. . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Programa
Quadro 1 - O Sabre e as
origens (Kendo)
Responsável: Filipe Chamorro
Quadro 2 - As linhas do Sopro (Kata de Karate-Do)
Responsável: Ricardo Teixeira
Quadro 3 -A criação da forma (Kata de
Jô)
Responsável: António Piano
Quadro 4 - Itsutsu no Kata - Os cinco
princípios (Kata de Judo)
Responsáveis: Jorge Trigo de Sousa e Raul Pinto
Música: M. Ravel, Daphnis et Chloé
Quadro 5 - "Nascimento" (Iai-Do)
Responsável: Georges Stobbaerts
Quadro 6 - A procura da harmonia (Aiki Do)
Responsável: Manuel Galrinho
Músicas: Michael Nyman, The Cook, the Thief, his Wife and her Lover; Wim
Mertens, Educes Me; Gérard Widmer e Willi Grimm, Odem; Stephan Micus, The
Music of Stones
Quadro 7 - Entre o Céu e a Terra (Ten-Chi Tessen)
Responsáveis: Ana Oliveira e Miguel Raposo
Música: Ondekoza Group, Ondekoza Typhoon; J. S. Bach, Sonatas para Flauta,
BWV 1013
Quadro 8 - A unificação do Ki (Aiki Budo)
Responsável: Georges Stobbaerts
Quadro 9 - A flor do gesto (Dança-Budo)
Responsáveis: Luís Damas e Georges Stobbaerts
Violoncelista: Teresa Portugal Núncio
Música: J. S. Bach, Suite para Violoncelo
INTERVALO
And so... It is personal
Coreógrafa: Sherrie Barr
Música: J. S. Bach, Suite n.º 4, Prélude
Mensagem
Coreógrafa: Maria João Santos
Música: Ben Harper, Opression
Little steps to Nijinsky
Coreógrafo: Luís Antunes
Música: Schnittke, Cello Concerto n.º 3
Se eu pudesse...
Coreógrafa: Elizabete Monteiro
Música: Rodrigo Leão
Coreógrafos: Cristiana Alves e João Alves
Músicas: Luís de Valéria, Requiem Officium Defunctorum; Eleni Karaindrov,
Eternity and Day
Asa Negra
Coreógrafa: Patrícia Macedo
Música: Spoken Words e Water World
Cantata a dois corpos
Coreógrafos: Luís Antunes e Maria João Santos
Música: J. S. Bach, Concerto Inglês
La femme...
Coreógrafo: Luís Antunes
Música: Händel; Stockhausen; Philip Glass
Prelúdio para um soluço
Coreógrafa: Isabel Baptista
Música: J. S. Bach, Concerto para Cravo e Cordas em Fá Menor
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.
O espectáculo Dança do
Sopro realiza-se no dia 4 de Julho de 2001, às 21:30h, no Pequeno Auditório do Centro
Cultural de Belém. A direcção é da responsabilidade de Georges Stobbaerts e Luís
Damas.
Preços: 2 000$00 para estudantes; 2 500$00 para o público em geral. |
Lisboa - CCB
Dança do Sopro no
CCB
CCB, Pequeno Auditório, dia 4 Julho de 2001, 21:30hO CCB vai receber dia 4 de Julho a Dança do Sopro, um encontro da dança
ocidental com as Artes do Budo, artes vindas do Oriente, é uma tentativa de mergulhar na
atmosfera mágica do sopro e do movimento.
A Dança e o Budo têm, para além de uma semelhança, a mesma raiz e os mesmos
objectivos. O aspecto semelhante é óbvio de imediato, porque ambas as artes têm um lado
coreográfico, sonoro e gestual, mais ou menos expressivo ou mais ou menos interiorizado.
A raiz é idêntica porque a respiração é essencial, o corpo é o mesmo e movimenta-se
na tentativa de alcançar o equilíbrio, de realçar e explorar novas formas ou até de se
confundir com a natureza. Os objectivos são idênticos ainda, porque, em ambos os casos,
se pretende um espírito desperto, em estado de alerta, e disponível para o imprevisto.
Na Dança e no Budo, as situações apresentam-se, por vias diferentes mas convergentes,
como que envoltas por um encantamento onde a busca da beleza nos revela a essência da
Arte.
