Digressão
Zanzimbar
O novo
disco de João Afonso
Famalicão - Praça D. Maria II, dia 10 de Junho, às 21:30h
Seixal - Largo 1º de Maio, dia 23 de Junho, às 22:00h
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . ."Zanzimbar" é o mais recente disco de João Afonso, um
trabalho que reune 14 temas inéditos, a maioria da sua própria autoria. A primeira
apresentação ao vivo aconteceu na Fnac do Colombo, seguindo agora em digressão, a
partir de 24 de Abril.
Chama-se ZANZIBAR o novo disco de João Afonso e reúne 14
canções, num complexo musical rico e cosmopolita, no qual se destacam os jogos de vozes
e a diversidade instrumental. Trata-se do seu terceiro trabalho discográfico, que sucede
a Missangas (1997) e a Barco Voador (1999), também com o selo da
Universal.
A acompanhá-lo, temos também algumas novidades: Moz Carrapa e
Pedro Godinho nas guitarras, António Pedro e João Ferreira revelam um reforço nas
percussões e João Monteiro vai fazer variar os sons do cavaquinho, do violino e do
baixo.
De acordo com o músico, este novo disco desenvolve-se em torno de
três eixos principais, nomeadamente o espírito de aventura e as dificuldades da vida nas
antigas colónias (muito presente no tema Zanzibar - Percorro a vossa esteira pelo
mar ... Um retrato de esplendor ... Amigos que para longe a pátria bane...). «Esta
é a minha forma de exprimir respeito e admiração pela vida aventurosa e difícil de
algumas pessoas, familiares e outras, que viveram em África», refere João Afonso.
ZANZIBAR transporta-nos tanto às águas quentes que banham o
imaginário africano, especialmente na faixa que partilha o nome com o disco, como para
aqui bem perto, pelas mãos do Clandestino ou de um Sem Abrigo. O amor e a amizade estão
também presentes ao longo do disco, em canções como A Paragem no Deserto, Caruma, Morna
de mim (de autoria de José Moz carrapa) e 16, sendo esta última uma referência especial
aos amigos galegos.
Neste trabalho destaca-se também o reforço do jogo de vozes entre
João e António Afonso e pela introdução de novas sonoridades em Mar me Quer e Paragem
no Deserto, com as vozes das Finca Pé, Sara Corte-Real e José Lima. De referir a
interpretação a solo de António Afonso em duas músicas também de sua autoria:
"Uma só voz de inumeráveis bocas" (sobre poema de Natália Correia) e
"Ainda há caracóis" (referência humorística e optimista ao mundo de hoje).
O facto deste disco incluir temas de outros autores - além de
António Afonso e Moz Carrapa(também autor da letra de O Convidado), ZANZIBAR inclui uma
canção de José Lima (Noves Fora) - contribui para a sua diversidade musical, sendo de
destacar também a grande variedade instrumental e de intérpretes: violas e guitarras de
Moz Carrapa, Mingo e José Lima, bandolins de Edu Miranda, baixo de João Frazão,
violoncelo de Luís Sá Pessoa, trompa, flauta e cromorne de José Manuel David,
percussões de António Pedro, Dalu e José Salgueiro, dedos e trancanholas de Rui Alves,
pandeireta galega de Julio Villaverde e marimbas de Kimi D'Jebate.
No vasto universo de ZANZIBAR, onde se entrecruzam músicos de
Portugal, Galiza, Moçambique, Guiné, Cabo-Verde, Angola e Brasil, é ainda de referir o
arranjo e interpretação do quarteto Danças Ocultas em Palavras de Xadrez.
Segundo o próprio João Afonso: ZANZIBAR é um olhar para
longe, uma miragem de calor. Este Zanzibar fica entre a paixão e o desgosto, entre o
oceano que banha Lisboa e as águas quentes do Índico, é fruto de sentir outras
cores...
Tendo como pano de fundo estas ideias, João Afonso apresenta-nos
um trabalho onde os seus textos se fundem com a diversidade que caracteriza a sua música:
dos versos soltos às notas musicais, das palavras aos lugares por onde o pensamento foi
vagueando... uma sinergia que se concretiza em cada uma das suas canções.
Para que possa conhecer um pouco este novo trabalho, estão já em
pré-escuta no site da Universal (www.universalmusic.pt), cinco dos temas zanzibarianos
para que possam ouvir um pouco do trabalho incluído neste 3º Cd a solo.