espectáculos com Elba Ramalho, Nana Caymmi, Maria
Bethania e Alcione.
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Francisco Villa
(Chile)
Representante da
chamada nova trova chilena, Francisco Villa afirma não ter medo do mercado deste tipo de
canção, dominado por gigantes como Sílvio Rodriguez, Pablo Milanez ou Juan Manuel
Serrat, porque os reconhece como mestres e segue o seu legado, acrescentando um toque
pessoal. Francisco Villa inspira-se em Violeta Parra e define-se como um trovador do nosso
tempo, encarnando o que de mais essencial despertou com a música dos anos sessenta. A
Rádio Nacional do Chile definiu-o como um poeta e um cantor que encanta com poesia doce e
bela, mas igualmente agressiva, combativa e rebelde. No seu disco «Penumbra» fala dos
chilenos que trabalham na dura realidade que enfrenta hoje o Chile, em composições
cuidadas e tecidas com elos de urbanidade, com um forte sabor da trova latino-americana.
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Luar na Lubre (Galiza)
Os «Luar na
Lubre» são um grupo chave da música galega actual, sendo considerados como uma das
formações mais importantes da folk galega. A sua sonoridade atravessou fronteiras e
actualmente são solicitados por músicos de prestígio como Mike Oldfield. Desde os seus
primeiros trabalhos ganharam inúmeros prémios, foram objecto de excelentes críticas,
actuaram nos mais representativos festivais defolk e world music. Com raízes galegas e
intercélticas, o grupo tem sete cds gravados: «O Son do Ar», «Beira Atlântica»,
«Ara Solis», «Plenilunio», «Cabo do Mundo», «XV Anos de Luar na Lubre» e o mais
recente «Espiral». Sobre os «Luar na Lubre», escreveu o crítico musical Fernando
Magalhães: «Os Luar na Lubre vão pelo caminho que poderia ser hoje o dos Milladoiro, se
estes não tivessem a determinada altura enveredado pela via do classicismo. Domínio
perfeito da linguagem, traduzindo um bom gosto inexcedível nos arranjos, plenos de
energia e subtilezas escondidas, conferem à música do grupo uma qualidade... Um
clássico.»
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Quinta do Bill (Portugal)
Em dez anos de
carreira, os «Quinta do Bill» lançaram cinco álbuns (entre eles dois discos de ouro e
dois discos de prata) e fizeram mais de 350 espectáculos. Hoje continuam com plena
motivação, uma crença inquebrável e um espírito aberto que não ao afastam de
preconceitos na arte de tudo experimentar. Isso é evidente no último trabalho da banda,
«Nómadas». A enorme paixão do grupo pela música étnica fê-lo cruzar novas
fronteiras, bebendo nas culturas indiana e muçulmana, ritmo, sensualidade e
espiritualidade, na companhia de contribuições notáveis como as da marroquina Amina
Alaoui e do iraniano Bijane Chemirani.
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Tito Paris (Cabo-Verde)
Tito Paris
decidiu comemorar os seus 20 anos de carreira e o seu novo álbum com um conjunto de
espectáculos, onde a Festa está integrada. A sua música está impregnada da cultura de
Cabo Verde, terra de mornas, coladeiras e funanás. Pela música, Cabo Verde e os
cabo-verdianos fundaram uma identidade própria, a alma de uma nação crioula rompendo
barreiras, fronteiras e obstáculos. Tito Paris é certamente, um dos melhores exemplos
dessa universalidade, levando a sua terra e a sua língua aos quatro cantos do globo,
promovendo e divulgando de forma exemplar as suas ilhas. Na Festa, Tito Paris será
acompanhado por 12 músicos cabo-verdianos e portugueses, entre eles um quarteto de cordas
dirigido por Tomás Pimentel.
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Ferro Gaita (Cabo-Verde)
1996 foi o ano da
formação do grupo «Ferro Gaita», composto por três jovens músicos que descobriram na
gaita, no ferro e na viola baixo novos caminhos para o funaná. «Fundu Baxu», o seu
primeiro trabalho, foi o disco mais vendido em Cabo Verde em 1997. No seu segundo álbum,
«Rei di Tabanka», usam instrumentos típicos da ilha, entre os quais um búzio com mais
de cem anos. No disco participa uma lenda viva da música cabo-verdiana, Náci Gomes, com
75 anos de idade. Fãs de Djassy e Marley, os «Ferro Gaita» participaram em inúmeros
festivais em Portugal, Cuba, França, Holanda Mauritânia, Senegal, EUA, Gambia, Mali e
Guiné-Bissau. O funaná é originário da ilha de Santiago, tendo surgido no início do
século XX com a chegada do acordeão a Cabo Verde. Os camponeses do interior adoptaram o
instrumento e com ele começaram a cantar o seu dia-a-dia, as suas carências e as suas
lutas. Resultado: durante a época colonial foram proibidos de tocar o funaná em locais
públicos.
