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"Jazz arabizado"
Trio Thimar: Anouar Brahem, John Surman e Dave Holland

Dia 27 Lisboa - Centro Cultural de Belém
Dia 28 Porto - Rivoli Teatro Municipal
Espectáculos às 21:30h


Quando, em 1998, Brahem, Surman e Holland editaram o disco "Thimar" pela mão avisada do produtor Manfred Eicher no emblemático catálogo ECM, a comunidade jazzística, mesmo a mais reticente em relação ao 'Estilo Eicher', aderiu com surpresa e entusiasmo ao discurso colectivo destes músicos. Sem os tiques peculiares de uma "world music" cada vez mais industrial e asseptizada, Brahem, Surman e Holland construíram um entendimento da música clássica árabe e do jazz tão sólido e urgente que imediatamente se impôs junto da crítica e das audiências: "Thimar" acabou por registar há dois anos a consideração de um dos melhores discos editados na área do jazz. Sem esforço, porque se trata de uma das mais felizes combinações entre três músicos de excepção, de créditos perfeitamente firmados, que entre si descobriram possibilidades então ocultas, que assim passaram a estar expostas com a certeza de sucesso. Novas audiências entretanto surgiram, mais exigentes e abrangedoras, compreendendo e cultivando a universalidade do jazz. Comum aos três músicos essa capacidade, que não é exclusiva do jazz, de improvisação, que sempre habitou as tradições milenárias da música árabe bem como as da África Negra. Neste caso, propulsionada pelo virtuosismo de Brahem, Surman e Holland que nunca disso foram escravos, mas o têm expandido por horizontes, antes insondáveis, modulando improvisação e virtuosismo em novas formas, cores, arquitecturas, preservando a individualidade de cada um.

Poder-se-á falar de jazz arabizado, uma contaminação que revela as extraordinárias qualidades do discurso mais característico da música de origem negro-americana, suficientemente flexível e encorajador de misturas sem fazer perder qualquer das qualidades genuínas da arte de Brahem, autoridade no seu instrumento, o oud. Tanto Anouar Brahem, como John Surman ou Dave Holland, detentores de currículos e práticas imaculadas por demais recenseados na História, concorrem com as suas insuspeitas personalidades artísticas para aquilo que Brahem refere: "uma árvore que, enquanto se desenvolve e cresce ao ar livre, continua a criar raízes e a crescer debaixo da terra."

 

 

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