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Pauliteiros de Miranda
Foto: Semanário Transmontano

Sobre os Participantes
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Galandum Galundaina Camerata Meiga Asturiana Mining Company Mais...
OysterBand
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Mandrágora Mais...
Comvinha Tradicional

Picä Tumilho Mais...
SangriSulta
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Grupo de Cantares de Sendim
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Textos: Sons da Terra

Participantes no
Festival Intercéltico de Sendim 2000

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Galandum Galundaina

A participação dos Galandum Galundaina no 1' Festival Intercéltico de Sendim Terras de Miranda, com honras de abertura, tinha de ser especial. E será, de facto, especial, com um espectáculo através do qual pretendem recriar alguns temas do cancioneiro mirandês menos conhecidos do grande público, alargando assim o repertório do próprio grupo e dotando a Associação Cultural do mesmo nome de um grupo de cantares e de um grupo coreográfico (incluindo um rancho misto e os emblemáticos Pauliteiros). Será, também, uma oportunidade para passarem pelo palco algumas das pessoas que mais colaboraram ,aos mais diversos e distintos níveis, com o grupo nos últimos anos. Deste modo, Abílio Topa, Alexandre Meirinhos, Paulo Meirinhos e Paulo Preto renderão uma homenagem a todos quantos contribuíram para a afirmação cultural do grupo, hoje uma verdadeira instituição musical e cultural das Terras de Miranda. Voltar ao Topo

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Camerata Meiga
Da Galiza esperamos sempre ouvir e fruir uma música profundamente ligada à terra, orgulhosa da sua identidade e afirmando a universalidade de uma cultura de ancestrais origens, que nunca deixou de dialogar e de interagir com outras músicas e com outras culturas, também elas peregrinas de seculares andanças. Numa finisterra de todas as seduções e encantamentos, esperamos sempre escutar os ecos profundos de uma memória emergindo de um tempo sem tempo, procurando horizontes de futuro num presente de criativa interacção entre a tradição e a modemidade.

Camerata Meiga é um daqueles grupos fadados para deixar escritas páginas de vital importância na história da folk galega, mercê de uma postura de procura de um caminho próprio para expressão de um conjunto de sensibilidades e de talentos, sem perder a referência das músicas dos caminhos feitos, não raro percorridos pelos próprios músicos do grupo. Voltar ao Topo

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Asturiana Mining Company

Ao longo de todos estes anos - e já são umas dezenas!... - de andanças pelos caminhos e atalhos da música foik, adquirimos a certeza das verdades feitas de que o entusiasmo e o convívio são elementos fundamentais da sua razão ser. "Com efeito, desde muito cedo que aprendemos a transcender a clausura do fonograma em proveito da actuação' ao vivo. E foi nesses ambientes insubstituíveis para a perfeita libertação da folk que aprendemos a fruir as energias do entusiasmo. E terá sido, porventura, neste contexto de participação-observação directa que Aurelio Argel sentiu que a Asturiana Mining Company são "siete magníficos músicos... con el detonador a punto".

Um detonador da música tendo como resultado uma verdadeira explosão de talento e de criatividade, com um registo de estreia que a crítica reconheceu como "atrevido na sua proposta, conceitos abertos, execução dinâmica e matizes bem incorporados". (Folkesí). Um dos aspectos porventura mais mercantes relacionados com o aparecimento da Asturiana Mining Company no contexto folk asturiano reside no facto de com a sua proposta o grupo provar que existem outros caminhos, distintos mas não necessariamente divergentes daqueles que têm vindo a corporizar o mainstream do Principado. Voltar ao Topo

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Oysterband

Combine-se a energia dos Pogues, a agudeza do espírito de Billy Bragg e o carisma festivo dos Dexys Midnight Runners com a elegância musical dos Waterboys e já se pode fazer uma ideia aproximada do som característico dos Oysterband.

Desde os primeiros trabalhos, em 1981, que a Oysterband criava aquilo que acabou por perseguir durante toda a sua longa carreira - uma mistura entre o "folk" (na sua componente mais directamente ligada com a música de dança) e o Rock (na altura da irreverência "Punk") - sem deixar de fazer algumas incursões pelo, também em voga, "New Age".

Mas é logo a partir de meados dos anos 80 que esta banda acabava por assinar "20 Golden Tie Slacners" e "Liberty Hall", construindo a partir daí o que hoje podemos designar por "Som Oyster" - e que nunca mais os abandonou.

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Mandrágora
Os elementos integrantes dos Mandrágora não tiveram dúvidas quanto às coordenadas fundamentais caracterizadoras do respectivo projecto (em construção), lançado a partir de Julho de 1999: mais do que inspirarem-se na música tradicional, eles pretendem transfonnáIa em algo de novo, combinando influências que vão desde a Escandinávia ao Mediterrâneo e que passam, naturalmente, pela folk ibérica de raíz "céltica".

E, neste sentido, lançam-se com todo o entusiasmo na procura de novas formas de conciliar músicas de diferentes proveniências com a música e o espírito actual, de molde a produzir umafolkforte. E enérgica, logo mais acrescentam, assumindo influências de grupos da sua particular predilecção: Hedningarna, Varttina, Xosé Manuel Budiilo, La Musgafia e Na Lua, entre outros.