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Charles Marcellesi
(Córsega)
A música de
Charles Marcellesi é resultado de um percurso de vida único: filho de corsos, nasceu na
Tunísia e, por condicionantes profissionais do pai, viveu em França e em Marrocos antes
de se fixar na Córsega. Há quase cinco anos deixou a ilha mediterrânica para assentar
arraias em Cabo Verde. No seu disco a solo «Corsicaboverde» faz a fusão entre a música
da Córsega e a de Cabo Verde, uma união viabilizada pelo encontro com o cantor Mário
Lúcio Sousa, quando o seu grupo «Simentera» deu um espectáculo no hotel Morabeza,
propriedade de Marcellessi. O disco fala das gentes de Cabo Verde, dos problemas do povo,
do mar e da saudade, numa voz com um timbre inesquecível. O músico francês já
participou em duetos com Cesária Évora, Tito Paris e Ildo Lobo, entre outros. E, como
gosta de recordar, já cantou para Xanana Gusmão.
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Quinteto Amália
(Portugal)
O «Quinteto
Amália» é um projecto que combina diferentes estilos num novo conceito musical. Um
tradicional quarteto de cordas e uma voz são os cinco instrumentos que interpretam um
repertório baseado em fados clássicos e melodiosas canções, numa sonoridade clássica
para uma forma tão popular como o fado. A formação é constituída apenas por mulheres
e aposta sobretudo na mistura de uma sonoridade clássica em complemento com as
interpretações profundas, possíveis de serem retiradas dos fados de Amália Rodrigues.
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Navegante, Rui Júnior, Waiss e Uxia
«Navegante» é
um grupo bem conhecido pelo público da Festa do Avante!, pela sua música popular
portuguesa criando ou recriando temas tradicionais, respeitando as raízes de um passado
recente, mas não esquecendo o presente. O espectáculo que traz à Atalaia
especialmente preparado para a ocasião contará com a presença de Rui Júnior nas
percussões, do guitarrista cabo-verdiano Waiss e da cantora galega Uxia, para além dos
oito músicos que habitualmente compõem a banda. Apesar de os elementos do grupo
«Navegante» viverem na cidade com tudo o que os rodeia de modernidade e urbanidade, a
procura da alma da música é uma busca que não acaba nunca. Daí o seu interesse e
fascínio. bOs instrumentos tradicionais são uma prioridade no trabalho da banda. As
composições e os arranjos são pensados para a sonoridade e potencialidade de cada um
deles.
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Ceia dos Monges
(Portugal)
Com uma
formação de sete elementos, a «Ceia dos Monges» parte de uma associação entre
várias influências musicais. O fado, a canção popular e a música celta são
assimiladas e transformadas, originando temas originais que se inserem numa linha de
fusão pós-fado, fazendo novas experiências e abrindo novos caminhos na música
portuguesa. Este grupo tem realizado vários concertos por todo o País. A crítica é
unânime no reconhecimento da competência dos músicos, na maturidade do projecto e na
perspectiva de a «Ceia dos Monges» se tornar a próxima revelação da música
portuguesa. Diana Basto dá voz ao projecto. Depois de convidada por Pedro Abrunhosa para
colaborar na gravação do disco «Tempo» e de ter feito com este músico uma digressão
mundial, Diana viu reconhecido o seu talento e potencial com a gravação de um disco a
solo. Em 1998, ganhou o prémio de Melhor Estreia do Ano (promovido pela Rádio Nova Era),
e em 1999 é galardoada com o prémio de Melhor
Voz do Ano pelo Rádio Clube de Leiria.
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Paulo Ribeiro (Portugal)
Paulo Ribeiro
inicia agora a sua carreira a solo, não escondendo a origem e as influências de cultura
alentejana. Fundador do grupo «Anonimato», Paulo Ribeiro conjuga as raízes populares
com os desígnios da música pop. Para além da experiência adquirida nos concertos
realizados com os «Anonimato», Paulo Ribeiro participou no espectáculo de fado e
flamenco «De sol e Lua», ao lado de Camané e Ana Sofia Varela, e actuou como convidado
da «Ala dos Namorados» no concerto que este grupo realizou no Grande Auditório do CCB,
integrado no 1.º Festival da Música e dos Portos. Mais recentemente, Paulo Ribeiro
recebeu o prémio «Jovens Autores» da Sociedade Portuguesa de Autores, com a canção
«Aqui tão Perto do Sol». O seu novo disco conta com a participação de Zé Nabo,
Alexandre Frazão, «Vozes da Rádio» e os «Camponeses de Pias».
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Ronda dos Quatro Caminhos
(Portugal)
A Ronda dos
Quatro Caminhos é uma das mais antigas formações de música tradicional portuguesa,
tendo sido protagonista de alguns dos mais importantes marcos na recuperação de
repertórios, instrumentos e pelo próprio gosto popular por estas músicas. O grupo foi
criado em 1983 por músicos que, de há alguns anos a esta parte, se têm dedicado ao
estudo das músicas tradicionais e os seus instrumentos. De resto, o a "Ronda"
guiou-se sempre numa linha de respeito pelas características essenciais e pela
especificidade de cada Região portuguesa, combinando essas influências numa abordagem de
recriação.