Digressão
Maio Moço
A identidade musical portuguesa
Outubro Dia 5 Vila Verde (Braga) | Dia 11 Lisboa | Dia 19 Portela
(Sacavém) | Dia 28 Figueira da Foz
. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . .
Fundado por Vítor Reino em 1985 e já com 6
discos gravados, o grupo Maio Moço dedica-se à preservação, revitalização e
recriação da Música Tradicional Portuguesa, na convicção de que ela representa uma
parcela essencial e inestimável da nossa identidade cultural.
As suas actuações transportam-nos numa viagem imaginária pelas
diferentes regiões do país, recorrendo preferencialmente a alguns instrumentos
tradicionais mais característicos e genuinamente portugueses. O Maio Moço tem em
preparação o seu 7º CD com som renovado e uma constituição alargada.
Desde muito cedo apaixonado pelas questões ligadas à defesa e
preservação do nosso riquíssimo património musical tradicional, Vítor Reino
encontraria nesse agrupamento pioneiro e multifacetado as condições essenciais que lhe
permitiram iniciar uma fecunda actividade em que tem procurado aliar um trabalho
científico de natureza etnomusicológica à criação e divulgação de uma nova música
de raiz tradicional susceptível de contribuir para manter viva e actuante a inesgotável
fonte do folclore musical português.
O Percurso
De parceria com José Alberto Sardinha, Vítor Reino foi responsável pelos
arranjos e direcção musical de dois discos que marcaram profundamente o movimento de
progressivo interesse pela tradição musical portuguesa que atingiria o seu apogeu em
inícios da década de 80: Descantes e Cantaréus (1979) e Desfiando Cantigas (1982).
Ao mesmo tempo que continuava a colaborar com José Alberto Sardinha nos inúmeros
trabalhos de campo promovidos por este investigador que rapidamente se afirmaria como nome
cimeiro da moderna etnomusicologia portuguesa, Vítor Reino criou em 1983 o grupo Ronda
dos Quatro Caminhos, sendo responsável pela selecção musical, estudo e textos
explicativos, arranjos, produção e direcção artística dos álbuns Ronda dos Quatro
Caminhos (1984) e Cantigas do Setestrelo (1985), que incluem diversos temas e trechos
musicais de sua autoria.
Com a preciosa participação de Rita Reino, Sérgio Contreiras e João Lima, que com ele
haviam já integrado os dois agrupamentos atrás referidos, a que se juntaria Mário
Gameiro e, posteriormente, Rui Sardinha e Rui Sequeira, Vítor Reino fundou em 1985 o
grupo Maio Moço, cuja direcção continua a assegurar. Projecto inovador por excelência,
o Maio Moço impôs-se a árdua mas aliciante tarefa de lutar pela recuperação e
revitalização da vasta e valiosa tradição musical portuguesa, criando uma nova música
de raiz tradicional em que as ricas e fascinantes sonoridades tão características dos
nossos velhos instrumentos populares se «casam» com os modernos recursos da tecnologia
actual.