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Alusão a Carlinhos Brown (Brasil)

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Viv'a a Rua
Encontros da Tradição Mediterrânica

Biografias
(Espanha) Xarxa Teatre Mais...
(Marrocos) Orquestra Andalusí
Mais...
(Portugal) Cante d'Hoje
Mais...
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Évora
Encontros da Tradição Mediterrâncica
Viv'a Rua
em Évora

Évora, 20 de Julho a 26 de Agosto de 2001
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Na confluência entre a Europa e a África, o mediterrâneo foi berço de civilizações, palco de miscigenação entre católicos, árabes, berberes e muitos outros povos que acabaram por criar uma identidade própria, indissociável do mar que lhes dá a vida: o mediterrâneo. Uma identidade fundada nos sentimentos e na expressão efusiva dos mesmos, através da arte e da própria forma de viver. Na melancolia do Cante e do Flamenco à alegria das Sevilhanas e dos tambores berberes, reside o mesmo elogio do sentir, da vida.

É neste colorido espaço cultural que se insere Évora e o Alentejo e por isso o Viv’a Rua não podia deixar de começar da melhor forma: com os Encontros Musicais da tradição Mediterrânica. Até porque “viver a rua” é também uma característica dos mediterrânicos. Nestes encontros que inauguram o Viv’a Rua 2001 vamos poder assistir a teatro e música de Espanha, Portugal e Marrocos.

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Encontros da Tradição Mediterrânica
Dia 20 de Julho, 22 horas. Praça do Giraldo
Xarxa Teatre - Déus o Bèsties (Espanha)

Coube à companhia de teatro valenciana Xarxa Teatre fazer a abertura do o primeiro Viv’a Rua do século XXI. E a escolha não podia ser mais adequada já que se trata de um dos melhores exemplos do teatro de vanguarda europeu. O Xarxa Teatre conta já com 18 anos de experiência em teatro de rua, e na utilização de técnicas de encenação que procuram envolver os espectadores em cerimónias festivas, à semelhança de outras companhias como “La Fura del Baus”.

Em Évora, o Xarxa Teatre apresenta “Déus o Bèsties”, um espectáculo de cor, música e fogo, que gira em torno da mítica figura do touro. Sem focar as mais actuais e polémicas questões relacionadas com a tourada, a companhia procura traçar a história do último animal a ser domesticado pelo Homem: De objecto de caça, o touro passou a ser um animal doméstico, para posteriormente se tornar o Deus ibérico da fertilidade. Os Romanos, por seu turno, trouxeram a tradição de adorar Mithras e, a sua cerimónia do Taurobolius haveria de influenciar certos ritos cristãos. Na verdade, a religião cristã acabaria por permitir um certo culto do touro, e a manutenção dos seus antecedentes pagãos, até aos nossos dias, em que o sangue do touro morto na arena ainda é utilizado, em Espanha, como cura para algumas doenças de pele.

Concebido como um espectáculo para multidões, “Déus o Bèsties” desenrola-se sobre uma plataforma de 12 metros de altura, combinando elementos visuais e sonoros, com jogos pirotécnicos e música ao vivo, tocada com instrumentos tradicionais valencianos. A peça estreou no dia 26 de Março de 2000, em Valência (Espanha), na presença de mais de 25 mil pessoas. Em Portugal foi apresentado na última edição do Festival Internacional de Expressão Ibérica.    

“Déus o Bèsties”: Texto de Vicent Marti Xar | Encenação: Leandre Escamilla e Manuel Vilanova | Cenografia: Pasqual Arrufat | Composição e Direcção Musical: Jaume Gosàlbez e Bernat Pelicer
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Encontros da Tradição Mediterrânica
Dia 21 de Julho, 22 horas. Praça do Giraldo
Orquesta Feminina Andalusí de Tetuán (Marrcos)

O violino, o alaúde, o rabel, a pandeireta e o darbuka, são os instrumentos que, em harmonia com o canto de um grupo de mulheres, formam uma amálgama sonora única. A Orquestra Femenina Andalusí tem como objectivo preservar e renovar a música andalusí, assim como a própria mulher muçulmana. Para além disso, fazendo uso da sensibilidade feminina, procura contribuir para o enriquecimento do reportório tradicional, historicamente masculino.

