Aqui Há Baile...
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Amieira do Tejo
Aqui há Baile
Amieira do Tejo, dias
3, 4 e 5 de Setembro de 2004
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Mais informações: www.pedexumbo.com/Entre 3 e 5 de Setembro vai bailar-se em Amieira do Tejo.
"Aqui há Baile" é um evento integrado na Semana Cultural daquela localidade
alentejana, com várias actividades originais, entre as quais uma viagem de comboio e
travessia do rio, animadas com música.
No âmbito da semana cultural da Amieira do Tejo, freguesia do Concelho de Nisa,
a dança tradicional vai estar no centro das atenções. Para além de se trilhar os
caminhos onde as memórias da dança tradicional se cruzam com os gestos e ritmos ainda
vivos, pretende-se integrar os vários níveis da realidade local (a cultura, o ambiente,
o património humano e arquitectónico) - o rio Tejo, a ligação ferroviária, o castelo,
as pessoas, os costumes locais, as estórias...
Música sobre Carris...
Com partida do Entroncamento, irá viajar-se de comboio, bem junto ao Tejo, ao som de
música tradicional. Cortesia da CP, o bilhete disponível no site da PédeXumbo, poderá
ser trocado gratuitamente nas bilheteiras por um bilhete Entroncamento- Barca da Amieira
para as 10h57 de sábado, dia 4 de Setembro de 2004, uma viagem que será animada pela
PédeXumbo. Chegados ao apeadeiro de Barca da Amieira, a animação continuará enquanto
se atravessa o rio na barca
No outro lado, em Amieira...
Entre oficinas de dança e bailes, desenha-se o espaço de encontro informal entre quem
desde sempre conheceu a música e as danças tradicionais e quem deseja aprendê-las.
Assim, tocadores e bailadores de outrora orientarão as oficinas de dança e liderarão os
bailes à noite, agindo como transmissores de património cultural.
Haverá igualmente oportunidade para trocar e debater ideias, falar e ouvir
falar sobre a dança. Sobre o tema "Bailes de Antanho", os investigadores Carla
Nunes, José Alberto Sardinha e Lia Marchi apresentarão o fenómeno numa perspectiva
dinâmica (da memória do baile em tempos idos até à sua configuração no mundo
contemporâneo), contextualizando-o relativamente ao seu papel na construção da
identidade pessoal e colectiva. Conduzido por estes investigadores, o debate pretende-se
aberto a todos os que queiram perguntar ou opinar sobre o assunto.
A inscrição é uma árvore (uma tília, um sobreiro ou amieiro, azinheira,
loureiro... enfim, uma folhosa ecologicamente adequada à região) - isto para apoiar a
reflorestação de um concelho que ardeu perto dos 100%.
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Programa
6ª feira, dia 3
15h00 - Oficina de Danças
Tradicionais Portuguesas para
Crianças. [a partir dos 5/6 anos, aberto aos acompanhantes]
17h00 Passeio "Peddy-Paper" (início no castelo de Amieira do Tejo e término na Ponte Medieval)
22h00 - Baile com "Toques do Caramulo"
Sábado, dia 4
10h00 - Oficina de Danças
Tradicionais do Algarve
10h00 - Oficina de Danças Tradicionais do Alentejo
10h57 - Música sobre Carris
[animação musical no percurso de comboio Entroncamento - Barca da Amieira.