O Budo
O Budo, tal como nos chega do Oriente, associa o corpo e o espírito e convida o
homem a viver na coexistência do presente e do futuro, que encontra a sua tradução
máxima na expressão «aqui e agora». Quaisquer que sejam as disciplinas e as escolas em
causa, as Vias do Budo ensinam, sob formas aparentemente diversas, um conjunto de
técnicas e sobretudo um modo de adaptação ao real. Feitas de experiências e gestos
vividos, todas exigem entrega e a transformação daquele que nelas se inicia. Das muitas
disciplinas que compõem o Budo, abordam-se neste espectáculo as de Iai-Do, Kendo,
Karate-Do, Judo, Tenchi-Tessen e Aiki Do.
O Iai-Do, que significa literalmente a «Via do Sabre e da bainha», é a arte de manusear
o Sabre, uma das mais nobres na hierarquia do Budo.
O Kendo ou «Via do Sabre» é a esgrima japonesa, em que se combate frente a frente.
Praticado com armaduras e, desde o século XIX, com um sabre de bambu (shinai), o sabre
verdadeiro (katana) é reservado para a prática de exercícios codificados, designados
"Kata", que, repetidos incansavelmente, constituem o estudo mais importante no
Kendo.
O Karate-Do, cujo termo resulta da junção de Kara (vazio), Te (mão) e Do (via), é uma
arte de combate de mão nua, em que pés e mãos servem para manter o adversário à
distância e atingir os seus pontos vitais. Decorrendo o significado de Kara (vazio) da
filosofia Zen, a «mão vazia» surge como a procura de um estado de espírito que faz a
ponte entre o Zen e o Budo.
O Judo, talvez a arte marcial mais conhecida, foi criada no fim do século XIX por Jigoro
Kano e à letra designa a «Via da flexibilidade».
O Tenchi-Tessen, criado em 1985 por Georges Stobbaerts, é a arte em que o leque substitui
o sabre. Envolvendo o corpo e o sopro, pondo em harmonia movimento, som, música e
silêncio, permite, entre outras coisas, descobrir a quem o pratica a sua estrutura
espacial.
O Aiki Do, criado por Morihei Ueshiba, tem por base a unidade do homem, expressa, desde
logo, na etimologia da palavra: Ai (união, harmonia), Ki (energia vital, sopro) e Do
(via). O seu segredo consiste em criar o vazio e
em dirigir a energia do parceiro contra ele próprio, procurando encerrá-lo numa grande
esfera. O Aikido pode definir-se como a arte da não resistência, que sai sempre
vitoriosa.
A Dança
Arte do gesto por excelência! Emanação suprema dos mais altos valores vividos
profundamente nos corpos, que alargam os seus limites. Esperança de não serem precisas
mais palavras para o que é evidente.
Dança, a janela mais profunda da alma.
A Companhia de Dança da FMH-UTL, criada em 1999 pelo Professor Luís Damas, com a
aprovação dos órgãos directivos da Faculdade, visa dinamizar, promover, estimular e
complementar a formação técnica e artística dos alunos. Desde o seu início e no seu
curto tempo de vida, tem sido gerida altruisticamente e funcionado como verdadeiro centro
de formação e treino dos mais variados ofícios e práticas ligados à dança
(ensaiador, produtor, responsável de guarda-roupa, direcção de cena, direcção de
luzes, coreógrafo, bailarino, aderecista, figurinista, cenógrafo, professor, estagiário
e designer). Tendo colocado alunos a coreografar, contou ainda, na qualidade de
convidados, com o trabalho de coreógrafos exteriores à Faculdade, de que são exemplo
Isabel Baptista, Sherrie Barr e Isadora Morais.
Aberta às várias tendências da dança, no curto espaço de dois anos, conta já com
vinte coreografias no seu repertório, nove das quais estreadas em 2001. Neste
espectáculo, a Companhia de Dança da FMH - UTL mostra vários coreógrafos e
coreografias, que revelam momentos e percursos íntimos. (apresenta várias coreografias
que revelam momentos e percursos íntimos dos seus coreógrafos).
Participam neste espectáculo a Professora Elizabete Monteiro e os alunos Cristiana Alves,
João Alves, Luís Antunes, Patrícia Macedo e Maria João Santos. E, como coreógrafos
exteriores à instituição, Isabel Baptista e Sherrie Barr.