Esta orquestra marroquina, exclusivamente formada por mulheres, foi criada em 1991 por Abdessak Chekkara, director da Orquestra Andalusí de Tetuán - célebre pelo trabalho que desenvolveu em conjunto com o compositor Michael Nyman.

Sob a coordenação de Chekkara, falecido em 1998, a Orquestra Feminina Andalusí desenvolveu um apurado trabalho de investigação da música andalusí. Primeiro recuperando as composições, estruturas e sons arcaicos para depois os actualizar e adaptar aos nossos tempos. O reportório desta Orquestra assenta essencialmente em dois tipos de composições: As Nubas e o Chaabi.

A Nuba (comparável à suite europeia) é uma forma musical desenvolvida, entre os séculos XII e XIV, pelas orquestras de música clássica árabe e que podia ser ouvida nas cortes de Córdova e Sevilha, durante a ocupação árabe em Espanha. As Nubas são composições de música erudita identificadas com a Idade de Ouro do Al-Andaluz.
Desenvolvido nos países árabes entre os séculos XIX e XX, o Chaabi é um género de música popular tradicional que se caracteriza pela suavização e alteração das regras da música andalusí.

Apesar de romper com os esquemas sociais e culturais estabelecidos no mundo árabe, onde a mulher continua em muitos casos ausente da vida pública, este grupo já ganhou o reconhecimento da sociedade, quer muçulmana, quer ocidental. Este espectáculo, o segundo dos Encontros Musicais da Tradição Mediterrânica, constitui a sua segunda apresentação desta Orquestra em Portugal. Voltar ao Topo

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Encontros da Tradição Mediterrânica
Dia 22 de Julho, 22 horas. Praça do Giraldo
Cante d'Hoje (Portugal)

Assente nas raízes do Cante alentejano e da música tradicional portuguesa, o Cante d’Hoje é um projecto musical que não recusa a passagem do tempo, a experimentação em torno dessas mesmas raízes e das novas sonoridades que surgem num mundo globalizado, onde as trocas de informação e cultura estão na ordem do dia. Um espírito de abertura reflectido também na formação deste grupo que integra o coral Cantares de Évora, o grupo de música tradicional portuguesa Ronda dos Quatro Caminhos e a Orquestra de Cordas da Academia de Música Eborense, dirigida pelo maestro Nicolai Lalov.

Cante d’Hoje é, como o próprio nome sugere, o canto dos alentejanos dos nossos dias. Orgulhosos do seu passado mas com vontade de o enriquecer para construir também algo de novo. Espera-nos, portanto, nesta noite de Verão uma nova proposta de ler o nosso passado cultural. A encerrar os Encontros de Tradição Mediterrânica, um espectáculo que parte de uma forma, no mínimo, interessante de olhar para a tradição.

“Da terra nasceu o canto de todos os homens. Da terra nasceu também a música que a todos alimenta. Outros rumos levaram outras melodias. Palácios e eiras, salas de concerto e campos de lavoura. Nas memórias se perdeu o que hoje só se perde se assim quisermos. Violinos encantaram reis, imperadores, presidentes. O canto da planície calou mágoas, clamou trigos, arrojou esperanças.

Hoje a terra não se quer mais amada de costas curvadas de sol a sol. Brada o chão por cultura, engenho e arte que a enobreça e desafie, e não nunca mais por mãos nuas para castigar. Portanto a terra é outra. Os homens e os tempos também. E a tradição será seguramente o que decidirmos fazer com o nosso destino. Sobretudo, se soubermos honrar o nosso passado”. António Prata (Ronda dos Quatro Caminhos).

Vozes: Cantares de Évora | Instrumentos: Orquestra de Cordas da Academia de Música de Évora dirigida pelo maestro Nicolai Lalov | Ronda dos 4 Caminhos Arranjos: António Prata, Carlos Barata e Pedro Pitta Grose Voltar ao Topo


 

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