Informação retirada do
Site
oficial do GEFAC
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GEFAC
Fundado em 1966 na Academia de Coimbra, o GEFAC - Grupo
de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra há muito que
ultrapassou as fronteiras do meio académico, sendo actualmente um dos mais relevantes
grupos de fomento e divulgação da cultura popular Portuguesa.
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GEFAC - Grupo de
Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra
Sete Luas de Música e
Dança
Coimbra, Teatro Gil Vicente, Dia 30 de Março de 2001
(21:45h)No dia 24 de Fevereiro de 2001, será a vez de
Gouveia de receber a última produção do GEFAC (Grupo de Etnografia e Folclore da
Academia de Coimbra) - um espectáculo que estreou em Outubro do ano passado em Coimbra, e
que agora se lança em digressão nacional. Chama-se «Sete Luas» e pretende «explorar o
ambiente mágico do pensamento popular».
As
sete luas correspondem a sete personagens do imaginário popular: a bruxa; o lobisomem, o
fredinho da mão furada; o olharapo; o diabo; a sereia e a moira encantada. Este
espectáculo vai ser composto com muita música e dança, desenvolvendo uma coreografia
concebida especificamente para esta obra.
A festa das sete luas ou uma outra maneira de
dançar a cultura...
Na dança celebra-se a vida, mas também a noite, o fantástico e o maravilhoso:
invocam-se os mortos e esconjuram-se os vivos; encantam-se os vivos e encomendam-se os
mortos.
Das
luas, dizem os livros de ciência as suas fases, e com elas se conjugam as marés, fazendo
contas aos dias que se enrolam nas suas ondas. Mas das luas sabe o povo também, para
além dos crescentes e minguantes, os seres estranhos que despertam nos sonhos da sua
memória: bruxas e lobisomens, fradinhos da mão furada misturados com diabos, e ainda
olharapos e sereias, mais o rosto escondido de mouras encantadas. Cada qual com seu dom,
cada qual com sua maldição: os segredos da noite ou as estrelas da morte, a magia das
mãos e as almas do além, a espiral da loucura, a cegueira do encantamento, ou a luz da
esperança que se acende no luar em que se enrolam os amantes.
Haverá especialistas das ciências do homem que façam o registo, a
descrição e a anatomia destes sonhos e dos seus discursos, dos ritos em que se dizem e
dos sentidos que encobrem. Não enjeitando esse trabalho, enraizamo-lo e prolongamo-lo na
festa da cultura que nesses sonhos se exprime e com eles se entretece. E que assim se
transforma na dança do tempo e dos tempos.
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Bruxa
Génio malfazejo, cujo pacto com o diabo, lhe dá poder de conhecer o futuro e de
influenciar pessoas ou coisas, por intermédio de sortilégios, malefícios, feitiçarias
ou outras artes mágicas. Untadas com sangue de criança, reúnem-se as bruxas à noite
nas encruzilhadas, nas torres das igrejas, nos adros, nas covas e nas grutas, invocando o
diabo com voz aflitiva.
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Lobisomem
Ser misto de homem e besta. À meia noite, depois de transformado em animal, há-de correr
sete vales, sete outeiros e sete encruzilhadas e quando acaba o seu fado vai ao mesmo
espojeiro e faz-se outra vez homem.
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Fradinho da Mão Furada
Entidade pertencente à corte demoníaca, ora dispensa favores e benefícios, ora se
mostra hábil na arte de ludibriar e pregar partidas. Para tal entra, durante a noite,
através do buraco da fechadura da porta, surpreendendo os mais desprevenidos.
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Diabo
Entidade suprema do mal, servido por uma série de génios maléficos, que encarna sob
diversas formas antropomórficas. Aparece por vezes com rasgos de generosidade e
cavalheirismo, rodeado por uma nuvem de vapores sulfurosos e resinosos, com o fim de
arrastar as almas humanas para o caldeirão.
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Olharapo
Criatura disforme, mais ou menos monstruosa, aterradora e perigosa, que povoa os mares
desconhecidos e terras longínquas. De olhos bem abertos ameaça devorar todos os que
ousam aventurar-se na suas paragens.
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Sereia
Ser fantástico com cabeça e peito de mulher e o resto do corpo igual ao de um peixe ou
ave. Seduz os navegantes pela beleza do seu rosto e pelo mel do seu canto, atraindo-os
astuciosamente para o fundo do mar e devorando-os.
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Moura Encantada
Figura mítica que habita as nascentes de água, os penedos e penhas guardando tesouros
inesgotáveis. Aparece, ora em forma de cobra, que demanda os viandantes para que a
desencantem, ora sob a figura de uma gentil donzela com cabelos doiro, que promete
riquezas àquele que lhe quebrar o fadário.
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