Viseu e Famalicão
Tristes europeus...
A coreografia das várias europas
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Maio 2003 Dias 29 a 31 Viseu (Teatro Viriato) Junho 2003 Dias 21 e 22 Famalicão
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. . .Quase dois anos
depois da estreia, a coreografia Tristes Europeus... regressa ao palco onde nasceu - agora
apresentada numa versão revista e actualizada e que conta com a participação do
próprio coreógrafo, Paulo Ribeiro. De 29 a 31 de Maio.
Estreada em Dezembro de 2001, no Teatro Viriato, em Viseu, a coreografia Tristes
Europeus... apresenta-se agora numa versão revista e actualizada: para além da mudança
ditada em 2002 pela lesão de um bailarino, que levou Paulo Ribeiro a regressar ao palco
enquanto intérprete, muitas outras, menos evidentes talvez, foram surgindo ao longo de um
processo de afinação da obra desenvolvido pelo coreógrafo.
O espectáculo resulta do encontro, ou exílio, de várias Europas em Viseu os
próprios bailarinos da companhia de Paulo Ribeiro , configurando um possível mapa
das suas histórias e expectativas, e conta com a participação musical ao vivo do grupo
Danças Ocultas.
Danças Ocultas, um quarteto de concertinas, emprestam a este espectáculo várias
composições originais, retiradas dos seus dois discos "Danças Ocultas" e
"Ar". Trata-se de um grupo que conta com quatro músicos, que elegeram a
concertina como elemento fundamental da sua criatividade: Artur Fernandes, Filipe Cal,
Filipe Ricardo e Francisco Miguel construiram um repertório feito de e para estes
magníficos instrumentos.
Neste espectáculo, "todos eles falam com o corpo, todos eles respiram pela pele e
sonham diluir-se em seres universais capazes de tudo apreender e compreender". É
assim como se apresenta o espectáculo da Companhia Paulo Ribeiro, que conta com a
participação ao vivo dos Danças Ocultas - a música que serve de suporte para uma
coreografia original de Paulo Ribeiro.
A concepção, direcção e coreografia do espectáculo é da responsabilidade do próprio
Paulo Ribeiro, com música dos Danças Ocultas, figurinos de Carlota Lagido e desenho de
de luz Nuno Meira. Os intérpretes são Constance Lüttich, Leonor Keil, Marta Cerqueira,
Marta Silva, David Lerat, Félix Lozano, Paulo Ribeiro e Romulus Neagu. Os músicos que
actuam ao vivo são Artur Fernandes, Filipe Cal, Filipe Ricardo e Francisco Miguel.
Assinale-se ainda que a Companhia Paulo Ribeiro regressada ao Porto após dois anos
de ausência dos palcos da cidade apresentará, também no Teatro São João e no
âmbito do FITEI, a sua mais recente criação coreográfica: Silicone Não, em cena entre
4 e 6 de Junho.
Paulo Ribeiro fundou em 1995 a "companhia Paulo Ribeiro" para a qual tem vindo a
criar coreografias, como é o caso de «Sábado 2», «Rumor de Deuses», «Azul
Esmeralda», «Memórias de Pedra - Tempo Caído» e «Ao Vivo». Com o surgir desta
companhia em nome próprio, Paulo Ribeiro pôde desenvolver a sua própria linguagem,
afirmando com maior solidez a sua assinatura enquanto coreógrafo, o que lhe mereceu
alguns prémios, nomeadamente com a peça «Rumor de Deuses» (1996), a qual foi destacada
com os prémios de «Circulação Nacional» atribuído pelo Instituto Português do
Bailado e da Dança» e «Circulação Internacional» atribuído pelo Centro Cultural de
Courtrai, ambos inseridos no âmbito do concurso «Mudanças 96».
Muito antes, em 1989 arrancava o grupo "Danças Ocultas",
sob o nome de Quarteto de Concertinas, a tocar transcrições de partituras
clássicas (abertura Aida de Verdi e Aria na corda Sol da Suite em
ReM de Bach) e de música popular de outros países (Itália, Brasil), por inexistência
de repertório escrito para Concertina.
Quando Artur Fernandes foi estudar Composição na Universidade de
Aveiro, começou a compor para o Quarteto de Concertinas, evitando a
tradição folclórica do instrumento e tentando procurar as vontades naturais do
instrumento.
Em 1993 Gabriel Gomes (acordionista dos Madredeus), conheceu este
trabalho e mostrou-se interessado em produzi-lo artisticamente com vista a gravar o
primeiro CD. A gravação ocorreu em 1994 e a edição em 1996 pela EMI-Valentim de
Carvalho. O nome deste primeiro trabalho, Danças Ocultas, foi também
adoptado para nome do próprio grupo. Em 1998, foi editado o secundo disco "Ar".
"Danças Ocultas" procura uma música nova para um
instrumento velho. Apesar de algumas limitações técnicas do instrumento, a
preocupação recai, sobretudo, nas potencialidades da Concertina. Por outro lado, toda a
família dos acordeões está associada a solistas virtuosos; Danças Ocultas
prefere explorar o lado expressivo do instrumento e consequentemente comunicar através da
emoção colectiva.