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Composição |
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Bruno
Cardoso 24 anos. Juntou-se aos comvinha em 1996.
Frequentou o curso de percussão da Escola de Jazz do Porto. Participou em vários
projectos de música ligeira, entre os quais Folk Off e Ornatos Violeta. Toca com os
Jigolos, entre outros. Frequenta o curso de arquitectura na E.S.A.P.. É colaborador
e actor do Teatro Artimagem.
Voz, cântaro, congas, bodhran, bongós, adufe, drbuka, miudezas.
Ana Catarina 20 anos. Juntou-se ao projecto
em 1998. Frequenta o curso de línguas e literaturas modernas da Faculdade de Letras do
Porto.
Voz, bombo.
Fernando Fernandes
34 anos. Juntou-se ao projecto em 1998. Topógrafo. Membro
fundador do Arco do Bojo (música tradicional portuguesa).
Concertina, Cavaquinho.
Sandra Neves 22 anos. Juntou-se ao projecto
em 1998. Frequentou o curso de línguas e literaturas modernas da Faculdade de Letras do
Porto. Frequenta actualmente o curso de Escultura da F.B.A.U.P.
Viola braguesa.
Marisa Soares 25 anos. Membro fundador.
É finalista do curso de Escultura na F.B.A.U.P., é construtora de instrumentos, tendo
completado o curso de Construção de Cordofones Portugueses na Fundação para o
Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto
Voz e adufe
Ricardo Rocha 21 anos. Membro fundador e
responsável pelas recolhas e arranjos sobre as melodias tradicionais. Estuda guitarra
clássica no Conservatório de Música do Porto. Participou no projecto Cantar Zeca Afonso
do cantor Manuel Amorim. Participa em vários projectos de educação musical.
Guitarra e Concertina
Miguel Oliveira - 28 anos.
Membro fundador. Curioso investigador de sopros tradicionais. Trabalha no Sindicato dos
Professores do Norte e, frequenta o curso superior de ciências da educação.
Flautas, ocarinas, gaita-de-foles, trancanholas.
Blandino 24 anos. Membro fundador,
responsável pelas recolhas e arranjos das melodias tradicionais. Director musical.
Estudou guitarra clássica, frequentou o curso de canto coral da Escola Profissional de
Música do Porto. Estuda com regularidade os cordofones portugueses, utilizando os mesmos
em várias participações e outros projectos de música acústica (chamaste-mó?...).
Voz, bandolim, bandola, guitarra e adufe. |
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Discografia |
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n/d |
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Contacto |
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Vau
Produções - Alfredo Teixeira - 228329675/6
Fax: 228329677
22 6070569 Miguel Oliveira |
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Comvinha Tradicional |
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Descrição |
O projecto Comvinha Tradicional nasceu em
Maio de 1994. O grupo teve inúmeras formações, instrumentos diversos,
várias vozes. Actualmente, com quatro dos membros fundadores, apresentam vários
espectáculos de música tradicional. O propósito é divulgar e manter viva uma
tradição musical rica e vasta; por isso, desdobramo-nos em várias formações que
servem ocasiões e ambientes diferentes.
Os membros dos comvinha são uma formação de instrumentistas e cantores que
apresentam vários espectáculos de diversas naturezas.
Recriam um baile, fazem animação de rua, qual grupo de Zés-pereiras, tocam
música instrumental de raiz tradicional ou apresentam um espectáculo de arranjos vocais
e instrumentais de algumas das muitas canções do nosso cancioneiro.
Instrumentos
Guitarra, Viola Braguesa, Bandolim,
Cavaquinho, Vozes, Gaita-de-Foles, Flautas, Concertina, Bombo, Caixa, Bodhran, Adufes. Veja mais
detalhes...
Repertório
TELL HER I AM instr. (Irlanda); PINGACHO (trad. Mirandês); CONCERTINA instr. (trad. Port. Minho); VÓS CHAMAIS-ME
MORENINHA (canto de trabalho, maçadela do linho de Malhada
Sorda Beira Alta); MODA DOS NAMORADOS instr. (trad. Trás-os-Montes); MARIÃO (trad. Trás-os-Montes);
CONTRADANÇA/FLORÍPES (trad. Beiras/trad. Minho); PÃ CENTENO/CORRIDINHOS (trad.
Mirandês/trad. Algarve); MIRANDESA instr. (trad. Trás-os-Montes); SENHORA DO
ALMORTÃO (trad. Beira Baixa); FADO
DA MORIANA (romance Castelo Branco); DIABO DO BELHO; ENTRUDO (trad. Beiras); MARIANITA (Alentejo); VALSA DE DOIS PASSOS/TORRES VEDRAS instr.
