Livros
Festas e Tradições Portuguesas
Ritos, memória e ideintidade
Jorge Barros, Soledade Martinho Costa (Círculo de Leitores)
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folia. A festança. A fé que se mistura de superstições e lendas, as gentes que se
vestem de novos e antigos ritos e comemoram a vida, a morte, as colheitas, a fartura e o
rigor. Tudo isto numa colecção que atravessa tempos, lugares e vivências.
Festas e Tradições Portuguesas percorre os doze meses do ano em
oito volumes. Um percurso entre aromas, vestes e vestimentas, máscaras, doçarias e
manjares, adornos e abstinências num longo e renovado contrato entre o sagrado e o
profano. Selado o casamento entre a fé e a superstição, entre a euforia e a
contrição, mantém-se, de norte ao sul do país, do continente às ilhas, um vivo e
palpitante reviver das festas e tradições portuguesas.
Em busca desse Portugal esquecido entre vilas e aldeias, entre
modernidades e esquecimentos, «Festas e Tradições Portuguesas» devolve um olhar sobre
a nossa identidade. Recuperadas algumas das tradições, reinventadas muitas da festas,
Jorge Barros percorreu o país fotografando, anotando, misturando-se entre festas e
emotividades. Soledade Martinho Costa compôs, por sua vez, a narrativa de lugares e
vivências que reencontrou num lés-a-lés de tempos e costumes. Procurando as origens,
constatando as muitas adaptações e reinvenções de ritos perdidos na mémoria, esta
colecção actualiza um mapa de festas sintetizando, de Janeiro a Dezembro, em oito
volumes magnificamente ilustrados, as datas, locais e ritos de preparação das festas e
tradições portuguesas.
Mês a mês, de equinócio em equinócio, na confirmação das
crenças, mas sob a influência dos mistérios que a medo espantamos nos rituais de
sempre, apuram-se curiosidades e diferenças. Diferenças que marcam uma mesma identidade.
A nossa identidade.
E ora sorrindo, ora chorando. Lembrando as almas, celebrando o
nascimento. Esconjurando demónios, possessões e maleitas. Mergulhando num rol de
abrilhantadas romarias, feiras e feirantes, devotas procissões, agalantados cortejos e
ribombantes cantos e cantares.
Renovando o favor dos Deuses, vivendo a carne, o desejo, a
infracção. Apaziguando, depois, o corpo, reencontrando a harmonia, concretizam-se
percursos vários entre festas de ontem e de hoje. A magia das imagens, retem o
burburinho, a agitação, a confusão de vozes e preces, os pedidos de graça, a inversão
dos gestos. A narrativa dos lugares, essa, completa o olhar com a actualidade das
vivências testemunhadas entre as vilas e aldeias de Portugal.