José Barros e os Navegante

O Castelo de S. Jorge, em Lisboa, volta a receber o Festival da Cerveja. Ao todo, são dez dias com a música popular portuguesa em foco, com destaque para alguns veteranos: Gaiteiros de Lisboa, José Barros e os Navegante, Ronda dos Quatro Caminhos, Real Companhia e Quadrilha.

A partir de 5 de Julho, arranca no Castelo de S. Jorge o Festival da Cerveja Sagres, com vários motivos para se transformar num ponto de encontro dos lisboetas, bem próximo dos bairros populares da cidade.

O programa diário do festival será distribuído por dois palcos, servindo concertos logo a partir da hora do jantar. Os nomes mais consagrados irão desfilar pelo palco da "Praça d'armas", com dois concertos por dia: um ás 20:30h e outro às 22:30h.

Alternativas ao palco principal podem ser vistas e ouvidas às mesmas horas no palco "Castelejo" - servindo de opção ao programa principal do festival.

O programa arranca a 5 de Julho, no palco principal com os Vaiss Band, trazendo a música popular de Cabo Verde, seguindo-lhes a Ronda dos Quatro Caminhos, grupo com um longo historial na música popular portuguesa, apresentando um repertório com alguns temas originais.

O segundo dia do festival abre com o Flamenco de Serve La Barí, ficando o Castelo da Cidade de Lisboa por conta de José Barros e Navegante a partir das 22:30h. José Barros já actuou noutras alturas neste espaço e teve oportunidade de experimentar um banho de multidão. Nesta altura o músico irá apresentar algumas das referências da carreira deste grupo, registada em quatro discos, em que o último "Rimances" foi recentemente editado.

O dia seguinte, dia 7, começa com os Marenostrum, um projecto que aposta numa sonoridade que funde algumas características da música popular portuguesa com influências bem diversas, que vão desde a música Árabe do Magreb até às tradições Hebraica e Celta. A originalidade do som deste grupo assenta nos instrumentos utilizados, numa formação pouco usual, onde convivem lado a lado, a guitarra acústica, o bandolim, a bateria, a percussão, o acordeão, o baixo eléctrico, o trombone e o violino. Logo de seguida, pelas 22:30h sobe ao palco Zezé Fernandes - um intérprete de música popular portuguesa muito popular no meio estundatil.

O dia 8 de Julho começa com uma mistura entre música e humor, com o Quarteto dos Três Irmãos Pedro e Paulo, seguindo-lhes a Real Companhia - uma formação que reúne outros veteranos da música de raiz tradicional portuguesa.

No dia seguinte, 9 de Julho, arranca com música popular com "O berro" e com música da Guiné Bissau, com os Tabanka Djazz.

No dia 10, entram novamente em cena o Quarteto dos Três Irmãos Pedro e Paulo, para depois daram lugar aos Ciganos De Ouro - um grupo surgido em 1994 por iniciativa dos irmãos José Pato e Sérgio Silva, que inicialmente actuavam apenas em eventos Culturais no seio da Comunidade Cigana portuguesa. A partir de 1995 a formação alargou-se em consequência da colaboração iniciada com o guitarrista Pedro Jóia que assumiu a direcção musical do grupo.

Um dos pontos altos do festival acontece no dia 11 de Julho, com a participação dos Gaiteiros de Lisboa, que tomam conta do Castelo de S. Jorge, a partir das 22:30h, depois da actuação do Trio Los Quatro. Os Gaiteiros de Lisboa lançaram em Abril "Macareu", o disco mais "arriscado" e ousado da sua carreira, o qual vai estar, certamente, no centro das atenções neste concerto.

Já se aproximando do fim, o festiva prossegue sem parar. O dia 12 é marcado pela música de Moçambique de André Cabaço e a música popular e tradicional de Cuba pelos Sonora Gloria Matansera.

No penúltimo dia do festival, 13 de Julho, o retorno de "O Berro" e uma outra formação de fusão de estilos, os "Mac Umba" que misturam a música popular da Escócia e do Brasil. No palco do Castelejo, actua o Sebastião Antunes Trio, a partir das 22:30h, com a auto-designada música "Folk" portuguesa.

Finalmente o festival encerra a 14 de Julho. O penúltimo concerto cabe aos Ódagaita, um grupo que recentemente apresentou à comunicação social aquilo que vai ser o próximo registo discográfico, "Histórias de Viajantes" - editando um EP de apresentação com três temas. Este concerto será, certamente, uma oportunidade para conhecer o que vai aparecer no novo trabalho de estúdio. A honra de fechar o festival da Cerveja Sagres, cabe aos Quadrilha, outros veteranos cuja origem é de meados dos ano 90 e contou com várias edições discográficas, todas elas à volta de um repertório inspirado na música tradicional portuguesa, apresentada num formato "folk".