A Dança do Sopro é pois o resultado do trabalho da Companhia de Dança que, através de
diferentes coreografias, revela mundos de outra forma indizíveis. É o resultado, enfim,
de longos anos de pesquisa de Mestre Georeges Stobbaerts em Artes Marciais e cujo encontro
com a dança, feito em conjunto com o coreógrafo Luís Damas e a interpretação ao vivo
da violoncelista Teresa Portugal Núncio, constitui experiência inédita.
Biografias
. . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . .
GEORGES STOBBAERTS, de origem belga, nasceu em Casablanca, em 1940. Engenheiro de profissão,
desde cedo iniciou a prática de Judo, Aiki Do, Kendo, Iai-Do e Yoga, sob a orientação
de eminentes mestres. Fascinado pelafilosofia oriental, iniciou-se no Zen. Fundou o
primeiro Dojo de Aiki Do e Kendo em Marrocos. Em 1970, participou, brilhantemente, nos
primeiros Campeonatos do Mundo de Kendo. Veio a Lisboa pela primeira vez em 1967,
instalando-se pouco depois, definitivamente, em Portugal, onde adquiriu a nacionalidade
portuguesa. Introduziu no nosso país o Zen, o Aiki Do e o Iai-Do e, mais tarde, criou o
Ten-Chi Tessen. Formou numerosos professores nas diferentes disciplinas e promoveu
inúmeros seminários e estágios em Portugal, em vários países da Europa e no Brasil.
Promoveu também as relações com a cultura e o teatro. É fundador do Ten Chi
International, que deu origem ao Ten-Chi Ryu, escola reconhecida pela Dai Nippon Butoku
Kai, organização máxima das Artes Marciais japonesas, da qual é representante em
Portugal para todas as disciplinas do Budo, organização que lhe outorgou o título de
Hanshi e o grau de 8.º Dan.
LUÍS DAMAS, 1.º Bailarino do Ballet Gulbenkian desde 1993; 1.º Prémio de
interpretação e medalha de ouro em The Second Japan International Ballet and Modern
Dance Competion 1996; 1.º Prémio de coreografia «Novos Valores da Cultura 1998»; 1.º
Prémio de Vídeo no Concurso de Vídeo e Cinema «Cultura e Desenvolvimento 1990».
Nomeação para os prémios «Bordalo da Imprensa 1996», que distinguem os melhores do
ano eleitos pela comunicação social. Coreógrafo convidado da Dutch National Ballet e
Ballet Gulbenkian entre outras companhias. Além dos prémios já citados, os vídeos de
dança obtiveram mais seis prémios em Portugal e no estrangeiro, tendo sido exibidos em
vários países do mundo. Professor convidado da Faculdade de Motricidade Humana da UTL,
criou no ano de 1999 a Companhia de Dança da FMH.
TERESA PORTUGAL NÚNCIO terminou os Cursos Superiores de Violoncelo e Piano aos 17
anos com as mais altas classificações, no Conservatório Nacional. Em simultâneo com os
seus estudos musicais, cursou matemática na Faculdade de Ciências de Lisboa, até
concluir o Bacharelato. Licenciou-se em Música na variante de instrumento Violoncelo pela
Escola Superior de Música de Lisboa. Frequentou os Cursos Internacionais da Costa do Sol,
nas Classes de Maurice Eisenberg e Kareen Georgian. Recebeu as mais elogiosas referências
de mestres como Alberto Lisy e Henryk Szering. Trabalhou também com Maria de Macedo e
estudou com Pierre Fournier, como Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. A sua
carreira inclui gravações para a RTP e RDP, recitais de Música de Câmara, concertos
como solista, com a Orquestra Gulbenkian e com a Orquestra da RDP (Lisboa), sob a
direcção dos maestros Silva Pereira, Fernando Eldoro e Claudio Scimone. Com Michel
Tabachnik actuou no Festival Internacional de Música do Algarve. Desempenhando o lugar de
Violoncelo Solo, integrou primeiramente a Orquestra Filarmónica de Lisboa e a partir de
1974 ingressou na Orquestra Gulbenkian. Licenciada em Violoncelo, é professora na Escola
de Música do Conservatório Nacional e membro fundador dos agrupamentos de música de
câmara Anima Musicae e Violonseis.
|