(trad. Port.); SALOIO (Beira
Alta); VALSA DE DOIS PASSOS (Torres
Vedras); QUADRILHA (Beiras); MIRA-ME MIGUEL (Trás-os-Montes); Alvorada/Passodobles (Portugal/Galiza); The Mountain Rose instr. (trad. Irlanda); Shandon Bells instr. (trad. Irlanda) |
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Histórico |
Desde o 1º de Maio de 1994, foram realizados
inúmeros concertos: Feira de Artesanato de Gondomar; Feira de Artesanato de Famalicão;
Refeitório/Bar da Reitoria da Universidade do Porto, ISSSP - Instituto Superior
Segurança Social Porto. G.E.O.C.E.U, Tondela (concurso de música- teatro
ACERT);Instituto da Juventude - Braga, NASA - Nave de Serviços Artísticos Santiago de
Compostela-; Bar Real Feytoria (1 semana); vários concertos na Cooperativa Cultural
Gesto; Bar Pinguim; Bar Capitão Ad Hoc; Actor Bar; Joes Bar; Broalhos (romaria de
Nossa Sra. de Canas); S.João da Madeira (iniciativas do Sindicato do Calçado); INATEL de
Entre-os-Rios; Ramalde (juntamente com os Toque de Caixa); Viana do Castelo; Macedo de
Cavaleiros; Festival de Vila Nova de Foz Côa; Oliveira do Douro; Escola Preparatória do
Cerco do Porto; Cristal Parque; Arrábida Shopping; Circulo Católico dos Operários do
Porto; Iniciativas do Teatro Artimagem (no teatro estúdio de Massarelos e no Fazer
a Festa, no Palácio de Cristal) Participação de Alguns elementos na Queima do Judas 98. |
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Agenda
2001 |
Abril
Dia 21 - INATEL Stª Maria da Feira (9.30h)
Maio
Dia 01 - Aveiro (Rossio)
Dia 10 - Covilhã (Festival Étnico da Covilhã) |
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Histórico de
Actuações
2000
01/10 - Concha Acústica Palácio de Cristal (Festa da Castanha)
04/10 - Aniversário da CGTP
10/10 - ISEP Festival FolK Associação de Estudantes do ISEP
02/12 - Castelo de Leiria1998
28/03 -
Piano Jam Bar Café Concerto.
01/05 - Comemorações do dia do Trabalhador na Praça da
Liberdade, no Porto - comvinha na Rua
15/05 - Escola Secundária de Valongo Concerto
17/05 - Chapim
Azul, Parque de S. Roque Concerto
22/05 - Centro
Comercial Minho em Braga Comvinha em Quarteto - Concerto
23/05 - Centro Comercial Minho em Braga Concerto
25/05 - Aula Magna da Universidade de Trás-os-Montes
Concerto
03/10 - 4º
Festival de Teatro Cómico da Maia - Noite Musical
10/10 - Praça da
Ribeira, Porto Dia Mundial dos Correios 06/11 - Centro Dramático de Rio Tinto - comvinha instrumental
20/11 - Quinta de
S. Salvador Vila Nova de Gaia Concerto de Aniversário do Sindicato dos
Professores do Norte comvinha instrumental
21/11 -
CRAT - Centro Regional de Artes Tradicionais do Porto - Concerto
1999
16/01 - Sobrado, Valongo- Concerto
comvinha na Rua
21/01 - ESAP -
Escola Superior Artística do Porto
14/02 - Associação de Recreio de
Azevedo, Campanhã Desfile de Carnaval comvinha na Rua
25/03 - comvinha em
Trio
27/03 - Semana da
Juventude do Vale de Campanhã - comvinha na Rua
07/04 - Queima 99
Café na Praça
30/04 - Chapim Azul
Feira de arte no Parque de S. Roque, Porto
18/07 - Furadouro,
Aveiro
25/07 - Sentidos
Grátis
27/07 - Festas da
Cidade da Guarda
02/10 - Cinema S.
