Bebel Gilberto
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Nascida numa família de músicos ilustres (filha do co-inventor da bossa nova João Gilberto, da cantora Miúcha e sobrinha de Chico Buarque), Bebel vive em Nova Iorque desde o princípio dos anos 90. Tem tocado e gravado com artistas consagrados como Caetano Veloso, Chico Buarque, David Byrne, Towa Tei (Dee-Lite), Arto Lindsay entre outros.

"Tanto Tempo" é o álbum de estreia de Bebel Gilberto, gravado em São Paulo em colaboração com o brilhante produtor Suba. Uma oportunidade para descobrir uma nova forma de interpretação da Bossa Nova, na voz desta extraordinária intérprete.

Por um lado Bebel interpreta clássicos de Vinicius de Moraes/Baden Powell e Gilberto Gil/João Donato, por outro pretende inovar através das participações de Carlinhos Brown - o grande senhor da percussão e não só - e da secção eléctrica dos Smoke City ou dos Thievery Convention. Talvez devido ao peso do nome de família que não quis deixar de assinar mas que não quis usar como mais-valia, Bebel deixou o Brasil e foi viver para o país onde nasceu, os Estados Unidos, e onde já estava o seu meio-irmão.

Com o pai aprendeu a cantar: "Ele ensinou-me que está tudo nos pormenores, nas inflexões. Eu nunca gritarei ou virei a usar muito o vibrato". Hoje é o seu jeito que a impõe. O seu registo já ficou nos discos "Red, Hot & Rio", no "Classics in the Key of G" de Kenny G ou ainda no dueto que fez com o pai no Carnegie Hall.

Bebel apostou por começar do zero, cantou nos clubes de Nova Iorque onde pôs em prática o que foi aprendendo com a mãe quando a acompanhava a festivais de jazz, e conquistou o espaço que tanto queria sem que o nome Gilberto funcionasse de forma redutora. Fonte: CCB e Correio da Manhã.