Porto
12º Intercéltico do Porto
As tradições do futuro e o futuro das Tradições
Coliseu do Porto, dias 22, 23 e
24 de Março de 2002
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. . . O Intercéltico do Porto está de volta e vai trazer
ao Coliseu do Porto, nos dias 22, 23 e 24 de Março grupos de Portugal, Tunísia, Galiza,
França e Irlanda. O destaque vai para a cantora tunisina Ghalia Benali e para os
Irlandeses De Dannan.
Um encontro de culturas e de linguagens, em oposição ao suposto
confronto civilizacional de que hoje tanto se fala, é a proposta musical de
Ghalia Benali, a cantora tunisina que, acompanhada pelo grupo Timnaa, é uma das grandes
apostas da edição número 12 do Festival Intercéltico do Porto.
Após um ano de paragem forçada, o Intercéltico está de
regresso, uma vez mais por iniciativa do MC-Mundo da Canção, responsável pela
organização deste evento que, ao longo de quinze anos e com onze edições já
realizadas, se consolidou como um símbolo cultural, da Cidade e do País.
Como já faz parte da tradição do Intercéltico, ao longo destas
três noites estará no Porto um pouco do que de melhor acontece actualmente na área da
música popular e tradicional euro-mediterrânica.
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Roldana Folk (Portugal)
Dia 22 de Março, 21:30h |
Roldana Folk
Para este ano, a organização do Festival Intercéltico apostou forte na
diferença e na novidade. Logo no espectáculo de abertura, dia 22 (sexta-feira), o grupo
português Roldana Folk vai demonstrar por que razão é actualmente a grande revelação
nacional no universo lusitano da música popular. Helena Soares (acordeão), Isabel
Martinho (voz), Serafim Lopes (guitarra, bandola, baixo acústico, percussões), José
Flávio Martins (baixo acústico, bandola, percussões) e Zagalo (bateria, percussões)
são os músicos que dão corpo e som a esta proposta que cruza ambientes musicais celtas,
portugueses, latino-americanos, folk e jazz.
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Kornog (Bretanha)
Dia 22 de Março, 23:00h |
Kornog
Nessa mesma noite, apresentam-se os Kornog, uma curiosa associação musical dum
escocês, Jamie McMenemy (voz e bouzouki), com três bretões: Christian Lemaître
(violino), Jean-Michel Veillon (flauta transversal, bombarda) e Nicolas Quemener
(guitarra, flauta transversal e voz). Todos juntos, criam uma música diferente de quanto
se conhece, mas fortemente marcada pelos sons característicos da Bretanha, renovados pelo
talento de arranjador e intérprete de McMenemy.
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Os Cempés (Galiza)
Dia 23 de Março, 21:30h |
Os Cempés
No sábado, dia 23, a festa começa com o grupo galego Os Cempés, que recupera
antigas tradições musicais do Noroeste pensinsular, como a música das tabernas,
recuperando o carácter lúdico de uma certa música tradicional. Integrado por Oscar
Fdez. Sanjurjo (acordeão, sanfona, voz), Antón Varela (gaitas, clarinete), Toni do Jaz
(bateria, percussão) e Serxo Cés (pandeireta, sax soprano, voz), o grupo já deu provas
da sua maturidade, nomeadamente no recente Circo Montecuruto, o terceiro e
mais recente título da sua discografia.
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Ghalia Benali & Timnaa (Bélgica/Tunísia)
Dia 23 de Março, 23:00h |
Ghalia Benali & Timnaa
Nessa mesma noite poderemos ver Ghalia Benali & Timnaa, que promete ser a
grande surpresa desta edição do Intercéltico. Originária da Tunísia, Ghalia Benali
vive na Bélgica e foi considerada pela crítica francófona como a mais bela
descoberta do último Outono, graças ao seu disco Wild Harissa: um
surpreendente registo que mistura a música árabe com as tradições europeias, desde a
música renascentista ao flamenco, com passagem pontual pela rítmica inter-atlântica que
desagua na América do Sul, e onde não falta sequer uma... guitarra portuguesa. Mulher de
convicções, Ghalia Benali diz que se trata de música árabe com novas formas, por
vezes festiva mas nunca profana, ocasionalmente romântica e elegíaca, ou mesmo clássica
e medieval, e às vezes selvagem e excessiva: um passaporte para muitas culturas, um
microcosmos em que os séculos se reúnem para criar qualquer coisa nova. Ela sabe
do que fala. E os músicos que a acompanham também. Os Timnaa são sete, assim
distribuídos: Ghalia Benali, ela mesma, voz e alma do grupo, André Vandevelde (banjo,
guitarra, guitarra portuguesa e coros), Seper Arjomandi (guitarra), Guido Schiffer
(violino e coros), Geert Simoen (percussões), Renaud Ghilbert (violino) e Lisbeth Maes
(dança).
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De Danan (Irlanda)
Dia 24 de Março, 21:30h |
De Danan
A última noite do Intercéltico, no domingo, 24, promete ser uma noite de afectos,
marcando o reencontro do público com os irlandeses De Dannan, dez anos depois de outro
Intercéltico em que participaram. Quem os viu nessa altura, já sabe o quanto vale a sua
música. Quem não viu, não pode perder esta oportunidade. À semelhança dos grandes
uísques de malte do seu país, estes músicos vão ganhando corpo e
alma com o passar do tempo. Criadores de um som inconfundível, Frankie Gavin
(violino, flauta), Alec Finn (bouzouki, guitarra), Colm Murphy (bodhran), Aidan Coffey
(acordeão) e Eleanor Shanley (voz) regressam ao Porto para encerrar este Intercéltico em
clima de festa.
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Actividades paralelas
Tal como sucedeu nas últimas edições do Intercéltico, a organização preparou
um conjunto de iniciativas paralelas aos espectáculos que complementam o Festival: porque
a cultura dum povo também se mede por aquilo que ele come, haverá um autêntico
desfile de sabores na Semana da Gastronomia Portuguesa, com a marca de
qualidade do Restaurante Ribeiro, a dois passos do Coliseu. No espaço Soul &
Blues do Hotel Vila Galé / Porto, o grupo Mamute irá animar o Clube Folk que ali
vai funcionar, nas noites de sexta-feira e sábado (22 e 23), após os concertos. No
hall do Coliseu vai decorrer, no período de realização dos espectáculos,
uma Grande Feira do Disco Folk/Celta, e junto às bilheteiras haverá uma exibição de
vídeos da área musical folk e celta.