Pedro Espinho
07/12 - Ryans
Irish Pub - Porto
25/12 - Inauguaração
loja/oficina Instrumentos Tradicionais - Marisa Soares - Ribeira - Porto
17/12 - Marinha
das Ondas, Pombal
2000
04/02 - Ryans Irish Pub - Porto
08/03 - Auditório dos Sindicatos - Porto às 18:30h
17/03 - Ryan´s Irish Pub - Porto às 23.30h
31/03 - Rivoli - Porto (Intercéltico) 23.00h
01/04 - Rivoli - Porto (Intercéltico) 23.00h
14/04 - Sentidos Grátis (Rua das Flores), Porto
24/04 - S. João da Madeira
25/04 - Cantanhede
01/05 - Beja
08/07 - Maia - Feira de Artesanato
30/07 - Fernão Joane - Festival de Cultura Popular (Guarda)
03/08 - Porto, Jardins do Palácio de Cristal (Concha Acústica)
05/08 - Iº festival Intercéltico de Sendim Trás-os-Montes |
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Informação
sobre os Instrumentos utilizados pelos Comvinha Tradicional |
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GAITA-DE-FOLES
A gaita-de-foles é um aerofone especial, composto essencialmente de um tubo melódico e,
as mais das vezes, de outro, pedal, munidos de palhetas que soam pela passagem de ar,
soprado não directamente pela boca, mas de um reservatório a eles ligado, que se enche
por meio de insuflador com válvula.
O instrumento remonta a grande antiguidade, e a sua área mundial é
extremamente vasta.
A generalidade dos autores filia os seus primórdios no ciclo pastoril, ao
qual pertence também a flauta, entendendo que a ideia de juntar uma destas a um odre de
pele se compreende em gentes que dispusessem de rebanhos e que conhecessem esse género de
recipientes. Na Inglaterra, na Escócia e na Irlanda prevalecem as teses que consideram a
gaita-de-foles de origem céltica, face à sua grande difusão em países de ascendência
céltica notória, além daqueles no norte da Península Ibérica, e sobretudo na Galiza.
Em Espanha, Violant Simorra, acentuando a natureza pastoril do instrumento, não recusa a
sua origem céltica, recordando que os celtas eram principalmente povos pastores; Caro
Baroja, porém, atentando na existência de gaitas-de-foles nos povos pastoris de todo o
mundo, nas estepes da Ásia como nas ilhas do Mediterrâneo, afirma a sua ascendência
pastoril mas não céltica. As primeiras referências históricas que conhecemos do
instrumento são de Suetónio e do seu contemporâneo Dio Crisóstomo, que falam de Nero
como tocador da tíbia utricularis , prometendo exibir-se como tal nos Jogos, se a sorte
na guerra lhe fosse favorável; Marcial também se lhe refere, indicando o nome grego do
seu tocador o Ascaules - e encontrou-se em Richborough, na Inglaterra, a estatueta
de um tocador do instrumento, deste período.
O instrumento compunha-se, então, de dois ponteiros- clarinetes, sendo de
presumir que tivesse sido importado recentemente da Ásia, onde conserva essa
característica.
S. Jerónimo, nos fins do séc. IV, alude igualmente ao instrumento numa carta a Dardanus,
designando-o pelo nome de Chorus e descrevendo-o como um odre a que se aplicaram dois
tubos, um insuflador e um ponteiro. Mas é na Idade Média que a gaita-de-foles toma
especial relevo, aparecendo espalhada por todos os países e regiões da Europa, da
Península Ibérica à Escandinávia, da Inglaterra à Itália e à Grécia, da França ao
Cáucaso, pela Ásia, da Arábia e Pérsia à Índia e Birmânia e até à China, entre os
hindus, drávidas e burmeses, pelo Mediterrâneo e Norte de África, revestindo-se por
todas estas partes, de aspectos muito variados. |
CONCERTINA
Aerofone portátil de palhetas livres.
Em 1829, o fabricante de instrumentos britânico, Sir Charles Weatstone patenteou a
concertina. Este instrumento é uma variante do acordeão, sendo a sua escala diatónica.
O penetrante som nasal da concertina é produzido por lâminas de cobre ou aço que
vibram. Estas lâminas de metal chamam-se linguetas livres, porque vibram
livremente para cima e para baixo com a passagem do ar.
Em Portugal a concertina é usada e adoptada com forte incidência no Minho e no Algarve.
Instrumento característico de danças e companheiro dos cantares ao desafio.BOMBO
Os bombos caracterizam-se pela ausência de bordões sobre qualquer das
peles, que por isso, sob a pancada da masseta, vibram livremente, com uma sonoridade
profunda e difusa. Os bombos são geralmente de tipo largo, e de vários tamanhos, desde
os enormes bombos dos Zés-pereiras minhotos, com mais de oitenta centímetros de
diâmetro, e bastante altos, até aos pequenos e delicados bombos das rusgas, e
principalmente das chuladas, com menos de 30 cm de diâmetro.
