Naná Vasconcelos
Sobre os Participantes
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Paulinho
Moska
Margareth
Menezes
Arnaldo
Antunes
Zeca Beleiro
Alceu
Valença
Pernambuco em
Canto
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Participantes
no
Rimos - Festas do Mundo 2000. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Paulinho Moska
Paulinho
Moska já tem discos editados em Portugal. Neste caso o destaque vai para o seu último
trabalho, Móbile, onde ousa experimentar uma mudança radical nas suas habituais
sonoridades. Desaparecem as baterias e em seu lugar despontam as sempre disputadas
percussões de Marcos Suzano. "Móbile", título do CD de 99,
será a senha para o descobrimento de uma nova sonoridade na carreira deste carioca que
aprecia o fado português. Nesta sua mobilidade, Moska troca o rock convencional por uma
linguagem contemporânea mais próxima do hip-hop, em que o acústico parece electrónico
e o que é existencialista parece romântico. Parafraseando o "maluco beleza"
Raul Seixas, Paulinho é a "moska" benfazeja que caiu na nossa sopa".
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Margareth Menezes
A belíssima baiana
preenche a segunda parte e reúne todas as condições para encantar a plateia pela
invejável riqueza dos sons e ritmos que consegue fazer explodir em palco, a partir de
toda a sua sensualidade. Nascida em Salvador em 1962, Margareth Menezes fez sua
iniciação como cantora em vários grupos carnavalescos como o "20 Vê" ou
"Simpatia Quase Amor". A sua voz profunda, versátil e possante mostrava se
ideal para cantar sobre o som dos estrepitosos tambores e atabaques do samba-reggae. Em
1987 pôde-se testemunhar esse casamento, ao ouvi-la cantar "Faraó", o primeiro
samba-reggae gravado na Bahia. Em Portugal, "Elegibô" é uma espécie de nome
de código de Margareth Menezes. Quando se fala dela, raros são os portugueses que
afirmam conhecê-la. Quando se evoca esse hino da axê-music, a maioria já consegue
referenciá-la. Agora chegou o momento de reverenciá-la num espectáculo em que a diva
vai provar porque razão tem Caetano Veloso e David Byrne como "padrinhos".
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Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes é um nome que pouco dirá ao público comum. Tudo se altera, porém,
quando se acrescenta que por detrás do nome se esconde o ex-líder e cantor da banda
Titãs. Os mais atentos às fichas técnicas dos discos estarão cansados de cruzar com
Arnaldo Antunes como autor de composições interpretadas por artistas tão diversificados
como Marisa Monte, Carlinhos Brown, Adriana Calcanhoto ou Arto Lindsay. Arnaldo Antunes é
um compositor, cantor, poeta, escritor e performer, fundador do grupo rock Titãs, senhor
de um raro potencial criativo, admirado e venerado por muitos artistas do seu país e dos
Estados Unidos, capaz de confundir os limites das múltiplas linguagens artísticas,
fundindo timbres e testando as fronteiras entre os códigos e os géneros. Fascinado por
diferentes meios, sofisticado pesquisador de sons, com uma relação com a palavra solta
influenciada pelo concretismo, Arnaldo Antunes é um dos músicos brasileiros mais virados
para o futuro.
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Zeca Beleiro
É já uma referência nos circuitos alternativos aos tradicionais centros de produção
concentrados no Rio, São Paulo e Brasília. Dele se diz que, sendo originário do
Maranhão, forma, com Lenine, de Pernambuco, e Chico César, de Paraíba, uma das mais
interessantes e inovadoras vagas de criadores da MPB. Todos eles partem de bases musicais
muito identificadas com os sons e os ritmos das suas regiões de origem, para avançarem
em direcção a sólidas composições por onde passam todas as tensões da
contemporaneidade. Talvez seja a mais destacada figura da música do Maranhão e um dos
mais profícuos fusionistas dos ritmos e das tradições da sua região de origem com os
elementos da modernidade, obtendo um produto final inusitado. Ao misturar rap, forró,
samplers, rock, reggae, embolada, folclore, samba e pop, Zeca Baleiro, que possui uma voz
de raro e belo timbre, consegue uma música com cara de novo milénio.
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Alceu Valença
Alceu Valença, ao longo de mais de 25 anos de carreira, conseguiu manter-se sempre à
superfície, graças à notável capacidade para evitar a cristalização das opções que
o tornaram célebre, com um som que preserva os modelos tradicionais da música
pernambucana. Exímio guitarrista, Valença tem vindo a rodear-se de gente jovem para
tentar renovar a sua música, mantendo-se, contudo, fiel às suas origens.
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Pernambuco em
Canto
Apresentação em palco
estão, juntos ou separadamente, nomes como Elba Ramalho, Moraes Moreira e Nana
Vasconcelos. Como não é crível que Alceu Valença resista a juntar a sua voz e as suas
músicas - como já tem feito tantas vezes - às destes autênticos monstros da mais
genuína música popular brasileira, o menos que se pode dizer é que esta será uma noite
alucinante. Em conjunto formam o colectivo Pernambuco em Canto, uma autêntica «all stars
band», constituída a partir de um grupo de músicos radicados no Recife, do qual, além
daquelas estrelas, fazem ainda parte André Rio, Geraldo Azevedo e Lula Queiroga. O
roteiro é simples de descrever: do forró ao frevo, com passagem pelo caboclinho, o coco,
o baião ou o maracatu, o Pernambuco em Canto vai distribuir um verdadeiro fogo de
artifício sonoro, com permanentes e irresistíveis convites à dança.
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