Tudo começou quando, em meados de 1999, Ricardo Lopes e Filipa Santos que então se entregavam a um projecto musical intitulado Gwenffyr, decidiram convidar Pedro Viana para uma nova formação, integralmente acústica na origem, designada Mandrágora (que viria a ser posteriormente reforçada com a entrada de Luís Martinho, baixo eléctrico). Uma nova formação que desde logo se mobilizou para a elaboração de uma "maqueta" para concorrer aos "Prêmios Maquetá", uma iniciativa da Deixe de Ser Duro de Ouvido que integrava, pela primeira vez, a categoria da "Música Tradicional".
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Comvinha Tradicional
A partir de um trabalho de pesquisa de velhos cancioneiros e de gravações apagadas na memória musical permite basear o trabalho dos Comvinha Tradicional. Os temas interpretados em espectáculo são as vozes perdidas no interior de Portugal que procuram alcançar vida.

A música portuguesa encerra dentro de si certos cânticos em polifonia, domínio onde é mais rica. Sendo eles cantares do povo, são canções que nascem da necessidade que o homem simples tem em fazer música, em ter música consigo, nas mais variadas situações. É claro que esta situação fica muito aquém da situação real, mas importa referir que o homem de hoje ainda conserva uma necessidade musical e também um legado etno-musical e cultural.

De tudo isto os Comvinha Tradicional retiram o sumo para aproximá-lo aos dias em que vivemos, às nossas vidas e às novas maneiras de fazer música. É por isso que retomam os velhos temas numa forma intimista, fazendo-os atravessar a própria consciência urbana. Voltar ao Topo

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Picä Tumilho

Recolher influências, manipular gostos, entrecruzar sensibilidades e fertilizar o projecto de acção-intervenção com humor e teatralidade: eis a proposta deste grupo de jovens sendineses, Els Picã Tumilho, que se assumem, com gozo e ironia, como uma "agrícula rock band" que pratica um "hard rock etnográfico".

A irreverência aliada a um enonne prazer em fazer da música um veículo de comunicação, cantando na língua natal - o Mirandês - que já faziam mesmo antes de ser declarada língua oficial. E fazem-no para abordar facelas, peripécias, diálogos e histórias imaginadas (com um fundo real) da repão, fazendo do palco também um espaço de teatralidade, de representação crítica e denunciadora.

Ao vivo tentam criar cenas da vida do quotidiano de um povo primário, utilizando vestuários e instrumentos puramente etnográficos, construindo assim o cenário para uma peça teatral que relata as letras das músicas.
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SangriSulta

SangriSulta é uma expressão da língua mirandesa, mais propriamente de Sendim. É muito antiga e quase perdida, só mesmo os mais idosos a reconhecendo. O seu significado pode ser hoje em dia mal interpretado e controverso Trata-se de um acto de piedade para com um animal doente, sangrando para uma morte rápida e menos dolorosa.

Bom, mas SangriSulta é só um nome, um nome para uma banda que quer partir para o futuro agarrada ao presente. Os SangriSulta são do interior de um país que muitas vezes o parece querer esquecer. Mas é justamente desse interior que, muitas vezes, advem a virtude. Assim, são de Trás-os-Montes, mas de um Trás-os-Montes virado para um passado mas com futuro. E os SangriSulta pouco mais querem ser do que uma forma de se olhar ou ouvir o outro lado de uma região que pertence a um país, que é de um mundo que ainda não aprendeu a aprender com o passado.
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Grupo de Cantares de Sendim
A influência de Espanha, que vinhajá de longa data, torna-se agora maisforte no campo social, económico e principalmente cultural. A influência cultural aparece no campo da linguagem, da religião e da música.

Há canções em Sendim com letra e música espanhola que vieram de tempos remotos trazidas de Espanha, mas há outras que vieram com certeza nos tempos da avalancha judaica. Uma coisa é certa: desde 1500 em diante criou-se em Sendim um repertório de canções do mais belo que a musa podia inspirar, quer no campo religioso quer no campo profano.

O canto de advento "José e Maria Correm a Belém" é um belíssimo cântico sagrado do mais genuíno, litúrgico e sentimental que se encontra no Nordeste Transmontano e até no País. O canto da "Encomendaçâo das Almas " ou "As Almas ", que se canta ainda no tempo da Quaresm . a e cuja música é única, é de uma agressividade, de uma interpelação ao sentimento e à consciência cristã com o sentido de além túmulo que dificilmente se encontra em outros cantos da mesma característica popular.

Temos de ver ainda que Sendim está situado num ponto geográfico de grande importância e que levou a sofrer influências de muitas e variadas gentes.

As canções populares de carácter profano mostram bem esta influência que teria vindo até de outras partes do País, quer do Norte quer de outras regiões. Foram os almocreves, artesãos, ped-eiros, tecedores, ferreiros, curtidores, serradores, sapateiros, sombreireiros, peregrinos, viajantes e missionários, os quais, como consta de muitos documentos, fizeram estadia, vida e influência na nossa Terra de Miranda.

Não duvidamos que em Sendim tivessem existido em tempos remotos compositores de valor, mas que deixaram as suas obras no anonimato. Esta recolha de canções que agora saí a lume é uma pequena amostra do largo repertório que existe em Sendim desde tempos imemoriais e que são peças cheias de vida, sentimento e simbolismo e se cantavam e cantam ainda hoje. Como diz a nossa gente de Sendim, são "COUSA DE TODA LA BEIDA".
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