BANDOLIM
O bandolim é um cordofone da família dos Alaúdes que,
provavelmente, terá a sua origem em Nápoles. Relaciona-se com as velhas mandolas (de
fundo convexo, em gomos, quatro ordens de cordas duplas).
O bandolim é um cordofone de quatro cordas simples ou dobradas com a afinação: mi 4,
lá 3, ré 3, sol 2. Toca-se de ponteado, com um plectro (palheta) que faz
trémulo sobre cada corda.
Em Portugal ganhou grande popularidade com as Tunas.
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VIOLA
BRAGUESA
A viola braguesa é provavelmente a espécie mais antiga das violas
apresentadas no projecto. Desde cerca do séc. XVII que há relatos das violas de arame,
armadas normalmente com cinco ordens duplas.
Estas tocam-se de rasgado pela mão direita reforçando a secção rítmica,
ao mesmo tempo que com oportunidade introduzem motivos melódicos curtos, num quase
ponteado .
A viola braguesa é por tradição um instrumento intimista que sempre acompanhou o canto
( particularidade das violas de cinco ordens, como a viola toeira ou a viola amarantina),
mais tarde viria a descobrir o êxito a tocar com o cavaquinho, mais uma vez como
instrumento de acompanhamento.
A afinação mais comum da viola braguesa é: sol 3, ré 3, lá 2, sol 2, dó 2.VIOLÃO ou GUITARRA
É a comum viola espanhola ou europeia, que em Portugal tem a
particularidade de ser fundamentalmente um instrumento de acompanhamento. A guitarra é um
instrumento fundamental para unir o conjunto.
A afinação deste instrumento é: mi 3, si 2, sol 2, ré 2, lá 1, mi 1.
CAVAQUINHO
O cavaquinho é um cordofone popular de pequenas dimensões, do tipo da
viola, de tampos chatos e portanto também da família das guitarras europeias.
Existem actualmente em Portugal vários tipos de cavaquinhos. É, sem dúvida,
fundamentalmente no Minho que o cavaquinho aparece como espécie tipicamente popular,
ligado às formas essenciais da música característica dessa província.
O cavaquinho tem várias afinações, sendo a afinação ré 4, si 3, sol 3, sol 3
a mais vulgar. Geralmente toca-se de rasgado, como instrumento harmónico; mas um
bom tocador faz também melodia.
FLAUTAS
As flautas, entre nós, são na maioria dos casos, instrumentos de
passatempo individual, que o homem do campo, e sobretudo o pastor, toca sozinho nas suas
horas vagas. Mas, mesmo onde assim sucede, vemo-las por vezes figurar ao lado de certos
conjuntos- gaiteiros transmontanos, Zés-Pereiras, etc. -, que podem até ter carácter
cerimonial.
Em Portugal existem dois tipos de flautas: de bisel e travessas.
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OCARINAS
Instrumento de passatempo individual, sendo na sua maioria de barro.
Feitas nos louceiros de Barcelos e nas Caldas da Rainha.PANDEIRO ou ADUFE
Denominamos pandeiros os membranofones de percussão directa, de aro muito baixo, cujas
peles são fixas (não permitindo portanto a graduação da sua tensão e tonalidade),
cosidas umas às outras sobre o aro, ou pregadas a este. Dentro desta definição geral,
porém, a palavra designa vários instrumentos uni- e bimembranofones e de diversos
formatos, nomeadamente redondos e quadrangulares ou poligonais, grandes ou pequenos, e sem
ou com soalhas interiores ou exteriores (e que, de resto, aparecem com frequência nas
mesmas ocasiões, e que há uma certa tendência para considerar conjuntamente).
Pandeiros bimembranofones Os pandeiros bimembranofones ( que consideramos apenas na
sua forma quadrangular, mais característica ) encontram-se entre nós, hoje,
exclusivamente na faixa oriental do País, desde a Lomba de Vinhais, no alto
Trás-os-Montes, até ao rio Douro, e de terras da Guarda até ao Baixo Alentejo ou
seja, nas áreas pastoris portuguesas por excelência -, onde eram, até não há muito
tempo, extremamente correntes, continuando a sê-lo em algumas partes, nomeadamente na
Beira Baixa, de que se podem mesmo considerar o instrumento característico. Eles aparecem
associados à música vocal popular tradicional mais genuína por vezes
caracteristicamente arcaica das diversas regiões onde ocorrem, como seu
acompanhante natural e específico.
Existe a menção do adufe tocado por ordem de uma mulher numa Cantiga de
Amigo do séc. XIII, de Martin de Ginzo, jogral da corte de Afonso X, nas terras de
Ourense. |
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