Lisboa
Kepa Junkera e Danças Ocultas
Ventania nos foles
Teatro Camões, dia 7 de Fevereiro de 2002
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Danças Ocultas é um dos mais originais
grupos portugueses, que encontrou na concertina o grande argumento da sua criatividade -
construindo um repertório pensado para este instrumento. Dia 7 de Feveriro o quarteto
regressa a lisboa, desta vez acompanhado de um convidado de peso: Kepa Junkera.
Danças Ocultas
Tudo surgiu pela iniciativa de Artur Fernandes, que desde logo foi apoiado por
Gabriel Gomes, o ex-acordeonista dos Madredeus - o qual desempenhou funções na
produção da estreia discográfica do grupo.
Artur Fernandes conjuntamente com Filipe Cal, Filipe Ricardo e Francisco Miguel deram,
então, fole a uma das mais interessantes iniciativas musicais portuguesas da década de
90, numa altura em que a concertina começa a ser considerada um instrumento com um
potencial superior àquele que lhe fora atribuído pela maioria das práticas do folclore
português.
De início, o grupo apostava na reconversão de reportório erudito mas aos poucos
começou a criar o seu próprio reportório. consubstanciado em temas originais tocados
pela melancolia, incluíndo práticas originais como seja a utilização do sopro das
concertinas para criar peças de grande fôlego rítmico.
No segundo álbum do grupo o repertório adensou-se, apostando numa
maior diversidade harmónica, rítmica e melódica, onde o grupo adquiriu a maturidade na
execução.
Kepa Junkera
Kepa Junkera é considerado um icon na música Basca e um grande inovador na trikitixa
(concertina Basca), tendo atingido a notabilidade por se tratar de um músico com
características únicas - sempre a perseguir novas abordagens na música que faz, sem
nunca perder as raízes tradicionais da música nem dos instrumentos.
Com o trabalho discográfico Bilbao 00:00h, Kepa Junkera faz
história no seu sentido artístico e na própria visão alargada, da música de raiz
tradicional, atingindo um extraordinário reconhecimento internacional.
Nestes dois CDs, ao todo com 23 faixas, o músico e compositor
basco vai desde a música tradicional da sua terra natal, passando pelos blues, rock e
jazz, reunindo com ele uma impressionante lista de músicos de vários pontos do mundo,
desde a Espanha, Irlanda, Suécia, Madagascar, América e Portugal (Dulce Pontes).
No passado, Kepa Junkera já havia trabalhado com Júlio Pereira,
tendo daí resultado um trabalho discográfico feito sobretudo de temas assentes no
virtuosismos destes dois músicos.
No dia 7 de Fevereiro de 2002, o Teatro Camões vai, então,
receber um pouco do melhor da música para concertina - um espectáculo, naturalmente, a
não perder!