Partida no Entroncamento às 10h 57m, chegada a Barca da Amieira às 12h 05m. Bilhete
Grátis para o referido percurso]
12h05 - Danças de Apeadeiro
[baile no apeadeiro de Barca de Amieira]
16h00 - Oficina de Danças Tradicionais do Trás-os-Montes
16h00 - Oficina de Danças Tradicionais do Beiras
18h00 Actuação do
"Grupo das Pedrinhas de Arronches"
22h00 - Baile com "Galadum Galandaina"
Domingo, dia 5
09h00 - Expedição Fotográfica
"Muro de Sirga": tema D Aquém Tejo
10h00 - Oficina de Danças Tradicionais de Nisa
11h00 - Mesa-Redonda: "Bailes de Antanho"
[intervenientes: Carla Nunes, José Alberto Sardinha e Lia Marchi]
13h00 - Piquenique junto ao rio / Plantação de Árvores
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Mesa Redonda Bailes de Antanho
Carla Nunes
"O Baile em Portugal
na Actualidade: configurações e repertórios"
Carla Nunes tem 34 anos, é acordeonista e actua em
bailes em Portugal e no estrangeiro desde 1985. É também professora de Educação
Musical na E.B. 2, 3 Vasco da Gama, em Sines, tendo-se licenciado na ESE do IP de Setúbal
em 1998, com média de 16 valores. Em 2000 concluiu a parte curricular do doutoramento em
"Aspectos cénicos e coreográficos em História da Música" na Universidade de
Salamanca, com a classificação de "Sobresaliente". Actualmente redige a sua
tese de Mestrado em Etnomusicologia sobre o baile em Portugal sob a orientação da Profa.
Dra. Salwa Castelo Branco, após ter concluído a parte escolar do mesmo, com média de 18
valores. É autora de cerca de 20 entradas para a Enciclopédia da Música Portuguesa no
séc. XX e participa regularmente em iniciativas no âmbito da Etnomusicologia.
José Alberto Sardinha
"Os Bailes
Antigos e Danças Folclóricas"
José Alberto Morais Sardinha, é um investigador de
música tradicional, que há mais de vinte e cinco anos se dedica a percorrer as aldeias
de todo o país, estudando e registando em gravação as mais genuínas tradições
musicais do nosso povo. Detém, hoje, um vasto arquivo sonoro que abrange todo o país
(exceptuando a Madeira). Efectua regularmente conferências sobre a música tradicional
portuguesa por todo o país a convite das Câmaras Municipais e dos mais variados
organismos e associações culturais e tem participado em vários congressos de etnografia
e folclore. Foi coordenador do ciclo "Sons da Tradição" da EXPO98, publicou a
colecção de 6 CD´s "Portugal Raízes Musicais" através do Jornal de
Notícias, uma edição de assinalável sucesso, o seu mais recente livro, "Braga na
Tadição Musical- a Rusga de S. Vicente", bem como várias outras obras, de que
destacamos:
1982- "Recolhas musicais da tradição oral"- (Antologia nacional em
três discos, acompanhados da respectiva análise etnográfico-musical)
1986- "Viola campaniça - o outro Alentejo" (monografia sobre uma das
mais arcaicas violas populares portuguesas)
1989- "Modas estremenhas" (recolhas musicais da tradição oral da
Estremadura)
1995- "Idanha-a-Nova - toques e cantares da vila" (CD editado pela EMI -Valentim
de Carvalho)
2000- "Tradições Musicais da Estremadura"
Lia Marchi
"Fandango -
aspectos de um baile do litoral do Parana"
Lia Marchi. Actriz, produtora e pesquisadora.
Nasceu em 1975 em São Paulo (SP), graduou-se em comunicação social pela UFPR. Iniciou
as suas actividades como actriz em 1990, nos grupos Kaxa e Grupo Resistência de Teatro.
De 1991 a 2001 prestou assessoria à Associação Difusora de Treinamentos e Projectos
Pedagógicos, organização não-governamental ligada à educação popular. Foi
professora do curso de comunicação social da UFPR (1999-2000). Desde 1993 atua como
produtora cultural, tendo realizado espectáculos de teatro, música, exposições, livros
e eventos. Em 1999 fundou a Olaria Projectos de Arte e Educação, que já produziu, entre
outros o livro "Espirais de madeira: uma história da arquitectura de Curitiba",
de Irã Dudeque, (2001). "Tocadores: homem, terra, música e cordas" é o seu
trabalho mais recente, resultado de pesquisa realizada em duas regiões do país: Brasil
Central e Litoral Sul, que regista o universo de artistas populares numa pluralidade de
sentidos - musicais, históricos, pessoais.
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